sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Babysitter - Capítulo 6

No dia seguinte, eram quase três da tarde, estava no quarto da Megan ajudando-a preparar a sua mochila para irmos ao clube fazer sua aula de natação. Escolhi um macacão verde e ajudei-a trocar de roupa. Depois fui para o meu quarto, escolhi um biquini e procurava por um shorts e o protetor solar. Nas ultimas vezes que levei Megan para a sua aula, aproveitei para pegar uma corzinha, tudo bem que passei do transparente para o branco maizena, mas beleza, um dia ainda fico bronzeada.

Outro dia Megan me perguntou, por que eu era tão branca, se morava no Brasil, onde tem tantas praias. Como se eu frequentasse praia, morava no centro de São Paulo, trabalhava todos os dias, tudo bem que meus pais digamos que são: "Ricos", mas não gosto de viver as custas deles. Eu não tinha nem tempo para respirar direito, ainda mais com toda aquela poluição, muito menos ir a praia.

Quando estava terminando de fazer o laço do biquíni no pescoço, ouço a Megan gritando para que me apresasse, vesti a camiseta e sai do quarto, Tom estava parado em frente ao meu quarto com a Megan no colo, me olhou de cima abaixo, como sempre parando nas minhas pernas e deu aquele seu sorriso malicioso, estiquei meus braços para pegar a Megan e a coloquei no colo. Assim que a coloquei no chão, pedi para abrir a sua mochila e coloquei meu chinelo dentro. Coloquei meus óculos escuros e fui me despedir do Tom com um beijo no rosto, mas o safado virou o rosto e acabei dando um selinho rápido em seus lábios. Quando olhei para Megan, ela estava com uma sobrancelha arqueada e perguntou:

Megan: Eu perdi alguma coisa naquela festa?

_ Nada demais. - Me apressei a falar, antes que o Tom falasse bobagem, sobre ter dançado daquele jeito.- Bom, vamos indo Megan, antes que você se atrase para a aula.

Tom: Onde vocês vão?

_ A Megan está fazendo aulas de natação. Antes das cinco estamos em casa, tchau Tom.

Peguei a mãozinha da Megan e descemos as escadas, depois de te-la colocado na cadeirinha, dei a partida e seguimos para o clube. Megan ficou o caminho inteiro me questionando por que o Tom me beijou. Tive que contar que ficamos na festa, e pelo visto ela não achou muito legal, pelo fato de eu ser apaixonada pelo outro primo, ficou insistindo para que eu conversasse com o Bill, assim da amizade poderia surgir o amor, como se fosse fácil. Expliquei para ela que o Bill não vai com a minha cara, ele já tem namorada, por que iria ficar chorando pelos cantos, se o Tom, o Andreas ou até mesmo o Bryan ficavam me dando mole?

Quando chegamos ao clube, levei a Megan até o vestiário enquanto ela trocava de roupa, tirava as minhas e guardava em sua mochila em um dos armários. Peguei o protetor, e enquanto ela seguia com a professora até a sua aula, me sentei em uma das espreguiçadeiras e comecei passar o protetor pelo corpo, nem liguei se tinha gente me comendo com os olhos, primeiro me deitei de barriga para cima e prestava a atenção na aula da Megan, ela parece um peixinho, está nadando muito bem. Quando fechei os olhos para relaxar um pouquinho, um tempo depois tudo ficou mais escuro do que o normal, abri os olhos e vi que o Bryan estava em pé na minha frente, ele tem um corpinho tão gostosinho, abri um sorriso e ele fez o mesmo.

_ Olá.

Bryan: Oi, tudo bem?

_ Ótima e você?

Bryan: Indo. Está sozinha?

_ Não, estou de babá, sabe a garotinha que pegou agente se beijando?

Bryan: Ah sei, bom, estou com meus amigos e vim te convidar para dar um mergulho com agente, se você puder é claro.

_ Bom, a aula dela demora um pouco para terminar, vamos lá então.

Esticou sua mão para me ajudar a levantar e fomos andando até a piscina dos adultos, onde os seu amigos estavam, haviam mais duas garotas e três garotos, gatinhos por sinal. Bryan foi me apresentando a todos, e demos alguns mergulhos, brincamos com uma bola de plástico que tinha lá. Um tempo depois, Bryan e eu nos afastamos dos seus amigos e fomos para a borda do outro lado da piscina, senti suas mãos na minha cintura, me girando, até eu ficar entre a borda da piscina e ele. Me prensou na parede e eu senti os lábios quentes dele sobre os meus.

Começou de um jeito calmo, mas que não deixava de ser muito bom. Entreabri os meus lábios, dando passagem para a sua língua, e aprofundando o beijo. Envolvi seu pescoço com meus braços, as mãos dele passeando nas minhas costas e nuca, me causando um certo arrepio, não sei, mas acho que esse menino não era BV e está se aproveitando muito da situação, pois uma de suas mãos já estavam perto da minha coxa. Parei o beijo, e ainda ofegante, disse que precisava voltar para a ala das crianças, ele deu um sorriso fraco e concordou.

Sai correndo da piscina e voltei a tempo da Megan não perceber a minha ausência, minutos depois a sua aula acaba e vamos para o vestiário. Enquanto tomávamos banho - ela estava na cabine ao lado- ficou me perguntando onde é que eu fui parar, pensei que ela não tivesse percebido que eu sai. Falei a verdade, que tinha ido dar um mergulho com o Bryan.

Depois de terminarmos o banho, entramos no carro e fomos para a casa. Megan foi para o seu quarto e fui para o meu, abri a janela da sacada e fiquei encostada na grade, olhando aquela vista maravilhosa e pensando na vida. Logo senti braços fortes enlaçarem minha cintura, e apoiarem o queixo no meu ombro, pelo perfume só poderia ser o Tom, entrelacei nossas mãos e apoiei minha cabeça em seu ombro e perguntei:

_ Quer alguma coisa?

Tom: Não! Só ficar aqui contigo.

_ Sem segundas intenções?

Tom: Nenhuma.

Me separei do seu abraço e me sentei na cama, me encostando na cabeceira, bati minha mão no colchão e ele se sentrou ao meu lado. Não tínhamos assunto, ele pegou minha mão direita e começou a brincar com os meus dedos, estava achando aquele momento muito estranho e ao mesmo tempo bom, sempre quis ver esse lado carinhoso do Tom. Alguns minutos depois, ele se cansou dos meus dedos e foi para o meu cabelo, enrolava e desenrolada uma mexa em seu dedo, estava realmente ficando preocupada com a sua atitude.

_ Aconteceu alguma coisa Tom? - Não me respondeu de imediato, apenas deixou o meu cabelo e deitou sua cabeça nas minhas pernas. Por impulso comecei a mexer na suas tranças e ele fechou os olhos.

Tom: Só quero um pouco de atenção - Ele suspira alto - Será que, além da minha família e meus amigos, mais alguém se importa comigo?

_ Claro Tom, por que a pergunta?

Tom: Eu costumava ser a pessoa mais importante na vida de Georg, antes de sua namorada. O Gustav está namorando, o Bill está com alguém, sei lá, me sinto sozinho.

_ Eu me importo com você.- Ele vira o seu rosto para cima e sorri.- E...Estou gostando desse seu lado mais calmo.- Arqueia uma sobrancelha.

Tom: Calmo?

_ É, do jeito que estamos agora, apenas conversando, sem você tentando me agarrar.- Sorrio meio sem-jeito.

Tom: Eu gosto de você.- Acaricia o meu rosto- Digamos que...me arrependeria de te levar para a cama apenas uma vez.

_ O que quer dizer com isso?

Infelizmente ou não, quando ia me responder, ouvi Megan me chamado e me levantei as pressas da cama, assim que abri a porta ela entrou e estranhou muito o fato do Tom estar deitado na minha cama, pelo visto quando a for colocar para dormir, ela vai me encher de perguntas. Mas o objetivo dela agora, era me chamar para fazer o jantar, olhei para o Tom e pedi que me ajudasse, ele concordou e fomos para a cozinha. Não sabia exatamente o que iria fazer para o jantar, decidi pegar um livro de receitas e fui folheando, Tom estava ao meu lado lendo as receitas, e pedi para que ele escolhesse, lhe entreguei o livro e uns cinco minutos depois, ele respondeu:

Tom: Lasanha de legumes.

_ Me parece bom.

Peguei o livro novamente e comecei a ler os ingredientes e pedi para que o Tom pegasse na dispensa e algumas coisas na geladeira. O que ia ao fogo eu mesma fiz, e deixei com que o Tom colocasse as camadas da lasanha, ele até que saber fazer as coisas direito. Coloquei no forno e os quarentas minutos que tinham até ficar pronto, levei a Megan para tomar o seu banho, já deixei ela com o pijama e descemos, logo Simone e Gordon chegaram em casa e o Bill finalmente deu as caras, só para dizer que ia jantar fora com a Joss.

A semana até que passou bem rápido, nada de muito interessante aconteceu, pelo menos no meu ponto de vista. Na sexta-feira enquanto esperava pela Megan em frente ao colégio, estava encostada no carro, quando uma garota, que minutos depois disse que o nome era Amanda, uma morena muito bonita diga-se de passagem, veio conversar comigo sobre o Bryan, na verdade me alertar, que ele e seus amigos estavam aprontando para cima de mim. Naquele momento não acreditei muito, mas ela continuou, disse que Bryan é mais velho - apesar de não aparentar - e que já pegou praticamente todas as garotas do colegial, e certamente eu seria a próxima vitima dele a terminar em uma cama de motel.

Óbvio que fiquei muito decepcionada com isso. Tanto que, o encontrei no clube com os mesmo capangas de sempre, e decidi aprontar com ele. Ele veio conversar comigo, insistiu para que ficássemos de novo e até me chamou para sair, o enrolei até que a aula da Megan acabasse, e assim que ela saiu da piscina e veio até mim, fui me despedir do Bryan, fingi que ia lhe dar um beijo em seus lábios e me afastei de repente para virar um soco de direita em deu lindo rosto. Coloquei tanta força do soco, que ele acabou caindo na piscina com o nariz sangrando. Já no carro, Megan me perguntou por que tinha feito aquilo, apenas respondi que ele queria me levar para cama, e ela entendeu.

Ontem após o jantar, estava no meu quarto, e por incrível que pareça, lendo um livro: O Pequeno Príncipe. Indicação da Megan, quando Tom me chamou e bateu na porta, pedi para que entrasse, se sentou na minha cama, ao meu lado e ficamos conversando durante algum tempo. Quando meu celular e vi que era o Andreas, ele se retirou, conversamos um pouco e combinou de me pegar as 21:00, mas não disse onde íamos.

Como hoje é domingo e minha folga, Simone levou Megan para passear na casa da avó, Bill está enfiado no quarto como sempre e Tom, não faço a menor ideia de onde foi. Estava na sala assistindo um pouco de TV, quando ouço a campainha tocar, corri para atender imaginando que fosse alguém interessante, e quando abri, me arrependi mortalmente, Joss estava com um sorriso falso no rosto e usava um vestido tão curto que era possível ver mais coisas do que deveria. Lhe dei passagem e ela entrou ficando parada no meio do Hall e perguntou:

Joss: Bill está em casa?

_ Não sei! - Minto.

Joss: Você trabalha aqui e não sabe de nada?

_ Meu trabalho é cuidar da Megan e não do seu namorado.- Toma.

Joss: Além de ser péssima cozinheira, ainda é mal educada? - Sua voz afina e coloca a mão na cintura.

_ Não estou sendo mal educada. - A imito colocando a mão na cintura - E se o bolo estava tão ruim, por que comeu vários pedaço? Cuidado com a dieta. - Cutuquei sua barriga - Estou vendo gordurinhas aqui.

Ela bufa dando um tapa em minha mão, e se afasta indo para a escada, a vejo subindo e depois entra no quarto do Bill. Eu que não vou ficar aqui para conferir o que vai rolar, já é sofrimento demais, vê-los se beijando, ouvi-los gemendo, vai acabar comigo. Corri para o meu quarto, troquei de roupa e sai de casa a pé mesmo. Comecei a andar sem rumo por alguns minutos, até chegar em uma pracinha, me sentei em um dos banquinhos e fiquei observando o movimento na rua. Um tempo depois, a mesma garota lá do colégio se sentou ao meu lado.


_ Tudo bem?

Amanda: Tudo e você?

_ De boa. Passeando um pouco?

Amanda: Só caminhando. Ficou sabendo que o Bryan apanhou de uma garota? - Eu tive que rir dessa, e ela me olhou contendo o riso.

_ Fui eu que bati nele.

Amanda: Jura? - Pergunta incrédula.

_ Ja. Tentou me agarrar lá no clube e acabei quebrando o nariz dele.

Ela começou a rir de tive que rir junto, a cena foi hilária mesmo. Conversamos durante algum tempo, descobri que também é brasileira, morava em Porto alegre, é fã do Tokio Hotel e que sonha em ter pelo menos uma noite com o Tom. E já que ela, assim como a escola inteira sabe que trabalho na casa dele, me pediu ajuda para que ela pudesse ter nem que seja uma conversa amigável com o Tom. Não prometi nada, mas que falaria com ele sobre o assunto. Voltei para casa quando estava anoitecendo, vi que o carro da Joss não estava mais lá, dei graças a Deus por ela ter ido embora.

Assim que entrei pela porta da cozinha, tive a visão do paraíso, Bill estava somente de boxer parado em frente a geladeira, como os olhos fechados, tomando uma garrafa de água gelada. De repente uma gota escapou dos seu lábios, descendo pelo pescoço, peito, barriga, até chegar ao elástico da sua boxer, acompanhei com os olhos, engolindo em seco, toda aquela tentação. Quando percebeu minha presença, abriu os olhos e me viu babando por ele. Senti meu rosto fervendo, me virei e fui andando a passos largos até a escada e as subindo pulando alguns degraus.

Quando entrei no meu quarto, me joguei na cama e suspirei alto, ele deveria estar cansado demais para beber um litro de água gelada tão rapidamente, a Joss tem muita sorte mesmo. Continuei deitada, com os olhos fechados, tentando não pensar no que eles fazem ou deixam de fazer. Uma hora e meia depois, fui tomar um banho relaxante, demorei uns vinte minutos mais ou menos, por ter lavado o cabelo também, as vezes penso em cortá-lo, mas ele está tão bonito no meio das costas. Sai do banheiro já vestida com a lingerie, peguei o secador e sequei os cabelos, penteando-os em seguida e o prendendo em um coque meio bagunçado. Fiz uma maquiagem mais escura, coloquei o vestido, em seguida calçando os sapatos de salto fino. Coloquei na bolsa carteira o celular, um gloss e alguns Euros, nunca se sabe quando vamos precisar.

Terminei de me arrumar, uns dez minutos antes do horário combinado, desci as escadas com cuidado, para não acabar rolando escada abaixo. Fui para a sala e encontrei todos reunido, assistindo TV, assim que me viram, cada um reagiu de um jeito, pensei que Tom fosse me lançar um sorriso pervertido, mas foi um sorriso fofo, estranhei muito aquilo. Bill me olhou por um tempo, sem muito interesse e voltou sua atenção para a TV. Megan se levantou do sofá e veio me dar um abraço.


Megan: Está linda babá.

_ Obrigada meu anjo.- Tom se levantou e fungou meu pescoço inspirando meu perfume, senti um enorme arrepio.

Tom: Não acho uma boa você sair com o Andreas.

_ Por quê?

Tom: Ele não faz o seu tipo.- Simone deu uma risada abafada.

Simone: Deixa disso Tom, ele é um bom garoto. Quando ele vem te buscar querida?

_ Já deve estar chegando.

Nem mesmo terminei de falar e a campainha tocou, corri para atender e quando vi Andreas todo de preto e aquele sorriso lindo, não tive como não retribuir, acabei sorrindo também. Me deu um beijo no rosto e entrou para saudar a todos na sala. Tom se levantou, ficou encarando Andreas e começou um discurso: Tomar conta de mim, não deixar nenhum estranho se aproximar de mim, não me deixar bêbada e me trazer antes da meia-noite.

"Que lado protetor é esse do Tom que eu desconheço, ainda mais comigo?"– Pense comigo mesma. Simone concordou com tudo o que o mais velho disse, e antes de irmos para o carro, nos desejou boa noite, e que nos divertissimos muito. Agradeci e entramos no carro do Andreas. Uns quinze minutos depois que estávamos no carro em um silêncio total, decidi perguntar onde ele iria me levar, já estava muito curiosa.

_ Onde você pretende me levar?

Andreas: Em uma nova boate que inauguraram. - Boate? Puta merda hein? Estava com uma expectativa tão grande que íamos ficar em lugar mais reservado, tipo me levar para jantar. Lhe lancei um sorriso fraco e ele percebeu minha decepção.- Pensou que te levaria para jantar?

_ Sinceramente, eu pensei.

Andreas: Eu não faço essas coisas, gosto de me divertir e não, de ser romântico.

Depois dessa, o melhor a fazer era ficar calada, por que fui aceitar sair com ele? Bem que a Megan me avisou. Fiquei com a cabeça colada no vidro, vi que saímos de Hamburgo, olhei a paisagem noturna de Berlim, a cidade é bem mais bonita durante a noite. Alguns minutos depois, chegamos a nova boate, o lugar era bem agradável, apesar de não gostar muito de frequentar esses lugares, tentei me divertir ao lado do Andreas, dançamos muito, ele ficava me oferecendo uns drinks diferentes e tomei apenas dois. Quando ele foi conversar com seus amigos me deixando lá no bar, pedi uma Coca Cola, para amenizar o efeito do álcool.

Quando ele voltou me apresentou ao seus amigos e percebi a cara de pervertidos deles sobre o meu corpo, Andreas me levou para o meio da pista novamente e dançamos um música sensual que tocava, não estava tão empolgada como na festa, Andreas estava diferente, mais frio, não me olhava nos olhos, e o gosto do seus lábios não me faziam sentir emoção nenhuma. Quando paramos de dançar, fomos para um lugar mais reservado, onde havia alguns sofás, alguns casais já se atracavam e sinceramente estava ficando com medo.

_ Preciso ir ao banheiro.

Andreas: Vai lá gata, estarei te esperando.

O sorriso malicioso que ele me deu, foi de arrepiar a espinha, andei por um tempo até achar o banheiro e depois de fazer xixi, lavei as mãos e fiquei me olhando no espelho, meu cabelo estava bagunçado, meu pescoço, pernas e braços com marcas avermelhadas, estava me sentindo muito mal naquele lugar. Sai do banheiro com a intenção de falar para o Andreas que queria ir embora, mas o vi de longe, no sofá sentado com os mesmo amigos, eles estavam de costas para mim, fui me aproximando devagar e como a música ali, estava mais baixa, pude ouvir claramente a conversa deles.

– E aquela sua amiga gostosa, quando vai transar com ela?

Andreas: Assim que sairmos daqui, vou levá-la para um motel. Ela já me provou que é bem fogosa na festa dos Kaulitz, levá-la para a cama vai ser muito fácil.

Então era isso, mais um que só queria usar o meu corpo. Eu senti o chão escorregar por algum lugar debaixo dos meus pés, e vi a sala cor de verde-musgo rodar, senti meu corpo cambalear e se inclinar para o lado esquerdo, até que o senti pesado demais e caí ajoelhada naquele piso. Tirei os sapatos e me levantei sozinha ainda um pouco zonza, não ficaria mais nenhum minuto naquele lugar, não quero mais ver a cara do Andreas na minha frente. Mas antes, preciso fazer uma coisinha, peguei uma garrafa de cerveja da mão de uma cara e me aproximei do sofá.

_ Arranje outra idiota para você transar, seu desgraçado.

Quebrei a garrafa em sua cabeça e sai correndo para a saída da boate, por sorte havia um ponto de táxi perto do local. Entrei em um fui e para a casa, tinha ficado apenas uma hora naquele lugar e foi suficiente para nunca mais voltar. Assim que o táxi me deixou no portão da mansão, conversei com os seguranças e me deixaram passar, corri descalça pelo gramado um pouco molhado devido ao sereno e entrei em casa. Subi as escadas e comecei a chorar andando pelo corredor, de repente a porta do quarto do Bill se abre, ele me olha por alguns segundos e como sempre me provoca.

Bill: Voltou cedo dançarina.

_ Cala a sua boca, idiota.

Ele arregala os olhos e entra no seu quarto novamente. Assim que entrei no meu, corri para o banheiro, meu estômago estava embrulhando, me inclinei sobre o vaso sanitário e deixei tudo sair de dentro de mim, mas apesar de ter aliviado um pouco, a dor de ser quase abusava ainda permanecia. Tirei toda a minha roupa e me pus em baixo do chuveiro, deixando a água quente me relaxar por um tempo. Depois do banho, coloquei um pijama e me deitei, precisava de uma boa noite de sono, desliguei o celular para que o desgraçado não me ligasse e fechei os olhos, se ele viesse me procurar, ia arrebentar a cara dele.

Postado por: Grasiele

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