sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 14 - Taking Your Remains

Tom Kaulitz
  
Dois dias se passaram desde que voltei a Hamburgo, e depois daquele chacoalham que dei no Bill, as coisas estão fluindo...consegui convencer Bill de ir pra casa da nossa mãe, lá seria mais fácil de animá-lo, distraí-lo. Ele não está cem por cento Bill ainda, claro, é tudo muito recente, e ele precisa de tempo, mas já está muito melhor do que no dia que cheguei, ele já ri, nem que seja por conseqüência de um ataque de cócegas que dou nele.


Depois de uma longa conversa, muito longa, consegui convencer o Bill de ir pra Austrália comigo, por duas semanas...foi o máximo que arranquei dele, mas não o deixarei voltar tão rápido, não mesmo.


“pra que Tom?! fica aqui na Alemanha mesmo cara, fica aqui” dizia Bill sem querer aceitar meu pedido [ordem]


“Fica aqui?!” Ele só podia estar de sacanagem com a minha cara né?! Por mais que eu estivesse feliz em reencontrá-los, e estar quase todo tempo fazendo de tudo, para levantar o astral do Bill...só eu sei o quanto estava mal, e mexido por dentro, por estar novamente nesse país...cada canto daquele lugar me lembrava a Bia, me angustiava, e voltava a me matar aos pouquinhos...mas eram apenas 3 dias, e de modo algum eu demonstrava a minha agonia...o Bill era a minha prioridade naquela situação.


Amanha cedo estaremos embarcando de volta para a Austrália, e isso já me deixa um tanto mais aliviado.


 Bill ficou arrumando suas mil malas com a ajuda de nossa mãe, e eu aproveitei esse momento sozinho, pra ir até o tumulo da Bia.



Sempre que entro nesse cemitério, é como se eu revivesse tudo aquilo de novo, o mesmo nó na garganta, estomago embrulhando, o coração descompassado sem mais toda aquela alegria e motivo de viver, mas era só olhar o sorriso estampado na foto de sua lapide, que um singelo sorriso sem permissão se esboçava em meu rosto, me trazendo um certo conforto:


-oi minha branquinha. –falei me sentando em seu tumulo, arrumando as flores que havia levado. –não poderia ir embora de novo sem antes vir aqui...você sabe. –falei passando os dedos sobre a foto de sua lapide. –eu falei pra você que iria tentar voltar a viver por você...e eu to tentando...mas é tão difícil. –falei respirando fundo e pendendo a cabeça pra trás. –não da pra ser feliz cem por cento...nunca mais vai dar...não sem você. –falava enquanto lagrimas teimosas já escorriam. –droga, eu falei pra mim mesmo que não iria chorar. –falei limpando o rosto. –você me tornou um chorão, Bia. –falei rindo. –e mesmo que...infelizmente por pouco tempo...também me tornou o cara mais feliz do mundo. –falei com o olhar vago lembrando de como eu era feliz ao seu lado. -e por isso, eu volto aqui pra jurar que...demore o tempo que for, eu vou me esforçar pra ser feliz de novo...por você branquinha...por você...eu juro. –falei de cabeça baixa deixando que uma ultima lagrima torturante molhasse seu tumulo. –só peço que me de forças. –falei respirando fundo.


Fiquei lá por mais algum tempo, saindo antes da chuva que aquela tarde prometia.



O resto do dia passou rápido, e logo na manha seguinte, estávamos no aeroporto nos despedindo de nossa mãe e Gordon que se disponibilizou pra cuidar da loja o tempo que fosse. O vôo foi tranqüilo e quando chegamos em Adelaide, Sul da Austrália, fomos direto pra casa, aonde aparentemente não tinha ninguém, apresentei logo a cozinha ao Bill, que assim como eu, estava morrendo de fome, fizemos um lanche rápido e subimos pro quarto onde já me deparei com duas camas, assim como Nay havia digo, sorri ao lembrar da mesma, estava com saudades já, não só dela, como de todos na casa.

-bom...fica a vontade Bill...pode se acomodando ai, que eu vou dar uma volta na casa...

-casa? Puta mansão, isso que quis dizer. –disse Bill com os olhos arregalados me fazendo rir. –e aquela piscina?! –falou arqueando fortemente uma sobrancelha...tava com saudades das manias do Bill.

-éé a piscina vai ser boa pra dar uma cor a essa brancura européia. –falei dando-lhe um tapinha no braço enquanto Bill fazia cara de ‘seu sem graça’. –alias, não só a piscina, como a praia, que é aqui pertinho como você viu no caminho. –falei assentindo em positivo. –já volto Bill, vou ver se tem alguma alma viva aqui.

-ok. –disse Bill enquanto eu saia do quarto.

Já no quarto ao lado ouvi um barulho “ué, não é que tem gente mesmo” pensei comigo mesmo, e sem pensar duas vezes abri com tudo a porta do quarto que se encontrava apenas entre aberta, e já cheguei falando todo empolgado -VOOOOOOLTEEEE........ -sendo bruscamente interrompido por um grito ensurdecedor que ecoou pelo quarto me fazendo travar.

-err..d..desculpa, eu...ai caramba. –foram as únicas coisas de consegui dizer totalmente atordoado e sem jeito, coloquei a mão no rosto e sai do quarto como uma bala, deixando pra trás uma moça loira de cabelos compridos e meio ondulados, com a maior cara de pânico se segurando com ‘unhas e dentes’ em uma camiseta que estava prestes a vestir quando eu entrei.


Ainda meio atordoado,parado no corredor, tentando assimilar tudo o que havia acontecido, e com quem...o que alias era a minha pergunta no momento “quem é ela?” pensei na possibilidade de ser uma peguete do Georg, mas ele nunca trouxe nenhum pra casa...não que eu tenha visto e...e a fixa finalmente caiu, eu acho.  -aaah é a prima da Nay e do Georg. –sussurrei pra mim mesmo arqueando as sobrancelhas “ela iria ficar no quarto ao lado, só pode ser ela” pensei comigo mesmo voltando pro meu quarto me deparando com Bill na porta me encarando de olhos arregalados.

-que que foi isso cara? –disse Bill com cara de perdido.

-isso foi um “vê se aprende a bater na porta antes de entrar, seu idiota”. –falei rindo e entrando no quarto.

Por: Grasiele

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