sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 12 - One More

Tom Kaulitz

“Assim que peguei meu celular me deparei com 5 chamadas perdidas...”

-mãe?! –falei pra mim mesmo, reconhecendo o numero no visor.


-TOOOOOM, vem jantar. –gritou Carla da cozinha.


-já vou. –respondi depois de algum tempo parado ainda olhando o visor.


Como eu realmente estava morrendo de fome, depois de..tudo...deixei o celular em cima da mesinha da sala, e fui jantar antes de retornar a ligação. Passei quase todo o jantar completamente aéreo, estranhando o Bill não me atender a dias e minha mãe me ligar assim do nada, insistidamente, só sai do transe ao Georg comentar com Nay.


-então...a Mel já ligou confirmando quando vem?


-já, já sim, ela chega no sábado. –disse Nay com um copo de suco na mão.


Ao ver minha cara de “do que é que vocês estão falando hein?!” Carla se encolheu pro meu lado semicerrando os olhos e falou baixo,como quem conta um babado quente, mas dando pra todos ouvirem:


-carne nova Tom...terá carne nova na casa. –concluiu fazendo todos rirem.


-ai que horror. –disse Nay rindo e assentindo em negativo.


-opaaah e ninguém me conta isso logo, como assim? Alguém me explica. –falei empolgado.


-nossa prima Melanie, esta vindo de Chicago, pra morar aqui, Tom, ocupar o ultimo quarto vago...


-aquele ao lado do meu? ôô beleza. –falei esfregando as mãos.


-não é pra mexer com ela seu safado. –Nay disse me dando um tapão no braço.


-aai Nay, cê ta cruel hoje hein. –falei passando a mão no braço ardendo.


-éé...to vendo. –disse Carla puxando um pouco a parte de trás da gola da minha blusa branca, vendo algum arranhões feitos por Nay. Não sei se o ketchup no prato do Georg tava aguado, ou a Nay conseguiu mesmo ficar mais vermelha do que o Ketchup. –viu Carlinha, como ela é má?! –falei fazendo um bico e me segurando pra não rir da cara de tomate da Nay.


-ooun tadinho. –disse Carla dando um beijinho entre meu pescoço e meu ombro.


-iiisso mata mesmo! –falei me encolhendo já todo arrepiado.


-vamos parar com a putaria. –disse Georg semicerrando os olhos meio que irritadinho com a cena.


-é um puto mesmo! –disse Nay assentindo em negativo com um risinho incrédulo.


Terminamos de jantar e eu peguei meu celular indo pro quarto ligar pra minha mãe, mas antes tentando novamente ligar para o Bill, e novamente sem sucesso.


-eee filho da pu... –falei olhando pro celular, mas não concluindo a frase, ao lembrar o pequeno detalhe de que a mãe em questão, também é minha.


Me joguei na cama e sem mais enrolação, liguei pra minha mãe, e um ódio misturado com um ‘eu sabia’ invadiu meu interior, me deixando um tanto tremulo.


-eu sabia...eu sabia que aquela vagabunda não prestava, eu falei pra ele, mas ele não quis ouvir....


-err eu não sei o que dizer meu filho...pra mim foi uma surpresa, eu a achava uma boa pessoa. –dizia minha mãe do outro lado da linha.


-ráá mas eu não...vadia nenhuma me engana. –falava tremendo de ódio.


-bom...eu só sei que estou muito preocupada com seu irmão, ele ta muito abatido, não quer comer...eu o chamei pra voltar aqui pra casa, pra..pra se distrair, pra eu ajudá-lo, não sei..mas ele não sai daquele apartamento, PRA NADA...eu estou muito preocupada.


-droga. –sussurrei pra mim mesmo, inconformado por não estar lá o amparando. –fica calma mãe..eu..eu vou pensar em alguma coisa que eu possa fazer, enquanto isso toma conta dele viu?! Eu vou fazer algo, eu... –respirei fundo ainda inconformado.


-eu sei meu amor..calma você também viu, calma.


-ta.


-bom, tenho que desligar, eu to indo lá no apartamento dele agora.


-ok...diz pra ele não ficar assim...diz pra ele me atendeeeer. –falei soltando um longo suspiro.  -beijo mãe.


-beijo meu filho.


Desliguei e joguei o celular na cama com raiva, o vendo quicar e cair no chão.


Tudo que vinha em minha mente, era a imagem daquela carinha de sonsa da Laura, me dando mais ódio ainda. Ela nunca me enganou, nunca fui com a cara dela, achavam que era birra minha por estar com raiva do mundo na época....mas eu definitivamente, não costumo me enganar com as pessoas, por mais boazinhas que elas aparentem ser . Vagabunda! Como ela pode fazer isso com meu irmão?! Como ela pode trair ele e ainda ser covarde o suficiente pra fugir deixando apenas um bilhete.


-VADIA! –falei socando a cama pela milésima vez.


O que é que eu vou fazer? Era a pergunta que me consumia, e depois de tanto pensar, eu decidi...eu iria ter que ir pra Alemanha, iria fazer o esforço de voltar naquele lugar que tudo que eu mais queria era distancia, mas Bill precisava de mim, e nem que fosse a força, eu o traria pra cá...mas pra ficar aonde? Droga! Agora a casa não teria mais quarto vago, por causa da vinda pra prima deles...merda!


-Tom? –disse Nay do lado de fora do quarto me tirando de mais um transe do dia.


-entra. –falei sem forçar.


-vim dar boa noite. –ela disse abrindo a porta e entrando. –ta tudo bem? –falou franzindo a testa. E adiantava eu dizer que sim? Não...ela me conhecia quase tanto quanto o Bill.


-vou ter que ir pra Alemanha. –falei depois de soltar um longo suspiro.


-e porque? –falou arqueando as sobrancelhas e se sentando na beirada da cama.


Contei pra ela toda a história a deixando perplexa:


-nossa..que barra, coitado...que cachorra! –falou arqueando as sobrancelhas. –você tem mesmo que ir dar uma força pra ele. –concluiu com cara de ‘tadinho dele’.


-é..eu vou tentar trazer ele pra cá. –falei fitando o lençol da cama. –nem que seja uma temporada, sei lá, mas pra fazê-lo se recuperar sem se torturar com lembranças...sei o quanto é ruim. –falei suspirando. –e não quero isso pra ele.


-eu sei. –Nay sussurrou também fitando o lençol.


-só não sei como vai ser...vou ter que arrumar um lugar pra gente e...


-PORQUE? –Nay disse incrédula um tanto alterada.


-porquee...porque aqui não tem mais quarto vago Nay, sua prima vai vir, lembra?! E o Bill tem que ficar comigo.


-aff Tom...agente da um jeito. –ela falou semicerrando os olhos. –bom...realmente não terá mais quarto vago...mas... –falou analisando o quarto. –se você não se importar, agente coloca outra cama aqui no seu quarto, pra ele. –ela falou dando um risinho de boca fechada com cara de ‘simples’ me fazendo dar um sorrisinho.


-você pensa em tudo. –falei ainda sorrindo.


-eu sou foda, meu querido. –Nay falou jogando os cabelos em seguida se esparramando na cama me fazendo rir.


-eu sei. –falei subindo em cima dela e entrelaçando minhas mãos nas suas. –obrigado...por tudo. –falei a fitando e aproximando nossos rostos.


-imagina. –ela sussurrou e eu selei nossos lábios.

Por: Grasiele

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