quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 28º Capítulo - For you I Will


Música: For you I Will
Artista: Teddy Geinger
Hoje à noite eu não tenho medo de te falar
o que eu sinto por você. 
 

Bill

Eu deixei-a em seu quarto e entrei no meu, encostei-me na porta fechada descendo até o chão me sentado lá, meu coração disparava e eu abri um imenso sorrindo só por saber que agora eu teria Alana de volta pra mim. Havia uma felicidade querendo transparecer por mim que não cabia dentro do peito eu estava elétrico e tenho certeza que não conseguiria dormir tão cedo. Deitei na minha cama com roupa e tudo cruzando os braços a trás do pescoço, agora eu tinha recuperado minha vida e voltarei a ser feliz.
Queria que Alana tivesse aqui do meu lado na cama e que pudéssemos nos amar a noite inteira até perder o ar, mas ela aparentava estar tão cansada e eu pretendia passar o resto de toda minha vida fazendo isso que desejava.
Quanta saudade senti daquele corpo belo, dos seus olhos verdes escuros que pareciam duas florestas, da sua boca vermelha e do seu cabelo com cheiro doce, eu poderia passar o resto da eternidade admirando sua beleza inigualável, apreciar cada detalhe até o meu dia final. Alana sempre foi parte de mim e a partir de agora ela seria minha vida e eu faria de tudo para protegê-la, nunca irei ferir seus sentimentos novamente prefiro morrer a ver ela por um segundo triste.
Eu estava cansado e ao contrário do que pensava consegui dormir sem muito trabalho pegando em um sono profundo.

–Ei acorda Bill, acorda Cinderela, vai acorda!- Ouvi a voz de Tom e ele me sacudiu na cama.
–Bill levanta daí! Que saco –Gustav resmungava.
–Vou contar até três e dar um murro na sua cara, um, dois...
–O que é?- Eu abri os olhos lentamente me espreguiçando na cama e olhando Georg.- Me deixem dormir ainda é noite... – Me escondi de baixo do lençol.
–Já é meio-dia caramba!- Gustav olhou indignado.


Tom puxou a coberta e eu abri os olhos ainda pequenos, os três me olhavam maliciosos todos com os braços cruzados e fizeram uma cara de que eu devia contar alguma coisa a eles, eu me sentei e fiz cara de ingênuo.

–Pode ir falando tudo...- Georg me olhou de baixo em cima.
–Nos mínimos detalhes, onde você se meteu ontem? –Gustav estava desconfiado.
–Saki disse que você trouxe uma mulher ontem à noite e ela está aqui, cadê ela? Quem é ela? Me diz quem é essa santa que fez você estar com um sorriso desses uma hora dessas da manhã?. –Tom  se esticava pra tentar achar alguém dentro do quarto.
–É alguém que eu amo muito... –Sorri de leve.
–Olha Bill que eu saiba além de você mesmo mais ninguém você ama. –Georg olhou sarcástico. –Ah não ser a...
– Alana, mas ela é... Impossível. –Gustav arregalou os olhos.
–Meu Deus Bill não diga que é a... Ah meu Deus. –Tom se sacudiu.

Eu sorri maliciosamente para os três mostrando que eles tinham acertado, esses arregalam os olhos e piscaram de leve, nenhum disse alguma palavra.

–Nada é impossível!- Afirmei. –Principalmente quando se ama alguém de verdade. –Disse sério.
–Não acredito, você ta de brincadeira com minha cara não é?- Tom falou boquiaberto.
–Já disse que não, aconteceu algumas coisas com aquele idiota do namorado dela, e eu entrei no meio ai acabamos assim... Juntos de novo. - Afirmei sorrindo.
–Como assim? Pode ir contando tudo isso. –Gustav sentou do meu lado.

Tom e Georg também se sentaram um em cada lado da cama e ambos me olharam atentamente para que eu contasse a história.
Eu contei detalhe por detalhe não me esquecendo de absolutamente nada, eles mereciam saber mais que qualquer pessoa o que se passou ali, podia ver a confusão em seus rostos a cada palavra que eu dizia a excitação quando eu descrevi sem detalhes a noite que passamos juntos no chalé e também o ódio nascendo quando me referia ao Dave.

–Então eu a trouxe pra cá e ela está no quarto da frente, como o fofoqueiro do Saki disse. –Finalizei.
–Esse é meu irmão. –Tom sacudiu meu ombro.
–Foi comovente, romântico, bonito... –Gustav suspirou.
–Foi gay também, muito gay, mas to orgulhoso de você Bill, a protegeu daquele traste, por falar nisso cadê ele? – Georg perguntou.
–Deve estar na casa dele, que vontade eu tive de matá-lo. –Fechei meu punho com ódio. – Desgraçado. –Rangi os dentes.
–Até eu tive vontade de matar ele, como pode fazer uma coisa dessas? Ser tão impulsivo. – Tom balançava a cabeça.
–Mas agora ta tudo bem, isso que é o bom e eu vou ficar com ela e nunca vou deixar alguém fazer mal a Alana como um dia eu fiz e Dave fez. – Olhei pra baixo.
– Acho bom porque se fazer isso com ela de novo a gente acaba com você. – Gustav falou com raiva.
–Nunca vou fazer isso... Nunca...

Eles olhavam orgulhosos por mim e eu notei que estavam tão felizes, não como eu claro porque eu era o homem mais feliz do mundo. Ficamos algum tempo conversando mais até que Tom olhou para o celular e levantou da cama de pressa logo correndo para a porta.

–O que foi? Quem morreu? – Georg sorriu.
–Até agora ninguém, mas se eu demorar mais um pouco Khristen vai acabar me matando por ficar me esperando lá em baixo. – Tom abriu a porta.
–Já ta assim é? –Eu sorri.
–Cara ela é a mulher da minha vida, sou um homem comprometido agora. –Ele suspirou. – Que corpo, que boca, que seios. –Ele fez o formato dos seios em seu próprio corpo. – Aquilo na cama é... Ai to indo... –Ele correu pra fora.

Nós três nos olhamos e rimos.

–Milagres andam acontecendo. –Eu olhei pra eles.
– E agora?- Gustav perguntou sério.
–Agora o que? – Meu sorriso desaparecia.
–Você vai morar aonde? Eu duvido que ela vá querer abandonar o trabalho.
–Não precisa, eu venho pra cá. – Respondi decidido.
–Se você vir a gente também vem. –Georg falou sorrindo.
–Estava com saudades da minha família eu também andei pensando que seria uma boa morar aqui de novo. –Gustav disse sorrindo.
–Vocês são os melhores amigos do mundo. –Falei agradecido.

Passamos o resto da tarde jogando conversa fora sobre todos os nossos novos planos, até que uma hora bateu a fome e eu pensei em Alana na hora ela não devia ter comido nada até agora, mas então Saki me disse que a camareira levou o almoço até lá e ela ainda estava dormindo então resolvi não incomodá-la, depois eu iria lá encher de beijos meu único amor.

Alana

Os raios de sol iluminaram todo o quarto chegando até minha pele a aquecendo senti toda sua energia entrando em mim, o sol parecia me dizer que eu estava livre.
Olhei no relógio e já era quase duas da tarde nunca havia dormido tanto e tão bem, me levantei pegando um short bem curto de moletom branco e uma regata preta tentando achar alguma blusa grossa peguei uma de moletom branca.
Fui até o banheiro disposta a tomar um bom banho me despi lentamente olhei no espelho e notei que parecia realmente estar feliz como nunca tinha estado, meus olhos tinham um brilho que nunca foi visto.
Entrei de baixo do chuveiro sentido a água quente cair sobre meu corpo branco já se tornando vermelho, eu ensaboava meus seios e barriga  cada toque parecia que era a mão de Bill me acariciando, meu corpo inteiro se arrepiou e eu já estava excitada. Depois de longos minutos sai de dentro do boxe me enxugando e colocando a roupa que tinha pegado deixando meus cabelos molhados se secarem naturalmente, abri a porta e o vapor saiu pelo quarto.
Eu queria ver Bill já estava com saudade, não entendia como poderia sentir saudade de uma pessoa que fiquei sem ver dois anos? Parecia depender do seu calor pra respirar. Antes de tudo andei até minha mala e peguei meu celular logo indo sentar na cama com as pernas em baixo do corpo, notei que havia centenas de ligações perdidas de Khristen, e foi só nesse momento que lembrei que eu tinha um trabalho e uma vida longe de Bill, meus olhos se arregalaram de decepção comigo mesmo e Khristen? Não dei satisfação nenhuma a minha melhor amiga do jeito que era louca deveria estar morrendo do coração, sem pensar disquei seu número.

–Alo!– Ela respirava ofegante.
–Acho que te interrompi, desculpa...
–Alana? Sua louca onde você tava? Quer me matar menina? –Ela gritava.
–Khristen me desculpa eu...
–Não Alana nunca mais faça isso comigo, e nem com seu chefe ele está uma fera, tive que dar a desculpa que você tava com gripe Suína acredita? O bom é que te descolei vários dias de folga, me agradeça depois. – Ouvi uma gargalhada.
–Você não vai acreditar...
–Eu já acredito querida Tom me contou tudo, estou chocada. – Sua voz saiu feliz
–Queria te ver, pode vir aqui? –Disse o nome do hotel.
–Já estou aqui, no quarto do Tom, espera só alguns minutinhos. –Ouvi um estalo de beijo. –E já vou...

Olhei incrédula para o telefone vendo que ela já tinha desligado me deixando falar sozinha, Khristen estava feliz assim como eu e isso me deixava ainda mais. Enquanto esperava fiquei vendo as outras ligações perdidas do meu celular e a caixa trasbordava de mensagens de Dave, tratei de excluir todas, mas a campainha tocou.
Fui correndo atender e quando abri a porta Khristen pulou no meu pescoço me dando um forte abraço balançando-me de um lado para o outro eu sorri e fiz o mesmo com ela.

–Que saudade amiga fiquei com medo de que tivesse acontecido alguma coisa. –Ela me apertava forte me levando correndo até a cama me empurrando e sentando em minha frente. - Me conta tudo, apesar de que Tom já me contou bastante, não estou acreditando. – Disse com raiva.
  
Contei exatamente tudo o que aconteceu do começo até o fim ela olhava com os olhos arregalados sem piscar, as vezes mostrando sua decepção.Khristen sempre soube do que aconteceu entre Bill e eu não só pelas noticias antigas mas porque eu sempre confiei em contar tudo a ela, na verdade acho que todos sabiam menos Dave e eu acredito que esse era o maior motivo de sua revolta.

–Eu nunca pensei que Dave fosse capaz disso, ele parecia ser tão compreensivo, tão calmo, acho que era tudo uma máscara. – Sua decepção transparecia.
–Não sei o que dizer, mas agora ta tudo bem eu to feliz de novo. – Sorri satisfeita.
–Sabe, eu sempre notei que você ainda sentia alguma coisa por ele, seus olhos nunca negaram. – Ela sorria.
–Eu o amo Khris, sempre o amei e tenho certeza que sempre vou amá-lo, mesmo ele tendo me feito sofrer um dia em poucos dias foi capaz de se redimir completamente, eu nunca vi tanta verdade em uma pessoa só... –Dizia apaixonada.
–Ai que lindo. –Seus olhos brilharam. –Fico tão feliz Alana, agora somos cunhadas. –Ela bateu palminhas.
– Sim somos. –Também bati feliz, mas meu sorriso logo foi desfeito.
–Que foi? –Ela se preocupou.
–Dave disse tantas coisas Khris tantas coisas que me deram medo, suas ameaças pareciam fortes de mais. –Eu olhei pra baixo.
–Não liguei pra isso é coisa do momento um dia ele vai ter que aceitar e viver sua vida tranquilamente. – Me fez sorrir.
–Tomara Khris, tomara...


Conversamos por um longo tempo sobre ela e Tom, Bill e eu e tudo que iria acontecer daqui em diante.
Sentia meu coração disparar toda vez que tocava no nome dele eu queria ter ele perto de mim todas as horas, recuperar todo o tempo que havíamos perdido, queria ver aquele rosto logo e aquele corpo grudado no meu me amando de novo e esquecer a vida por completo apenas ouvindo a respiração um do outro.
Foi então que a campainha tocou e eu fui correndo atender deixando Khristen falando sozinha eu já sabia quem era.

Abri a porta e pude sentir meus pés escorregarem, minhas pernas tremerem minha respiração falhar, e meu coração querer sair pela boca, Bill estava encostado na parede com um olhar totalmente sedutor e um sorriso leve esboçado no rosto me olhando de cima em baixo.
Khristen veio até nós e me deu um beijo no rosto me fazendo tirar os olhos de Bill e olhá-la rapidamente.

–Vou indo querida, até mais. –E saiu para fora.

Ela ainda ficou atrás de Bill e sussurrou um ‘’boa noite’’ maliciosamente e saiu andando, eu sorri.
Bill continuou a me olhar sem falar nenhuma palavra, estava encarando minhas pernas quase toda de fora devido ao tamanho do short, ele mordeu o lábio inferior e foi subindo os olhos até os meus, nos seus havia desejo.

–Você quer me deixa louco...

Então rapidamente ele avançou pra cima de mim colocando uma mão em meu rosto e a outra no fundo das minhas costas juntando meu corpo com o dele forçando o meu para trás, começou um beijo quente e apaixonado pude sentir o desejo em sua língua voraz em minha boca ele era forte e saboroso suas mãos não tinham parada deslizavam por minhas costas.

–Eu te amo Alana, muito. – Encostou sua testa na minha

Fechei os olhos e pude sentir sua respiração em meu rosto ouvi seu coração acelerar e suas mãos tremerem, ele já ardia de desejo, Bill encontrou minha boca novamente e a beijou seus braços entrelaçaram meu corpo que parecia minúsculo perto do dele, sua cabeça afundava a minha para trás procurando mais o meu gosto massacrando minha língua, eu apertei seu pescoço o trazendo para mais perto. Hoje era a minha vez, finalmente iria mostrar a Bill o quanto o amava e o quando poderia fazê-lo gemer meu nome até chegar à loucura...

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog