sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 2 - Drunk In The Club

Nayara

Eu AMO sair, ir pra balada, praia e tudo mais, PORÉM, hoje eu adoraria sair só do quarto pra cozinha e da cozinha pra sala,pois a preguiça e a falta de paciência naquele dia definitivamente dominava o meu ser, mais o pessoal muito gentil e compreensivo me forçou a sair.


Eu mal havia me arrumado, vesti um jeans claro, uma regata branca um pouco decotada, um casaquinho com as mangas arregaçadas até o cotovelo, azul escuro o que dava contraste com meus olhos verdes, e uma sapatilha, deixei meus cabelos negros soltos, passei só um rimel e pronto.


Nesse momento os odeio com toda a força, e passo meu dedo tediosamente em volta de um drink que pedi, enquanto todos dançam animadamente na pista. Cansada de fazer nada, sozinha e sentada, fui fazer nada sozinha e andando, então levantei da mesa que estava e fui dar uma volta na boate, até que:


-oooow olha por onde anda garota. –ouvi após meu ombro ser quase arrancado.

-ai desculpa. -falei olhando pra frente. - Meu deus que lindo!...Que isso, eu não sou louca a 2° parte eu só pensei.

-puta que o pariu, que dia de cão. -falou o carinha alto, com roupas extremamente largas, tranças negras no cabelo, e um piercing pecador numa boca carnuda e uma voz muito sexy.

-nossa que revolta. -falei arqueando uma sobrancelha. -só pode ter levado um pé na bunda. –debochei.

-eu lá sou homem de levar pé na bunda? Eu dou pé na bunda. –disse gesticulando com as mãos.

-sei. –falei tentando não rir.

-quase arranca meu braço hein, caramba. –disse estressado,passando a mão no braço.

-ai que exagero, eu já pedi desculpa, se não quer aceitar o problema é seu. –falei já sem paciência dando de ombros.

-nossa que esquentada, gatinha. –disse mudando sua feição para uma maliciosa e mudando o foco do estresse, que até então era DELE. –ta precisando de um homem sabia?! –completa o folgado.

- até que não é uma má idéia. –falei sorrindo. - se ver um me avisa. -completei triunfante saindo de suas vistas.



Voltei pra mesa antes que esbarrasse em alguém de novo. Um tempo depois o carinha me aparece de novo.

-achei. –disse o moreno alto se esparramando na cadeira ao lado.

-achou o que? –falei com cara de poucos amigos passando o dedo ao redor do meu drink.

-o homem que você procurava. –disse mexendo em um enfeite na mesa.

-a é cadê? –falei o fitando.

-ta olhando pra ele. –disse dando um sorriso de canto.

-só se você veio do futuro pra me avisar, porque agora o que eu estou vendo é um moleque metidinho a rapper, que se não vazar daqui agora, vai levar uns tapas.

-Uaaaw que sarcástica e selvagem, adoro isso. –falou se arrumando na cadeira.

-ai garoto, por favor, fala logo o que você quer e me deixa em paz. –falei impaciente.

-simples, você! –disse se aproximando.

-pena...vai ficar querendo, agora vaza. –falei com o copo na mão.

-nossa que chata, deixa eu ficar aqui vai?! –falou com um bico.

-pra que? –falei bufando.

-preciso conversar, eu to mau.  –falou se afundando na cadeira.

-por causa do pé na bunda que levou né?! –falei rindo.

-já falei que eu que dei. –falou franzindo a testa.

-que seja. –dei de ombros.    –bom, já que você não vai me deixar em paz mesmo. -falei revirando os olhos. – que comesse meu momento psicóloga, pode falar. –falei fazendo sinal para que ele falasse o vendo praticamente deitar na cadeira.

-qual seu nome doutora? –falou cruzando os braços.

-Nayara e o seu, senhor calças largas? –perguntei.

-Tom. –falou rindo. –Naaay, antes de começar a seção,posso pedi um drink pra mim? –falou tombando a cabeça pro lado.

-não. –falei arqueando as sobrancelhas. –se sóbrio você já é chato, imagina bêbado. –falei semicerrando os olhos.

-aaa assim não consigo me abrir. –falou balançando a perna.

-táá pedi logo. –falei já impaciente o vendo acenar para o garçom.

-Nossa Nay, você sempre costuma vir as festas, com essa cara de cu? –falou fazendo uma caretinha.

-mais você é um folgado mesmo hein. –falei batendo em sua perna o fazendo desequilibrar.

-não, é sério Nay. –falou se arrumando na cadeira. –você é tão linda, vem pra balada e fica aqui sozinha na mesa com cara de quem chupou limão com sal. –completou me deixando boquiaberta pronta para esganá-lo, até que o garçom chegou.

-bebe o que? –pergunta o garçom a Tom.

-hmm. –diz pensativo. –ta bebendo o que Nay? –pergunta olhando para meu copo.

-deve ser gardenal, pra eu estar te aturando aqui. –falei seca fazendo o garçom rir.

-não isso eu não quero. –disse fazendo uma caretinha. –quero um Black Russian. –falou pro garçom que saiu após anotar o pedido.

Conversamos por horas, em meio a vários drinks, mais dele do que meu.Ele era um safado mesmo, meu deus! Como pode alguém ser tão rodado assim?! Mais ele era muito engraçado, além de lindo e sedutor, então até dava pra entender porque ele tinha um currículo tão extenso, afinal ninguém gosta de homem, feio e chato, tudo que esse pervertido não era.

-bom já volto,vou ao banheiro. –falei me levantando.

-liquido ou sólido? –falou

-ãããn? –falei feito uma velha surda devido ao som alto.

-esquece. -falou rindo. –não demora ta, to carente, gaaaaaaaaaarçom to carente. –gritou acenando pro garçom enquanto eu me afastava rindo com cara de ‘nem conheço esse ser’.




Chegando no banheiro encontrei Carla retocando a maquiagem, ficamos conversando, eu de dentro do banheiro e ela ainda se amando no espelho.
...........
-meeeentiiiiiiiiiraaaaa. –gritei vestindo a calça apressadamente pra ouvir o resto da história.

-sério menina, se eu não tivesse visto com esses olhos e minhas lentes que um dia irei trocar, não teria acreditado. –falou Carla se encostando na pia.

-conta essa história direito garota. –falei lavando as mãos enquanto Carla me explicava.

...........


-cara...me amarrota que eu to passada, sério eu to...-parei pra pensar. –Tooom, caramba. –falei com os olhos arregalados.

-quem? –falou Carla franzindo a testa.

-esqueci o Tom coitado, deixa eu ir lá, mais tarde agente se fala. –falei saindo apressada.

...........


-ela me deixooou soziiiinhooo, abandonaaadoooo. –cantarolava Tom passando o dedo em um de vários copos que estavam na mesa.

-ai Tom, desculpa. –falei tentando parar de rir da cena.

-suuua ruiim. –falou Tom franzindo a testa, com o dedo em meu rosto.

-uuuurgh. –falei fazendo careta. –você bebeu o estoque do bar é?! –falei tampando o nariz.

-n não, acho que ainda tem mais. –falou coçando a testa. –e eu vou pedir, garç.... –falou sendo interrompido por mim.

-você vai é pra casa ô, pudim de cachaça. –falei o puxando pra levantar.

-nãão, casa não, não tenho casa. –falou colocando o braço em volta do meu pescoço. -não posso voltar por causa da Chele a Mi..Roch..Rochele, leeeeembraaaa? –completou finalmente a história,  encostando seu rosto perto do meu.

-quer que eu entre em coma alcoólico desgraçado?! –falei virando o rosto tentando não sentir mais aquele hálito que era puro álcool. –ain eu mereço. –falei revirando os olhos.

-Nay, o que é que está acontecendo? –pergunta Georg chegando com uma cara confusa.

-ai Georg, minha salvação, me ajuda aqui. –falei o vendo ir segurar Tom do outro lado.

-nãão, homem pegando em mim não. –Tom falou se afastando.

-cala a boca Tom e fica quieto. –falei sem paciência.

-Ge, agente vai ter que levar ele lá pra casa. –falei me encolhendo.

-ta doida é? –disse Georg se inclinando pra me ver. –agente nem sabe quem é esse cara, e se ele quiser fazer alguma coisa com agente.

-nesse estado? –falei arqueando as sobrancelhas. –a única coisa que ele pode fazer é, cair e dormir. –falei rindo. -além do mais, ele tem carro. –completei.

-como você sabe? –perguntou Georg.

-aah uma longa seção de terapia, depois explico. –falei dando um tapa na mão de Tom, que queria pousar em meu decote.

-carro. –disse Georg pensativo.

-opaaaah, carona. –disse Carla chegando.

-ééé carona, em um carrão e quem vai dirigir é você Ge. –falei me inclinando o vendo com cara de ‘to começando a gostar’.

-tem que dirigir direito a Angelina viu. –falou Tom alcoolizando Georg.

-quem? –falei sem entender.

-a Angelina, meu carro, Angelina Jolie, linda, macia, 2 air bags.. –falou rindo de lado.

-ok já entendi. –falei revirando os olhos.

-boa escolha de nome. –disse Georg. –cadê a chave? –perguntou.

-ta aqui no bolso. –falou olhando pra baixo.  -eu to tonto. –falou colocando a mão no rosto.

–esse é o Tom ou o que restou dele?! –disse Carla arqueando uma sobrancelha.

-é o que restou dele. –falei procurando as chaves em um de seus bolsos imensos.

-óóóó ta me bulinando moçinha dana. –Tom dizia se contorcendo.

-Nayara! –disse Ge incrédulo.

-o que????? –falei mais incrédula ainda. –eu hein, eu lá tenho cara de quem se aproveita de bebum, sai fora –falei revoltada.

-eu senti. –falou Tom com cara de ‘sinto muito, é a verdade’ fazendo Carla rir.

-vai sentir minha mão na sua cara, já já. –falei enquanto finalmente achava as chaves. –pronto, aqui. –falei as entregando para o Georg.

Carregamos Tom até o estacionamento, e o colocamos no banco de trás do carro junto de Carla, Georg e eu fomos na frente.

-cuidado heeein. –dizia Tom com a cabeça encostada no ombro de Carla e balançando o dedo no ar. –cuidado com a Angelina, ôô filhote renegado do Axl Rose. –completou fazendo eu e Carla gargalharmos e Georg fazer uma carinha de cu.

-até um bebum percebeu a semelhança Ge..ta na hora de pedir o teste de DNA pro seu pai. –falei dando-lhe tapinhas no ombro.

-haha engraçadinha. –falou Ge ainda com cara de cu.

Fomos para casa que ficava a uns 25 minutos da boate, Georg deu um banho em Tom e o levamos para dormir em um quarto que estava vago, ele caiu em sono profundo assim de deitou a cabeça no travesseiro... graças a Deus.

Por: Grasiele

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