quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 32º Capítulo - Everything


Música: Everything
Artista: Lifehouse

Me encontre aqui,
e fale comigo
Eu quero te sentir
Eu preciso te ouvir
Você é a luz
que está me guiando para o lugar
onde encontrarei paz... Novamente
Você é a força
que me faz andar
Você é a esperança
que me faz confiar
Você é a vida
pra minha alma
Você é meu propósito
Você é tudo
E como eu poderia ficar aqui com você
e não me comover com você?
Me diga, como isso poderia ficar melhor?
Você acalma as tempestades
E você me dá repouso
Você me segura em suas mãos
Você não vai me deixar cair
Você roubou meu coração
E me deixou sem fôlego
Você vai me receber?
Vai me atrair mais ainda?
Pois você é tudo que eu quero
Você é tudo que eu preciso
Você é tudo, tudo

Ouvi a voz do Tom do outro lado da linha e minhas pernas bambearam meu coração bateu mais fraco e as lágrimas começaram a escapar por meus olhos sem ao menos saber o motivo, a voz de Tom era fraca e ele respirava sem vontade.

–Alana o Bill. – O ouvi chorando.
–Tom. –Eu gritei. – O que tem o Bill? – Eu chorava.
–Venha ao hospital do centro. – Tom respirou. -O Bill levou um tiro Alana, ele está ...

Meu coração parou de bater e meus olhos de chorar, fiquei imóvel e a única reação que tive foi deixar meu celular cair no chão e ouvir o barulho dele sento massacrado contra o piso e a voz do Tom a chamar por meu nome, mas eu mal a ouvia porque o silêncio foi mais barulhento. Olhava pra parede branca sem reação nenhuma apenas percebendo meu coração começar a doer foi ai que as primeiras lágrimas vieram aos meus olhos e elas saíram quentes queimando minha pele como acido, minhas mãos estavam ao lado do meu corpo e eu não conseguia senti-las nem elas nem minhas pernas apenas senti a dor entrando por dentro e me rasgando como facas afiadas até triturar meu coração completamente. Eu tinha matado Bill, matado meu único amor e isso era a única coisa que eu conseguia pensar no momento.
Corri para fora do quarto sem sentir minhas pernas apenas o vento batendo no meu rosto o fazendo gelar, não me preocupei com nada que estivesse em minha frente esbarrei em todos sem parar pra pedir desculpa eu não ouvia nada só as batidas rítmicas do meu coração. As lágrimas saiam constantes dos meus olhos molhando minha roupa e eu olhava pra frente procurando o caminho mais curto pra chegar a tempo de ver Bill, meu coração não parava de doer a cada passo que dava e eles me indicavam a morte chegando tanto pra ele como pra mim. Cheguei à rua e o ar gélido bateu em mim e eu nem me importei continuei correndo até achar qualquer taxi e entrar direto dentro dele falando qualquer coisa pro motorista que vendo meu estado arrancou logo o carro.
Juntei minhas mãos e rezei por Bill o caminho todo em voz baixa, eu olhava pra frente e as lágrimas deslizavam no meu rosto pingando rápidas, apertei uma mão na outra pedindo piedade para Deus e as juntei na boca tentando tampar o choro o que foi em vão. Os minutos passavam e meu coração começava a morrer ou pelo menos aquilo era tão doloroso quanto à morte, parecia que eu estava me aproximando do fim.
Chegamos à frente do hospital, joguei algumas notas na mão do motorista e sai correndo daquele carro, corri o mais rápido que pude, mas meus pés pareciam ter chumbo e eu ficava cada vez mais lenta e minha respiração cada vez mais forte. Meu cabelo no rosto grudando nele devido às lágrimas e meus lábios começaram a rachar devido ao vento, tudo estava se desintegrando.
Cheguei a recepção onde havia poucas pessoas e uma senhora me olhava assustada, fui até ela chorando desesperada e com medo de que ela não me deixasse entrar e chorei mais ainda.

–Por favor, onde é o quarto de Bill... Bill Kaulitz. –Olhei em seus olhos.
–Qual seu nome senhorita? – Ela olhou desconfiada.
–Alana... Alana Hillen .
–Ele está no ultimo andar, na UTI. – Ela disse olhando o papel. –É por ali. –Apontou o elevador. - Eu sinto muito. –disse com pena.

Sai correndo entrando no elevador e apertando os botões com a mão tremula, ela havia me dito sinto muito então eu cheguei tarde de mais assim minhas lágrimas voltaram, porem eu sentia ainda o cheiro de Bill se aproximar eu reconhecia aquele cheiro.
O elevador abriu e um longo corredor branco apareceu em minha frente, eu corri por ele chorando até chegar e ver Khristen também chorando parei em frente dela me deixando as lágrimas caírem velozes e ela veio até mim e me abraçou o mais forte que pode e sussurrou alguma coisa que eu não ouvi porque entre seu abraço eu pude ver Georg encostado na parede com a cabeça baixa e Gustav sentado no sofá com as mãos juntas no rosto parecendo rezar e assim eu me desesperei mais saindo dos braços de Khristen.
Ouvi a porta sendo aberta e Tom a sair por ela com os olhos completamente vermelhos e inchados ele veio até mim e me abraçou com força, deixando as lágrimas saírem.

–Bill me contou toda a verdade Alana. – Ele ofegou. -Dave ameaçou você e disse que se ele não se afastasse você iria morrer então ele decidiu ir embora. – Tom chorava, mas Dave o encontrou... Dave depois se matou.

Aquelas palavras foram piores que tiros no meu coração e agora eu percebi que a merda que fiz, ele iria fugir comigo e eu fui um realmente monstro eu o matei e não havia mais duvida, Bill iria me salvar ele quis me salvar e morreu por minha causa não só ele como Dave também morreu por minha culpa.
Tom se afastou de mim e segurou em minhas mãos me olhando nos olhos.

–Os médicos conseguiram retirar a bala, mesmo assim os órgãos dele foram atingidos, o pulmão não está mais produzindo ar, ele não vai sobrevier Alana- Ele olhou pra baixo e logo depois ergueu a cabeça. - Mas não sei como ele continua acordado apenas esta te esperando, ele quer lhe ver não resta muito tempo. – Vi as lágrimas saindo dele.

Comecei a chorar e foi nesse momento que notei que ele estava tentando afastar a morte de si só pra ouvir meu perdão o que ele sempre quis na vida, e eu não fui capaz de dar por egoísmo me senti horrível, eu iria entrar naquela sala e tentaria trazer ele de volta mesmo sabendo que seria inevitável. Ergui a cabeça escondendo as lágrimas e andei até a porta a abrindo delicadamente.
Bill estava deitado na cama com o rosto branco e os olhos levemente roxos, em sua boca havia  sangue e todo seu corpo estava machucado com partes arranhadas e outras roxas, uma grande faixa cobria seu estomago, mas mesmo assim ele me olhou e sorriu de leve e eu não suportei a dor de lhe ver assim e chorei me aproximando dele. Bill ainda mantinha um leve sorrido dolorido do rosto e eu podia ver a dor em seus olhos e aquilo doeu em mim eu queria tentar salva-lo.

–Oi meu amor. – Ele disse fraco.
– Bill me perdoa, por favor, me perdoa. – Eu implorei
–Não chora amor, vai ficar tudo bem...

Eu vi o sorriso triste porque sabia que não estava tudo bem, ele estava querendo ser forte, mais que eu, mas não estava conseguindo apenas tentando.

–Senta aqui do meu lado e fica junto de mim, por favor. – Seus olhos lacrimejavam

Imediatamente eu sentei na cadeira bem ao seu lado e peguei de leve uma de suas mãos vendo seus dedos completamente fuzilados beijei-os deixando as lágrimas cair, ele fechou seus olhos sentindo meu toque e logo os abriu me olhando com ternura.

–Alana eu estava te esperando, pensei que não viria meu amor, precisava falar com você antes...
–Não Bill, por favor!
–Me escuta amor...
–Eu te amo não me deixa! – Segurei a mão mais firme.

Eu vi seus olhos se encherem de lágrimas e ele as segurar, mesmo morrendo ele fazia de tudo pra tentar não me fazer sofrer e aquilo doía ainda mais em mim, Bill tentava sorrir.

–Os últimos dias que passei com você foram os dias mais cheios de amor que alguém pode ter, eu te amei Alana o máximo que pude... Nós nos amamos e vivemos os melhores dias de nossas vidas.Você me fez feliz Alana, me fez não ter medo da vida me fez ter coração, me amar, me fez homem –Ele sorriu. – Eu quero que saiba que por nenhum momento da minha vida depois que vi seu rosto e seus lindos olhos verdes pela primeira vez eu deixei de te amar querida, nem por um segundo qualquer não foi a você que eu amei completamente até meu coração doer, nada me importou mais do que você durante toda a vida e vai ser assim até depois dela. - Bill me olhava sério dizendo quase num susurro – Queria pedir perdão se eu não consegui desmontrar isso tudo por esse tempo, eu tentei Alana tentei o mais forte que alguém poderia tentar, só não quero que duvide que alguém dia eu não te amei porque isso não é verdade porque eu te amo a todo segundo  é você que eu vou amar por toda a eternidade. – Ele tentava abrir os olhos falando baixo.
–Você demonstrou sim Bill você me amou da forma mais completa que alguém pode ser amada, não duvide disso Bill... Não duvide...
–Quando eu pedi pra você ir embora comigo era por que...
–Eu sei Bill, me perdoa. – Entrelacei minha mão na dele.
–Eu ia te dar isso. – Suavemente pegou algo do seu lado.

Era uma caixinha preta e ele a abriu com delicadeza me mostrando um lindo anel de diamantes brancos, eu derrubei mais lágrimas ao ver, Bill segurou o anel no dedo e eu pude ouvir sua respiração ficar mais fraca, ele tremia enquanto segurava o anel e as suas lágrimas começavam aparecer.

–Você queria... Casar comigo?
–Eu quero casar com você!– Apertei meus olhos.
– Eu acho que não vou poder cumprir o pedido. –Uma lágrima escorreu por seus olhos.- Mas você me faz feliz por aceitar sou o homem mais feliz do mundo em ouvir isso de você. – Sorriu leve ficando mais pálido.
–Vai conseguir sim meu amor...
  
Ele pegou minha mão direita e colocou a aliança no meu dedo logo depois a beijando depois segurei sua mão o mais forte que pude tentando impedir que sua vida fosse embora porque eu conseguia a ver sair do seu corpo lentamente eu podia sentir a agonia que ele estava sentindo e isso fazia meu coração doer muito até me sufocar, ele me olhou diretamente nos olhos e ficou me encarando por alguns segundos e a cada segundo que passava eu o via ficando mais fraco.

– Eu tenho que de deixar meu amor me desculpa, eu não quero, mas tenho que ir. –Suas lágrimas rolavam. E seus olhos ficando pesados. –Mas antes disso só queria perguntar. –Ele procurou o ar já agoniado. –Você me perdoa amor? – Suas lágrimas rolaram e seus olhos estavam quase fechados.
–Bill não, por favor, não... – Eu fechei meus olhos
–Alana... eu... Suplico. –Mal conseguia falar.
– Não me deixa sozinha Bill não vai!- Quase gritei
–Por favor. – Sua mão apertou a minha.
–Você sempre esteve perdoado Bill, sempre...

Eu senti sua mão perder a força a se desprender lentamente da minha, seu rosto foi ficando cada vez mais branco e seu coração começou a bater com rapidez ele foi fechando os olhos e eu comecei a derramar minhas lágrimas.

–Eu te amo... Meu amor...-Ele disse por final

O eletro começou a fazer um barulho repetitivo e que depois foi constante eu olhei pra ele e vi que seu coração havia parado de bater, Bill tinha fechados os olhos e sua mão abandonou a minha a caindo do seu lado. Eu comecei a chamar por seu nome, mas ele não respondia, deitei por cima do seu corpo e não ouvi mais sua respiração, minhas lágrimas mancharam todo o lençol e eu senti meu coração doer como nunca antes até me faltar o ar, mas eu consegui achar forças para gritar a força do amor que ele tinha por mim e gritei por seu nome tentando acordá-lo e nada, até que os médios chegaram rápido e tentaram me afastar dele mas eu não queria e me tiraram a força, foi a ultima vez que senti seu corpo já gelado perto do meu e beijei seus lábios roxos e frios pela ultima vez,ate que conseguiram me tirar de lá.
Sai de quarto e corri para o lado que tinha um vidro onde eu conseguia ver o seu quarto e os médicos fazerem alguma coisa com ele, eu gritei por seu nome o mais alto que pude batendo no vidro com toda força que podia até machucar minha mão, mas eu não parava cada vez batia mais forte vendo seu corpo estendido na cama, chorava até meus olhos não verem quase nada, a ultima coisa que vi foi eles tentando reanimá-lo dando choques em seu coração seu corpo se levantava mais logo caia e o barulho daquele aparelho não parava, eu encostei minha cabeça no vidro não olhando mais porem ainda batendo com força vendo as lágrimas escorrerem e pingarem no chão. Os braços do Tom logo me ampararam e ele me virou de costas para o vídro tentando me proteger e ele encarou o vidro, senti seu corpo bem junto ao meu me apertando o Maximo que podia como se quisesse dividir a minha dor com ele que já era o bastante, eu o abracei o mais forte que pude deixando as minhas lágrimas pingarem em sua camisa e sentir as suas pingarem na minha, ele estava vendo seu irmão morrer.
Não agüentei a mais minhas pernas e cai no chão e Tom caiu junto comigo ainda abraçados e chorando, ele agora me abraçava mais e eu ainda gritava pelo nome de Bill e Tom apenas chorava alto. Olhei para o lado encostando a cabeça em seu ombro e vi Khristen sentada chorando enquanto Georg esmurrava a parede chorando e Gustav mantinha os braços cruzados e a cabeça baixa, escondi minha cabeça no ombro de Tom não podendo mais ver aquilo.

Bill

A minha missão estava cumprida Alana havia me perdoado e meu irmão tinha alguém que o amava e agora eu não precisava mais lutar contra a morte, ela me levou aos poucos sem que eu a menos a sentisse. Fui fechando os olhos até não ver mais Alana, minha menina desapareceu e eu nunca mais iria vê-la, eu sei que ela vai ficar segura sem mim meu irmão vai cuidar dela tão bem quanto eu cuidava. Senti seus lábios nos meus pela ultima vez mesmo assim não senti mais seu gosto, e eu pude sentir também seu corpo quente me abraçando, mas esse corpo não foi capaz de me aquecer e tiraram ela de mim.
Ouvi pessoas entrando no quarto e gritando perto de mim, me deram alguns choques e aquilo doía mesmo assim me fazia querer viver e eu tentei ajudar o Maximo que pude os médios porem minhas forças tinham acabado, também ouvi os gritos de Alana bem longe de mim, como eu queria proteger ela do sofrimento entretanto como eu iria protegê-la se eu ao menos tinha alguma proteção. Com os seus gritos eu vi a minha alma sendo levada de mim e tudo minha vida passar pelos meus olhos minha mãe, meus amigos, os shows, as fãs meu irmão Tom e vi os momentos em que eu passei com Alana os que me fizeram ter certeza que minha curta vida valeu a pena.
Então e desisti da vida mesmo contra minha vontade, tudo foi ficando em silêncio, não senti mais os choques, não conseguia sentir nada, tudo ficou escuro e assim eu  acho que parti...
  
Alana

Não sei quanto tempo ficamos ali sentados no chão sentindo a mesma dor e vendo o estado que ele estava, perdendo parte dele e eu perdendo parte de mim, só sei que ele tentou me pegar nos braços me levantando escondendo minha cabeça em seu peito e eu mal sentia seu coração apenas a respiração, ele me levou ao sofá e me sentou lá e depois se sentou ainda me abraçando e chorando querendo que alguém tirasse sua dor.
Pela pouca visão que me restava eu vi o medico se aproximando olhando pra baixo até que ele parou em nossa frente, eu e Tom nos erguemos em sua frente com a esperança de que ele havia feito algum milagre.

–Eu sinto muito...
– Ele se foi? – Tom perguntou.
–Seus órgãos quase todos pararam de funcionar, mas seu coração voltou a bater. – O homem de branco nos encarava.
–Então ele está vivo? – Tom olhou com esperança.
–Ele só vai viver com a ajuda dos aparelhos, eu sinto muito, mas o Bill está no estado vegetativo persistente, ele não vai voltar e nem abrir os olhos cabem a vocês decidir se querem desligar os aparelhos ou não, sinto muito...

Cai no chão novamente de joelhos colocando minhas mãos nele o empurrando, ele não iria mais viver e nem me ver apenas viver no inconsciente eternamente, sofrer em silêncio, Bill estava morto da pior maneira possível.
 Tom continuou em pé tentando ser forte ao meu lado ele não tinha mais lágrimas e olhava firme para o médico, mesmo assim era comovente.

–Não desligue os aparelhos.

Eu olhei pra cima chorando vendo o rosto sério de Tom se desmanchar em lágrimas, ele se ajoelhou ao meu lado e me abraçou novamente e eu a ele os outros nos olhavam com pena e chorando, acho que ninguém sentia a dor igual nós estávamos sentindo.
Aos poucos senti minha vida sendo levada de mim, não conseguia mais sentir minha respiração ou qualquer coisa, aos poucos fui morrendo sabendo que ele já estava morto, eu iria ficar sem Bill eternamente e fui eu a culpada de tudo, minha vida parou de fazer sentido nesse exato momento, nada iria ser como antes não iria ter mais o meu grande amor me protegendo mesmo que ele tenha feito isso até o ultimo suspiro, mas agora tudo iria acabar porque ele não estava mais ao meu lado pra me amar e respirar o mesmo ar que eu respirava, não iria mais sentir seus braços ou beijar sua boca quente ou ver seu sorrido de novo, Bill não vivia mais.

Bilde.De: Bill Kaulitz é baleado e respira através de aparelhos
Revista Bravo: Bill do Tokio Hotel perde a vida em acidente
Sites e Blogs: Bill Kaulitz está morto após tiro. 

 Postado por: Grasiele

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