quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 23º Capítulo - Love and Death


Música: Love and Death
Artista:Tokio Hotel
Eu posso te dar
Você pode me dar
Alguma coisa
Tudo
Você está comigo
Eu estou com você
Sempre
Junte-se a mim
Amor e morte
Não bagunce
Com meu coração
Pedaços frágeis
Não se arrependa dos Sofrimentos
Que nós vimos
Leve conosco
Até amanhã
Junte-se a mim
Toda a dor que passamos
Tenho morrido por você
Sinta o sangue lentamente em minhas veias
Tenho morrido pra ter você
Amor, eu estou te vendo nadar?
Ou só vendo você se afogar?
Isso é uma tragédia ou comédia?
Amor! Morte!


 Abri os olhos no exato momento em que o relógio despertou avisando que era 9h da manhã, ainda fiquei um pouco na cama olhando para o teto como sempre costuma fazer só que notei que Dave não estava bem ao meu lado como sempre, de certo acordou mais cedo e estava tomando o seu café.

Tomei um banho rápido e quente lavando os cabelos e deixando-os secarem naturalmente, coloquei uma calça jeans apertada preta uma Melissa Ashanti vermelha, uma regata também vermelha e uma jaqueta branca cheia de zíperes, por cima de tudo. Chegando à sala eu realmente percebi que não havia ninguém, onde será que Dave havia ido? Não sabia, mas ele deveria ter avisado isso não é do seu costume.
Comi apenas uma torrada com geléia, e logo peguei minha bolsa e fui para a revista, hoje iria terminar o que antes não consegui, acho que seria mais fácil Bill não me dava mais dor de cabeça ao contrário ele conseguia colocar um brilho estranho no meu olhar.
O dia foi passando e  a noite veio, fiquei o dia inteiro editando a entrevista que vai estar nas bancas em menos de uma semana. Fiquei lembrando o momento em que reencontrei Bill e de como tive medo, hoje percebo que não devia ter tido, ele não era tão assustador quanto já foi. Eu não conseguia tirar seu sorriso do meu rosto e negar o quanto ele era belo, não dava tentei e não consegui teria que aceitar o fato que ele me encantou e continua me encantando depois de tanto tempo, só ele me fazia suspirar daquele jeito, e isso deveria parar.
Lembrar de Bill me fazia lembrar Dave ele não me deu satisfação o dia inteiro, não me ligou nem ao menos me procurou, perguntei para  todos os seus amigos que encontrava e nenhum deles sabiam onde Dave havia se metido todo o dia, aquilo começou a preocupar.

–Oi amiga!

Khristen entrou na minha sala sem bater sempre fazia isso e eu sempre levava um susto.

–Oi!- Sorri para ela.

Ela sentou na cadeira em frente a minha e abriu os braços empurrando a cadeira fazendo-a rodar então tirou os pés no chão e suspirou.

–Foi maravilhoso, perfeito, ele é incrível!- Ele olhava pro teto.
–Que bom que gostou dele, uma ótima pessoa. – Eu sorri calma.
–Ele é meio apressadinho, bem apressadinho até mais que eu o que eu achava que não existisse. – Ele arqueou a sobrancelhas.
–Tenha certeza mais que qualquer um! –Afirmei.
–Sem problemas, ele foi tão gentil, tão... Tudo! –Ela se abanou.
–Vocês então...?- A olhei bem.
–Não!Não sou dessas prefiro esperar para ter certeza mesmo que quando tenha olhado no fundo dos olhos dele senti que aquele era o homem da minha vida. –Ela suspirou. –Apesar de querer ele não parece ser só sexo, Tom parecia ser carinhoso!
–Eu sabia que ele ia gostar de você!- Também sorri ainda aérea.
–Alana o que aconteceu? Está meio perdida hoje!
–Dave, eu não o vi hoje ele não me ligou sumiu...
–Vai pra casa já está na hora, ele com certeza deve lá. –Ela sorriu me acalmando.
–É isso mesmo que vou fazer!-Disse me levantando. – Beijo amiga!- Mandei um beijo pra ela.

Fui para casa andando bem rápido eu queria saber que explicação Dave iria me dar e também com medo de ter acontecido algo ruim.
A casa estava ainda escura, mas o carro de Dave estava na garagem então fiquei um pouco mais aliviada.
Acendi a luz e foi nessa hora que vi Dave olhando para mim estático com os olhos arregalados, ele parecia transtornado eu podia ver isso no seu rosto que conhecia bem.

–Onde você estava?- Ele disse sério.
–Trabalhando. –Disse sorrindo deixando a minha bolsa no sofá.

Dave se levantou rápido veio até mim e me apertou o braço com muita força me chacoalhando, eu podia ver a fúria em seus olhos.

–Não minta pra mim! –Ele gritou.
–Não estou mentindo Dave! – Falei inconformada. – O que você ta pensando? Me solta ta me machucando. –Disse tentando mover meu braço.
–Eu sei de tudo Alana sei que Bill foi seu namorado e sei que você o amava muito, e também sei que você está me traindo com ele agora! – Ele gritava alto.


Dave
Flash da noite passada

Eu estava em um bar com alguns amigos e um deles havia levado a namorada que por sinal falava muito.

–Então você namora Alana? A tão famosa Alana! –Ela sorria.
–Famosa? Não entendi. –Arqueei a sobrancelhas.
–Sim Alana sua namorada a alguns anos atrás ela namorou o famoso cantor Bill Kaulitz, garota de sorte. –Seu sorriso me enojava.
–Ela namorava com Bill Kaulitz? –Perguntei indignado.
–Você não sabia... Desculpa, pensei que...

Não falei mais nada o sangue tinha subido ao cérebro apenas me levantei furioso da cadeira a sai de lá já ficando com os olhos vermelhos.
Porque ela não tinha me contando? Só podia ser porque eles ainda tinham alguma coisa aquele miserável tentei ser meu amigo e ele me  apunhalou pelas costas. Eu sei que Alana deveria estar transando com ele por isso estava tão afastada e às vezes negava fazer amor comigo, ela já tinha com outro.
Aquela vadia iria me pagar, eu amava obsessivamente aquela desgraçada e ela iria ser só minha ou não seria de mais ninguém mesmo que tenha que matá-la, prefiro vê-la morta a ver nos braços de outro homem.
Iria fazer Bill se arrepender com todas as forças de tomar minha mulher, e ele iria se arrepender eu sei disso nem que seja a ultima coisa que ele faça na vida, os dois iriam me pagar por tudo que estão me fazendo sofrer agora.
Eu estava transtornado como nunca fiquei antes e um homem assim é capaz de fazer qualquer loucura, eu fui muito bonzinho  e se aproveitaram de mim agora vão ver quem eu realmente sou.
Quando cheguei em casa olhei para ela uma vadia dormindo tentando ser um anjo, comecei a beijar seu ombro eu queria tê-la, mas ela negou era mais uma prova da traição, senti vontade de enforcá-la até morrer, mas não fiz seria um desperdício.
De manhã acordei bem cedo eu estava mais calmo, porem ainda iria fazê-la pagar por isso, deixei-a dormindo que nem uma vagabunda na cama e resolvi sair para arejar minha cabeça, passei o dia inteiro fora e quanto mais passava a minha vontade era maior de acabar com aquele cara e isso aconteceria em breve.
Fui para casa de tarde e iria esperar Alana ali sentando naquele sofá, aquela vagabunda seria minha hoje por bem ou por mal.

Alana

Ele parecia um louco cuspindo palavras em minha cara coisas que ele não tinha certeza e eram apenas invenções de sua cabeça eu tentei falar apenas a verdade.

Bill foi sim meu namorado, um dia no passado eu queria ter te contado, mas é passado não precisava...
–Você não presta, eu sei que agora você está com ele!- Ele olhava frio.
–O que?  Eu não to te traindo com ninguém, ta pensando que eu sou o que? – Disse já brava.
–Uma vadia é isso que você é! Uma vadia que anda transando com outro cara!

Com a outra mão que estava solta dei um tapa no rosto dele um bem forte que deixou meus dedos marcados, ele virou o rosto com os olhos fechados e depois olhou para mim com um sorriso macabro me apertando mais, ele me aproximou dele fazendo meu rosto ficar bem perto e começou a me mexer nervoso.

– Uma vadia mesmo-Ele riu debochadamente. -Dei todo meu amor e descubro que você nunca me amou e anda transando com outro... Não pense que isso vai ficar assim! Você é minha só minha! –Disse com o hálito quente.
–Eu não sou de ninguém!- Falei com raiva. –Me larga, eu to com medo de você, me solta- Comecei a gritar mais.
–Você viu o que está fazendo? Traindo o homem que te ama de verdade e ficando com um cara que vai transar com você e te jogar fora!
–Já chega!


Dave era forte e conseguiu prender meus braços atrás do meu corpo me arrastando até a parede, sua língua ia descendo do meu pescoço aos meus seios que ele sugava freneticamente, eu estava com nojo, não queria aquilo estava amedrontada e não iria fazer o que ele tentava. Foi ai que vi um vaso que estava ao meu lado consegui desprender um braço e joguei com tudo o vaso em sua cabeça. Dave não desmaiou, mas me olhou muito furioso ainda seguramdo um dos meus braços.
Dave me soltou devagar e continuou com um sorriso monstruoso no rosto ele parecia drogado, mas não. ele estava o ciúme que tomou conta de si  com uma maneira violenta e eu temi por isso.

–Vou sair daqui... –Disse pegando minha bolsa e abrindo a porta.
–Você vai se arrepender por isso, já disse você é minha... –Sai pela porta a trancando. – E de mais ninguém, nunca será de mais ninguém!- foi a ultima coisa que ouvi antes de batê-la.

Bill

Talvez fosse hora de deixar Alana viver sua vida em paz, decidi isso hoje cedo olhando a janela com o sol a brilhar, ela não merecia alguém como eu nem ao menos tentando ser seu amigo, ela merecia muito mais que isso.
Foi difícil tomar a decisão que não deveria procurá-la mais porque eu sabia que aos poucos meu coração iria adoecer de novo, mas era melhor o meu adoecer do que o dela,pude perceber ontem pelo seu silêncio que ela não me queria mais por perto.
A partir de hoje não iria procurá-la, iria deixar ela sozinha até que um dia decida me perdoar era melhor a fazer, pelo menos para ela, eu a amava e apenas queria o seu bem.
Passei o dia todo trancado naquele hotel não queria falar com ninguém sem Alana não tinha graça eu queria ver seu sorriso, minha mente não conseguia tirar ela da cabeça principalmente quando chegou à noite porque meu coração começou a ficar apertado e eu não sabia o motivo, de certo estava ficando louco mais do que já era.
Percebi que se não saísse daquele quarto iria ter uma sincope então coloquei um casado e fui dar uma volta de pé mesmo sendo quase quase meia noite, mas mesmo assim resolvi ir que se danem os ladrões, fãs ou seqüestradores eu queria respirar.
Estava um frio de congelar que secou até mesmo meus olhos, o vento balançava o meu cabelo e não me importei continuei andando por muitos minutos até chegar a lugar nenhum, só que alguma coisa me chamou atenção

Alana

Eu corri, corri com todas as minhas forças como nunca tive na vida, eu chorava até soluçar minhas lágrimas saiam e iam sendo levadas com o vento meu cabelo grudava em meu rosto que atrapalhava ainda mais minha visão embaçada o vento frio da noite queimava minha pele e  eu ainda estava de salto o que piorava ainda mais a situação, mas por nenhum momento eu parei de correr.
As poucas pessoas que ainda passavam pelo meu caminho ficavam me olhando assustados vendo meu desespero, eu queria gritar ou parar para pedir ajuda porem não conseguia parar de correr só queria ir para longe, já minha garganta estava fechada eu queria gritar e não conseguia era sufocante meu ar foi acabando e minhas lágrimas aumentando.
Como tudo em minha vida Dave também foi uma decepção podia esperar isso de todos menos dele, ele era inocente como uma criança e às vezes crianças não sabem o que fazem.
Eu sei que devia ter contado tudo a ele antes eu estava errada é claro, mas isso não era motivo pra ele tentar me... E outra eu não trai ele agora, sim tive vontade todas as vezes que vi Bill de traí-lo porem não fiz, e isso não quer dizer que o fiz apenas em pensamentos.
Eu ainda estava com medo, toda vez olhando para trás vendo se Dave não me seguia para tentar fazer algum mal a mim, mas ele não estava então comecei a desacelerar meus passos.
Tinha ido parar em uma praça e pelo que me lembre ela era bem longe da minha casa estava tão escuro e apenas as luzes do chafariz iluminavam aquele lugar que apesar de bonito era sombrio. Não conseguia mais respirar meu fôlego tinha esgotado por completo então resolvi sentar ali em algum banco pelo menos até recuperar a sanidade mental, mesmo sem saber o que iria fazer depois.
Encolhi minhas pernas dobrando os joelhos perto do meu corpo tentando fazer uma armadura para me proteger, agarrei minhas pernas e coloquei meu rosto em cima dos joelhos deixando minha cabeça de lado e meus cabelos invadirem meus olhos fazendo minhas lágrimas caírem mais e mais até mancharem minha calça.
A única coisa que conseguia fazer era chorar e lembrar as palavras enganadas que Dave me disse, ele era louco falava como um psicopata a pessoa que eu pensei ser um anjo era na verdade um demônio.
Comecei a me lembrar de Bill, ele era a única pessoa capaz de afastar minhas lágrimas naquele momento eu desejei que ele estivesse aqui do meu lado, depois de tudo talvez ele me protegesse.
Foi quando alguém colocou a mão no meu ombro, minhas lágrimas começaram a rolar desesperadas e eu a tremer, meu coração disparou e tentei achar forças para gritar, tinha certeza que era Dave mesmo com medo respirei fundo apertei mais forte as minhas pernas e olhei para trás...

Postado por: Grasiele

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