sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life - Capítulo 5 - In Action

Terminei meu banho, vesti uma calça jeans clara, uma camiseta branca e uma azul marinho de manga comprida por cima, arregaçando a mesma até a metade do braço, coloquei uma faixa branca na cabeça, calcei meu tênis e desci pro restaurante para almoçar com o pessoal da banda e resolver alguns detalhes para o show.

-taaa cherooosooo o dominado, hein. –disse Josh aspirando todo o ar do ambiente assim que sentei a mesa.

-eu sou cheiroso! –afirmei com convicção. – e dominado é o seu rabo. –falei apontando-lhe um garfo.

-uiiiii que sexy bravo desse jeito, assim eu gamo hein cafajestom. –Josh falou dando um ataque de bixice com o dedinho na boca.

-Josh. –falei arqueando as sobrancelhas e o encarando. –ta me assustando. –falei fazendo todos rirem.

-calma gato eu não mordo. –falou ainda baixando a bicha louca.

-o Bill, troca d lugar comigo. –falei me afastando.

-ain bofe não foge não. –disse Josh pegando em meu braço.

-saaai desgraça! –falei me esquivando enquanto todos riam.

- você tem talento pra coisa hein Josh. –disse Humberto com cara de ‘eu hein’.

-iiiih sai fora mano, sou macho.- Josh se defendeu.

-MACHU-CADO. –falamos eu e Bill juntos.

-você pode não ser gay Josh, mais depois dessa cena, deu pra ver que alvará você já tem, só basta querer. –falei os fazendo rir enquanto Josh apenas me fitava nervosinho.

–bom agora chega de viadagem e vamos logo ao que interessa. –falei juntando as mãos iniciando o assunto que nos levou até ali.

Pedimos nosso almoço e enquanto comiamos conversávamos sobre os últimos detalhes para os shows previstos na cidade.

-então é ISS... –foi a ultima coisa que ouvi antes de gelar por completo ao vê-la passando pela porta do restaurante.

“é agora..só não sei como” pensei me preparando pra levantar.

-bom, vou indo nessa, agente se vê mais tarde. –falei tomando uma ultima golada da minha Coca.

-nossa que pressa. –disse Humberto estranhando.

-o estrogonofe deve ta pedindo pra sair. –disse Josh.

“uuurgh” pensei rindo porém com nojo do que ouvi, afinal, acabei de comer.

Sai do restaurante devagar a rastreando com os olhos, até que a vi conversando com uma recepcionista, ela olhou para trás do nada e eu rapidamente dei um passo para trás entrando no restaurante de novo com o coração disparado.
-ta, que que eu faço? –perguntei pra mim mesmo.

Grilos tomaram conta da minha mente por um tempo.

“.......................................................... aaah seja o que Deus quiser” pensei indo em direção a escada, quando ela entrasse no elevador eu apareceria ‘por acaso’ e veria o que iria fazer.

Fiquei um tempo esperando encostado na parede do corredor que dava acesso a escada, até ouvir uns passos se aproximando do elevador.

“é ela” pensei fazendo a curva e indo em direção ao mesmo.

-TA ME SEGUINDO?! –ela gritou de frente pra mim me fazendo estremecer de susto.

“puta susto da porra” pensei com a mão no meu coração que parecia querer sair pela boca.

-tava fazendo o que ai ãã? To de olho em você garoto, onde você estava as 17:45 do dia 01/09? –ela falou com cara de interrogador de delegacia.

“tava comendo bolo” pensei rindo.

-zoeira. –ela falou rindo.

-você me deve uma ponte de safena. –falei ainda com a mão no coração a fazendo rir.

-desculpa, não resisti. –ela falou ainda rindo. –ai droga. –falou tentando equilibrar umas pastas de documentos e o celular nas mãos.


Eu poderia ter ajudado ela a tempo sem deixar nada ter caído mais ao ver que a primeira coisa que iria cair era o celular, fiquei naquele vai mais não vai com as mãos até o mesmo se estabacar no chão.

-opa deixa que eu pego. –falei abaixando.

-oooh alma caridosa, obrigado. –ela falou sarcástica por eu ter deixado cair.

Aproveitei que ela estava distraída organizando os papeis e rapidamente troquei o meu celular pelo dela.

-toma. –falei a entregando meu celular torcendo para que ela não analisasse para ver se arranhou ou coisa parecida.

-valeu. –ela falou o pegando. –aaai não entra não. –ela falou entrando no elevador e olhando pra trás desconfiada.

-porque? –falei rindo e travando a porta do mesmo.

-nós dois de novo? Vai que acontece um dejavu. –falou rindo.

-bom pelo menos agente já se conhece, não tem mais o ‘clima de elevador’ –falei fazendo aspas com as mãos enquanto entrava.

-é. –falou rindo de canto.

-conseguiu entregar os papeis a tempo? –perguntei enquanto a porta se fechava.

-ah consegui sim. –falou com um ar de aliviada.

-vai ficar aqui até quando? –perguntei.

-se tudo der certo, volto na sexta. –falou assentindo em positivo.

-pra onde?-perguntei curioso.

-Frankfut.

-hum legal. –falei dando um sorrisinho. –se tudo der certo? –perguntei com cara de ‘tudo o que?’.

-eu vim pra cá resolver umas coisas pra montadora em que meu padrinho é sócio. –ela falou mexendo em uns papeis.

-trabalha no... –falei esperando continuação.

-no setor administrativo da empresa. –completou.

-hum que chique, garota de negócios. –falei a fazendo rir.

-ta pensando o que? Que eu sou pouca bosta? –falou com cara de ‘eu sou foda benhê’ me fazendo rir.

O elevador parou em meu andar.

-bom é o meu. –falei vendo a porta se abrir. –tchau. - falei dando-lhe um beijo na bochecha.

-tchau. –ela falou com uma carinha meiga.

Sai do elevador e fui para o meu quarto, fiquei sentado na poltrona olhando para o nada, enquanto balançava minhas pernas compulsivamente pensando em que momento iria agir.

“What would my mama do uh oh uh oh
If she knew about me and you?”

O celular dela tocou me assustando.

-ai caramba...atendo ou não atendo? –perguntei pra mim mesmo olhando para o celular.

-aah vou aten... –falei vendo o celular parar de tocar, respirei aliviado me afundando na poltrona. Fiquei fitando o teto e repousando a mão em minha barriga com os dedos entrelaçados.

-aaaah não agüento mais. –falei levantando rápido da poltrona saindo do quarto disposto a ir no andar dela por meu plano simples em pratica.

-CARAMBA. –falei travando no caminho quando a vi andando pelo corredor de costas pra mim.

“mais fácil do que eu pensei” pensei sorrindo aliviado.


Dei meia volta e me escondi numa curva do corredor, peguei meu celu...quer dizer o celular dela e disquei meu numero.


“But don't let them say you ain't beautiful They can all get fucked just stay true to you So don't let them say you ain't beautiful They can all get fucked just stay true to you”


O toque de meu celular ecoou no corredor, inclinei meu corpo para ver sua reação. Ela parou como quem está estranhando algo, senti vontade de rir, nossos toques de celular eram totalmente diferentes. Ela o tirou de seu bolso e parecia olhar para o mesmo desnorteada até que finalmente atendeu:

-Alô? –falou com voz de duvida.

-bonito heeein, levando meu celular pra passear.

-seee...? Quem...quem ta falando?... –ela falou mais perdida do que filho da puta em dia dos pais.

-ué sou eu!

-eu quem? –falou olhando pra trás e eu me escondi.

-eu, minha linda.

-sua linda?

-sim minha linda, seu lindo.

-meu lindo?

-da pra parar de repetir.

-repetir?

-Bianca. –falei rindo.

-T Tooooom?! –falei incrédula caindo a fixa. 


-exatamente.

-aah seu pilantra como você..... –ela parou a frase...provavelmente teve um flash de como eu pude ter trocado os celulares. –ta, o Bozo, já entendi a piada AHAHA. –ela riu ironicamente e eu ri com vontade mesmo. – agora devolve meu celular que eu to esperando uma ligação importan...

-a se fosse tão importante teriam esperado eu atender. –falei sem pensar.

-como é que éé? –falou alterada. “ooo boca grande” pensei me reprovando.

-calma gatinha, ta muito arisca. –falei saindo de onde estava escondido e dando passos largos e silenciosos em sua direção.

-Tom seu cachorro, trás meu celular, AGORA.

-seu pedido é uma ordem. –sussurrei em seu ouvido e ela se encolheu virando-se pra mim assustada e antes de qualquer tipo de reação de sua parte a surpreendi com um beijo, de inicio ela tentou resistir forçando seus braços contra mim, mais foi se rendendo aos poucos, entrelacei meus dedos em seu cabelo puxando seu rosto pra mais perto, nossos lábios estavam em uma sincronia perfeita e nossas línguas se acariciavam lentamente, fui a encaminhando até a parede enquanto dava varias mordidas naqueles lábios que tanto anseei tocá-los, a prensei forte na parede e sugava seus lábios com vontade enquanto minhas mãos percorriam seu corpo curvilíneo, coloquei minha mão por dentro de sua blusa acariciando lentamente seu corpo e ela agarrou em minha camisa, subi as mãos então indo de encontro ao seu seio, até que ela me empurrou.

-rápido demais. –ela disse ofegante com cara de ‘sinto muito mais vai ficar na vontade’.

-eu.. –falei tentando recuperar o fôlego. –eu to louco por você desde de que te vi dançando naquela boate, eu to atrás de você feito louco o dia todo querendo isso, então não acho que seja rápido demais. –desabafei a ‘cercando’ na parede com meus braços.

-esse é o seu problema, você acha demais Tom, você SE acha. –falou me fitando. - ta acostumado a ter todas as garotas ao seus pés, fazendo o que bem quer com elas, eu sei. –falou desenhando meu rosto com as pontas dos dedos. - mais comigo é diferente, quem tem que querer sou eu, entendeu meu lindo?! –disse me puxando para um beijo rápido, porém bom, muito bom. -e no momento só descansar, tive um dia cheio sabe?! Então... –falou escapando dos meus braços como quem passa por baixo de um alambrado. –até mais. –completou me ‘jogando’ um beijo com a mão e saindo sem nem esperar eu dizer nada. Bom nem que esperasse né?!

-que? –foi a única foi que consegui falar e praticamente inaudível enquanto a via sair corredor afora.  Eu fiquei totalmente sem ação com cara de tonto por um bom tempo. Então fui para o meu quarto desnorteado.

Por: Grasiele

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