sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 16 - Hey, I Do Not Bite, Only If You Want

Melanie

2 semanas se passaram desde a minha vinda pra casa dos meus primos, ainda não encontrei um emprego..quer dizer encontrar eu encontrei, mas eu não sai de uma loja em Chicago pra trabalhar em uma loja na Austrália, eu quero algo melhor, afinal eu não me matei na faculdade de Web Designer a toa. Aqui na casa, a convivência esta sendo tranqüila, Nay e Georg, iam sempre me visitar em Chicago e eu a alguns anos já havia passado 1 mês aqui, então já conhecia bem a todos,menos os gêmeos.


Bill é uma graça, passou uns dias meio cabisbaixo, e o porque disso, Nay me contou um dia quando fomos as duas até a praia, fiquei abismada com o fato...ele é tão jovem e já é ‘divorciado’ de uma forma tão covarde por parte da mulher...mas ele já está bem melhor, só que bem na dele, um tanto tímido, com toda a turbulência que tem nessa casa, mas sempre que dá, conversamos bastante, nos damos super bem...já o Tom.


Esse vive me comendo descaradamente com os olhos, não só a mim, mas a todas as mulheres que passam em sua frente, pelo que eu percebi, e pelo que a Nay me alertou, me dizendo logo que seu eu fosse ter algo com ele, que não me envolvesse ou criasse expectativa a respeito. O que apesar dele ser extremamente lindo e charmoso, não está em meus planos, pelo contrario, quero distancia, ele é sempre cheio de brincadeirinhas e piadinhas de duplo sentido, que logo são cortadas pelas minhas respostas sem paciência..mas ele não desiste, parece que é um passatempo pra ele me encher o saco, mas no fundo, quando ele resolve falar sério, ou simplesmente agir como um cara..normal, ele é legal:


Acordei mais tarde do que o normal, tanto que a casa está num silencio tamanho, que acho que estou sozinha. Ainda deitada na cama, sem o mínimo de coragem pra nada, passei a repetir mentalmente “eu tenho que me levantar” o que de inicio saia ‘da boca pra fora’ até que finalmente levantei relutante e me dirigi até o banheiro, pois nada melhor do que um bom banho pra ver se consigo despertar de vez, coisa que me bateu um certo arrependimento, pois a porcaria do chuveiro simplesmente não queria esquentar a bendita água...ta certo que eu quero ‘acordar’ mas água fria, já é crueldade:



-droooogaaaaa! –falei dando pulinhos de nervoso e fechando a mão em punho enquanto com a outra segurava minha toalha, a única coisa que envolvia meu corpo, pois eu pretendia tomar um banho..se o chuveiro colaborasse, e antes de ameaçar dar um soco no mesmo, me dei por vencida e fui até a porta do quarto chamar por ajuda, na esperança de Georg ainda não ter saído para trabalhar:

-Geee... –travei ao me deparar com Tom passando pelo corredor.

- o Georg já foi. –Tom disse despreocupado.

“merda” pensei contraindo os lábios, até que lembrei de uma segunda opção decente, mas logo fui broxada pela momentânea leitura de pensamentos, feita por Tom.

-e o Gustav também. –ele disse chegando mais perto me deixando um tanto apavorada. Pelo jeito, só tinha nós dois em casa “merda” era o que ecoava em minha mente..não que ele fosse me atacar, mas ele me deixava um tanto nervosa, besta e um tanto mais tímida e travada do que o normal....”merda” como eu vou tomar banho agora..só se, eu for no quarto da Nay. –posso ajudar? –ele disse me tirando do transe.

-ãã? Nã..não eu... –falei tropeçando nas palavras como uma imbecil.

-o chuveiro queimou? –ele disse soltando um sorrisinho e arqueando uma sobrancelha enquanto analisava os fatos:  Eu + toalha + chamando o Georg pra me ajudar = chuveiro queimado. Ponto pra ele, pra aumento do meu desespero.

-não, é..ta, mas... –enquanto Tom estava em seu momento ‘mãe Dina’ eu estava no meu ‘lady GAGA’ 


-deixa eu dar uma olhada. –ele falou pedindo passagem e indo em direção ao meu banheiro sem nem esperar resposta.

-não precisa Tom, eu.... –falei indo atrás dele.

-relaxa Mel, eu arrumo rapidinho, já arrumei tanto chuveiro aqui..parece uma praga, sempre quebra quando eu estou em casa.

“só pode ser praga” pensei comigo mesma.

Fiquei encolhida na porta do banheiro, com cara de bicho do mato amedrontado, enquanto segurava minha toalha com unhas e dentes e vez ou outra sem sucesso, tentava a deixar mais comprida, enquanto calmamente, Tom arrumava o chuveiro. Enquanto isso, não pude evitar de olhar seus braços bem definidos, que ele deixou a mostra ao arregaçar as mangas da camiseta antes de começar a arrumar o chuveiro..porque Deus da a ‘chatice’ a ‘safadeza’ e a ‘beleza’ a mesma pessoa? Isso não é justo! Pensei com meus botões.

-agora liga aqui o chuveiro, pra ver se deu certo, porque eu não quero me molhar..já tomei banho hoje. –ele falou rindo e eu arregalei os olhos sem perceber.  –VAI! –ele exclamou arqueando as sobrancelhas e fazendo sinal com a mão pra eu ir, e relutante passei por ele pelo pequeno espaço que havia, indo abrir o chuveiro, que logo vi, estar funcionando novamente...dei uns passinhos pra trás ao sentir a água ainda esquentando, espirrar em meus pés.

-e ai? –ele falou pegando em meu ombro me assustando.

-tta bom... arrumou. –falei sem o olhar, o ouvindo rir baixo, pelo meu susto.

-que bom. –falou sério se preparando pra sair, mas logo virando pra mim. -olha...eu posso até parecer tarado. –Tom disse me encarando com os olhos semicerrados. –mas eu não faria nada...  –falou subitamente levando sua mão ao meu queixo e levantando meu rosto para encará-lo melhor. –...que você não queira. –concluiu e enquanto minhas pernas ficavam totalmente bambas meu lábio inferior foi puxado em uma mordida forte e rápida, e sem me dar o menor tempo pra uma ação, Tom logo se afastou enquanto ainda me encarava firmemente...pude saber claramente que em sua mente ele sabia que no fundo..mesmo o detestando na maior parte do tempo...eu queria aquilo.

“merda” ecoou em minha mente pela milésima vez no dia, enquanto ele sumia de minhas vistas, fazendo a curva pra sair do banheiro, e eu permanecia com a mesma cara de tacho, que fiquei quando ele se aproximou.

Por: Grasiele

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