terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 18

[Bill]
Acordei assustado com o meu celular tocando, quem haveria de me ligar tão cedo? Bom, não era tão cedo assim, seis da manhã. Atendi e era a Sam, ela disse que precisava falar comigo pessoalmente, que era coisa séria, eu insisti pra que ela dissesse logo, mas ela negou, mil coisas vieram a minha cabeça, será que ela vai terminar comigo? Mas assim, do nada... Sem nenhum motivo. Por fim ela disse um “Eu amo você” e desligou. Aquelas palavras amenizaram as minhas dúvidas. Levantei e fiz minha higiene matinal, vesti-me, fui ao quarto do Tom e tive uma surpresa, ele não estava lá. Que dia estranho. Desci para tomar o café da manhã e o Tom estava sentado à mesa com a nossa mãe.
- Bom dia. -disse pra eles.
- Bom dia. -apenas minha mãe respondeu.
- Caiu da cama hoje Bela Adormecida? -perguntei.
- Cansei de me assustar com sua cara feia me acordando de manhã. -disse ele, sarcástico.
- E você não se assusta quando se olha no espelho? -retruquei.
- Eu te amo, Bill. -ué?
- Também, Tom. -disse.
Vai entender o Tom, terminamos de tomar café e ele saiu primeiro de casa. Logo depois eu saí e me deparei com uma cena, digamos não tão surpresa assim. O Tom estava com a Danny, de mão dadas, conversando com ela, ela sorria, eles beijaram.
- Oh, finalmente voltaram. -pensei.
Sorri e entrei no meu carro, em seguida dei a partida. Liguei pra Sam pra saber se ela ainda estava em casa, mas ela disse que já havia chegado à faculdade. Desliguei o celular e voei pra lá, quando cheguei, desci do carro e logo avistei a Sam, parecia triste, preocupada com alguma coisa.
- Bill... -ela me deu um selinho.
- Amor, o que aconteceu? -perguntei demonstrando preocupação...

[Danny]
Mas uma vez o Tom me deixando confusa, aparecer de manhã na minha casa pra me levar pra faculdade foi uma atitude inesperada vinda dele. De qualquer forma, eu estou amando tudo isso. Caminhar comigo de mãos dadas, uma coisa que ele nunca fizera antes. Ainda continua com aquelas piadas idiotas que nos fazem rir de tão idiotas que são. Entramos no carro e seguimos pra faculdade.
- Por que está fazendo isso? -perguntei olhando fixamente pra frente, minha mente estava uma confusão e eu não sabia nem o que pensar direito.
- Isso o que? -ele me olhou esquisito, enquanto dirigia.
- Não é possível uma pessoa mudar tão rápido, o que está tentando provar? -disse desta vez olhando pra ele.
- Nada. -ele sorriu de canto e voltou à atenção pra estrada.
- Hum. -murmurei.
- Eu só... Gosto de tratar bem as pessoas que eu gosto. -isso explica? Agora ele gosta de mim? Eu sorri.
Tom parou o carro no estacionamento ao lado da faculdade, descemos e ele deu a volta, pegou em minha mão e saímos andando. Logo alguns olhares curiosos voltaram-se pra nós.
- Não acha melhor soltar? Estão olhando pra gente. -disse eu, olhando nossas mãos entrelaçadas.
- A regra é não se importar com o que os outros dizem, ou pensam... E daí que estão olhando? Deixa que eles vejam que você é minha. -ele sorriu. Sorri em resposta.
- Sua? Desde quando? -brinquei. Dentre as pessoas que nos olhavam, um tanto surpresos, eu vi o Gustav, o Georg sorrindo de canto e a Fellon, parada com a mão na cintura demonstrando está irritada. Eu não sei por que isso, já que nunca vi nenhuma “movimentação” vinda dela quando o Tom saía beijando umas e outras por aqui.
- Desde que eu posso fazer isso. -disse me puxando para um beijo intenso.
Eu senti certo “carinho” vindo dele. Era como se estivéssemos namorando, assumindo isso em público, era divertido. De certa forma o Tom que estava fazendo isso, sem ao menos me dizer nada. Mas eu entrei nesse jogo.

[Bill]
- Eu... -ela pausou, engoliu o seco e respirou fundo.
- Fala Sam, eu já estou ficando nervoso. -disse segurando os ombros dela.
- Eu estou grávida. -as palavras saíram num jato, a última foi repetida várias vezes na minha mente, dando um efeito de eco.
- Grávida? Mas nós nunca... Sem proteção...
- Sim! Antes do acampamento. -disse olhando em meus olhos lacrimejando.
- Droga! -eu disse num momento de raiva. Como eu pude ser tão irresponsável? O que vai ser do meu futuro? E do da Sam? Como vamos manter uma família? Pensasses nisto antes de não usar camisinha Bill Kaulitz.
- Me desculpa, eu não queria que isso acontecesse. -ela disse chorando desesperadamente. Aquilo partiu o meu coração.
- Não meu amor, não chora. -disse abraçando-a e enxugando suas lágrimas. - A culpa não foi sua, foi nossa. Vai dar tudo certo, eu estou aqui com você não estou? -ela me abraçou mais forte como se não quisesse mais soltar, como se eu fosse seu único refúgio.
- Promete que não vai deixar de gostar de mim? E se minha mãe me expulsar de casa? Eu acho que ela não faria isso, mas... -eu a beijei.
- Se ela fizer isso, você tem a mim. Eu não vou deixar de gostar de você. Nunca. -ela me abraçou mais forte. - Eu estou... Feliz. -pelo menos eu acho que estou feliz.
- Eu te amo, muito. -disse.
- Também, amor. -selei um beijo em sua testa.
- Olha o Tom e a Danny. -disse ela, ainda abraçada a mim.
- Finalmente se acertaram. -falei olhando aqueles dois que se beijavam.
- É. -ela sorriu. Finalmente, se ela continuasse com essa tristeza, quem ia acabar chorando era eu.
Ouvi o sinal tocar, segurei na mão da Sam e a levei até sua sala, em seguida fui pra minha. Eu não consegui me concentrar na aula, eu estava confuso, ainda não tinha absorvido por completo a idéia de ser pai.

No Intervalo’ [Tom]
Eu estava no refeitório com o Gustav, o Georg e o Bill, conversando. Eu falava da Danny como se ela fosse um prêmio que eu acabara de ganhar.
- Agradeça a mim por isso. -disse o Georg metido.
- Agora admita Tom, foi o melhor desafio que o Georg já te lançou. -disse o Gustav.
- Não dá corda pra ele Gustav. -falei, eles riram, menos o Bill que continuava sério, pensativo e sem dizer nenhuma palavra desde que se juntou a nós.
- Bill? -chamou o Georg.
- Ah... Oi. -disse o Bill, voltando à vida real.
Levantei-me e chamei o Bill pra um lugar mais reservado.
- O que aconteceu? -perguntei.
- Nada, só quero ficar sozinho. -disse olhando pro chão, virou-se e saiu...

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