sexta-feira, 9 de março de 2012

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 30 - BOMBA!

Sem contar os dias que me faz morrer sem saber de ti, jogado à solidão. Mas se quer saber se eu quero outra vida ? não, não. Eu quero mesmo é viver  pra esperar, esperar devorar você.

 PDV DIOGO ##ON## CONT.

‘ela não pode ter me deixado, não pode’, pensava enquanto me abraçava com o corpo inerte de Victória, Isadora estava mais desesperada do que eu, andava de um lado pro outro tremula, ninguém havia pensado outra coisa... Tay, estava chorando compulsivamente, Tom estava perplexo demais e Bill tremia mais do que vara de bambu, sua maquiagem estranha e escura já estava toda borrada, e ele estava mais pálido do que uma pessoa normal.. se é que ele era normal.. fiquei abraçado ao corpo de Victória até a ambulância chegar, foi lá que eles dera a noticia que nos alivou em parte.. ela não havia morrido, mas estava em sério risco. Ainda próximo ao bar ela foi imobilizada e colocada na maca ainda incosiente.

Nem olhei pra trás, apenas joguei a chave do carro pra Isadora e entrei na ambulância, minha camisa ainda esatava com eles, mas naquela hora o frio era o de menos. No caminho pro hospital ela havia aperto os olhos, mas mal se mexia, eles foram rápidos, mas eu ainda estava muito abalado, eles me deram o mínimo de informação possível, o que me deixou pior ainda, vê-la naquele estado me quebrou em pedaços, foi como vê-la e ouvi-la gritar depois de ter sido deixada pelo cara estranho... até que chegamos lá ela já havia sido entubada, seus olhos haviam se fechado novamente, era muito desesperador, corri juntos com eles pro interior do hospital, mas não me deixaram passar pela porta onde ela havia entrado.

Demorou um pouco até que Isadora chegasse lá também, mas ela não havia vindo só, ela trouxera os três com ela...eu estava sentado no chão proximo a porta quando uma mão fria tocou meu ombro, olhei pra cima e vi o rosto manchado de vermelho de Isadora.

– toma, veste sua camisa, Di... – ela falou

– ta – falei pegando a minha camisa de sua mão e me vestindo.

– como ela está? – a ruiva perguntou

– estável, foi só o que me disseram – falei me levantando

Fomos todos sentar no sofá próximo a recepção, estávamos todos juntos, unidos, perto um do outro, tudo isso por Victória, não havia dialogo, eram só nossas respirações, ficamos naquele silencio mortal por quase uma hora até que um medico de meia idade entrou com um pano nas mãos.

– boa noite, eu sou Josef Stell, médico de plantão. Com quem falo pra dar informações sobre a paciente?

– eu sou o namorado dela – falei vendo Bill e Tom me olharem e peguei as coisas de Victoria no pano.

– sua namorada está bem, Sr. Está fora de perigo, mas vale ressaltar que o que ela teve foi grave – ele falou nos avaliando.

– o que ela teve doutor? – perguntei angustiado

– ela teve uma overdose de cocaína – ele falou nos olhando sériamente.

– O QUE? – falamos juntos

  não sabemos como foi, só podemos deduzir coisas, pode ter sido inalada, colocada em sua bebida.. não podemos afirmar nada. – ele falou – ah,só mais uma coisa.. não conseguimos salvar o bebê, eu sinto muito..

– bebê? – eu havia escutado direto? Fiquei totalmente confuso.

– sim, Sr. Sua namorada estava grávida de 9 semanas.. se o senhor quiser vê-la agora, é só me acompanhar – ele falou virando-se de costas.

Deixei pra pensar depois, eu queria vê-la, toca-la, corri atrás dele sem olhar pra trás, cheguei a porta do quarto e desinfetei minhas mãos, entrei e a encontrei totalmente sedada, fiquei por horas acariciando sua mão,ela estava tão fria, sua boa estava arroxeada pela força que eu havia feito. Lá pelas duas da manhã eu fui ao corredor e todos ainda estavam lá... Bill jogado em um sofá, a ruiva no colo do Tom e Dora sentada abraçada com os joelhos, ela levantou e me abraçou quando me viu, retribui o gesto.

– Isadora, pega o carro e vai pro hotel, descansar... eu vou ficar aqui – falei pra ela

– você vai ficar bem?

– vou... vou ficar bem

– eu vou.. e ligo pro André assim que chegar lá – ela falou

– não.. – falei rápido – não fala nada, eu resolvo isso aqui.

– Diogo, ele precisa saber!

– eu disse que não, Dora... Victória é minha responsabilidade – falei me alterando.

– Di, a culpa não foi sua..

– mas ela tava comigo, mão fala nada, deixa que eu ligo e falo quando ela acordar

– você vai mentir pra ele não é? – ela perguntou irritada.

– eu a amo, Isadora... e eu não vou mentir.. eu vou protege-la do que pode acontecer.. eu só vou omitir alguns fatos – falei olhando-a nos olhos.

– Diogo, ela tem que aprender com os erros e as conseqüências, desse jeito ela nunca vai amadurecer... – ela falou brava

– ela já amadureceu, eu já percebi isso.. agora, como amiga dela... fica calada... se você quiser depois nos desminta, mas agora não, por nós! – falei serio.

– tudo bem.. tudoo bemm.. até logo.. e qualquer coisa, me liga! – ela falou e se foi

Ela pode até ter ido, mas deixou mais quatro famosos me olhando na sala do hospital.

– vocês querem saber mais alguma coisa? – perguntei cansado, a ruiva olhou pros irmãos depois falou.

– desculpa a franqueza... mas eu não te conheço... só que.. eu queria saber como é que você deixou ela fumar e beber grávida? – ela enfatisou a ultima palavra.

– eu não sabia... – falei.. ‘e não era meu’ pensei olhando pra ela – e acho que Victória também não sabia..

– oh.. desculpe – ela falou e voltou pro colo de Tom. Ficamos em mais um breve silêncio e ela falou novamente. – me dêem licença, preciso de um café – ela falou acenando com a cabeça pra mim, e retribui o gesto.

– você vai ficar bem? – Tom perguntou pro irmão.

– vou.. pode ir – ele respondou aéreo.
Quando eles se foram eu continuei encostado com o pé na parede olhando o cara estranho que freneticamente fazia as contas, balançava os dedos, e murmuravam meses, ele balançava a cabeça, até que depois de quase dez minutos naqueles atos, ele levantou a cabeça e colocou a mão na boca, eu levantei uma sobrancelha pra ele... ele tinha entendido.

– era meu? – ele me perguntou murmurando

– tudo indica que sim – falei serenamente

– gosh! – ele falou ficando em silêncio logo em seguida... ficamos calados por um bom tempo, até que ele voltou a falar – obrigada por ter cuidado dela, por protegê-la quando eu quase a matei – ele terminou

– não me agradeça... ela me chama, é como um imã... o meu amor por ela é algo isano, ela me ama.. se é isso que você quer saber... mas infelizmente não é do mesmo modo que ela ama a você! – falei desabafando.

– Victória tem um coração muito grande, muito bonito – ele se derretou e voltou a ficar calado... levou novamente mas um tempo até que ele falasse novamente. – ninguém sabe como foi difícil ter que deixa-la, ter que ver ela com você, ter que mentir pra ela – ele falou bufando.

– não foi muito diferente pra ela... no hospital quando ela acordou e leu aquela carta, foi horrível, parecia  que o mundo tinha acabado, e as noites que eu passei na porta do quarto dela do lado de fora ouvindo ela gritar e chorar com um medo absurdo de que ela fizesse alguma coisa, mas ai teve o dia que ela abriu a porta do quarto e me deixou entrar, ela estava um caos, parecia um bebê  precisando de colo – desabafei, e ele se encolheu com  a verdade

– eu sinceramente não queria que ela sofresse, eu pensei que fosse o melhor pra ela, mas pelo visto eu só piorei a vida dela, você sempre teve razão... eu fui erro na vida dela – ele falou triste

– olha, cara... me desculpa por tudo aquilo que eu falei no hospital, eu tava nervoso.. entenda que ela é o meu mundo – falei

– tudo bem... eu entendo, eu também falaria coisas como aquela, se não piores... eu me arrependo muito por tê-la deixado.. mas me diz.. ela está feliz?

– ela está feliz, pelo menos é o que eu acho, é o que parece, mas sinceramente isso você vai ter que perguntar a ela – falei

– ela não quer nem me ver pintado , eu menti pra ela – ele sorriu amargamente.

– eu vou falar com ela – falei

– por que? Como você consegue?? É um castigo ou você espera sinceramente que ela me mande pra longe? – ele falou e eu ri.

– não é fácil.. mas também não é uma tortura... e se ela quiser te mandar pra longe eu vou ficar imensamente feliz, mas se ela te quiser, eu vou aceitar, porque eu a amo – falei

– eu não conseguiria... eu sou extremamente egoísta... eu não teria toda essa força.

– eu também não sei se eu tenho... mas me dá o numero do teu celular que eu te ligo pra ti ir até o hotel

Ele me deu o numero do celular dele e anotou o meu, ficamos em silencio logo depois, ele ficou olhando pro meu celular uma foto do papel de parede com uma foto minha abraçando e beijando Victoria.

– vocês ficam bem juntos – ele falou apontando o celular.

– somos normais, diferente desse seu jeito estranho – falei fazendo-o rir, mas logo ele ficou sério novamente.

– você deixa eu vê-la? – ele perguntou

– só se for pelo vidro... não quero que você me roube ela agora – eu falei rindo

– eu ainda não tenho esse poder – ele falou rindo – mas eu aceito...

– você segue o corredor em frente, dobra a direita, depois segue reto e direite novamente.. vai lá... vou beber um capuccino – falei estendendo a mão pra ele.

Ele apertou bem na hora que o irmão dele apareceu na porta do corregdor seguido de sua namorada, eu o cumprimentei com a cabeça e ele me respondeu igualmente. Fui lentamente pra lanchonete, ao chegar pedi um capuccino duplo com  chantili e me sentei em uma mesa isolada, eu tinha que me preparar pro inevitável... ela o amava mais do que a mim...


PDV DIOGO ## OFF ##


PDV BILL ## ON ##


Passei por Tom e Tay sem nada dizer, a coisa mais importante agora ela vê-la, quase corri pelo caminho que Diogo tinha me descrito, cheguei ao vidro e a vi tão indefesa, tão machucada por dentro e por fora e não tive como contar as lagrimas que se formaram nos meus olhos... novamente por minha culpa... se eu tivesse assumido tudo desde o começo, se eu fosse menos medroso, menos impulsivo, se eu não tivesse mentido...

Me lembrei do que Diogo havia dito, de como ela havia ficado... coloquei a mão no vidro como se pudesse toca-la, lembrei do que o médico havia dito... um bebê... por mais que eu fosse novo demais... aquilo tinha me deixado eufórico.. mas ela havia perdido.. ele não existia mais.. e derrepente eu pulei de susto..

– porraa.. vai matar outro de susto – falei

– desculpa... ta tudo bem com ela? – ele perguntou

– aaham... Tom?

– fala...

– ela tava grávida – eu falei

– eu ouvi.. 9 semanas...

– sabe o que isso quer dizer?

– que ela não perdeu tempo, e fez um filho quando você a deixou?

– como você ousa, Tom?? Ela nunca faria isso...

– desculpa mas é que eu não queria vê-la com aquele cara...

– supere isso... a culpa foi minha.. toda minha.. e ele não é tao ruim assim..

– humpf..

– esse bebê era meu! – falei olhando pra ele

– como é? – ele me perguntou incrédulo.

– exatamente isso.. 9 semanas... faz as contas ai... dois meses e uma semana.. bem perto da ultima vez que eu estive com ela.. e a camisinha tinha estourado...

– nossaaa.. eu fui tio por um curto período – ele falou sacudindo a cabeça.

– ai meu deus... – revirei os olhos..

– gente, desculpa atrapalhar... mas é melhor irmos.. já é tarde..e nem vai adiantar ficarmos aqui – Tay falou

– é Bill, voltamos amanhã.. – Tom falou

– não vamos voltar... só quero que ela fique bem...

Coloquei a mão no vidro novamente, como se eu pudesse tocar nela.. olhei-a demoradamente e fui embora atordoado com a minha quase paternidade... e pensando em como meu vinculo mais do que forte com ela tinha sido quebrado...’será que um dia nós vamos voltar as boas??’


PDV BILL ## OFF ##


Era tudo muito barulhento, foi como se um fogo tivesse tomado conta do meu corpo, como se meu coração fosse se partir em milhares de pesaços, apertando e batendo forte, procurei falar mas não consegui, eu não via mais Diogo... e derrepente não manadava mais nos meus sentidos, tudo tornou-se choque...

Acordei com uma dor de cabeça, em um lugar com cheiro estranho.. parecia álcool... quando consegui mexer meus dedos, senti uma mão na minha, abri os olhos e virei a cabeça... Diogo estava ao meu lado dormindo, olhei ao meu redor e vi os tubos, aparelhos, o quarto verde, pigarrei pra limpar a garganta...

– Diogo?  Amoor... falei apertando sua mão suavemente e ele se mexeu atordoado.

– Victória – ele falou beijando minha mão.

– eu acho que a minha vida é pedir desculpas, não é? – perguntei tristemente.

– eu acho que sua vida é tentar me pirar – ele falou passando a mão no meu rosto.

– eu quero ir embora daqui... me tira daqui?

– vou providenciar isso.. mas nós temos que conversar serio, meu anjo... e agora

– sobre o que amor? – perguntei me preparando pro que vinha..

– overdose, Victória... você teve uma overdose... como? – ele perguntou..

– eu não sei – ‘claro que eu não vou falar’, pensei – eu tava fumando e coloquei meu copo na mesa, e depois discuti com Bill – falei com vergonha – depois voltei e bebu...

– tem certeza? – ele perguntou

“que droga... vou ter que mentir mais” -  pensei.

– claro que eu tenho... – falei começando a chorar – ta duvidando de mim?

– não... eu não to amor... – ele falou limpando meus olhos – agora outra coisa... super séria,.. mas é mais um comunicado..

– ta me assustando.. Di... fala logo..

– você sabia que você tava grávida?

– o que? – perguntei fazendo os monitores apitarem

– calma... calma, Victoria... por favor.. se não eu não falo o rsto.. – e eu tentei me acalmar – você estava grávida de 9 semanas – ele falou – dois meses e uma semana.

– eu não sabia... – consegui falar.

– eu sei.. – ele afagou a minha mão.

– mas isso não me faria voltar pra ele... eu não falaria.. eu teria sozinha – falei como se precisasse de uma confirmação.

– não, você não teria ele sozinha... porque ele seria o meu filho – ele falou me beijando. – sabe quem tava aqui vendo você? – ele mudou de assunto.

– não.. quem?

– além da Dora, a namorada do Tom, o próprio Tom e o Bill – ele falou

– você deixou? Digoo.. deixou Bill me ver?

– deixei.. – ele falou serenamente.

– isso é um castigo, não é? – perguntei voltando a chorar.

– meu anjo.. é só um jeito de te mostrar que eu te amo... tanto pra você quanto pra ele – ele falou com um sorriso que me fez chorar.

– você pode pensar que não, Diogo... mas eu te amo! E não é como irmão.. eu te amo como pessoa, como homem.. – falei fazendo os aparelhos dispararem.

– shiii... eu fico muito feliz em ouvir isso de você, mas eu nunca duvidei disso, e a prova eu tive essa noite... no seu delírio foi o meu nome que você chamou, o meu... e não o dele... Victória, entenda que sempre que você precisar de um porto seguro eu vou ser o seu, você é o meu sol – ele falou beijando minha mão.

Postado por: Grasiele

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