sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 4 - Change

Nayara

Tom aceitou morar com a gente, fomos logo levar Ge e Carla no consultório pois já estavam atrasados, e eu fui com Tom buscar sua coisas no apartamento da tal Rochele. ‘mais que nominho hein’ pensei comigo mesma. Tom curioso que só ele nos enchia de perguntas no caminho:


-mais a casa é de quem afinal? Tem alguma velhinha que cuida, tipo aquelas senhorinhas de pensão que fazem comida boa? –ele dizia enquanto dirigia.

-eu não sou velhinha, mais cozinho bem. –falei rindo no banco de passageiros.

-todos cozinhamos. –disse Carla.

-é tipo, se eu cozinho você lava, saca?! –disse Ge.

-claro, o meu lavo sempre. –disse Tom entrando na brincadeira.

-ain me poupem. –falei rindo enquanto olhava o caminho pela janela.

-ta..não tem velhinha..mais de quem é a casa?

-é minha. –disse Ge.

-é NOSSA. –falei olhando pra trás.

-ain senhor, uma simples pergunta, uma enrolação dos infernos.-disse Tom revirando os olhos.

-a casa era dos nossos pais. –disse Ge.

-nossos pais? –disse Tom olhando rapidamente para mim e para Georg em seguida. –você, linda desse jeito, irmã dessa coisa feia ai? –completou fazendo eu e Carla rirem.

-cê é folgaaado hein Sean Paul, folgaaaadoo. –disse Ge dando um tapa na cabeça de Tom.

-fica quieto ai o filhote de Axl Rose, quer dar oi pro poste é?! –dizia Tom se desviando dos tapas.

Vendo aqueles dois assim, rindo e se estapeando, dava pra notar que viria por ai, uma grande amizade.

-então a casa é dos dois..herança? –disse Tom voltando ao interrogatório.

-sim..assim, morávamos aqui com nossos país, mais ai nosso pai foi transferido para o Canadá e o Ge já tinha se estabilizado na profissão dele aqui e não quis ir também, e eu também não queria sair daqui e ficamos. –falei dando um risinho. –mais como a casa é muito grande, resolvemos alugar alguns quartos e tal. –completei o vendo arquear as sobrancelhas como quem estava finalmente entendendo.

-exato. –disse Ge. –eei vira a esquerda. –disse e Tom o fez. –prontinho, é aqui.

Ge e Carla se despediram e desceram na porta do escritório, Tom e eu seguimos para o apartamento, chegando lá, ele estacionou o carro em frente ao prédio e subimos pra arrumar as coisas. Rochele não estava ‘’graças a Deus’ pensei, vai que fosse uma doida escandalosa né, não to afim de barraco pro meu lado.

-quanta roupa preta, eu hein. –falei abrindo a porta de seu guarda roupas e ele riu. –parece até que vive de luto. –comentei e seu sorriso imediatamente se fechou, coçou a testa e foi atrás de uma mala. Achei aquela reação estranha, mais resolvi não investir no assunto, peguei as roupas e as coloquei na cama e Tom as colocava nas malas.

-ain acabou? –falei respirando fundo sentada na cama com as pernas em formato de borboleta.

-é..acho que acabou. –disse Tom olhando em baixo da cama. –acabou! –exclamou se levantando.

-agora eu vou tomar um banho e colocar uma cueca de macho. –Tom disse puxando a cueca incomodado me fazendo rir.

-tá, e eu vou aproveitar e ir na livraria aqui perto, ver se um livro que preciso já chegou. –falei me levantando.

-a não..toma banho comigo. –Tom disse na maior naturalidade como quem diz ‘vamos tomar uma coca?’

-sai fora. –falei rindo incrédula.

-aah vai dispensar?! –falou passando a mão em seu abdômen e arqueando a sobrancelha.

-vou. –falei rindo mais. –hoje vou. –falei arqueando uma sobrancelha o vendo abrir um sorriso maroto. -e agente se encontra lá em baixo, ta?! –falei pegando minha bolsa pra sair.

-ok.

Fui na livraria, e o livro que queria não havia chegado, então fiquei olhando outros e fazendo hora um pouco, pra dar tempo de Tom estar me esperando quando eu voltasse. Passado algum tempo resolvi voltar.

-MEU DEUS! –exclamei me aproximando de Tom que estava fechando o porta malas do carro e virou pra me olhar. Tom estava usando um jeans escuro, tênis branco, camiseta preta com uma estampa azul escura, um casaco preto e uma faixa também preta, completando o look. fala sério hein... todo de preto, lindo desse jeito, do lado desse carrão e todo cheiroso. –falei chegando mais perto. –assim não da pra resistir.–falei o vendo rir de cabeça baixa totalmente sem graça. –aaaaaaah nããããão..e ainda TIMIDO????????? –falei  vendo o vermelho de suas bochechas se destoar no meio de tanto preto. –assim não dá, vou ter que estuprar.-falei rindo.

-para. –disse colocando a mão no rosto. –tarada, socorro. –falou olhando pros lados.

-a ta, olha o padre falando. –falei rindo.

-mas então, achou o livro, cadê? –perguntou mudando logo de assunto.

-não.

-era de que, Kamasutra?

-AHÁ. –forcei um sorriso irônico. –não, era um livro pra minha faculdade...além do mais não preciso de livro de Kamasutra, sei mais do que ele. –completei o vendo abrir a boca e arregalar os olhos.

-UAAAW aceito aulas, na boa. –falou rindo.

-quem sabe um dia...talvez, quando os cangurus da Austrália dançarem Ula Ula. –falei batendo uma palminha.

-amanha mesmo estarei os ensinando. –disse Tom me fazendo rir.

-mais e ai Tom, tudo pronto? –perguntei.

-aham...MERDA...esqueci minha carteira. –falou fazendo um bico de lado. –vou lá buscar.

-ai vou junto, preciso ir no banheiro. –falei o seguido.

-vamos. –falou andando. -faculdade de que? –perguntou se virando pra mim.

-publicidade.

-huum menina criativa né?! –falei dando um risinho malicioso e eu dei-lhe um tapinha.

Subimos novamente ao apartamento, fui ao banheiro, enquanto Tom aproveitou pra ir a cozinha, pois sua ressaca gritava pedindo algo liquido.

-você esvaziando e eu enchendo. –disse Tom com uma copão de suco, quando voltei do banheiro.

-besta. –falei rindo.

-quer?

-hum..é de que?

-adivinha. –falou me entregando o copo.

Tomei um pouco e o infeliz deu uma viradinha no copo derramando suco na minha blusa.

-ain filho da mãe. –falei pegando um pano que estava em cima da mesa, para me limpar e aproveitando e partindo pra cima de Tom lhe dando ‘chicotadas’ com o pano, corríamos ao redor da mesa feito idiotas, até que Tom virou se de repente fazendo nossos corpos se chocarem, ficamos parados nos olhando fixamente até que:

-MAIS O QUE É ISSO AQUI???????? –um grito fino estridente invadiu a cozinha nos assustando.

Ao virar vi uma moça, morena de olhos castanho claro, cabelos curtinhos liso e repicado, da cor de mel. ‘Rochele’ pensei.

-aff o que é isso digo eu. –falou Tom enfurecido. –isso lá é jeito de falar ‘tchau Tom, foi um prazer te conhecer, até nunca mais’. –completou e eu me esforcei muito para não rir.

-como é que é? –ela disse incrédula.


-é isso mesmo que está pesando Rochele...eu to saindo daqui, eu iria te ligar avisando e tal, mas já que está aqui..deixei o aluguel desse mês na gaveta do criado mudo, pra não te deixar no prejuízo até encontrar outra pessoa pra dividir o apartamento com você mês que vem ok?! –completou dando uma piscadinha. –bom, prazer te conhecer, foi bom enquanto durou..a estadia aqui, beijinho. –falou na maior cara de pau, indo lhe dar um beijo na bochecha e Rochele ainda incrédula, se esquivou.

-então essa ai é a Michele?! –Rochele disse me olhando com cara de nojo. –e você está me deixando pra ir morar com essazinha...

-você veja lá como fala comigo, hein garota.-falei semicerrando os olhos. –a única zinha que tem aqui é você...e SIM ele está indo morar cominho, a Michelinha dele. –falei pegando Tom pela cintura, enquanto o mesmo fazia cara de ‘que??’ logo se tocando e dando uma de ‘é isso mesmo’. –algum problema? –conclui arqueando uma sobrancelha vendo Rochele espumando de raiva.

-você é desprezível Tom Kaulitz. –ela dizia cheia de raiva com os braços cruzados. –me arrependo amargamente de ter te deixado entrar na minha vida.

-aah prazer em te conhecer também Rô. –Tom disse batendo uma palminha e sorrindo descaradamente. - mas agora tenho que ir, muito obrigado por tudo. –falou lhe entregando as chaves do apartamento, e Rochele continuava parada de braços cruzados sem receber as chaves, Tom então as jogou na mesa. –é sério, obrigado mesmo. –Tom assentiu em positivo e saiu me levando pelo braço, deixando Rochele ainda estática.

-tchau Rô. –gritei da sala, antes de sair do apartamento e Tom riu.




-huum Michelinha, ADOREI, vem cá vem. –disse Tom no elevador me puxando pra cima dele.

-sai fora garoto. –falei rindo e o empurrando pra longe. –foi só pra não perder a piada, mais não se anima não, se quiser fornicar vai atrás da Michele de verdade. –falei fazendo cara de ‘dãã’ o fazendo rir.

Saímos do prédio, entramos no carro indo direto pra casa.

-você me deve uma regata nova. –falei fazendo bico olhando minha regada manchada de suco.

-deixa eu ver, nem manchou muito. –Tom disse parando o carro no farol e vindo com a mãozona pra cima de mim.

-saai daqui. –falei ainda fazendo bico e lhe dando um tapa na mão.


Chegamos em casa e com mil malas do Tom, na porta, ao abrir a mesma avistei Gustav hiper concentrado em um livro de sua faculdade de engenharia, como de costume.

-Gust meu pãozinho de leite, vem cá. –falei e ele não deu lá muita bola, como de costume não quis tirar os olhos do livro. –Gustaaaav, por obstéquio, ajuda aqui. –falei errando propositalmente a palavra, pois sabia que ele não agüentaria e viraria nem que fosse pra me corrigir, dito e feito..Gustav respirou fundo fechando seu livro e eu prendi o riso:

-OBSÉQUIO, minha linda...obséquio! –Gustav falou se levantando e finalmente vindo ajudar.

-foi o que eu pensei ter dito. –falei na cara de pau.

-pronto! –disse Tom arqueando as sobrancelhas. –uma morena doida, uma loira doida, uma copia do Axl Rose e agora um nerd..quem mais falta aparecer nessa casa?! –Tom dizia olhando para o nada.

-uma copia do Sean Paul. –falei lhe dando tapinhas no ombro. –agora o time está completo.

-bem vindo ao hospício. –disse Gustav estendendo a mão para cumprimentar Tom, que fez o mesmo e abriu um lindo sorriso.

Por: Grasiele

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