sábado, 3 de março de 2012

Ironias Do Destino - Capítulo 16 - Está com ciúmes?

(Contado pela Holly)

      Após o café da manhã, sai do quarto do Bill com cuidado para que ninguém me visse. Entrei no meu quarto, e fui direto pro banheiro pra tomar um banho. Depois desci até a sala, onde todos estavam reunidos assistindo uma série. Eu tentei disfarçar pra ninguém perceber, mas não dava pra esconder o sorriso que insistia em surgir em meu rosto.

           - Como está se sentindo? – pergunta Maggie.
           - Bem. – respondi.
           - E a dor de cabeça?
           - Que dor de cabeça? – perguntei.
           - A que estava sentindo. – disse ela.
           - Ah, - me lembrei. – já passou.
           - Sei.
           - Por quê?
           - Porque ninguém fica com esse sorriso enorme no rosto após uma dor de cabeça.

      Tom olhou um pouco desconfiado pro Bill, que riu. Georg e Gustav estava calados.

           - Essa garota gosta de se intrometer na vida dos outros. – disse Gustav.
           - Cale a boca, que ninguém te perguntou nada! – respondeu Maggie.
           - Ao contrário de você, que nem precisam perguntar para já estar falando.

      Era muito bom pra ser verdade. Queria que aquela paz de ontem, voltasse. Fui pra cozinha beber um pouco de água. Bill me abraçou por trás, e me deu um beijo no rosto.

           - Não faz isso! – disse, olhando na direção da porta, com medo que alguém tivesse visto.
           - Ninguém vai ver. – disse ele. – Só um beijinho.
           - Você é maluco, sabia?
           - Por sua culpa!

      E dava pra resistir a um sorriso daquele? Cada sorriso que o Bill dava, era como se meu mundo se iluminasse ainda mais. Nos beijamos, mas ainda assim eu sentia ressentimento que alguém pudesse ver. Com certeza iria contar pros outros, mas não agora. O beijo foi rápido, e eu já ia sair da cozinha.

           - Ô Holly, tem algo aqui ó. – disse ele, apontando pro meu queixo.

      Passei a mão, e perguntei se havia saído. Ele respondeu que não, e repeti o gesto.

           - Você não vai conseguir, deixa que eu tire. – ele se aproximou.

      Ergui um pouco o queixo, e não acredito que cai nesse truque... idiota, digamos assim. Ele me olhou, e sorriu novamente, em seguida me deu mais um beijo.

           - Bill! – disse me afastando um pouco.
           - Desculpa, é que não deu pra resistir.

      Ta legal, eu também não conseguiria resistir. Nem bebi a água, e fui pra sala.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Mais tarde, Holly foi até o quarto de Bill, e tomou todos os cuidados possíveis para não levantar suspeitas. Bateu na porta devagar, entrou e fechou a mesma. Se deitou ao lado dele na cama, e o abraçou.

           - O que será da gente? – pergunta Holly.
           - Como assim?
           - Vamos ou não contar pra todo mundo?
           - Só iremos contar, quando você se sentir realmente segura.
           - E se isso demorar?
           - Espero o tempo que for preciso.
           - Eu te amo. – ela sussurrou.
           - Eu sempre te amarei. – ele sussurrou de volta, e a beijou.

      Algumas semanas se passaram, e os dois ficavam sempre se encontrando as escondidas. As únicas pessoas que sabiam concretamente do romance era o Tom e o Carlão, que prometeram não dizer nada.

      Naquela noite, dia 20, aconteceria o VMA. A banda estava concorrendo em duas categorias: Melhor vídeo clipe com Darside Of The Sun, e melhor show. Obviamente a banda ganhou as duas categorias, e seguiram para a festa que haveria após a premiação. Holly e Maggie tiveram que se segurar para não ficar tão próximas dos meninos, e levantar alguma suspeita.

      Bill estava no barzinho tomando um drink, quando uma morena se aproximou e ficou ali conversando com ele. De longe, Holly observava tudo.

           - Quem é aquela piriguete? – pergunta Holly.
           - Não faço idéia. – responde Maggie.
           - Olha só o jeito como ela olha pro Bill.
           - Relaxa, eles só estão conversando.
           - Se eu relaxar é bem capaz dela se aproveitar.
           - O Bill sabe se defender.

      A morena se aproximou ainda mais, como se fosse beijá-lo.

           - Viu só! Ela quer beijá-lo! – disse Holly.
           - Que oferecida!
           - Vou acabar com essa palhaçada agora!
           - O que vai fazer? – pergunta Maggie, segurando no braço de Holly.
           - Sei me cuidar, e não farei nada que possa nos expor.

–--
(Contado pela Holly)

      Cheguei perto, e me pus entre os dois.

           - E ai, tudo bem? – perguntei ao Bill.
           - Sim. – responde ele.
           - E você, quem é? – pergunta a morena.
           - Sou a... – namorada! - estilista dele.
           - Fez um ótimo trabalho. Se bem que ele fica bonito de qualquer jeito.

      Meu sangue subiu pra cabeça, e me controlei pra não escorregar minha mão na cara dela. Dei o meu sorriso mais forçado, só pra não demonstrar que estava com ciúmes.

           - Tem razão. Ele é bonito de qualquer maneira. – disse, e olhei pra ele.
           - E a estilista tem nome? – pergunta ela.
           - Holly Tyler. – respondi. – E você?
           - Amanda Bittencourt. Sou atriz.
           - Pornô? – perguntei.

      Bill, que no momento bebia algo, se engasgou após ouvir minha pergunta.

           - Não! – disse Amanda.
           - Parece. – disse.
           - Mas não sou!
           - Tudo bem, só estou dizendo que parece.

      Pedi uma bebida, e enquanto isso continuamos conversando. Bill permaneceu o tempo inteiro calado. A bebida que eu havia pedido chegou, e era de morango. Me veio uma idéia na cabeça, que de inicio achei que fosse perversa demais.

           - Me desculpe. – disse, após ter derramado a bebida no vestido brando de Amanda.
           - Olha só o que você fez! – disse ela, irritada e tentando limpar.
           - Acho que to com mal de Parkinson. – disse com cinismo.
           - Vem Holly. – disse Bill, me arrastando.

      Ele me tirou dali, e me levou para um lugar mais calmo, onde não havia ninguém. Fechou a porta, e descarregou.

           - O que foi aquilo? – pergunta Bill.
           - Eu quem deveria fazer essa pergunta! – disse.
           - Só estávamos conversando.
           - Aham, e dali alguns minutos estariam na cama!
           - Que exagero!
           - Ah, então você acha exagerado? Tinha uma mulher quase lhe mostrando os seios, e diz que sou exagerada?
           - Exagerou de novo!
           - Ela quase te beijou!
           - Isso não é verdade. E além do mais, ela nem é tão bonita assim.
           - Conta outra, Bill. Eu vi muito bem o jeito que você olhava pra ela, tá?
           - A olhava da mesma forma que olharia pra qualquer pessoa.
           - Mentiroso!
           - Ô Holly, você... está com ciúmes?
           - Estou! Porque, vai dizer que não posso ter ciúmes do meu namorado?
         
      Ele riu.

           - Do que está rindo? – perguntei.
           - É que você fica ainda mais linda quando está brava.
           - Nem adianta mudar de assunto.
           - Ah não, não iremos brigar, não é?
           - Já estamos brigando!
           - Eu prefiro acabar com a briga, e lhe dar um beijo agora mesmo.
           - Isso não vai me fazer deixar de ficar com raiva.
           - Tem certeza? – ele se aproximou, e me segurou pela cintura.
           - Tenho. – não.
           - E se eu disser que te amo? Ainda assim vai continuar com raiva?
           - Odeio quando faz isso.

      Mais uma vez não resisti. Eu era tão vulnerável a ele. Bastava um olhar, e já estava me derretendo. Isso não é justo. Nos beijamos, e após isso, tive que recuperar meu fôlego. A cada dia que passava, me apaixonava ainda mais.

Postado por: Grasiele

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