segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 35

– Não sei! Já te ouvi, agora deixa – me ir, p.f.f.! – Disse desviando o olhar do
dele.

–Por favor, não vás! – Ele começou a chorar de desespero.

– Não chores, o mal está feito! Eu só preciso de pensar, percebe isso! - Disse mais calma levantando – me da cama, e arrumando as roupas numa mochila. Peguei na mochila, fui até à sala.

Na sala…Estavam todos muito tensos, depois do que se passou.

– Tu vais embora, mesmo? – Perguntou o Gust triste.
– Vou, mas não faças essa cara! Pode ser que volte! – abracei – o com força.

– Não vás, fica! – Pedia Ge, com os olhos a encherem – se de lágirmas.

– Não chores! Eu vou estar uns dias fora, é só isso! – Disse beijando a bochecha dele.

– Não há nada que te faça voltar atrás? – Disse Bill cabisbaixo.

– Não, Bill, por enquanto não! – Disse – lhe com carinho.

– Miga, se precisares, liga - me! –Disse Chris que também estava muito triste.

– Bem eu vou indo! – Disse colocando a mochila nas costas.

– Dizes depois onde estás, p.f.f.? – Disse Gust.

– Digo sim!

Sai de casa e peguei na mota, sai dirigindo até cansar, precisa de ficar só comigo mesma. Tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, parecia que ia enloquecer. Será que eu vou aguentar toda essa situação?
Seré que eu sou forte o suficiente para superar tudo o que está a acontecer
comigo? Passaram – se algumas horas e eu fui para um apartamento que por vezes alugava para fazer alguns ensaios com as bandas ou com a minha equipa de dança.
Abri a porta, joguei a mochila no chão. Deitei – me no chão e fiquei a chorar
inconsolável. Eu queria desparecer, eu sabia, que nunca iria conseguir ser
feliz. Fiquei horas deitada no chão frio da sala sem me mexer, era como se
estivesse morta por dentro. O corpo doia, mas alma estava doendo ainda mais. Para além de tudo o que tinha descoberto sobre a minha identidade. Ainda para me deixar mais louca, aquela dúvida cruel, vagava nos meus pensamentos. Será que ele estava a dizer a verdade? Tiria que
descobrir. Passaram cerca duas semanas, eu voltei a fazer a minha rotina de
faculdade e trabalho. Estava trabalhando novamente como uma louca, quase não dormia, nem comia, o meu rosto parecia o de um zombie. Estava novamente a destruir – me, aos poucos, aquele era o meu refúgio. Dediquei – me às aulas de corpo e alma, estava a aprender a enfrentar o meu medo de cantar em público, já estava a conseguir lidar muito melhor com isso. A campainha da minha porta começou a tocar e eu fui abrir…

– Oi! – Disse o Ge.

– Oi, Ge! – Disse abraçando – o forte que ele retribuiu.

– Nossa, vou ficar mais tempo sem te ver, para receber um abraço desses! – Disse ele rindo.

– Entra. – Disse – lhe.

– Então princesa, como estás? – Disse ele com a expressão séria.

– Bem, eu estou ótima. – Disse forçando um sorriso, que parecia não o convencer nem um pouco.

– Sabes, que contas comigo. Eu não estou a acreditar minimamente que estejas bem, isso está a preocupar – me. Gabi, querida, devias voltar para casa. Nada é o mesmo sem ti, estamos todos a sentir a tua falta. E tu estás tão infeliz, os teus olhos não metem. – Disse ele que passou a mão no meu cabelo.

– Ge, eu não vou voltar, não para já. Eu também sinto a vossa falta. Escuta, eu sou forte, não precisas de te preocupar. Eu sempre segui em frente e superei as dificuldades, agora não vai ser diferente. – Disse séria olhando nos olhos dele.

– Eu juro, que não sei onde tu tiras tanta determinação. Nunca conheci ninguém assim. Ás vezes és tão assustadora. – Disse ele sério.

– Ge, obrigada, por estares sempre comigo. É importante para mim saber isso. – eu sorri para ele.

– Sempre contigo, nunca te esqueças disso. Estás ocupada este fim de semana? Podias vir almoçar connosco lá a casa? – ele sorriu para mim.

– Ah, que pena, mas já tenho planos para este fim de semana. – Disse sorrindo.

– Planos? Que planos? Já esqueçes – te o Tom? Vais sair com outro cara? Alguém já ocupou o teu coração? – Ele perguntou quase em tom de desespero e de incredulidade.

– Calma, Ge, respira. Não eu não tenho ninguém. Também não esqueci o Tom, ninguém ocupou o meu coração. É trabalho, vou estar fora a próxima semana. – Disse séria.

– Trabalho? Vais abandonar – nos durante uma semana? – Disse ele com os olhinhos tristes.

– Ge, é só trabalho. Pediram para fazer um desfile para um novo estilista.

– Ah! Mas agora também vais te meter nisso?

– Bem, o dinheiro é bom. É só mesmo um desfile nada de mais, para uma marca de roupas íntimas. – Disse com vergonha.

– O QUE? Vais desfilar em langerie! É que nem penses, nós não vamos deixar. – Disse ele surpreso.

– Por amor de deus, és tão exagerado! Olha vou fazer um café queres? – Disse simpática e rindo do desespero dele.

– Pode ser, um café caia bem. – Ele disse e eu fui para cozinha preparar um lanche. Estava entretida a cozinhar e a campainha começa a tocar frenéticamente.

– Ge, podes abrir por favor? – Gritei para a sala.

– Claro, vou já. – Ouvi a resposta dele.

Em dois minutos tinha 3 pessoas para além do Ge a invadirem a minha cozinha.

– Mas o que é isto? Invasão da minha cozinha? – Disse rindo.

– Mas que história é essa de viagem? Ainda mais para um desfile de langerie, Gabriela! – Disse Bill muito sério.

– Desculpa? Eu vou viajar e vou fazer esse desfile. Tenho que pagar as minhas contas, sabias? – Disse irritada.

– Quanto te vão pagar? 1000, 2000, quanto? Eu quero um valor! Tu não vais nessa viagem! Nem vais nesse desfile! Eu cubro o valor e ainda dobro. – ele disse tirando a carteira.

– Como? Bill, eu não me vendo, eu trabalho! Estás a ofender – me, sabias!? Eu estou na minha casa,não tenho que ouvir um desaforo desses. Achas que porque tens dinheiro, podes pagar por todas as tuas vontades? Não podes! Eu vou nessa viagem e acabou – se. Ninguém me vai impedir. – Disse muito séria, com o olhar cortante.

– Desculpa, eu não quis dizer isso. – ele disse aflito.

– Mas disses – te! A vida é minha, e eu sei o que faço. E tu Georg, não sabias ficar calado? É tão difícil aceitar que eu sei cuidar de mim, que eu sou uma mulher e não uma menina assustada. – Eu disse furiosa, espetando a faca na tábua de madeira que tinha em cima da bancada com força.

Eles olharam – me surpreendidos pelas minha s afirmações e a forma rispida como as dizia. Ficaram quase imóveis processando a informação daquilo que estava a acontecer.

– Gabi, princesa… - Disse o Ge tentando acalmar os animos.

– Nem princesa, nem meia princesa. Isto é o que eu penso, eu não vou mudar de ideias. Podem ir parando com essas caras de cachorinhos abandonados, que isso não me vai amolecer. Eu estou decidida, e determinda nesse trabalho. – Disse séria e irredutível.

– Desculpa, eu …Perdoa – me. – Disse Bill que começou a chorar.

Mas que coisa, eu também não queria que ele chorasse! Eu aproximei – me dele e limpei as lágrimas dele.

– Pronto, vem cá! Vamos conversar um pouco. – Disse pegando na mão dele e indo para o sofá na sala. Fomos seguidos pelos os outros.

Abraçamo – nos e eu passei a mão no cabelo dele.

– Eu só queria proteger – te, só isso. – Disse Bill baixando o olhar.

– Eu sei, esquece isso agora. – Disse acalmando – o.

– Estou perdoado? – Ele olhou – me com medo da minha resposta.

– Claro, seu bobo. – Disse dando um beijo na bocheicha dele.

– Que bom! – Ele abraçou – me bem apertado.

– E eu? Vais ficar zangada comigo? – Disse Ge olhando – me com medo para os meus olhos.

– Olha, eu devia ficar bem chatiada contigo, mas tudo bem! Como eu sou
muito idiota mesmo, não vou ficar chatiada contigo não! – Disse e ele beijou a minha bocheicha.

– Então e nós? Não temos direito a nada? – Perguntou Gus.
– Mas que gente ciumenta! - Disse rindo, provocando risos nos outros.

Eu beijei a bocheicha de cada um deles, e abracei apertado. Mas o clima
entre mim e o Tom estava tão esquesito. Ele parecia sem alma, parecia sem vida nenhuma, aquilo estava a matar – nos aos dois. Eu voltei na cozinha, e eles seguiram – me.

– Querem lanchar comigo? – Perguntei.

– Sim. – responderam os 4 em coro.

Eu fui fazendo o lanche e de repente, só eu e o Tom ficamos na cozinha. Senti – me ser prensada contra a bancada.

– Eu quero que voltes! – ele disse no meu ouvido.

– Não posso, não agora. – Disse – lhe.

– Eu vou fazer – te mudar de ideias. – ele disse determinado. Virou – me de
frente para ele, e colou a boca dele na minha. Eu tentei empurrá – lo, afastá – lo, mas estava impossível. Ele sabia encantar – me como ninguém, o beijo
começou a ficar desesperado, urgente, parecia que tinham posto o fogo junto da gasolina. Eu pus os meus braços no pescoço dele, e ele explorava a minha boca com ansiadade, redescobrindo cada canto, como se fosse a primeira vez. Os nossos corpos estavam muito colados e as mãos dele pressionavam a minha cintura para mais perto dele. Afastamo – nos e
ele sorriu para mim, com se tivesse ganho um presente de natal.

– Tom isso não podia ter acontecido. – Eu disse um pouco confusa.
– Porque não? Tu gostas – te eu sei, eu senti. Tu ainda me amas, eu sei,
assim como eu te amo. – ele ficou um pouco triste.

– Porque isto nunca vai dar certo. Eu não vou mentir, eu amo – te e
continuo a amar. Mas eu tou cansada de sair machuda de tudo isso. Eu também não que sofras e que saias machucado, entende. – eu disse séria.
– Não, nós amamo – nos. Eu não vou sair magoado, nem tu, porque o nosso
amor é mais forte que essas armadilhas, que tudo isso. Nós somos muito mais fortes unidos e querem separar – nos para nos enfraquecer. – ele disse triste.

– Eu preciso de pensar. Dá – me o tempo da viagem para pensar, ok?

– Ok, eu espero o tempo que for preciso. – ele disse mais animado.

Eu foquei - me no lanche novamente e levei a comida para a sala, comemos e conversamos todos mais animados. Eles despediram – se de mim e eu fui arrumar as malas para viajar para Nova Iorque.

Passaram - se dois dias, já estava em Nova Iorque e estava nos últimos ensaios para o desfile, até que ouço duas modelos com uma conversa minimamente interessante.

– Bem, nem imaginas como foi aquele after party, dos tokio!

– Conta, nunca chegas - te mesmo a contar!

– Foi lindo, conheci aqueles 4 gatinhos.

– Sério? E conseguis – te alguma coisa com um deles?

– Bem, mais ou menos. Eu estava a dar tudo por tudo para ficar com o guitarrista, mas o tipo é chato. Não queria nada comigo, nem me tocava nem me ligava nenhuma. Já que não conseguia bem, foi a mal! (como é que é?) Servi – lhe uma coca – cola, mas claro com uma coisinha epecial.

– Drogas – te – o?

– Sim, mas não acreditas que não fizemos nada a noite toda. Ele adormeceu, não fez nada, para além de chamar aquela Gabriela, lá! Aquela garota que está connosco neste desfile.

Não pode ser! Ele disse a verdade, eu já não queria ouvir nada, tenho que falar com ele. Mas como aquela vadia pode fazer uma coisa destas? Que nojo! Os meus olhos ficaram vermelhos de raiva e eu pulei no pescoço dela, saimos as duas no tapa, puchão de cabelos, quase nos matavamos ali. Até que fomos separadas, pelo produtor do evento, que nos tentava acalmar. Ele era meu amigo, e eu contei toda a história para ele. Como eu fui tão idiota, para cair numa armadilha dessas? O meu corpo está todo dorido, das unhas daquela vagabunda, e o desfile é logo à noite. Perdi toda a vontade de fazer esse desfile! Mas que droga, de vida! Sempre tudo se complicando para o meu lado. O que fiz a Deus para merecer isto? Assim que chegar na Alemanha tenho que conversar com ele! Estava completamente focada nos meus pensamentos, até que ouço alguém chamar – me! Eu não acredito naquilo que os meus olhos estavam a ver neste momento.

Postado por: Grasiele

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