quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 6 - Discussão

“Don't ask me how or why But I'm gonna make it happen this time 
My teenage dream tonight (…) I'm gonna make it happen this time”

(Trecho da música, The Fame, da Lady Gaga)

Finalmente cantamos ‘parabéns pra você’ ao Johan. Ele estava radiante! Apagou as velhinhas emocionado e chorando, dizendo que todos os presentes eram os amorzitos dele. Permaneci na mesa do Tokio Hotel junto com a Vanessa, conversamos os assuntos mais variados enquanto Johan corria de um lado para outro ajeitando algumas coisas da pista de dança que teria lá. - Então, o que deram de presente para o Johan? – perguntei curiosa. - Bem, demos o nosso novo CD autografado e mais um rádio novo para o carro dele, já que ele falou que o rádio antigo tinha uma recepção horrível. – Georg respondeu a minha pergunta. - E você? O que deu de presente para o Johanzito? – Bill perguntou me encarando. - Hum... Dei-lhe entradas para um evento em Paris e um perfume que ele me dissera que havia gostado. – respondi – Além da minha significativa presença. – acrescentei convencida. - Oh, ele deve estar lisonjeado! – Tom brincou. - E está. – brinquei também. Rimos e voltamos a atenção para a pista de dança que Johan tinha pedido para ser colocada lá. Ele estava dançando animado, acompanhado de mais algumas pessoas. A festa estava indo a mil maravilhas, Johan estava se divertindo muito e sempre ia à nossa mesa beber algo ou conversar um pouco conosco. Ele estava sendo um ótimo anfitrião. Depois de um tempo, ficamos em silêncio, um clima chato. Eu ia chamar a Vanessa para que me acompanhasse até o banheiro, mas Tom foi mais rápido e a convidou para dançar. Decidi ir ao banheiro sozinha, e isso foi uma deixa para ele ir atrás de mim. Ajeitei-me melhor e dei uma pequena retocada na maquiagem. Quando ia saindo, eu o vi. Decidi passar reto, como se não o tivesse reconhecido, mas ele falou comigo. - Ora só, nos encontramos de novo. – Strify falou se aproximando para andar junto comigo. - Ah sim. – fui gentil – Novamente. - E então, está gostando da festa? – ele perguntou puxando assunto. - Sim, está muito divertida. Fico feliz em ver que Johan está se divertindo... É bom que ele se distraia um pouco. – respondi sorrindo levemente – E você? Está gostando? - Ow, claro que sim. – ele respondeu rapidamente me olhando por inteiro – Está ótima. – fiquei em duvida se ele estava falando da festa, ou de mim. - Hum... Que bom. – dei de ombros. - Não gostaria de sentar-se um pouco conosco? – ele perguntou gentilmente indicando a mesa que ele estava. Talvez, por reflexo, olhei para a mesa que estivera há pouco. Bill não estava mais lá, estavam apenas Georg e Gustav. Não que eu me importasse o que ele iria achar. Acabei aceitando o convite do Strify, apesar de meio indiscreto, ele foi gentil. Sentei-me com eles e logo começamos a conversar, todos os quatro, pois o tecladista, Romeo e o baterista, Shin, já haviam deixado a mesa antes de eu sentar-me. Eu não podia negar que eles eram divertidos e gentis. Fizeram-me rir tanto... Mas ainda sim me incomodavam as indiretas que Strify lançava para mim. Eu, é claro, fingi que nem era comigo, mas já estava começando a ficar meio difícil. Quando eu fui dar a desculpa de que tinha que ver uma coisa com o Johan, mas ele nem se quer me deixou começar a falar. - Que tal dançarmos um pouco? – ele sugeriu se levantando. - Ahm, não acho uma boa ideia... Não sou uma boa dançarina. – falei – É provável que eu acabe pisando no seu pé. - Não me importo! Vamos dançar um pouco? – Strify pediu fazendo uma carinha... Não resisti. Sempre tive um fraco por caras fofas e uma queda por caras bravas. Esse era meu ponto fraco. - Tudo bem então, mas só uma dançinha. – falei me levantando vagarosamente. - Oba! – ele comemorou me puxando pela mão. Fomos para a pista de dança, que estava bastante cheia. Localizei a Vanessa e Tom quase se agarrando. Começamos a dançar, eu estava com o máximo de cuidado para não pisar no pé dele e para não ficar tão próxima a ele. Mas ele me puxou pela cintura e acabamos ficando um tanto próximos assim por dizer, e para não acabarmos nos beijando, coisa que eu não queria, coloquei o queixo no ombro dele e encarei o resto da festa. Nesse momento algo me abalou. Bill me olhava um tanto decepcionado. Ele virou o rosto assim que eu o encarei, conversou alguma coisa com Gustav e Georg, e depois, veio na minha direção, mas parou para falar com o Johan. Nesse meio tempo, só fui me lembrar que estava dançando com o Strify, quando senti a mão dele tocar descaradamente a minha coxa. Eu fiquei tão irritada, mas tão irritada, que me separei na hora dele e dei-lhe um tapa certeiro no rosto. O pessoal ficou em silêncio, observando-nos, enquanto Strify me encarava estático, com a mão na bochecha, onde meu tapa havia acertado-o. - Quem você pensa que eu sou? – perguntei aumentando o meu tom de voz. - Eu... Eu... – ele começou, talvez envergonhado. - Você é realmente muito descarado e atrevido. – falei rapidamente. - O que ele fez? – alguém me perguntou. Não prestei atenção quem era. - Tocou a minha coxa. – respondi enfurecida. Logo depois que eu respondi, ouvi um barulho de soco e me deparei com algo que eu nunca esperava. Bill estava socando o Strify! Por mais que aquilo fosse gerar confusão, eu fiquei feliz com aquilo. Mas me desesperei assim que percebi que Strify revidava os socos e golpes do Bill. Acabei entrando no meio da briga e segurando o pulso do Bill, impedindo que ele continuasse. Yu e Romeo seguraram Strify. - Será que vocês podiam parar? – pedi aos dois. - Foi ele quem começou. – Strify falou rapidamente tentando se soltar dos amigos sem sucesso. - Fui eu quem começou? Ah, você vai ver só. – Bill falou ameaçando se aproximar do Strify. - Já chega vocês dois. – falei autoritária me colocando entre eles, olhando feio para o Bill. - Mein Gott, dessa vez você passou dos limites Strifyzinho. – ouvi a voz do Johan se aproximando. - Desculpe. – ele pediu envergonhado. - O que mais eu posso fazer? – Johan falou aparecendo e erguendo as mãos para o céu teatralmente. - Eu vou embora. – ouvi a voz do Bill. Ele parecia magoado. – Sinto muito por isso Johan. – ele falou se dirigindo a ele. - Tudo bem Bill, pode ir. – Johan falou e olhou para mim – Eu dou conta das coisas aqui. - Vou ficar e te ajudar com tudo aqui. – falei me adiantando na direção dele. - Não, Julia, é melhor você... – Johan começou. - Pegue as suas coisas, eu te dou uma carona. – Bill falou autoritário sem me olhar – Te espero na garagem. – e depois saiu em direção a garagem do Johan. Não ousei negar, achei melhor ir embora. Despedi-me do Johan, da Vanessa e dos meninos. A festa já havia voltado ao normal como se eles estivessem se esquecido do ocorrido. Entrei na mansão do Johan e peguei as minhas coisas. Uma sacola com a minha roupa, minha bolsa e o meu ursinho verde, o Macky. Dirigi-me para a garagem meio temerosa. Não foi difícil encontrá-lo, ele estava parado na frente de uma BMW prata. Bill olhava para um ponto indeterminado, apenas voltou-se a olhar-me quando eu já estava quase chegando até ele. Tremi por um momento, estava uma temperatura diferente aquele lugar, e era provável que estivesse mais frio lá fora. Quando eu fui pegar a minha jaqueta na sacola de roupas, senti um tecido de couro tocar as minhas costas, Bill tinha tirado a sua jaqueta e havia colocado-a em mim. - Está frio. – ele falou sem me encarar – Vamos, vou te levar para sua casa. – e depois foi para o carro. Fiquei parada por um momento, observando-o entrar no carro. Por um pequeno momento cheirei o casaco de couro dele, uma deliciosa fragrância masculina exalava dele. Andei rapidamente para o carro e entrei no banco do passageiro. Bill ligou o aquecedor do carro, não ousei perguntar se ele estava com frio ou não. Quando saímos da mansão do Johan eu quase fiquei cega! Flashes e mais flashes dispararam sobre nós. Ele não pareceu se incomodar, apenas pediu para que eu lhe falasse o caminho da minha casa. Fizemos o caminho todo em silêncio, não comentamos nada da festa, nem nada de nada. A minha casa não foi difícil de encontrar, não muito grande nem muito simples, mas perfeita, perfeita para mim. Bill parou o carro na entrada da minha casa. Eu olhei-o por um momento e juntei as minhas tranqueiras, quando eu ia pegar o Macky, ele pegou o ursinho e observou-o. - Bem, - comecei – obrigada pela carona. – agradeci. Ele ainda não me deu atenção, olhava para o Macky – Será que podia me devolver ele? – estendi a mão para pega-lo. - Tudo bem, eu te ajudo com as suas coisas. – ele falou pegando o ursinho e tirando das minhas mãos a sacola com as minhas roupas. - Okay, aproveita e... – ia convidá-lo para... Sei lá, tomar alguma coisa. Que ideia boba a minha, tínhamos acabado de sair de uma festa – Certo, vamos então. Mas leve a minha bolsa, eu levo o Macky. – falei lhe dando a minha bolsa e pegando o Macky da mão dele. Ele apenas riu e concordou com a cabeça. Saímos do carro, e eu vi mais um flash. Passamos pelo portão e depois, rapidamente eu abri a porta de casa e entramos. - Não se importa do que eles vão falar de você estar entrando na casa da miss Alemanha? – perguntei a ele. - Hum... Não. – ele respondeu erguendo uma sobrancelha – Sinceramente, a vida é minha e bem, eu posso fazer o que eu quero. – falou seriamente e depois riu. Eu dei risada junto. - Onde deixo essas coisas? – Bill perguntou se referindo a sacola e a bolsa que ele carregava. - Oh, deixe ali no sofá. – indiquei o sofá da sala de estar, onde nós estávamos. Ele deixou a sacola e a bolsa lá, e voltou-se para me encarar. - Então, acho que eu já vou... – ele começou - Antes que especulem que eu estou passando a noite aqui. – e riu me olhando. - Ah sim, eu te acompanho. – falei deixando o Macky na poltrona, sem antes ajeita-lo como se ele estivesse sentado nela. Bill olhou para o ursinho e depois para mim rindo. - Você realmente gostou desse ursinho. – afirmou. - Adorei! Obrigada. - Não foi nada. – ele falou gentilmente. - Certo. – sorri. Fui na direção a porta, e quando passei por ele... Ele me abraçou pela cintura, exatamente como Strify havia feito. Encarei-o por um momento com a testa franzida, Bill apenas riu e me beijou.


Postado por: Alessandra
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog