sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Eight Numbers - Capítulo 15 - Eight Numbers

Michael Jackson Feat. Will.i.am - The Girl Is Mine 2008


Every night she walks Right in my dreams
Since I met her from the start
I'm so proud I am the only one
Who is special in her heart

The girl is mine
(She mine, she mine, she mine)
The doggone girl is mine
(She like the way I rock, The way I rock, the way I rock, the way I rock)
I know she's mine
(She mine, she mine, she mine)
The doggone girl is mine
(She like the way I rock, the way I rock, the way I rock, the way I rock)


Passaram-se três meses , desde então não nos vimos mais, Tom não pisou mais na loja, me poupando assim de relembrar tudo aquilo que ouvi da ultima vez, seria muita tortura pra uma pessoa só, continuar o vendo, pessoalmente, já que ouvir falar dele e daquela banda, era inevitável, morando aonde moro, o que me fazia mal, mas com a ajuda de Bruh e Diogo, que ainda estava aqui em Hamburgo, se tornava mais fácil, mas Diogo já ia voltar ao Brasil, e eu fui transferida de loja, para uma filial que ficava em Hamburgo, porém nela só havia o setor de hip-hop. “Isso é praga” pensei ao receber a noticia, mais não era apenas uma transferência como da ultima vez, e sim uma promoção, sim eu fui promovida a gerente, dessa loja.


-Luísa, seu irmão veio se despedir. –disse Rodolf, funcionário da loja, se aproximando e apontando para Diogo que adentrava a mesma.
-poxa queria tanto ir te levar no aeroporto. –falei fazendo um bico enorme indo abraçar Diogo.
-vida de pião é foda né?! –disse Diogo me zoando e me fazendo rir, porém ao olhar pra frente meu sorriso sumiu de imediato, ERA ELE, sim era Tom saindo apressado da loja, eu não estou louca era ele, de costas, roupas largas como a maioria dos clientes que aqui freqüentam, mas eu conheço esse infeliz a quilômetros de distancia, meu coração estava a ponto de dar um treco.
-....ai então eu te ligo, ta?! –disse Diogo finalizando um assunto que eu sinceramente não ouvi.
-..t ta! –falei saindo do transe, forçando um sorriso.
Fiquei o resto do dia em outro mundo, ver ele de novo, mesmo que de longe, me perturbou completamente.


[Tom Kaulitz]

Nunca mais a vi, nem se quer cheguei perto daquela loja, não queria correr o risco de vê-la novamente e lembrar de tudo que me fez, ou até de fraquejar, como quase aconteceu da ultima vez que nos vemos, e a vi saindo chorando, tive vontade de ir atrás dela, talvez eu tenha sido muito duro, ou não, só sei que meu orgulho não me deixou dar um passo se quer. Agora faço minhas compras em outras lojas, as vezes em alguma  filial da Haeftling , mais naquela, nunca mais vou! Gosto de uma que tem apenas um setor, onde só tem roupa de hip hop, me sinto totalmente em casa, exceto quanto chego na entrada da loja e me lembro dela,  balanço a cabeça pra tentar espantar as lembras daquela que me magoou tanto.
-posso ajudar? –diz uma vendedora se aproximando.
-ah, sim eu..... –não consegui mais falar ao olhar pra frente, ERA ELA, ali andando pelas araras assim como da primeiras vez que a vi, só que com um uniforme igual ao da July dessa vez, eu não conseguia acreditar no que via, tremi dos pés a cabeça, enquanto meu coração acelerado quase saia pela boca.
-moço? –diz a vendedora confusa enquanto eu ainda olhava Luísa com cara de retardado. –moço, quer falar com a gerente? –perguntou me cutucando.
-NÃO. –respondi assustado a assustando também. –err..não, me mostre umas blusas, desse tipo aqui. –falei tentando disfarçar.
-Luísa, seu irmão veio se despedir. –disse um funcionário da loja se aproximando dela enquanto apontava para um rapaz que estava entrando no local, rapaz esse que me fez ter meu segundo quase infarto do dia. “Puta que o pariu!Então aquele cara era irmão dela?!” pensei colocando as mãos na cabeça, enquanto via Luísa ir abraçá-lo com um bico enorme, logo após falando umas coisas que eu não entendi.
-moço? Ta passando mal? –disse a vendedora assustada.
-não, não é nada...licença. –falei saindo rápido da loja, antes que Luísa me vise.
-BURRO, seu burro, idióta, olha só o que você fez, Tom Kualitz, aaaaaaaaaaargh mais como eu ia sabeeeeeer, como? Porque ela não me contou...CARAMBA ela ia me contar naquele dia e eu não deixei...não acredito, não acredito, QUE BURRO! –dizia pra mim mesmo enquanto me dirigia ao meu carro, querendo passar com ele, por cima de mim mesmo.
[/Tom Kaulitz]


Passaram-se três dias desde então, e nem sinal dele. Podia respirar aliviada e aproveitar meu dia de folga. Acordei tarde, comi uma besteira qualquer, tomei banho e vesti um vestidinho meigo e curtinho, bem soltinho na parte de baixo, ele era cinza claro com uma laçinho na parte de cima, calcei uma sapatilha e fui dar uma volta na linda Hamburgo, e aproveitar o raro momento de sol que havia, na volta aproveitando que estava perto, dei uma passadinha na loja pra falar com Suse uma vendedora, mais logo fui embora, queria ir pra casa, fazer nada, já estava na rua onde eu moro, até que, meu celular tocou.


-numero restrito. –falei pra mim mesma fazendo uma caretinha confusa antes de atender.
-Alô?
-é do hospício? –perguntou uma voz masculina.
-ãn? –falei franzindo a testa.
-do hospício! –insistiu o homem com uma voz familiar. –é que preciso me internar, sabe, eu sou louco, duas vezes louco.
“tom?!’ pensei arregalando os olhos enquanto meu coração disparava.
-louco por magoar a única mulher que amei na vida, e louco, completamente louco por você morena. –falou.
-Tom...não brinca comigo. –falei séria.
-é sério Lu, nunca falei tão sério em toda minha vida, eu sei que eu sou um idiot.
-ééé sim, muito idiota. –o interrompi, logo parando pra pensar. -esperai...como conseguiu meu telefone?  -perguntei semicerrando os olhos.
-BOM. –começou num tom de ‘sabe como é né, eu me esforço’ -eu comprei 6 números sabe, uma longa história..aiii..como só faltava 2, eu tentei todas as combinações de números possíveis, cometi vários enganos, uma aproveitação e...
-aproveitação? –perguntei sem entender.
-é! Em umas das tentativas caiu em uma pizzaria e eu aproveitei e pedi uma.
-idiota. –falei tentando não rir.
-até que consegui o ‘Alô’ que tanto esperei! A propósito, você tem pernas hein, e QUE PERNAS! –completou a voz próxima ao meu pescoço. Virei assustada vendo Tom em minha frente, me fazendo fechar a cara ao lembrar de nossa briga.
-o que você quer hein? Para de brincar comigo, Tom, não me faz sofrer mais do que já fez. –falei séria o fitando.
-me perdoa, por favor. –disse tirando a mexa de cabelo que havia caído em meu rosto. - perdoa esse imbecil, que não sabe o que faz, mas sabe o que quer, e eu quero você! Eu te am.
-para. -o interrompi com a voz embargada. -se me amasse não me machucaria tanto. -falei já chorando. –me deixa Tom, me deixa.  –completei tentando ir embora.
-NUNCA. –gritou me pegando pelos ombros. –nunca entendeu?! –murmurou encostando uma testa e nariz no meu. –er..eu não posso mais viver sem você, eu não quero, EU NÃO VOU.  –falou afastando um pouco seu rosto do meu, ainda me fitando, enquanto eu não continha as lagrimas. –eu te amo Lu, TE AMO! –completou em um tom de desabafo.
-eu também te amo. –falei em meio as lagrimas, sendo beijada em seguida, nos beijamos como se o próximo minuto não fosse existir, sua mão se entrelaçava por entre meus cabelos, enquanto a outra me apertava forte, deixei sem querer meu celular cair no chão, ouvi o mesmo arrastar, logo após um barulho esmagador, olhamos para o chão de canto de olho, desgrudando nossos lábios.
-hm. –fiz uma caretinha e um bico de ‘choro’ vendo meu celular espatifado, recebendo um beijo de Tom, na bochecha.
-é...a sua luta por oito números, foi em vão. –brinquei ainda olhando o celular, enquanto ele me abraçava meio de lado.
-não lutei por nenhum numero e sim por você, pra te ter, só pra mim...inteirinha. –termina sussurrando com aquela voz grossa e maldosamente sexy em meu ouvido, em seguida dando uma mordidinha na ponta da minha orelha.
Respirei fundo fazendo um bico, com uma cara de ‘geente...morri’ enquanto meus pelinhos se arrepiaram, ele então abriu um lindo sorriso, achando graça em meu ‘sofrimento’, o olhei com carinha de piedade, em seguida tendo meu lábio inferior puxado, por Tom, que me olhava com malicia, como um caçador apreciando sua presa indefesa, antes do bote, Tom sorriu ainda segurando meu lábio, até que o soltou, roçando sua boca em minha bochecha indo em direção a meu ouvido. –por favor não diz que não! –ele disse em um sussurro mordendo de leve minha orelha, me fazendo arrepiar. –vamos pra minha casa? –completou com uma proposta tentadora fazendo eu me encolher.
-...não. –eu disse o afastando e assentindo negativamente com a cabeça, fazendo cara de ‘sinto muito meu bem’, vendo sua expressão de desconsolado. –eu moro aqui. –completei dando um sorrisinho de lado enquanto apontava pra minha casa que estava a poucos metros de distancia, vendo um sorriso se abrir largamente naquele rosto perfeito.
-Lu....definitivamente você me surpreende! –falou com cara de abobado.
-cala a boca, antes que eu desista. –falei rindo e estendendo minha mão a ele, que inclinou a cabeça pra trás mordendo seu lábio com uma carinha de ‘é hoje’, o puxei enquanto ria da cena desse espevitado.


Não sei explicar, o que me deu, eu não era assim, jamais puxaria ninguém pro meu quarto, mas ele não era ninguém, eu não podia mais negar o que sentia, o que queria, então o fiz. Não sei bem como foi que chegamos aquele ponto, naquele estado,de repente não era mais meu quarto, minha casa, Hamburgo, Alemanha, eram apenas EU e Tom, e nada mais existia, nada mais importava, eram tantos beijos e mãos, ele era quente, me beijava com pressa, e desespero, nossas maõs eram rápidas, explorando nossos corpos por cima das roupas.
Tom me colocou calmamente em cima da cama , ainda me beijando,enquanto sustentava seu corpo pra não pesar em cima do meu, suas mãos hábeis, tocaram a minha pele onde o vestido terminava,me fazendo arrepiar, a cada beijo mais quente, mais ele acariciava minhas coxas, e então num súbito, o puxei pra mais perto, não agüentava mais aquilo.


-Luisa, sua pervertida. - Tom disse rindo entre os meus lábios, me beijando.
-não sou pervertida, eu estou, e a culpa é toda tua. - respondi mordendo aqueles lábios, em seguida colocando minhas mãos por dentro daquelas blusas enormes,acariciando seu abdômen e ao meu toque ele tremeu.
-não faz isso. - Tom disse num gemido enquanto me beijava.
Eu meramente ri,enquanto tirava sua camisa, sentindo também meu vestido subir, e rapidamente sendo jogado para longe.


Tom então parou, meio sem ar, observando cada curva de meu corpo descoberto, me fazendo corar. Ele então se inclinou distribuindo beijos em minha barriga, subindo lentamente, percorrendo cada parte do meu corpo, me fazendo gemer baixinho, a cada toque daquele piercing gelado, eu estava me perdendo, e em pouco tempo eu seria dele, de vez!
Ele foi tão carinhoso, mas eu sentia que ele queria ser agressivo, se controlava ao máximo para não me machucar. Quando chegamos as vias de fato, o céu era o limite pra nós, ele tão gentil o tempo todo, dizendo que me amava, e por mais que eu tivesse inerte num prazer inexplicável, eu podia sentir cada verdade que ele falava, e eu tive a plena certeza de que ele era meu, só meu, meu paraíso bem no meio de um inferno.
Quando tudo terminou, parecia um sonho, ficamos abraçados, e ele passava carinhosamente os dedos em cada contorno do meu corpo, e eu não queria me mexer, fiquei com medo de ser um sonho.


-já volto. –ele disse se levantando coberto por um lençol. –tenho uma coisa pra você. –completou indo em direção a sua calça no chão.
-ta! –falei sentando na cama abraçando um travesseiro, curiosa. 
-fecha os olhos. –ele falou broxando minha cara de criança ansiosa.
-ok. –falei colocando as mãos no rosto.
Ouvi Tom sentando na cama e respirando fundo. –pode abrir. –ele disse.


Tirei as mãos do rosto, abrindo os lhos lentamente, vendo 2 cordões, com cápsulas na ponta, pendurados em sua mão, Tom então assentio com a cabeça, como um sinal para que eu os pegasse, pra ver melhor. Peguei-as de sua mão e vi que ambas havia uma palavra, o que formava ‘Eight Numbers’, antes que eu perguntasse qualquer coisa, Tom falou.


–essa fica comigo. –disse pegando o cordão com a cápsula ‘eight’. –e essa com você. –diz apontando pra cápsula ‘numbers’ que ficou em minha mão.


–isso será o símbolo da nossa história. –começa mexendo em seu cordão, olhando em meus olhos em seguida.  -graças a esses 8 números eu pude conviver e conhecer melhor a garota mais fantástica que eu já conheci em toda minha vida, aquela que me encantou desde a sua imensa teimosia e cara de poucos amigos, a sua doçura, que me fazia esquecer de todos os problemas a cada vez que via seu sorriso se abrir, aquela que me fez descobrir que o amor existe, que deve ser vivido e que só quero vive-lo com você. –completou colocando seu cordão no pescoço.


-bendita hora que inventaram números de celular tão grande. –falei dando um sorriso meigo em meio a lagrimas, a seguir as secando e respirando fundo pra prosseguir. –que me deu tempo pra ver que por trás daquele rapper putão. –falei o fazendo rir. –existe um cara maravilhoso, e extremamente divertido, que alegrava não só minhas tardes, mas a minha vida, dando graça a ela, e que a cada vez que entreva pela porta da loja, fazia meu coração disparar, aquele que me fez descobrir que o amor existe, que deve ser vivido e que só quero vive-lo com você. –completei colocando meu cordão no pescoço.
-eu te amo, moreno.
-eu te amo, morena.
Falamos juntos, nos fitando com os olhos marejados, iniciando um abraço apertado, selando fortemente nossos lábios, finalizando a melhor noite de nossas vidas, nos dando a certeza de que esse é o inicio de um grande e verdadeiro amor.

FIM!

Postado Por: Grasiele | Fonte: x

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