quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 26º Capítulo - My obsession


Música: My obsession
Artista: Cinema Bizarre

Você é minha obsessão,
meu fetiche, a minha religião,
a minha confusão, a minha confissão
O que eu quero hoje à noite
Você é minha obsessão
A questão e a conclusão

Você é, você é, você é
Meu fetiche você é

Abri os olhos lentamente com o clareado vindo da janela que fazia esses arderem, era possível ver o céu azul claro sem nenhuma nuvem, os galhos das árvores eram jogados de um lado ao outro com o forte vento que os encontrava. Eu sentia o cheiro de Bill no quarto até mesmo sentia o seu cheiro em minha própria pele, aquilo não foi um sonho eu realmente tinha Bill perto de mim como sempre deveria ter sido.
Apesar do sol o vento entrava pelo quarto me fazendo arrepiar, apenas o lençol branco cobria meu corpo nu, a única coisa quente que podia sentir era os braços de Bill em volta do meu corpo e sua mão em cima do meu ventre, observei que ele me empurrava cada vez mais para trás fazendo meu corpo se encaixar completamente no dele, seu rosto pesava sobre meu ombro, sua boca mantinha contato com meu pescoço e sua respiração lenta me fazia estremecer seus olhos ainda estavam fechados, mas eu sentia que ele já acordara.
Segurei sua mão entrelaçando meus dedos nela e virei para o lado selando nossos lábios lentamente, Bill abriu os olhos imediatamente e deu um sorrido pra mim.

–Bom dia! –Ele sussurrava baixo sorrindo de leve.
–Ótimo dia!  – Eu sorri de volta também sussurrando.

Bill alcançou minhas costas colocando seu braço do outro lado do meu corpo então me virou na cama fazendo minha cabeça encostar-se ao travesseiro, afastou meu cabelo do meu colo e se deitou em cima do meu peito sentindo as batidas fortes do meu coração  coloquei a mão em seus cabelos fazendo um cafuné e ele botou a mão em minha barriga a acariciando  em cima do lençol, seus olhos passaram a me observar.

–A gente não precisa ir embora se você não quiser, podemos ficar o tempo que for necessário. –Ele começou a dizer em um desabafo.
–Temos que ir Bill, não podemos fugir para sempre eu tenho uma vida longe disso. – Eu mantinha os dedos em seus cabelos.
– E ele, o que você vai fazer com Dave? – Ele desviou o olhar.
–Vou terminar com ele, assim que chegarmos irei pegar minhas coisas e sair daquela casa o mais rápido possível. –Afirmei.
–Não vou deixar você ir sozinha ele pode tentar alguma coisa de novo, ou até pior... - Seus olhos com medo voltaram para os meus.
– Tenho que fazer isso...
–Mas eu vou com você!
–Vai ser pior, ele pode tentar fazer algo contigo!- Acariciei seu pescoço.
–Não importa o que ele vai tentar fazer comigo a única coisa que me importo é com você e eu não vou o deixar acontecer nada com você –Seus olhos me olharam profundamente.

Eu apenas sorri, um tanto triste.

–Você pode morar comigo no hotel, pelo menos até arranjarmos uma casa. - Seus olhos se encheram de luz.
–Não Bill eu não vou morar com você, por enquanto eu mesma pagarei um hotel e vou ficar por lá uns dias, depois resolverei o que vou fazer. – Vi seus olhos perderem a luz.
–Tudo bem. –Ele olhou para baixo. –Eu te entendo...

Não disse nada, era claro que iria sair da minha própria casa, mas o que mais me assustava não era o fato de ter que encarar Dave e sim pensar o que seria de mim daqui pra frente o que eu e Bill iríamos fazer agora, eu sabia que ele me amava e também sabia que sempre o amei, entretanto o que eu irei fazer com o nosso passado? Algo tão cruel não é esquecido tão facilmente, eu ainda tinha medo e resolvi esclarecer isso a Bill.

–Eu tenho medo...
–Não vou deixar ele te machucar!
–Bill não é isso que tenho medo...
–Então do que?

Eu o olhei por alguns instantes e meus olhos se encheram de lágrimas então desviei meu olhar antes que ele percebesse que eu iria chorar.

–Eu não tenho mais forças para te perder!- As lágrimas escorregaram facilmente.
–Eu não tenho mais forças para ficar longe de você! –Suas palavras voltaram rápidas.
–Meu coração não vai agüentar mais sofrimento... –Parei de acariciar seus cabelos.

Ele ficou em silêncio sua boca entreabriu por várias vezes até achar as palavras corretas e quando as encontrou não perdeu tempo e me olhou nos olhos desgrudando sua cabeça do meu peito.

–A partir do momento em que você saiu pela porta da nossa casa eu senti meu mundo acabar e percebi que sem você eu não teria vida sem você eu não sou absolutamente nada não consigo nem ao menos respirar, não sou eu mesmo. A sua falta me fez perceber o tanto que fui idiota e a sua lembrança me deu forças para sair do álcool, Alana você me curou, quanto eu disse que você não era mulher pra mim e que era apenas uma criança eu notei que eu não era o homem certo pra você, e você me fez virar um homem. –Sua mão alisou meu rosto. –E agora que te tenho em meus braços senti minha vida voltar de uma hora pra outra e meu coração bater novamente como batia antes e você acha que eu poderei te machucar novamente?Eu não consigo, não sou capaz de te ver sofrendo, Alana eu te amo acredita em mim, por favor, eu prometo que nada vai te acontecer nunca irei te machucar e nunca deixarei qualquer pessoa te machucar... –Ele respirou. –Me deixa te amar? Cuidar de você? Me deixa tentar te fazer feliz?- Seus olhos ainda eram fixos.

Eu o encarei por alguns segundos e eu vi o tanto de amor que aqueles olhos podiam transmitir, Bill era verdadeiro e eu sentia isso ele tentava apesar de tudo me fazer feliz, ele foi forte por todos esses anos nunca desistindo e agora era a minha vez de não desistir, iria fundo nisso mesmo que acabace me machucando só que eu sei que ele não iria deixar, iria ser corajosa e amá-lo da maior maneira possível.
Trouxe sua cabeça para perto da minha o beijando delicadamente, aquele era a minha resposta que a partir daquele momento eu iria amá-lo eternamente, sua língua entrou na minha boca encontrando a minha timidamente, as duas dançaram por longos segundos até perdermos o ar. Bill levantou o rosto e ainda de olhos fechados logo os abrindo passou a me observar claramente, ele sorria de maneira meiga passando sua mão por minha franja então sorriu pra mim, logo apoiou os cotovelos na cama tentando se levantar.

–Vou tomar um banho, depois vamos acabar com tudo aquilo. –Ele sorriu logo depois fazendo uma careta. – Já volto. –Ele selou nossos lábios timidamente.

Vi seu corpo nu se distanciar lentamente até entrar no banheiro abrindo o chuveiro. A porta estava aberta ele havia esquecido sem querer, mas aos meus olhos parecia mais um convite para entrar. Sentei na cama colocando o lençol por cima do meu corpo segurando-o em meus seios, e comecei  pensar nas lindas palavras que Bill me disse nesses últimos dias e notei que não disse nada tão lindo, ele me provou o quanto me amava e eu nem tentei fazer isso e resolvi que a hora seria aquela, eu iria mostrar pra que eu era dele, apenas dele.

Levantei-me da cama, colocando os pés quentes no chão frio andei sem fazer barulho algum segurando o lençol que me cobria até chegar ao banheiro, através do box completamente embaçado vi a imagem de Bill de costas com os cabelos cumpridos escorrido até a metade das costas e a água caindo em todo seu corpo senti inveja desta, aquele corpo me fazia ter alucinações e eu já me sentia excitada vendo a figura. De uma só vez desamarrei o lençol do meu corpo deixando o escorregar delicadamente por ele até cair no chão, dei um passo e abri o Box entrando lá dentro fazendo meu corpo se molhar lentamente, mesmo de costas a cabeça de Bill se ergueu pra cima de susto, mas ele não se virou, me aproximei do seu corpo chegando cada vez mais perto até encostar meus seios molhados em suas costas, senti seu corpo enrijecer assim me aproximando mais até encaixar meu corpo no dele, minhas mãos subiram alisando as suas costas molhadas fazendo cócegas até parar em seu peito como em um abraço e era aquilo mesmo que estava fazendo, encostei meu rosto em suas costas e comecei a beijar sua pele branca delicadamente.

–Eu sou sua... – Disse entre os beijos.

 Bill colocou suas mãos em cima das minhas em seu próprio peito e nelas entrelaçou seus dedos me fazendo ficar cada vez mais perto sentindo todo meu calor, sua cabeça se inclinava para trás e conseguia alcançar a minha.
Em segundos Bill conseguiu se libertar dos meus braços se virando pra mim com um sorriso safado  me prensando na parede e colocando suas mãos firmes em meu rosto me olhando com desejo já iniciando um beijo violento.

– E eu sou teu, e sempre vou ser. - Disse se afastando rapidamente logo voltando à ação.

Com sua mão ele encostava minha cabeça na parede e me beijava loucamente nossas línguas entravam em choque, ele aproximava cada vez mais seu corpo do meu e eu alisava suas costas passando as unhas por ela, a água caia sobre nossos corpos nos deixando ainda mais excitados e o membro de Bill já começava a me incomodar tamanho o volume.
Suas mãos desceram pelos meus ombros lisos chegando as minhas mãos entrelaçando as suas nas minhas ele as ergueu pra cima colocando-as encostadas na parede e começou a passar a língua em meu pescoço eu gemi de prazer ficando louca por não poder fazer nada com as mãos, Bill sorriu e libertou elas as colocando em volta do seu pescoço, ele alcançou minhas coxas e me ergueu em seu colo me sustentando com a ajuda da parede fazendo minhas pernas se  entrelaçar em seu quadril logo penetrando seu membro dentro de mim, coloquei minha cabeça para trás e soltei um gemido alto que logo foi abafado pelo beijo de Bill.
Suas mãos apertavam minha bunda forçando ela para si fazendo o contato ser maior, ele se movimentada com voracidade com seu corpo se esfregando no meu dando estocadas lentas porem fortes em mim, meu corpo batia com freqüência na parede e eu o beijava cada vez mais rápido mordendo seus lábios e por vezes soltando gemidos altos.
Ele alisava das minhas coxas até minhas costas nunca parando de me beijar, eu aproximava seu rosto cada vez mais perto e ele acelerava seus movimentos freqüentes até que cheguei ao ponto máximo e estremeci em seus braços tampando meu grande gemido com sua boca, ele continuou a se movimentar e em segundos também o senti estremecer se livrando dos meus lábios dando um gemido grosso e pendendo a cabeça para trás.
Bill voltou a me olhar aproximando seu rosto do meu encostando sua testa na minha, e ao poucos foi tirando seu membro de mim me deixando descer lentamente, ele passou os dedos por meu rosto e me olhou nos olhos.

–Eu te amo! – Ele os fechou.


Eu senti que não estava preparada para dizer isso mesmo querendo então não disse, e ele pareceu não se importar respeitando meu tempo.

–To com fome... –Disse afastando seu rosto sorrindo.
–Eu também!- Sorri de volta.

Bill abriu o box e pegou um roupão branco se vestindo seu corpo nu e molhado e logo entregou um pra mim que fiz o mesmo. Saímos do banheiro e fomos a cozinha ele me deu um beijo rápido e me deixou sentada em uma cadeira em frente a mesa, começou a procurar os alimentos pelo armário colocando aos poucos em cima da mesa, tomamos um café da manhã tranqüilo apenas nos olhando ele parecia não se cansar disso.

–Eu senti saudades de te ver assim... – Ele parou de te mastigar e começou a sorrir.
–Eu senti saudades de você. –Olhei em seus olhos.

Terminamos o café depois de estarmos satisfeitos e procuramos as nossas roupas de ontem pelo chão que estavam espalhadas por todas as partes rimos da situação, elas estavam ainda molhadas, sujas e amassadas, mas não tinham outras e não podíamos ir embora de roupão então colocamos estas mesmo.

–Eu estou horrível. –Disse saindo do banheiro.
–Bobeira, ta linda! – Ele veio ao meu encontro.
– Não minta... – Fiz careta.
– Não estou mentindo, quando existe você não existe a palavra horrível ou algo do gênero. –Ele me abraçou de lado colocando a mão em minha cintura e eu sorri.
–Vamos?
–Certeza? Eu posso pedir pro taxista ir embora?
–Tenho certeza... – Isso era mentira.

Ao sairmos do chalé senti o sol queimar meu rosto ele me beijou delicadamente tampando um pouco a claridade me abraçando e guiando-me até a portaria onde entregou as chaves ao porteiro simpático. O taxi nos aguardava e entramos nele, Bill me beijou durante todo o caminho e me disse palavras carinhosas.

–Te amo. –Me beijou na testa. –Te amo. – No queixo. –E te amo. –Selou os lábios.

Eu ria e sem ao menos perceber já havíamos chegado na cidade a felicidade havia acabado,eu tremi com isso e ele pode perceber meu desconforto, em poucos minutos chegamos a minha rua e paramos em frente da minha casa onde o carro de Dave permanecia estacionado eu olhei amedrontada e fiz silêncio, Bill segurou minha mão.

–Eu vou com você!
–Não Bill, por favor, fica aqui dentro aonde ele não vai te ver, não quero que aconteça nenhuma desgraça e não quero que me culpe por isso pelo resto da vida. – Eu o olhei nos olhos.
–Mas Alana, e se ele te machucar? – Ele segurava meu rosto.
–Bill eu não vou o deixá-lo fazer isso, tenho que enfrentar meus problemas sozinha não sou mais criança e esse problema é só meu. – Falei determinada.
–Seus problemas são meus...
–Esse não Bill, esse não!
–Promete que vai ficar bem? – Ele ergueu meu rosto. – Alana, promete pra mim? – Ele me olhou sério.
–Eu prometo! – O beijei com vontade.
–Se ouvir qualquer coisa e se você demorar o que seja eu juro que entro lá dentro e mato ele. – Bill estava falando de verdade.

Eu abri a porta do taxi e sai do carro, mas minha mão foi puxada por Bill que a segurou forte e de baixo pela janela olhou para mim.

–Te amo...

Soltei sua mão e me virei caminhando até chegar à porta que estava aberta, sabia que não seria fácil porque eu sei que Dave um dia me ajudou e eu teria uma divida eterna com ele, esse era o meu maior medo que me jogasse isso na cara, mas eu pude ver ontem que o que ele sentia por mim não era amor e sim doença, uma espécie de obsessão... Respirei fundo e entrei... 

Postado por: Grasiele

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