quinta-feira, 22 de agosto de 2013

The Dancer - Capítulo 1 - Happy birthday to you!

O bolo se abriu.


Frase estranha não?

Mas sim, a parte de cima do bolo, que era visivelmente uma grande tampa, ergueu-se, podendo-se assim termos a visão de uma bela mulher.
Ela ergueu-se devagar segurando delicadamente a tampa que a impedia de sair. Um dos homens que havia carregado o bolo, segura a tampa a livrando de fazer isto por mais tempo. Docemente, ela rodou os quadris para baixo e para cima, cantando com uma verdadeira mulher vinda diretamente dos anos 50.

Happy Birthday to you...

A voz dela era docemente sensual. Combinavam perfeitamente com os gestos e sorrisos que ela fazia enquanto cantava e recebia os aplausos e elogios dos ali presentes.
Os cabelos louros claríssimos, longos e ondulados, chamavam a atenção, mas não tanto quanto a franjinha que ela carregava, lhe dando um ar vintage. A cor de seus cabelos contrastava com o rubor dos lábios provocados por um batom rubro. 
Os braços completamente tatuados lhe davam um ar Rockabilly... As meninas rebeldes dos anos 50, uma referência em sensualidade e moda. O tom pálido de sua pele, lhe acentuavam os tons de vermelho de seu micro vestido retrô e as unhas sensualmente pintadas dessa cor.
As curvas eram ressaltadas com o justo vestido, mostrando que por trás daquela maquiagem, roupas e talento, há uma mulher bonita e, digamos, perfeita.
Sensualmente, ela continuou uma dança pelo palco, brincando com o cano com sensualidade e doçura, ao contrário daquelas dançarinas que se esfregavam em seus ambientes de trabalho. Assim, que finalizou o trabalho, agradeceu com um sorriso sincero e deu um aceno generalizado e logo foi saindo do palco.
- Tom, quem mandou você contratar ela? - perguntei, assim que o alarde do final da apresentação fora finalizado.
- Credo Bill, é seu último dia de solteiro - respondeu revoltado - Aproveita enquanto tem tempo - ele me deu tapa no ombro, que eu imediatamente coloquei a mão no lugar, pois havia doído.
- Eu amo a Chris, ela é tudo na minha vida, eu não preciso de mais nenhuma mulher para me satisfazer - disse eu, irritado.
- Satisfazer? Vocês nunca transaram - disse rindo sarcasticamente.
- Mas nós vamos... Ah isso não lhe convém - disse eu, levantando aborrecido.
Caminhei solitário pra uma área vazia da boate e me sentei nos sofás ali dispersos. Como era uma área aberta, eu decidi acender um cigarro para me tranqüilizar.
Eu e Chris nunca havíamos feito amor. Ela é muito conservadora, e mesmo com conversas, nós nunca realizamos o ato, porém com a chegada do casamento, ela prometeu que na noite de núpcias, iria se entregar para mim. O fato, me fez ficar tranqüilo por conta da pressão que eu recebo dos meus amigos e irmão, afinal, apesar de tudo, eu sou homem, e enfrento isso por parte dos meus amigos homens.
O que me irritava era o fato de Tom passar isso na minha cara, e era o motivo de todas as nossas brigas que eram poucas, mas me torturavam, pois eu não gosto de ficar brigado com ele.
Logo, eu ouvi choramingos, de quem estava chorando e se aproximando de onde eu estava. A princípio eu ignorei, mas logo foi impossível, pois o barulho estava mais próximo e angustiante.
Apaguei o cigarro, fitando a porta contrária a que eu entrei, o barulho havia ficado maior.

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