sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 6

 Não estava acreditando no que acontecia... Eu tinha um emprego ótimo, minha melhor amiga estava comigo, eu “ganhei” uma casa e tenho um motorista. Não tinha imaginado que tais coisas pudessem acontecer.
Em poucos minutos estávamos parados em frente a uma linda casa de três andares e uma escada dava acesso à porta.


–Chegamos, vou levar as malas. -disse Carlo.

Enquanto Carlo pegava as malas, descemos do carro e entramos na casa.

–Muito obrigada! -agradeci.

–Por nada! Se precisarem de qualquer coisa é só me ligar. – disse alcançando-me um cartão e saindo da casa.

Camila foi até a cozinha e me chamou.


–Vem ver isso Duda! Essa cozinha é meu sonho de consumo! Doce, refrigerante...

–Ual! Quanta besteira e a comida saudável, hein? -falei em tom de reprovação.

–Dudinha, para de ser chata! Você vai ficar verde de tanto comer alface. -riu.

–Ah, não vem com essa! -bufei. -Você sabe muito bem que eu amo tudo que engorda. -falei pegando o sorvete no congelador.

–Tá, às vezes você abandona o alface. -debochou. -Nham... Sorvete. -suspirou me alcançando uma colher.

Liguei o rádio a todo volume, comemos sorvete, dançamos e cantamos feito loucas pela casa até cansarmos, quando percebemos já eram onze da noite.


–Mila, o que você acha de conhecermos a noite alemã?

–Acho uma boa idéia, mas hoje?

–Ah vamos, por favor? –pedi com cara de cão que caiu do caminhão da mudança.

–Está bem! -revirou os olhos. -Não sei quem resistiria à essa sua carinha, chantagem emocional pura.

–Eba, você é a melhor irmã do mundo!

–E você a amiga mais puxa-saco!-riu debochada.

–Boba!-gritei derrubando-a no sofá.

–Você me paga Duda!-falou correndo em minha direção.

Ri e enquanto subia as escadas depressa pra que a Camila não alcançasse, tranquei a porta, tomei um banho rápido e me vesti.

–Eu já liguei pro Carlo, você está pronta? -sua voz soou baixa, provavelmente estava no andar inferior.

–Sim, já vou descer.

A campainha tocou, pegamos nossos pertences e caminhamos em direção ao carro, sendo acompanhadas por Carlo.


–As senhoritas querem ir aonde?

–Você tem alguma sugestão? -perguntei.

–Posso levá-las à boate que a senhora Anne frequenta.

Camila e eu nos olhamos rapidamente, estávamos imaginando Anne em uma boate cheia de jovens, não que ela fosse velha, aparentava ter pouco mais de trinta anos, mas parecia não gostar desse tipo de diversão.
–Sei que parece estranho, mas é comum todos saírem à noite por aqui. -Carlo disse respondendo aos meus pensamentos.

Logo o carro foi estacionado em frente a uma grande e movimentada boate, esta que tinha uma fila grande.

–Se não se importam, vou acompanhá-las.

–Não se preocupe conosco. -disse Camila.

–Acredito que saibam se defender, mas sei que não gostariam de esperar na fila.

–Não compreendi. -disse franzindo a testa.

–Como eu havia dito antes... A Sra. Anne frequenta esta boate e, tanto ela quanto eu, temos “passe livre”.

–Por mim tudo bem, vamos? -Camila apressou-se em dizer.

Saímos do carro e fomos para a entrada, logo um dos seguranças do tipo “muralha da China", ele até tinha os olhos puxados, parou-nos.


–As senhoritas estão comigo. -Carlo falou.

–Me desculpem pela indelicadeza! Entrem e divirtam-se. -disse o segurança.

Entramos na boate... Conseguia sentir a energia contagiante do lugar, as pessoas dançavam e bebiam alegremente.

–Fiquem e divirtam-se! –disse Carlo despedindo-se.

–Ok! -Camila respondeu balançando-se no ritmo da música.

–Vamos beber alguma coisa? -convidei-a.

Camila e eu fomos para o bar, e pedimos nossas bebidas.

–Não sei como o seu fígado aguenta
whisky, é muito forte. -Camila comentou rindo.

–Nem eu, mas não fui eu que fiquei de porre da última vez, dona Camila bebum! -respondi debochada.

Virei-me para olhar a pista de dança e jurei ter visto os meninos do Tokio Hotel.


Postado por: Grasiele

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