sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Eight Numbers - Capítulo 12 - The Call

-é a Alice. –falei pra mim mesma olhando no visor do celular.
-hm...Alice que me tirou do país das maravilhas. –disse Tom debochado e fazendo um bico.
-deixa de ser besta. –falei rindo e assentindo negativamente com a cabeça não crendo que ouvi essa piada infame.
-Alice? Mais não era Bruna? –pergunta Tom.
-quem? –respondi com outra pergunta.
-a sua amiga taradinha. –responde.
-não fala da Bruh. –disse franzindo a testa.
-mais ela é. –disse Tom com cara de ‘darh’
-mais só eu posso falar. –disse mostrando a língua feito criança.
-então quem é essa?...deixa pra lá, atende logo e da tchau. –falou já impaciente.
-credo Tom, é uma amiga minha...deixa eu atender logo. –completei antes de entender.
-Alô? –falei tampando um ouvido devido ao barulho do local.
- Luisa, desculpa, eu ligo outra hora!
-Não, Alice, pode falar. –insisti.
-e loogoooo. –cantarolou Tom impaciente dando pulinhos com o calcanhar, levanto um tapa meu em seguida.
- Não Lu, desculpa mesmo, eu ligo outra hora.. –disse Alice desanimada.
- Se você não falar agora, vou ficar chateada.  –disse tentando fazer um tom bravo na voz.
- são problemas, e eu não quero atrapalhar sua diversão, por favor! –disse Alice com a voz embargada.
- você está chorando, Alice? -perguntei já angustiada.
- sua amiga está chorando no telefone? –disse Tom com os olhos arregalados como uma criança curiosa.
- Não. –disse Alice, negando em vão.
-ta sim, cara, fala logo o que houve? –disse assustada.
- meu pai. –disse Alice com dificuldade, aos prantos.
- Alice, calma.. calma, por favor... está me assustando, para de chorar, me fala o que aconteceu pra eu poder te ajudar....ALICE??? –falei já desesperada.
- Lu, calma, olha se você quiser eu te levo até onde ela mora.. – disse Tom assustado pegando em meu rosto.
-t...ta. –falei assentindo a cabeça olhando confusa pra Tom.
-Alice, to indo ai ta?!...fica calma, já to indo, Tchau.
-ta.  –respondeu Alice, encerrando a ligação.

Tom me levou até a casa de Alice que era um tanto perto do Große Freiheit 36, e nos despedimos enquanto eu esperava o elevador.

-vai pra casa hein...safado. –falei fazendo um bico de lado e dando-lhe um tapa.
-poxa vou ficar sozinho, abandonado..
-correndo o risco de ser violentado. –terminamos a frase juntos fazendo uma encenação e rindo em seguida.
-é sério, você sabe que eu sou gostoso e as meninas querem me bulinar, é perigoso me deixar sozinho. –disse Tom encostando sua testa na minha e uma das mão na parede me deixando ‘presa’.
-creio que um homem desse tamanho saberá se defender dessas taradinhas de plantão, mas, qualquer coisa me liga que eu vou quebrar os dentes da atrevida e os seus também.
-meeeus? Porqueeee?...Para, você não teria coragem de estragar essa boquinha linda e sexy aqui? ã?ã? –diz passando seus lábios nos meus.
-paga pra ver. –falei afastando seu rosto, vendo um bico enorme se formar. -agora vai que eu preciso ver o que a Alice tem, ok?! –completei dando um beijinho em seu queixo.
-vou né...fazer o que. –disse num suspiro profundo, em seguida me tirando o fôlego com um beijo.
-tchau. –falei me livrando de seus braços e correndo pra dentro do elevador que havia chegado.
-aaaaaaaaargh. –disse Tom com as mãos na cabeça, a inclinando pra trás enquanto eu ria.



Chegando no apartamento de Alice, a mesma me explicou tudo ainda aos prantos, seu pai havia sido internado e ela estava desesperada sem noticias, já que ele mora no Brasil, tentei ao máximo acalmá-la, e destrai-la um pouco, ficamos conversando boa parte da noite, assistimos TV, 2 minutos de cada canal, era o máximo que eu agüentava, não tinha nada de bom passando, e isso não tava ajudando muito ela a se distrair, mais o fato da minha impaciência para com a TV a fazia rir um pouco enquanto me olhava incrédula.


-Lu...deixa em um canal só, pelo amor de Deus, eu já to com dor nas vistas. –disse rindo me olhando com os olhos arregalados.
-aaaaain, não consigo. –falei fazendo uma caretinha e passando todos os canais da TV de uma vez, acho que só eu mesmo conseguia captar os canais com tanta rapidez, afinal todo mundo me reclamada sobre isso.
-aah não, chega, cheeegaaaa! –disse Alice voando em mim e pegando o controle.
-aaaaaah. –falei fazendo um bico e me afundando no sofá.
-aiai. –disse Alice em um suspiro olhando pro nada, voltando a ficar triste com os olhos lacrimejando.
-aaah Alice, não, por favor, fica calma, vai ficar tudo bem... –fui interrompida pelo telefone. Ficamos paralisadas, até que em um pulo Alice levantou do sofá e atendeu o telefone.
- Alô?
-Ice, é o Emm de novo! –diz o irmão de Alice.
- aaaii Emm, -diz Alice caindo no choro.
- Ice, calma, por favor não está ajudando muito.. - falou ele.
Peguei o telefone de sua mão, já que ela não conseguia controlar o choro.
- Emmet, é a Luisa.. tudo bem? –falei.
- aah, oi Luisa...agora já está tudo bem, eu só liguei pra tranqüilizar a Ice... o nosso pai já acordou.. ele já está melhor...o médico disse que amanha mesmo, já terá alta...pode dar esse recado a ela? - pediu ele .
- aaah claro. –falei respirando aliviada. - Emmet.. só isso? –perguntei.
-siim, só.. e err... obrigado por estar com ela nesse momento que ela ta longe da gente -  falou ele fervorosamente.
-aah, Emmet, imagina, amiga é pra essas coisas...até. – falei antes de desligar.
-viiiiu chorona, ta tudo bem. –falei debochada já que o susto havia passado, recebi um palmo de língua pra fora como resposta.  -seu pai recebe alta amanha mesmo. –falei com um largo sorriso, recebendo um abraço de Alice que vinha com um bico enorme em minha direção.
-o que seria de mim sem você hein?! –disse Alice limpando as lagrimas.
-ué...seria você...só que numa vida sem graça. –falei baixando a humildade de Tom em mim.
-poxa, desculpa ter atrapalhado seu ‘vuco vuco’. -falou com cara de lamentação.
-meu oqueee? –perguntei incrédula.
-isso mesmo...ai Luísa, você não muda nunca. -falou assentindo negativamente com a cabeça. -continua impossível. -completou.
-impossível?
-é miha filha, você não é dificil é IMPOSSÍVEL. -aposto que ia deixar o....sei lá quem, na mão, literalmente. -falou me fazendo rir do 'literalmente. -que isso Luísa, tem que curtir mais....se libera amiga. -completou dando um tapinha no ar,  como uma biba, só faltou o 'se joga bi'.

-Alice.
-fala?
-caga na mão e come. -falei dando-lhe uma almofadada.

Então nós fomos finalmente dormir, depois dessa noite conturbada, como já estava tarde eu dormi na casa de Alice mesmo, logo cedo fui pra minha casa tomar um banho e me trocar pra ir pra loja.Tom apareceu por lá quando eu havia acabado de voltar do almoço e ia fazer uma horinha fofocando com as meninas da loja.

Postado Por: Grasiele

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