sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 1 - After All

Bill Kauliz

Depois que a banda acabou, cada um seguiu um caminho, Josh voltou para a casa de seus pais em Munique, e um tempo depois começou a trabalhar de DJ, fui em alguma de suas apresentações, ele realmente manda bem naquilo. Humberto começou a trabalhar na empresa de seu pai, Tom e eu abrimos um negocio, mais Tom entrou apenas com sua parte financeira, pois não tinha animo algum pra fazer nada desde a morte de Bianca, aquilo tudo me matava, ver o Tom daquele jeito, triste e sozinho pelos cantos, nunca imaginei meu irmão assim, velo sofrer era como sofrer em dobro, ele passou praticamente um ano de luto, só saia de casa para ir ao tumulo da Bia. Nem na loja ele ia, pra completar a falta de interesse não só com a loja, mais com a vida, Tom ainda não foi nem um pouco com a cara da Laura, gerente da loja e minha namorada, ela também não gostou muito dele, pelo menos eles não trocavam farpas e sim se evitavam ao Maximo, mesmo assim essa situação me entristecia.

Passado um ano e meio Tom resolveu ir embora, fiquei muito triste, pois só de imaginar ficar sem meu irmão por perto era agonizante, mais ele precisava desse tempo só dele, longe de tudo e de todos, só me restou torcer para que ele se recuperasse e voltasse a ser feliz..mesmo que fosse longe de mim. Tom então escolheu ir para o Sul da Austrália, onde não conhecia ninguém, nem ninguém o conhecia.

Tom Kaulitz

-Bia...eu não agüento mais ficar aqui...não sem você. –falei sentado em seu tumulo. –você me faz tanta falta...porque não me levo junto hein?!...Porra...tudo aqui me lembra você..tudo...não da mais sabe, eu to morrendo aos pouquinhos, morrendo por dentro, lentamente, mais ainda vivo, o que é pior. –falei respirando fundo e ajeitando as flores que havia levado. - eu sei que você deve estar me xingando daí de cima de uma nuvem “hora Tom Kaulitz cria vergonha na cara e vá viver moleque, quem morreu fui eu, ôô Zé Mané, não foi assim que te conheci, você era forte e bla bla” –falei rindo sozinho olhando a foto em sua lapide com um lindo sorriso esboçado em seu rosto de menina. –então tomei uma decisão...eu vou embora...pra outro país, aonde não conheça ninguém, aonde eu possa....tentar voltar a viver....eu vou Bia...mais você vai comigo..aqui. –falei pegando em meu peito enquanto uma lagrima teimosa brotava em meus olhos. –e NUNCA....nunca será substituída. –falei limpando a lagrima. –vou tentar voltar a sorrir..por você...espero que consiga. –falei e um vento soprou meu rosto. –tchau minha branquinha. –falei me levantando depois de um tempo em silencio e sai do local.



Narrador
Tom foi decidido a voltar a viver, tentar voltar a ser o que era antes, mesmo que um bom pedaço dele tenha ido junto de Bianca, ele já não suportava mais todo aquele sofrimento. Seu primeiro ano na Austrália, foi de adaptação, procurou vários empregos, mesmo tendo seu dinheiro garantido dos lucros da loja em que era sócio com Bill, ele precisava se distrair fazendo algo, porém não durava nos empregos que arrumava, era um tanto quanto..folgado e debatia muito com seus patrões que não pensavam duas vezes em mandar o estrangeiro estressadinho embora. Até que, finalmente arrumou um que era a sua cara, professor de guitarra, em uma escola de música em Adelaide, Sul da Austrália, onde Tom atualmente morava. Tom a primeira vista cogitou não aceitar o emprego, pois ele o faria lembrar e muito do passado, mais o seu amor pelo instrumento que a tempos não tocava, falou mais alto e ele o aceitou. Por ser jovem e muito bonito, suas aulas logo lotaram de menininhas ensandecidas na esperança de ter mais que aulas com o professor.

-não meus amores, podem me chamar de Tom. –Tom dizia para suas alunas que suspiravam ao vê-lo se arrumando na cadeira com suas calças largas. –ou mestre se preferir. –dizia com cara de ‘sou foda eu sei’ as deixando mais derretidas a cada aula.

Hoje com 22 anos, Tom havia se soltado novamente, não completamente feliz, mais não demonstrava isso a ninguém, havia voltado a contar piadas, a sorrir como antes, e a ter mais contato com seu irmão, se falavam constantemente por telefone e pela internet, Bill estava muito feliz pelo irmão, mesmo Tom não tendo comparecido ao seu casamento com Laura a um mês atrás, achava melhor mesmo o irmão continuar na Austrália que o fez tão bem, além do mais Tom não ficou muito contente com o casamento de Bill, achava que o irmão merecia coisa melhor, porém ficou feliz pelo fato de Bill estar feliz. Tom havia voltado a ser um grande namorador, a ter suas aventuras de uma noite, apenas uma noite, não queria compromisso, não queria e não conseguia substituir Bianca por ninguém. Mesmo mais feliz e vivo, Tom não a esquecia, ficava aéreo muitas vezes se lembrando do passado, dos amigos... gostava de ir a praia e ficar olhando o mar, ficava horas lá lembrando de Bianca, se permitia chorar quando estava sozinho. A praia ficava não muito longe do apartamento que dividia com uma colega. Rochele, que Tom conheceu quando foi trabalhar em uma loja de esportes, ficaram amigos e Rochele o chamou para dividir o aluguel do apartamento, eles ficavam as vezes, mas Tom sempre deixando claro de que não seria nada sério..o que Rochele, pareceu não entender, o cobrando e agindo como se tivessem algo mais, o que já estava estressando Tom aos poucos, porém horas ela acalmava o clima com caricias.


Michele. –sussurra Tom no ouvido da garota enquanto afasta a alça de sua blusa.

-como é que ééé??????? –diz a garota alterada o empurrando e arrumando sua blusa.

-o que? –pergunta Tom assustado.

-você me chamou de Michele, seu desgraçado. –diz a garota dando tapas em Tom.

-nã não linda, eu falei Rochele, você que entendeu errado. –diz Tom tentando se esquivar dos tapas.

-ora Tom Kaulitz, acha que sou idiota é? Cara você não tem jeito mesmo, quando você vai crescer garoto? Porque você faz isso comigo? –pergunta Rochele indignada dando lhe um forte empurrão.

 -porque VOCÊ dificulta as coisas hein? Eu já deixei mais do que claro de que não sou NADA SEU, não te devo satisfação a não ser o do aluguel.  -Tom falava deixando a garota estática. –eu to de saco cheio de você, das suas cobranças. –diz se levantando da cama indo calçar os tênis. - você sabia como eu era, as minhas condições, aceitou ficar comigo por vontade própria, sabendo que nunca passaria disso, então agüenta agora, quer dizer EU não agüento mais, pra mim já chega. –termina batendo a porta do quarto .

Tom saiu do apartamento, se dirigindo ao estacionamento do prédio, pegou seu carro e saiu sem rumo, até que resolveu parar na balada que costumava ir.

Por: Grasiele

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