segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 33

– O que tem o teu pé? – Perguntou Bill curioso.

– Não tem nada. Vá preciso de ajuda, se não hoje só vamos jantar de madrugada. – Disse séria.

– Sabes que mentes muito mal, Gabriela. – Disse Bill com ar muito sério.

– Sério? Porque? Não estou a mentir. - Disse para ele.

– Ah, não. Esse pé inchado por caso é um nada? – Ele encarou – me sério.

– Ok, eu cai. – Disse

– A culpa foi minha quando o Tom me empurrou, eu cai em cima dela, e ela fez um mau jeito no pé e agora está assim. – Disse Gus.

– Tom! – Repreendeu Bill.
– Eu sei, que estive mal. Devias ir a um médico ver disso, antes que inche mais. – Disse ele preocupado.

– Não te preocupes, isso passa, amanhã vai continuar a doer, mas depois a dor acalma. É normal estas coisas acontecer, sobretudo para quem está habituado a levar a dança mais a sério. Tenho só que tomar um anti inflamatório. – Disse calma.

– Ok, mas se não passar vamos ao médico. – Disse Bill.

– Sim, não te preocupes. Obrigada, pelo carinho. – Disse e dei um beijo na bocheicha do bill que me abraçou.

– De nada, cunhadinha. – Disse ele rindo.

– Oi. – Disse a Chris que entrou na cozinha.

– Oi, Chris. Entra! – Disse – lhe com um sorriso, que ela retribuiu.

– Ficas para jantar, não é miga? Não aceito um não como resposta! – Disse mandona.

– Ok, já vi que não posso recusar. Olha o porteiro entregou – me esta correspondência para vocês. – Ela passou as cartas para o Bill. Que passou os olhos nas cartas e depois olhou para mim.

– O que foi? Alguma coisa de errado Bill? – Perguntei – lhe preocupada.

– Tens esta carta de um escritório de advogados para ti, Gabi. Toma. – Ele estendeu – me a mão com uma carta e eu peguei.

– Espera antes de leres seja o que for eu tenho que te contar uma coisa! – Disse a Chris com um ar sério para mim.

– Ok, conta estou a ouvir. – Disse calma. Deve ser alguma bomba.

– Bem, o prof. de música disse que ias ser substituida pois quer te por a fazer outra coisa! – Disse ela a fazer suspense.

– Mas que raio ele quer agora? Mas que coisa chris? O que estás a esconder? – Disse já ficar nervosa.

– Pronto, prepara – te, ele diz que vai por outra pessoa na percursão, e quer
sejas a vocalista! Diz que nunca mais te ouviu cantar desde aquela
apresentação, no teatro da faculdade! Disse que não quer que te refugies no
backstage nem nos instrumentos. – Disse Chris com medo mas com um ar sério.

Eu estava a ficar mesmo irritada.

– MAS QUEM ELE PENSA QUE É? TROCA – ME E NÃO ME DIZ NADA! - Eu estava a ferver de irritação.

– EU DISSE – LHE QUE NÃO QUERIA MAIS NADA COM OS VOCAIS! MAS QUE MERDA, PORQUE NINGUÉM RESPEITA A MINHA VONTADE! – Disse completamente alterada.

– Calma, amiga! Ele está a tentar ajudar – te! -Disse Chris muito calma.

– COMO AJUDAR – ME? ELE NÃO ESTÁ A AJUDAR – ME, ELE ESTÁ A OBRIGAR – ME A FAZER AQUILO QUE EU NÃO QUERO! EU SÓ QUERO ESQUECER, ESQUECER! – Disse completamente revoltada.

– Gabriela tem calma! Não vais resolver nada irritada desse jeito! – Disse Gus

– Ok! Eu só digo isto, ele não tem nada que se meter, eu não vou cantar em
público novamente, nunca mais! Ele que se vire, ponha outra pessoa a faze – lo, eu vou ficar calada em frente do microfone! – Disse mais calma.

– Mas assim, vais estragar o trabalho da equipa, ele vai dar – te uma nota
péssima! – Disse Chris incrédula.

– Nem me interessa! Ele que faça o que quiser! – Disse indiferente.

– Mas… - Disse Bill

– Mas nada, eu avisei – o que não queria nada que fosse com vocais, agora
provocou – me, ele vai ter o troco! Ele que espere sentado que eu faça isso! – Disse tirando a comida do forno e colocando – a na sala.

Eles sentaram – se para jantar e eu tranquei – me no quarto. Mas porque comigo? Eu não quero, isto! Bem, tenho que tomar medidas. Vou falar com o prof. e é agora.

Telefonei ao professor ainda demorou a atender.

– Estou, professor!?

– Sim, Gabriela?

– Sim, sou eu! Gostaria de saber porque me tirou da percursão e colocou – me nos vocais? – Disse calmamente.

– Porque tu és óptima nos vocais e escondes isso a todo o custo, só porque as audições não correram bem. Não me digas que pensas depois do curso finalizado, estás a pensar a ficar no backstage e nos instrumentos ou pior só a dar apoio às bandas como fazes sempre? Tu és muito talentosa e vais esconder isso do mundo!? - Disse calmo

– Professor, por favor não me faça isto! Isto é dificil! Eu quero mesmo ficar no backstage e eu não nasci para cantar em público, entenda isso, por favor! – Disse desesperada.

– Mas, Gabriela, eu sei que és óptima, só te quero ajudar! Eu sei que tens medo, mas é hora de enfrentá – lo, tu podes fazer tanto sucesso! Isso vai permitir que não tenhas essa vida carregada de trabalho, como tens! Quase nem dormes! – Disse aquilo num tom como se fosse meu pai, as lágrimas encheram os meus olhos. Por um momento eu parecia que estava a ouvi – lo.

– Por favor, não me faça isto! – Disse com a voz chorosa.

– Estás a chorar? – Disse preocupado.

– Não, não! Será que não tenho outra opção? Está a correr o risco de eu ficar na frente do microfone e não sair uma única nota da minha boca! – Disse calma.

– Eu prefiro pagar para ver. Quero correr esse risco. Não te preocupes porque eu vou ajudar – te. – Disse simpático.

– Ok, obrigada. Desculpe ter incomodado – o.

– Não incomodas nada. Então, até amanhã.

– Até amanhã.

Fiquei apática a olhar para a janela do quarto , eu não acredito nisto! Eu eu quero fugir disto. Abri a porta do quarto e fui até à sala, onde estavam todos concentrados na tv. Eu sentei – me num canto da sala, junto da janela a olhar para as estrelas, fiquei quieta enquanto eles me observavam. Até que a Chris veio ter comigo.

– Então, amiga estás melhor?

– Estou, desculpa aquilo de há pouco.

– Não faz mal! – Disse ela abraçando – me.

– Falei com o prof!

– E ele? Vai por – te na percursão?

–Não!

– Vais mesmo para os vocais?

–Sim!

– Mas o que vais fazer?

– Ele disse que ia ajudar – me e que eu tenho que perder o medo, ele falou de uma maneira que me fez lembrar o meu pai! Eu…eu..fiquei sem reacção parecia que estava a ouvi – lo de novo. – as lágrimas começaram a correr no meu rosto como se fosse chuva.

– Calma, não fiques assim. – Ela abraçou – me de novo.

– Eu não vou ser capaz, Chris! Não vou, eu sei que não! –Disse baixinho.

– Vais, sim! Eu sei que sim! Tu só tens medo, é isso! - Disse ela sorrindo para mim.

– Talvez, seja isso! – Disse tentando convencer – me que se calhar era só mesmo isso.

– Vou dormir cá, achas que há problema emprestares algumas roupas? – Disse timida.

– Oh, chris! Claro que não, a casa é tua! Vai buscar tudo o que precisares e gostares, não há qualquer problema. – Disse com um sorriso.

– Obrigada, vês é isto que toda a gente ve menos tu! És óptima, como pessoa e como professional! – Disse

– Não digas isso! Eu sinto – me um lixo! Deixa isto passa!

– Bem, antes que me esqueça, tenho que ler a tal carta. Vamos ver o que querem desse escritório. – Disse para a Chris que me olhou curiosa.

Eu abri a carta, não queria acreditar no que os meus olhos estavam a ler. Aquele deveria ser o pior dia te toda a minha vida, eu acho que não consigo aguentar mais, eu vou ficar louca. A carta dizia que as pessoas que eu pensava serem meus pais, não são! Que eu sou filha adoptiva
deles, e que o meu irmão também não é meu irmão de sangue. Os meus pais biológicos abandonaram – me na porta dos meus pais adoptivos num cesto. Que a verdade só veio agora a pedido dos meus pais biológicos que morreram a semana passada e queriam que eu finalmente soubesse toda a verdade. Eu não queria acreditar naquilo, a minha vida foi construída numa teia de mentiras. Os meus pais não eram os meus pais verdadeiros, o meu irmão também não era meu irmão. Afinal quem sou eu? A minha cabeça andava a roda a tentar processar toda a informação. Como puderam e tiveram a coragem de me esconder uma coisa destas, COMO!? Eu não
sei o que pensar! Eu apenas sinto nojo, de todo este mundo de mentiras. Fizeram - me acreditar e construir uma pessoa que não sou eu! Eu chorei a morte de pessoas, que mentiram toda a vida para mim, não maior cara de pau.

– Amiga, estás bem? – Chris falava num tom aflito. Eu não respondia, estava quieta, sem dizer uma única palavra e suando frio.

– Gabi, estás a ouvir – nos? – Perguntou Ge olhando para a carta na minha mão.

– Ela ficou assim quando leu a carta! – Disse a Chris, que passava uma toalha molhada no meu rosto.

– Amor, o que está acontecendo? Estás a assustar – me! – Disse Tom num tom preocupado.

Eu despertei dos meus pensamentos, e olhei para eles.

– Nada, não está a acontecer nada. Eu só fiquei surpreendida, mais nada. – Disse quase sem expressão.

– Mas afinal o que diz essa carta? – Perguntou Gus desconfiado.

– Nada de importante. Não se preocupem. – Disse com um tom apático.

– Nada não. Quero ver o que isso diz! – Disse Bill que tirou a carta das minhas mãos.

Bill leu com atenção toda a informação da carta e abriu a boca de espanto. Ele olhou – me com os olhos preocupados, e abraçou – me com força.

– Afinal o que está a acontecer? – Disse o Ge.

Todos leram a carta e não queriam acreditar naquilo. Eu parecia que não conseguia reagir, estava apática. Queria explodir mas não conseguia, queria girtar e chorar e deitar toda a raiva para fora, sentia – me sofucada, que se alguém me matasse aos poucos.

– Amor, eu estou contigo! Contas comigo, sempre vou estar do teu lado. – Disse Tom que abraçou – me com força. Foi o suficiente para eu desabar as lágrimas correrem sem parar no meu rosto. Eu estava confusa, afinal quem era eu? Porque isto comigo? Será que eu merecia passar por tudo isto? Ficamos abraçados, eu já não tinha mais forças, nem para pensar
em mais nada. Eu senti – me segura, protegida nos seus braços era o que eu mais precisava naquele momento. Só sussurei para ele: Obrigada. Ficamos assim durante um bom tempo, ele sabia ser a minha força quando eu já não podia mais, o mais importante de tudo ele completava – me. Eu começei a sentir - me cansada, mas o calor dos braços dele era
tão bom e acabei por adormecer. Ele carregou – me no colo dele para o quarto e deitou – me na cama, retirando os meus ténis. Cobrui – me com as cobertas e saiu do quarto.

No dia seguinte senti – me confusa eu não estava na sala junto da janela!? Agora estou no quarto e tapada com cobertas, mas pronto tudo bem, aposto que foi o meu amor que cuidou de mim. Fui comer, apesar de não ter fome, mas tinha que ser. Fui vestir – me e maquiar- me, uma maquiagem bonita mas leve. Ainda andava com bastante dificuldade tinha que me apoiar nas paredes para andar com alguma segurança. Rodei a maçaneta da porta dele, mas ainda dormia que nem um anjinho e eu sorri ao vê – lo tão calmo. Fica tão lindo a dormir assim, estava todo destapado, aproximei – me dele, para tapa – lo, sem o acordar. Mas quem acabou por ser surpreendida fui eu, ele agarrou – me pelo braço e puxou – me para cima dele, com aquele sorriso meigo dele. Eu retribui o sorriso, sabia sempre surpreender – me!

Postado por: Grasiele

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