terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 17

Eu estava cheia de trabalhos pra fazer, fiquei pendurada na internet desde que cheguei da faculdade fazendo pesquisas e mais pesquisas. Decidi parar um pouco e fui tomar um banho, coloquei uma roupa confortável e desci para jantar. O tal Namur, namorado da minha mãe estava lá, eu não ficava confortável na presença dele, ele me olhava esquisito e aquilo me incomodava, mas não comentei com a minha mãe, acabei por levar o meu jantar pro quarto e comi por lá mesmo.
- Filha? -disse minha mãe, batendo na porta do meu quarto.
- Sim. -respondi e ela abriu a porta.
- Eu vou sair com o Namur, vou chegar tarde, não precisa se preocupar. -disse ela.
- Tudo bem mãe. -falei e sorri de leve, eu ainda não sei por que ela dá satisfações pra mim, mas acho legal da parte dela.
- Cuide-se. -ela soltou um beijo pra mim, em seguida fechou a porta.
Eu gosto de ficar sozinha em casa, mas não quando tenho um monte de trabalhos para fazer...

[Tom]
Cheguei em frente à casa da Danny e estava me preparando para tocar a companhia quando uma mulher abre a porta bem na hora, me surpreendendo. Era a mãe da Danny e novamente estava com o homem, que acredito ser seu namorado. Assustei-me um pouco.
- Oi... Desculpa, eu estava indo tocar a companhia. -disse timidamente.
- Claro. O que desejas rapaz? -ela falou simpática.
- Eu sou amigo da Danny, vim ajudar ela com os... Trabalhos da faculdade. -menti sem pensar direito, to vendo a hora essa mulher me expulsar daqui.
- Pode entrar! Assim a Danny não fica sozinha em casa. Você será uma ótima companhia pra ela. Qual o seu nome? -cara, eu tenho muita sorte.
- Ah, sou Tom Kaulitz, prazer. -estendi a mão cumprimentando-a.
- Você é o famoso Tom, filho da Simone. Ela fala muito de você, e do seu irmão também, mas não sabia que você estudava com a minha filha. -disse ela, pelo visto minha mãe já andou “se gabando” por aí.
- Famoso? -sorri. - Na verdade não estudo com ela, só no mesmo lugar que ela. -expliquei.
- Sim. -ela sorria encantada, o homem ao lado dela não disse nenhuma palavra, na verdade ele parecia impaciente. - Danny... Querida, tem visita pra você. -ela gritou.
- Já estou indo. -respondeu a Danny numa voz abafada.
- Então Tom, fique a vontade. -disse estendendo a mão pra dentro de casa, me incentivando a entrar.
- Obrigado. -entrei.
- Ela já vai descer, cuide dela pra mim. -disse sorrindo meigamente, em seguida saiu fechando a porta.
A Danny vinha saltitante descendo as escadas.
- Sam, que bom que... Tom? -disse a me ver. - Ah, eu pensei que fosse a Sam. -falou.
- Eu disse que voltaria. -me aproximei perigosamente dela.
- Como minha mãe te deixou entrar aqui? -ela perguntou se afastando.
- Digamos que eu sou seu vizinho e minha mãe fala muito de mim pra ela. -ela me olhou esquisito.
- Você é filho da dona Simone? Aquela mulher tão adorável deu a luz a uma coisa como você? É piada... Só pode. -ela riu sarcástica.
- Para de rir, olha o respeito. Então quer dizer que sua mãe falou de mim pra você? -perguntei.
- Infelizmente! Mas eu jurava que era outro Tom, um menos cafajeste. -ela riu.
- Também falaram de você pra mim, não disseram o teu nome e eu pensei que fosse mais simpática. -retruquei.
- Fica aqui, eu vou buscar o teu boné. -ela virou-se e foi em direção a escada. - Não se atreva a me seguir. -disse olhando pra mim.
- Tudo bem. -falei levantando os braços num ato de “rendido” e sentei-me no sofá.

[Danny]
Tom Kaulitz, meu vizinho... Meu vizinho, Tom Kaulitz! Eu não acredito, porque essa droga de universo não conspira ao meu favor? Procurei o boné dele na bagunça do meu quarto...
- Achei! -falei ao ver que estava em baixo da cama.
Olhei-me no espelho e dei uma arrumada no cabelo que, aliás, estava um lixo. Eu acho que estou ficando louca. Saí do quarto e desci as escadas segurando o boné do Tom com as pontas dos dedos, para indicar que estava com nojo de tocá-lo. Tom me observava com um olhar esquisito, caminhei até ele que se encontrava sentado folgadamente no sofá, parando na sua frente.
- Devo aplaudir esse show. -disse passando a língua no piercing e me olhando da cabeça aos pés, em seguida bateu palmas como um idiota.
- Aqui o seu lixo. -falei jogando o boné na cara dele, em seguida sentei-me no outro sofá.
- Então...
- Olha Tom, eu tenho três trabalhos pra terminar e você está me atrapalhando, pode, por favor, ir embora? -falei interrompendo-o.
- Calma, eu te ajudo. -disse.
- Eu não quero... Você o que? -olhei pra ele incrédula.
- Te ajudo com os trabalhos, sua mãe disse pra eu cuidar bem de você. -ele sorriu malicioso. - Aproveita que eu estou bonzinho, vai buscar as coisas pra cá, ou vamos... Fazer no quarto. -lá vêm esses duplos sentidos.
- Vamos fazer... O trabalho, no quarto. -falei levantando-se e indo em direção as escadas, Tom veio logo atrás.
A única razão de fazermos o trabalho no quarto era a impressora, eu não iria trazer aquele troço pra sala nem que me pagassem. Entrei no quarto e o Tom também, ele fechou a porta. Sentei-me na cama e abri o notebook pra continuar o trabalho que estava pela metade.
- Você me venceu na bagunça do quarto. -disse observando o meu lixão pessoal.
- Deixa a porta aberta, por favor. -disse eu, séria.
- Claro. - ele abriu a porta. - Então, por onde começamos? -disse sentando-se na cama ao meu lado.
- Eu estou na metade deste aqui. -eu gostava de estar junto ao Tom, ele me fazia rir, mesmo sem querer e eu gosto de pessoas assim. Eu pensei a respeito de deixá-lo louco em seguida dá um “gelo”, isso não era de mim, não mesmo. Teria ele mudado? Bom, até onde eu sei o Tom não trocaria uma noite na balada pra está em casa ajudando os outros com trabalhos. E se ele gostasse mesmo de mim?
Depois de um tempo, terminamos os trabalhos e fomos pra sala, o Tom ligou a TV e eu fui fazer pipoca.
- Eu quero suco também. -gritou da sala.
- Larga de ser folgado! Vem fazer, se quiser. -gritei de volta.
- Eu sei que você vai fazer. -disse convencido, é eu ia mesmo fazer.
- Só porque eu quero. -disse.
Terminei de fazer a pipoca e peguei na geladeira, o suco que já estava pronto. Levei tudo pra sala e sentei ao lado do Tom pra dividir a pipoca e assistir ao filme que passava na TV. O filme estava quase no fim quando o Tom disse:
- Já é quase meia noite.
- Já? -falei colocando a mão na boca para esconder um bocejo.
- Mas não queria te deixar sozinha. -disse o Tom, ele estava com uma cara de sono.
- Pode ir, eu sempre fico sozinha. -sorri.
Ele levantou-se e eu o acompanhei até a porta.
- Tem certeza que não quer que eu durma aqui? -é muita cara de pau pra uma pessoa só.
- Bom, a casinha do cachorro está vazia. -ele riu em seguida me deu um beijo, diferente dos outros, esse tinha um sabor especial... De pipoca. Ok, foi um beijo carinhoso, ele nunca me beijara assim antes.
- Boa noite. -disse me soltando e saindo da minha casa.
- Boa noite... Amor. -a última palavra saiu num sussurro. Fechei a porta assim que ele saiu e subi pro meu quarto, me preparar pra dormir um pouco.

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