sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 3

 Fomos até a cozinha e lanchamos.

–Bem, eu não agüento mais esperar, estou morrendo de curiosidade, conta logo o que você tinha que falar!- disse Camila.

–Está bem... Eu recebi uma proposta de emprego, na matriz da agência em que eu trabalho. –respondi alegre.

–Não me diga! Amiga que ótimo e você aceitou? Ah, diz que sim!

–Claro que sim! E você não vai acreditar, é na Alemanha! -respondi sorrindo.

–Oh, mein gott! Eu vou com você amiga, quando é viagem? Eu não vou perder a oportunidade de sair do país! Não agüento mais viver com os meus pais. E imagina só se nós, duas lindas brasileiras, encontrarmos os garotos do Tokio Hotel! –falou pulando de alegria.

–Calma Mila! Porque você quer ir embora? Eu sei que os nossos meninos são sonhos de consumo e que seria ótimo encontrá-los, mas a sua vida aqui é perfeita. Não tem do que reclamar, sempre que quer alguma coisa teus pais te dão. – falei sem entender.

–Você sabe... Eu preciso viver! Meus pais me controlam demais, eu sei que se eu precisar eles não vão me negar nada e sou grata por eles cuidarem de mim. Mas eu preciso ter a minha vida. –respondeu calmamente.

–Hum... Tudo bem. Eu convido você pra viajar comigo, você aceita? –perguntei.

–Mas é claro, Dudinha!-respondeu pulando em cima de mim.

–Eu não sei o que seria da gente se não tivéssemos uma à outra, você é a irmã que eu não tive, Mila. –falei.

–É verdade... Acho que estaríamos sozinhas no mundo. Você é como minha irmã mais nova! –concordou.

–Acho engraçado, toda a vez que saímos juntas perguntam se somos irmãs! Não somos tão parecidas assim. –falei rindo.

–Você nunca vai achar mesmo! Eu sou mais baixa que você, tenho os cabelos cacheados e sou mais velha, apesar de acharem que sou a "caçula". Ah, e mais bonita, é claro. –debochou.

–Nem um pouco convencida, coitada. –falei rindo.

–Haha, eu vou embora maninha! Me liga quando souber a data e o horário da viagem, preciso comprar a passagem. – disse indo em direção à porta.

–Te ligo sim! Tchau. –falei despedindo-me.

–Tchau e se cuida. –responde Camila.

Fui para o meu quarto e peguei meu violão, fui até a varanda, sentei-me em uma cadeira e comecei a cantar:
This is my same old coat
Este é o meu casaco velho de sempre

And my same old shoes

I was the same old me
Eu era a mesma velha de antes

With the same old blues

Com as velhas tristezas de sempre


O telefone tocou e atendi-o.

–Alô, Maria Eduarda?-pergunta a voz do outro lado.

–Pois não? Quem gostaria? –perguntei.

–Bem, desculpe-me por incomodá-la a esta hora... Sou Isabel, secretária da Cláudia. –diz a mulher.

–Certo... Então Isa, em que posse ajudá-la? –perguntei simpaticamente.

–Cláudia pediu para que eu deixasse os documentos e a sua passagem para a viagem em suas mãos, mas não quis incomodá-la, então deixei na portaria do seu prédio... Está bem? –disse.

–Não seria incômodo nenhum atender você, mas mesmo assim agradeço pela gentileza.

–Não há de quê! Boa sorte, garota! Boa noite. –desejou.

–Muito obrigada! Boa noite! –despedi-me.

Fui até a portaria e peguei o envelope com os documentos e a passagem, e depois fui direto para a cama. Fiquei imaginando como seria minha vida daquele momento em diante e logo peguei no sono.

Postado por: Grasiele

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