sábado, 3 de março de 2012

Ironias Do Destino - Capítulo 11 - Perdendo a Fé.

(Contado pela 3º pessoa)

      Era noite, e todos estavam jantando. Uma hora ou outra o Bill olhava para a Holly, que tentava desviar o seu olhar, e às vezes se pegava olhando para ele também. Estava o maior silêncio, por mais incrível que pareça, até que isso tudo passou.

           - Pode me passar a salada? – pergunta Maggie ao Gustav.
           - Por acaso é alijada? – pergunta ele. – Não custa nada se levantar um pouco e pegar.
           - Se eu me levantar, será pra lhe matar! – responde Maggie.
           - E tá esperando o quê? – ele provoca.
           - Só não faço isso porque tem muitas testemunhas!

      Ninguém conseguiu segurar o riso.

           - Então quer dizer que o Georg e a Holly estão saindo? – pergunta Tom.
           - O quê? – Holly se engasga com o suco. – Quem lhe contou isso?
           - Não vem ao caso agora. – responde ele.
           - A gente tá saindo sim, por quê? – pergunta Georg.
           - É engraçado, porque vocês nunca ficam juntos e ainda não vi um beijinho se quer. – diz Tom.
           - Ah, mais isso não é problema. – diz Georg, que larga o copo de suco, e agarra a Holly.

      O ódio tomou conta do Bill naquele instante. Ele se retirou da mesa. Maggie começou a rir, e o Gustav não estava acreditando naquela cena. Tom se divertiu no inicio, mas depois que viu seu irmão se retirar daquela maneira, mudou seu jeito na hora.

      Bill estava no quarto, furioso. Tom bateu na porta, e assim que entrou, viu seu irmão dando um soco na parede.

           - Ei, ei, ei! – disse Tom, correndo até ele. – O quê que aconteceu?
           - Ainda tem a cara de pau de perguntar?! – diz Bill, irritado. – Poxa Tom, eu pensei que fosse me ajudar, e não atrapalhar!
           - Do que está falando?
           - Precisava pedir pro Georg beijar a Holly?!
           - Mas eu não pedi nada! Não tenho culpa se ele é maluco o suficiente para beijá-la daquela forma!
           - As coisas já estão complicadas entre mim e a Holly, e você ainda coloca mais lenha na fogueira!
           - Não me culpe por fazer suas burradas!
           - O quê?
           - Se fosse tão corajoso quanto o Georg, seria você, e não ele!
           - Não entendi.
           - Se liga Bill! Não será o Georg a tirá-la de você. Ainda não percebeu que esse “romance” é pura mentira?! A Holly deve ter inventado isso pra poder ficar longe de você.
           - Acha isso?
           - Se tivesse ficado até o final, teria visto a cara que ela fez. Era você que ela queria ali naquele momento, e não o Georg.
      
      Bill se sentou na cama.

           - Continua vacilando, e perderá a Holly por pura bobagem. – disse Tom.
           - E o “senhor sabe tudo” pode me dizer o que eu devo fazer?
           - Continua correndo atrás. Ou melhor, mostre a ela o que você realmente quer.
           - Como assim?
           - Inventa alguma coisa, sei lá. Você é bom com surpresas, então... faça uma a ela.
           - Surpresa?

***

      Na biblioteca, Holly e Georg conversavam...

           - Me beija de novo, e eu arrebento a sua cara! – disse Holly.
           - Mas foi você quem disse que estávamos saindo. – disse Georg.
           - Disse sim, mas não precisava me agarrar!
           - Foi puro impulso.
           - Então trate de controlar esses impulsos, se não quiser amanhecer com a cara arrebentada.
           - Como você é violenta!
           - E ainda não viu nada!
           - Você... você gostou?
           - Gostou do quê?
           - Do beijo.
           - Ah, me poupe Georg!

      Ela se retirou, indo pra sala, onde encontrou a Maggie assistindo televisão, ao lado do Gustav.

           - Isso só pode ser uma miragem. – disse Holly.
           - Do que está falando? – pergunta Gustav.
           - Você e a Maggie, lado a lado. – responde ela.
           - Ele que se atreva encostar em mim. – disse Maggie.
           - E porque eu faria essa loucura? – diz Gustav.
           - Acho bom mesmo! – diz Maggie.
           - Pra sua informação, eu gosto de mulher.
           - Tá me chamando de traveco?
           - Se a carapuça serviu...
           - Você vai ver a carapuça!

      Maggie partiu pra cima do Gustav, e começou a bater nele. Holly ficou maluca com aquela situação, e se aproximou para tentar separá-los.

           - O que está acontecendo? – pergunta Tom, enquanto descia as escadas.
           - Dá pra me ajudar aqui? – pergunta Holly.
           - Não acredito que o Gustav está brigando com uma garota! – diz Bill, chegando a sala.
           - Aposto cinquentinha, na Maggie. – diz Georg.
           - Eu aposto cem, no Gustav, por ele ser meu amigo. – diz Bill.
           - Dá pra vocês pararem de fazer apostas e vir ajudar? – diz Holly.

      Tom segurava a Maggie pela cintura, tentando deixá-la bem longe do Gustav, que estava sendo segurado pelo Bill e o Georg.

           - Me larga, que eu vou acabar com esse idiota! – disse Maggie.
           - Deixa a magrela vir que só dou um sopro e ela cairá bem longe! – disse Gustav
           - Magrela é a mãe! – gritou Maggie.
           - Já chega! – gritou Holly, entre eles. – Querem se matar? Que seja fora daqui!
           - Idiota. – Maggie provocou.
           - Fica quieta Maggie! – disse Holly. – Tom, eu sei que você é bom nisso, então tire-a daqui. – ele deu um sorriso malicioso, e a levou pro quarto para se acalmar. – E você Gustav, é melhor dar uma volta e esfriar essa cabeça.

      Holly se sentou no sofá, e respirou fundo. Georg pegou as chaves do carro, e saiu com o Gustav. Bill ficou lá parado, e quando ia se retirar...

           - Bill! – chamou Holly.

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog