sábado, 3 de março de 2012

Ironias Do Destino - Capítulo 15 - Começar do começo.

(Contado pela 3º pessoa)

      Holly ficou calada. Não soube o que responder diante daquela pergunta.

           - Lute pelo seu amor. – disse Carlão. – Preocupe-se apenas em ser feliz.
           - O carro já está pronto? – pergunta Bill, chegando ali.
           - Sim senhor. – responde Carlão, se levantando.
           - Então vamos. Tenho que deixar a Allyson em casa.
           - Sim. – diz Carlão. – E você, pense no que lhe falei. – diz ele a Holly.
           - Obrigada. – diz Holly.

      Carlão abre a porta do carro, e Allyson é a primeira a entrar. Antes de fazer a mesma coisa, Bill olha pra trás pra poder ver a Holly. Ela desvia o seu olhar, e ele entra no carro.

      Mais tarde, a Holly toma um banho, coloca um vestido leve, e decide dar uma volta pelo Central Park para tranqüilizar um pouco a sua cabeça, e tomar algumas decisões. Ela olhou no relógio, e já era 18h45. Achou que já estava na hora de voltar pra casa.

–--
(Contado pela Holly)

      Cheguei em casa, e notei algo super estranho. Havia silêncio. Estava silencioso demais para uma casa que tem como moradores a Maggie e o Gustav. Olhei a sala, a cozinha, a dispensa, e não encontrei ninguém. Subi as escadas, e já no corredor me deparei com algo mais estranho ainda. Algumas velas decoravam o local. Fui seguindo-as para ver até onde iam. Resultado: quarto do Bill. Pensei que ele estivesse fazendo algum tipo de ritual macabro, e senti medo. Cheguei a porta, e vi que o quarto dele também tinha algumas dessas velas, e em cima de sua cama, havia várias pétalas de rosas vermelhas. Logo imaginei que ele estivesse fazendo aquilo para receber a Allyson.

           - O que está fazendo? – perguntei.
           - Tentando deixar o ambiente mais agradável. – respondeu ele.
           - E cadê todo mundo?
           - Tom e Maggie saíram para jantar, depois assistiriam a um filme. Disseram que não vão voltar hoje. O Gustav e o Georg foram dormir no hotel.

      Dei um sorriso tímido. Não estava entendendo o motivo daquilo tudo.

           - Isso significa que estamos sozinhos. – disse Bill.
           - Armou tudo isso...sozinho?
           - Tive ajuda do Tom e do Carlão.
           - Carlão. – repeti.
           - Ele contou sobre a conversa que tiveram, e me disse pra fazer isso aqui.
           - Ele é incrível.
           - É sim.
           - E a Allyson?
           - Ela não é importante, e nem estamos namorando de verdade.
           - O Georg e eu... também não.

      Bill se aproximou devagar. Comecei a sentir minhas mãos soarem, meu coração acelerar... Ele estava próximo o suficiente para passar sua mão direita em meu rosto, me fazendo fechar os olhos, como se não quisesse que aquele momento acabasse.

           - Me desculpa por ontem. – sussurrou Bill, e eu abri os olhos.

      Um arrepio percorreu o meu corpo. Bill se aproximou mais, e encostou seus lábios frios nos meus. Não recuei, e não tinha como. Dei um leve sorriso, e ele ficou me olhando nos olhos, como se estivesse pedindo permissão para aprofundar mais as coisas. Ele caminhou até a porta e a fechou. Permaneci paralisada, não acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo. Bill afastou meu cabelo, e beijou docemente a curva entre o pescoço e o ombro. Foi subindo vagarosamente com beijos delicados até o lóbulo da minha orelha, e desta vez usou um pouco a língua. Senti um enorme calafrio, e estive a ponto de cair. Passou suas mãos pelo meu braço, depois desceu o zíper do vestido, que escorregou pelo meu corpo até chegar ao chão. Bill me fez virar para ele, então enlaçou minha cintura com seus braços, e me beijou mais uma vez. Sempre com delicadeza. Tive quase certeza que meu coração iria estourar. Tentei manter o controle, e tirei a sua blusa. Ele usava uma calça de moletom preta, que foi retirada em seguida. Me beijou novamente, e começou a encaminhar-me para a cama.

      Bill me deitou de um jeito tão... tão delicado, que cheguei a pensar que fosse outra pessoa. Da primeira vez que fizemos isso, ele não havia me tratado com tanto cuidado. Talvez por estarmos bêbados. Mas eu estava gostando de estar ali, e queria aproveitar cada segundo, não importando mais nada. Ele tirou meu soutien, e não resistiu em tocar meus seios. Fiquei um pouco envergonhada, mas não recuei. Depois tirou minha calcinha, e sua boxer.  Afastou um pouco as minhas pernas, e se posicionou entre elas. Agora sim meu coração estava acelerado. O nervosismo praticamente tomava conta de mim. Até parece que essa é a primeira vez. Bill iniciou a penetração, e pude ouvir um leve gemido sair de sua boca, indo diretamente em meus ouvidos, me deixando ainda mais louca. Foi aumentando a velocidade, e de acordo com que isso ia acontecendo, gemíamos juntos. Arranhei suas costas, e ele nem ligou. Também não me preocupei se estaria machucando-o ou não. Chegamos ao ápice juntos, e soltei um gemido um pouco mais alto, quase que um grito. Uma onda de êxtase passou pelo meu corpo, e me colei a ele num abraço apertado. Nos olhamos, e nos beijamos. Mesmo que eu quisesse, não conseguiria parar de beijá-lo. É como se eu tivesse que aproveitar aquele momento. E posso dizer que realmente aproveitei, e pelo sorriso que estava estampado no rosto dele, também posso dizer que estava satisfeito. Bill rolou pro lado, ficando de barriga pra cima. Coloquei minha cabeça sobre seu peito, e fiquei ouvindo as batidas do seu coração, que iam diminuindo devagar. Adormecemos juntos, abraçados.

–--
(Contado pelo Bill)

      O dia amanheceu, e eu fui o primeiro a acordar. Aproveitei que ninguém ainda havia chegado, e fui até a cozinha pra preparar um café da manhã especial para a Holly. Assim que ficou pronto, retornei ao quarto com uma bandeja na mão. Não tive coragem de acordá-la. Ela dormia com um leve sorriso no rosto, e mais parecia um anjo. Tão delicada. Ainda é difícil acreditar que finalmente consegui “roubar” o seu coração. Me sentei numa poltrona, e fiquei observando-a dormir. Era uma das melhores visões. Não estava conseguindo resistir em ficar “tão longe”. Tive que me sentar ao seu lado, e passei minha mão sobre as maçãs de seu rosto. Ela suspirou, e se moveu um pouco. Aproximei meus lábios do seu rosto, e lhe dei um leve beijo. Não fiz isso com intenção em fazê-la acordar, mas acabei causando isso.

           - Bom dia. – disse ela, com um sorriso.
           - Oi. – disse.
           - Passamos a noite juntos.
           - Passamos sim.
           - Passamos a noite juntos? – ela pergunta, e se senta na cama rapidamente, como se estivesse preocupada com algo.
           - O que foi?
           - É que...
           - Fica tranqüila, ninguém sabe que fizemos isso.
           - Mas ficarão sabendo assim que a Maggie entrar em meu quarto.

      Mostrei uma chave a ele.

           - Tranquei a porta do seu quarto, e deixei um aviso dizendo que você estava com dor de cabeça e não queria ser incomodada. – disse, e ela sorriu.
           - Não acredito que fez isso.
           - Preparei o café também.

      Peguei a bandeja que estava em cima da cômoda, e coloquei em cima da cama. Tomamos o café juntos. Com direito a suco de laranja, torradas, bolo de cenoura – que ela adora -, e pra finalizar, morangos. Se eu achava que a nossa primeira vez foi boa, essa superou todas as minhas expectativas. E agora sim tenho certeza do que sinto por ela.

Postado por: Grasiele

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