sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 8

Quando Camila virou-se para olhar, um garoto estava indo na direção do bar... Reconheci-o de imediato, era Gustav Shäfer, o baterista da banda Tokio Hotel, a paixão platônica de minha amiga.
–Eu quero uma vodka! -Gustav pediu ao barman e sentou-se ao lado de Camila.

Poucos instantes depois o pedido de Gustav foi atendido e, com sua bebida em mãos, voltou-se para nós.

–Oi, sou Gustav, vocês vêm sempre aqui?

–Oi, eu sou Camila e essa é a Duda. -minha amiga disse rapidamente, a euforia estava palpável em sua voz. -Nós acabamos de chegar na Alemanha.

–Prazer em conhecer vocês! -ele sorriu bebericando seu copo. -Logo vi, são muito mais bonitas que as meninas daqui. -elogiou.

–Obrigada. -falamos em uníssono.

–Duda, você não se importa se eu chamar sua amiga para dançar, né?

–Claro que não! Divirtam-se. -respondi rindo ao sentir Camila me acotovelando.


Camila e Gustav foram dançar perto de Georg, o baixista, que estava acompanhado por uma moça loira.

–Alguma bebida sehorita? -perguntou o barman.

–Whisky com redbull, por favor. -respondi terminando a minha dose anterior.

–O mesmo pra mim. –uma voz grossa soou atrás de mim e, sem seguida, um garoto de dreads sentou-se ao meu lado esquerdo... Reconheci de imediato, era Tom Kaulitz, o guitarrista da mesma banda.

–E eu quero um Martini Rosato. -uma voz masculina, mas suave, soou e outro garoto, este com cabelos negros e espetados, sentou-se ao meu lado esquerdo... Aquele era Bill Kaulitz, o vocalista.

Eu não demonstrei reação alguma à presença dos dois, não queria paresser uma adolescente histérica, mesmo que fossem meus ídolos.

–Você está sozinha? -a voz de Bill dirigiu-se à mim e ele deu um gole em seu copo.

–Não, estou com uma amiga. -respondi simplesmente.

–Mas você está sem companhia no momento, não? -Tom perguntou me olhando fixamente.

–Sim.

–Se importa se eu lhe fizer companhia? -Bill perguntou sorrindo timidamente.

–Claro que não.

–Eu posso ficar também? -Tom perguntou passando a língua em seu piercing.

–Faça o que achar melhor. -tentei não dar muita “corda” pra ele, afinal era o garoto mais galinha da Alemanha.

–Meu nome é Bill. -o de cabelos negros apresentou-se estendendo a mão para que o cumprimentasse.

–E eu sou Tom. –disse o abusado, beijando minha bochecha.

–Maria Eduarda. -apresentei-me. -Muito prazer. -sorri.

–O prazer é todo meu. –Tom galanteou, fazendo-me revirar os olhos.

Bebemos e conversamos por um bom tempo, eles eram legais e com personalidades opostas: Bill era encantador e gentil, Tom extremamente sexy e convencido.


–Vocês não vão dançar? -perguntei após algum tempo, na verdade estava querendo me livrar do olhar "investigativo" de Tom.

–Eu vou se você for. -Tom respondeu ostentando um sorriso safado em seus lábios carnudos.

–Eu não sei dançar muito bem. -Bill cochichou, mas eu o ouvi.

–Sem problemas, o importante é se divertir, vem comigo. -falei puxando Bill pelo braço e ignorando Tom.

Deixamos Tom no bar e fomos dançar, Bill segurou em minha cintura com calma e, em seguida, coloquei as mãos em volta do seu pescoço.

–Acho que não consigo, Duda. Posso te chamar de Duda? -Bill fez uma careta fofa demonstrando sua timidez, o que deixou-o extremamente fofo.

–Mas é claro que sim... Bill sente a batida da música e deixa que ela tome conta de você. -orientei.


P. O. V. Bill Kaulitz

Pela primeira vez na vida fiquei tímido perto de uma garota... Claro que nunca fui um cara-de-pau como meu irmão, mas um pouco descontraído. Eu estava me sentindo totalmente paralisado, não sabia bem ao certo o que fazer. Porque eu me sentia assim perto da Duda? Não sei exatamente... Mas ela além de linda, era realmente diferente de qualquer outra garota que tenha conhecido. A energia dela contagiava.
O que mais me deixava feliz era o fato de ela não se deixar levar pelas investidas do meu irmão... Ela não merecia ser usada, mas respeitada.


P. O. V. Duda


Parecia que Bill havia entendido perfeitamente o que eu lhe dissera, estava deixando-se levar pela música. Aproximou mais o seu corpo e, em poucos instantes, parecíamos um casal de dançarinos. Era impressionante a forma como ele me conduzia, não parecia estar querendo aproveitar-se da dança para se aproximar de mim... Ele era gentil até mesmo dançando.
Percebi, depois de algum tempo, que Bill estava “em outro mundo”.
–Bill, hey. –chamei-o afastando um pouco nossos corpos.

–Ah, hein? -perguntou acordando de um suposto transe.

–No que a sua cabecinha estava ocupada, hein? -perguntei curiosa.

–Em nada de mais.... -sorriu lindamente.

–Sei... -arqueei as sobrancelhas.

–É sério! -riu de minha desconfiança. -Bem, o que acha de continuarmos dançando?

–Acho uma ótima idéia! -respondi entrelaçando minhas mãos em seu pescoço, o que o fez sorrir.


P. O. V. Tom Kaulitz

Eu não estava acreditando... A garota simplesmente me ignorou e foi dançar com o meu irmão, o que tem de errado com ela? Todas as mulheres caem aos meus pés e com ela seria diferente porque?
Estalei a língua e levantei indo em direção ao casalzinho feliz, aquilo estava me deixando irritado.


P. O. V. Duda
Dançamos várias músicas, até Tom aparecer e começar a conversar conosco, na verdade, comigo.


–Duda você fez o Bill dançar, parabéns. -sua voz soou sarcástica.

–Não é a mim que você deve parabenizar Tom, mas sim o seu irmão... Eu não fiz nada. -ignorei seu tom.

–Sei... -franziu o cenho. -Quer dançar comigo? -perguntou ignorando a presença do irmão.

–Sinto muito, mas não vou deixar o meu dançarino sozinho. -respondi acabando com qualquer esperança de ter minha companhia.

–Ah maninho, vai procurar uma garota pra você, essa é minha. -Bill fez-se notar e sorri por seu gesto.

–Mas nenhuma delas dança como a Duda, eu quero ela pra mim! -Tom retrucou fazendo bico.

–Eu divido ela com você, o que acha? -Bill perguntou e me olhou com um pouco de pesar.

–Tá bem, melhor do que nada. -Tom bufou e revirou os olhos, parecia uma criança mimada.

–Cuide bem dela! -Bill disse olhando seriamente para o irmão, encararam-se em silêncio por algum segundo, como se estivessem conversando apenas pelo olhar.

–Pode ter certeza que sim. -Tom quebrou o silêncio entre eles e mordeu o lábio.

Bill beijou-me na bochecha e desapareceu no meio da pista.

–Agora somos só eu e você. -Tom sussurrou em meu ouvido.
Postado por: Grasiele

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