quinta-feira, 22 de agosto de 2013

The Dancer - Capítulo 10 - Seu futuro é comigo.

O dia do meu casamento havia chego.

Era difícil para mim, acreditar que eu já havia passado por um momento parecido com este antes, e que tinha se acabado uma semana depois. Mas agora tudo é diferente, completamente diferente.

Por que eu vou me casar com a mulher que eu verdadeiramente amo.

O casamento vai ser celebrado numa chácara alugada. Durante duas semanas, eu e Alice cuidamos de toda a decoração do casamento. Lógico, recebemos ajuda de nossos padrinhos sendo ele, respectivamente, Tom e Christina. Os dois estavam noivos e pretendiam se casar no final de 2011, agora nós estávamos no começo desse ano. 
Eu até gostaria de esperar um pouco, pois Alice está no final da gestação. Sim, ela já está com oito/nove meses de gravidez, devíamos ter nos casado antes, mas meus compromissos com a banda não permitiram temo suficiente para isto, e como ela disse que estava tudo bem e a pretensão para que o bebê nascesse eram dez dias depois do casamento, então a cerimônia será hoje para curtirmos uma semana na Alemanha até Sean nascer. Ah, sim é um menino.
A decoração estava posta, os convidados acomodados em cadeiras decoradas com lenços finos de coloração alva sendo destacados por duas rosas vermelhas, que simbolizavam nosso amor. Ao meu lado estavam Tom e nossos pais, Tom estava à espera de Chris que disse que iria terminar de ajudar Alice com o vestido. E ao lado oposto, os pais de Alice e o irmão mais novo.
Estávamos todos ansiosos pela entrada dela, tão ansiosos que o silêncio permaneceu, até que pudéssemos ouvir barulhos de alguém correndo com um salto pelo piso delicado de mármore branco.
Eis que surge Christina agitada, bagunçada, segurando a barra do longo vestido rose e chorando. Preocupado eu corri até ela, sendo acompanhado pelo Tom, no encontro dos três, eu peguei em suas mãos e Tom pediu sussurrante que ela ficasse calma e contasse o que houve.
- B-Bill... - ela parou para recuperar o fôlego - A Alice está em trabalho de parto, ela está no carro te esperando - disse ela, de uma vez só.
Assustado, eu corri até o estacionamento, ouvindo os passos do casal que me seguia. Quando eu cheguei perto do meu carro, eu pude ouvir os gemidos de dor da Alice, aquilo me deixou mais apreensivo do que eu já havia ficado, e entrei no carro, sendo seguido pelo casal.
Chris ficou ao lado de Alice acalmando-a e enquanto Tom estava do meu lado tão desesperado quanto eu, me guiando pelo caminho até o hospital mais próximo. O caminho fora completamente doloroso, ver Alice gritando e se contorcendo de dor me partia o coração, eu sabia que não seria fácil, mas é difícil ver a pessoa que você ama, gritando e gemendo do jeito que ela está. Por mais que Chris estivesse ajudando, meu nervosismo só parecia aumentar, parecia que o caminho do hospital era tão longo, agradeci quando chegamos.
Eu estacionei meu carro desesperado onde não deveria e os enfermeiros que estavam ali já iriam reclamar, mas quando viu Alice no estado em que ela estava, atenderam-na, e, aliás, meu sobrenome ajudou um pouco também. Alice nem precisou fazer os exames que antecedem o parto, pois como disse Chris que é mais informada sobre isso, ela estava com a dilatação de grau maior, ou seja, VOU SER PAI AGORA!
Apreensivos, estávamos os três na sala de espera, todos vestidos formalmente. Eu já havia ligado para meus pais alertando sobre o que houve para eles alertarem a todos os convidados, pois não tinha como ter casamento num estado desses, agora só quando minha princesa estiver total e completamente recuperada disso, que creio ser uma fase difícil e completamente dolorosa.
Uma hora se passou e nenhuma notícia do meu filho. Chris foi comigo até a recepção, enquanto Tom ia buscar algo para a namorada comer.
- Moça, você pode me informar sobre Alice Monroe? - perguntou Christina, educada.
- Alice Monroe? - assenti - Bom, de acordo com as informações que eu recebi, ela está sendo transferida de quarto... Foi um parto certo? - assentimos - O parto foi perfeito, ela e o bebê estão sendo transferidos para o quarto e após isso irão informar aos parentes sobre o nascimento, vocês são?
- Eu sou o namorado dela e ela é cunhada - respondi tenso.
- Ok, aguardem que daqui a pouco vocês poderão visitar-la - sorrimos.
- Obrigado - agradeceu Chris.
Chris pôs as mãos em meu ombro, me levando para a sala de espera novamente. Eu ainda não acreditava que meu bebê havia nascido, era uma experiência quase que indescritível, aliás, é indescritível. Assim que chegamos na sala de espera vazia, encontramos apenas Tom conversando com uma enfermeira.
- Eles chegaram! - disse ele, animado - Vamos ver o Sean? - perguntou Tom, ainda mais animado.
A enfermeira simpática nos levou até o quinto andar para podermos conhecer o pequeno Sean. Eu estava no auge da minha ansiedade, Chris até pediu para que eu ficasse em silêncio, pois havia outros pacientes, mas era quase difícil controlar a emoção que eu estou sentindo.
Quando a enfermeira abriu a porta, e eu apreciei aquela cena belíssima, meu coração pareceu saltar dentro do peito. Entrei antes de todos, indo beijar a minha namorada. Quando eu a vi com aquele sorriso radiante e os olhos brilhantes, eu não resisti. Ajoelhei no chão, para poder apreciar mais de perto aquele ser pequeno que Alice ninava nos braços.

Ele era tão pequeno, tão frágil, tão inocente.

Eu custava a acreditar que ele está agora com nós.

(...)

- Pai! - gritou Marie - O Sean roubou minha boneca! - gritou novamente.

Marie era a filha mais velha do Tom e da Chris.

Os dois - Marie e Sean - tinham a mesma idade, no dia em que Sean nasceu Chris teve uma crise de enjôos e descobriram a gravidez. Eu e Tom estávamos pulando de alegria pelo hospital, eu pelo meu filho ter nascido e Tom por descobrir que seria pai.
Lógico que após o nascimento dos dois, vieram mais filhos. Tom tem os gêmeos dele Loren e Diego - sim, nasceram gêmeos - e eu minha princesinha, Larissa. As mamães estão mais bonitas do que nunca, Chris após o casamento apareceu com um visual mais sensual, o que aumentou o ciúme do Tom e Alice continuou com a dança sensual pelas noites. Eu confesso que eu sentia muito ciúme, mas sabia que era o que ela gostava de fazer e...

Bom, todas as novas danças ela testava comigo antes de testar com os outros. Isso tinha uma grande, e bota grande nisso, vantagem.

- SEAN - gritou Alice, brava - LARGA ESSA BONECA AGORA - eu estava lendo quando Alice gritou na minha frente, era a forma de me provocar, já que ela sabia que eu mimava demais meus filhos e não conseguia dar bronca neles.

Sean tem seis anos, Marie cinco anos, os gêmeos três anos e Larissa seis meses. 


Com esses gritos Sean devolveu a boneca, antes mesmo que Tom aparecesse, já que o mesmo estava dando mamadeira aos filhos mais novos.
- Amor, da próxima vez eu te dou um tapa se ver isso e não dar bronca - disse Alice, agressiva.
- Deixa eles - disse eu, voltando minha atenção para a revista, esticando minhas pernas no mesinha de centro.
- Então, hoje você vai ficar sem a minha nova coreografia - disse ela, dando uma reboladinha.
- SEAN - comecei...
Apesar de tudo, formamos uma família feliz.

Cada um com o seu próprio amor.



Apenas sei que sem Alice eu não saberia viver.


FIM

Fonte: x

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