(Cotado pela Holly)
O dia amanheceu, e acordei ao lado do Bill. Havíamos passado a noite juntos, e não tive coragem de dizer nada sobre a gravidez. Estávamos abraçados. Ele trajando apenas sua cueca, e eu, calcinha e soutien.
- Bill... já imaginou se eu ficasse grávida? – disse.
- Como assim?
- Ah... se acontecesse. O que faria? – olhei pra ele.
- Não sei. Por quê?
- Por nada.
- Tá querendo ficar grávida é?
- Não, não. É que... me veio isso na mente.
O beijei. Estava preocupada com a resposta que ele deu. Isso significa que ele não quer o bebê? Precisava esquecer aquele assunto pelo menos por um segundo, então o beijei novamente, desta vez, vorazmente.
- Uau. – disse ele, recuperando o fôlego.
- Sei que ainda é cedo, mas... to afim. – disse.
Bill me beijou de novo, e tirou meu soutien. Em seguida tirou sua cueca, e minha calcinha.
- Faça-me perder o controle. – disse, e ele sorriu maliciosamente.
Me penetrou com um pouco de força, me fazendo gemer. Acho que ele levou a sério demais, pois não teve “dó” nenhuma, e a cada segundo ia mais rápido. Para não incomodar ninguém, peguei o travesseiro dele, e coloquei no meu rosto para abafar o barulho. Ele estava mesmo me fazendo perder o controle. Quanto mais ia rápido, mais ele gemia também. Tirei o travesseiro, e olhei pra ele. Bill me beijou, e continuou. Notei que ele já estava ficando “fraco” assim como eu. Ele realmente sabia me surpreender. Pude sentir seu bafo quente e ofegante em meu pescoço, me fazendo delirar ainda mais. Chegamos ao ápice. E sem forças, ele “desmoronou”. Ficou em cima de mim, sem nem ao menos tirar seu membro das minhas vergonhas.
- Me responde uma coisa. – disse ele, ofegante.
- O quê? – perguntei, também ofegante.
- Consegui te fazer perder o controle?
- E ainda tem dúvidas?
Ele sorriu, e me deu um selinho. Retirou seu membro das minhas vergonhas, e deitou-se ao meu lado. Puxei o lençol com os pés, e depois com a mão, até nos cobrir.
- Quando quiser de novo, é só avisar. – disse ele, sorrindo maliciosamente.
- Não seria mais fácil agir?
- Você quem manda.
Um dia depois. Era noite, e eu resolvi ir ao super mercado. Fiz algumas compras, e voltei pra casa. Mais uma vez, estava passando o jogo da Alemanha. Época de copa do mundo. Entrei, e vi os meninos nervosos, ansiosos, loucos para verem um gol. A Maggie provavelmente estava em seu quarto assistindo outro canal.
- Alguém pode me ajudar com as compras? – perguntei.
- Agora não dá! – disse Georg.
- Isso é só um jogo! – disse.
- Um jogo importante. – disse Tom.
- Bill! – disse.
- Desculpa amor, mas é muito importante.
- Ok. Acho que terei de fazer isso sozinha.
–--
(Contado pela 3º pessoa)
- Essa é a voz da Holly! – disse Bill.
- Georg, chame a policia. – disse Tom. – E você Gustav, vem com a gente.
Eles saíram na varanda, a tempo de ver alguém escapulindo rua abaixo. Holly gritou novamente. Do lado de fora, sem o abafamento das paredes e dos vidros, o grito encheu o ar da noite com uma rapidez e agudeza surpreendentes, como somente alguém ouvira em filmes de terror. Outras luzes de varanda começaram a acender. Mas Bill ainda não sabia onde a Holly estava.
- Ali! – diz Gustav, apontando. – A Holly está ali!
Um rapaz que também saiu de sua casa para saber o que estava acontecendo, logo disse:
- Ela foi esfaqueada!
–--
(Contado pelo Bill)
Quando o rapaz disse isso, senti meu mundo desabar. Corri em direção a ela, e a encontrei na entrada da garagem, dobrada ao meio, chorando convulsivamente. Holly apertava as costelas, e sob suas mãos pude ver uma mancha de sangue em sua blusa.
- Ele me disse que eu não gritasse, senão me esfaquearia. – disse Holly, soluçando.
Ela cuspia as palavras, respirando com dificuldade.
- Mas eu gritei. Eu gritei e ele me esfaqueou.
Como se não acreditasse nela, levantou sua blusa para me mostrar a ferida em sua caixa torácica.
- Eu estava pegando as compras. Ele surgiu do nada.
Coloquei minha mão sobre seu braço para acalmá-la, ao fazer isso, seus joelhos se dobraram. Holly caiu sobre mim, dobrando as pernas pra frente. A deitei no asfalto e a coloquei sobre meu colo. Suas palavras saiam mais devagar agora, enquanto lutava para manter os olhos abertos.
- Ele me disse pra não gritar. – repetiu ela. – Ele colocou sua mão sobre minha boca e disse pra não gritar.
- Você fez o que devia. – respondi. – O espantou daqui.
Notei que ela estava entrando em choque e não fazia idéia do que fazer para ajudá-la. Estava com medo de perdê-la. “Venha ambulância. Onde estão vocês?”. A consolei da única forma que sabia, alisando seu cabelo, colocando a palma da minha mão sobre seu rosto, secando suas lágrimas. À medida que ela ia ficando mais fraca, eu continuava dizendo a ela para resistir, que a ajuda estava chegando.
- Por favor, não feche os olhos. – disse. – Você vai ficar bem! – afirmei, mas nem eu tinha certeza disso.
Sua pele estava ficando acinzentada. Tom, Gustav, Georg e Maggie ficaram ao nosso lado o tempo todo. E pelo que me pareceu por horas, mas, na verdade, de acordo com o relatório da policia, foram cerca de três minutos.
- Estou com você. – disse a ela. – Não me deixe.
Me senti culpado. Se tivesse concordado em ajudá-la com as compras, nada disso teria acontecido.
- A policia está chegando. – acrescentei. – Agüente firme, por favor.
Antes de fechar os olhos, Holly sussurrou:
- Eu te amo.
Puxei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, e disse:
- Sempre te amarei.
Como um anjo enviado dos céus, um policial veio subindo à calçada. Em seguida, chegaram mais policiais, e logo uma equipe de salvamento chegou em uma ambulância, com uma maca e pedaços de gaze esterilizada. Antes de levarem para dentro da ambulância, segurei a mão de Holly e disse:
- Você está segura agora.
Postado por: Grasiele
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