quinta-feira, 22 de agosto de 2013

The Dancer - Capítulo 4 - Crazy.

Já tomou tequila? - perguntou, enquanto sentávamos na bancada do show bar.
- Nunca - respondi.
- Então, moço! - chamou, um homem mais velho com excesso de barba virou-se e ela continuou - Duas tequilas, por favor.
O homem pegou dois copos pequenos e uma garrafa velha de tequila, o cheiro do álcool já me embebedava. A bebida era forte e por isso tinha que ser tomada de uma vez só e era isso que me causava pânico.
As doses foram servidas, Alice tomou a sua de uma vez só, enquanto eu encarava o pequeno copo a minha frente. Tomado pela coragem inexpressiva, eu decidi tomar assim como ela.

O gosto era horrível, mas valeu a experiência da adrenalina que deu em mim.

Uma música começou a tocar. Algumas das garçonetes saíram de seus postos de trabalho, para dançarem em cima da bancada, Alice logo se animou e entrou no meio delas para dançar também.
Os homens surtavam com tudo aquilo, assim como há alguns minutos atrás, na apresentação da Alice no meu aniversário. 

A noite só estava começando.

As garçonetes começaram a molhar os homens com mangueiras de água e conseqüentemente a se molharem, a essa altura eu e Alice estávamos encharcados pela água.

Aquilo era uma verdadeira loucura!

Alice pulou da bancada, puxando meu braço para fora do ambiente. Assim que saímos encaramos aquele conversível vermelho no qual havíamos vindo. Alice tinha-o desde seus 19 anos (de acordo com o que ela me contou enquanto vínhamos para cá) e agora ela tem 22 anos, um ano mais velha que eu.
Ela acelerou o carro para uma direção desconhecida, eu já estava quase me apavorando com a velocidade adquirida, mas a adrenalina percorria em meu corpo ferozmente, e meu desejo era apenas de erguer meus braços e sentir a brisa da meia-noite chegando... Nada mais me importava.
Logo, ela estacionou bruscamente o carro em frente a um lugar fechado no qual o letreiro dizia “Hotel Paradise”. Provavelmente, um daqueles hotéis sombrios que vemos em filmes, pois a sua área externa era fechado e escuro, somente o letreiro iluminava o local.
Ela fechou o carro, checando a segurança da preciosidade - é assim que ela considera seu carro - e saiu, simultaneamente que eu. Ela caminhou completamente tranqüila para dentro do ambiente.
E eu acostumado passar estadias em hotéis luxuosos, e encarava pela primeira vez, um simples. Assim que entramos no ambiente, encaramos uma sala simples com um homem entediado, lendo uma revista qualquer atrás de uma bancada com um caderno e caneta a mesa, provavelmente para marcar os quartos e um chaveiro atrás com as chaves dos respectivos quartos. Ela pediu um quarto e estávamos a caminho do mesmo agora.

O número do quarto era 58, terceiro andar.

O quarto era tão simples quanto à fachada.


O espaço era pequeno, mas jeitoso. Tinha uma mesa redonda com cadeiras de madeira rodeando-a, as paredes beges contrastavam com o tom claro da cortina e das poltronas combinando apenas com o lençol da atrativa e aconchegante cama. Havia apenas uma porta aberta, indicando que era o banheiro, também simples, limpo e pequeno.
- Eu sei que não é o que você está acostumado, mas é o que eu posso pagar - disse ela, tirando a jaqueta, colocando-o na poltrona próxima a porta.
- Isto está perfeito, mas eu só não entendi o porquê de estarmos aqui - disse inocente. Ela gargalhou leve, mordeu o lábio e se aproximou perigosamente de mim.

Eu entendi aonde ela queria chegar.

- Eu prometi que fazia essa noite, a melhor da sua vida - disse ela, acariciando meus cabelos molhados.
- Acho melhor tomarmos um banho quente, antes que fiquemos doentes - disse eu, provocando-a.
- Uma boa idéia - disse sorrindo meiga.
Alice seguiu até o banheiro, pegou as toalhas e colocou-as na cama, enquanto eu retirava minhas roupas molhadas, logo com um puxão em seu vestido ela estava vestindo apenas suas roupas íntimas, e sem se importar com meus olhos hipnotizados em suas curvas femininas ela caminhou para dentro do banheiro, e dentro do mesmo, chamou por mim.
Tirei meus calçados e logo eu já estava como ela, apenas vestindo peças íntimas. Segui para o banheiro, encontrando-a debaixo do chuveiro.

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