terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 19

- Bill, espera. -ele parou. Me aproximei dele que virou-se de frente pra mim. - Você sempre me conta tudo, o que foi desta vez? -perguntei.
- Eu... -ele fechou os olhos, acho que estava decidindo entre me contar o que houve, ou não. - Eu fudi a minha vida. -disse abrindo os olhos, depois de uns segundos.
- Como assim? -sorri confuso.
- Engravidei a Sam. -ele falou um tanto envergonhado.
- Eu pensei que você tinha matado um cara ou algo assim. -fiz piada da situação, Bill revirou os olhos.
- Tom, isso é sério. -reclamou-me.
- Foi a pressa pra tirar o atraso... Não deu tempo nem de colocar camisinha? -ri. Bill me mostrou o dedo do meio.
- Vai me ajudar ou me deixar mais nervoso do que já estou? -disse.
- Brincadeira. Sabe que pode contar comigo pra tudo né? Eu nunca me imaginei sendo... Tio. Quero que você seja feliz com a Sam e vou ajudar no que for preciso. Nossa família tem condições, mas você tem que arrumar um emprego, pelo menos pra agradar a sogrinha. -bati de leve nas costas dele.
- Obrigada, irmão. -disse me abraçando.
- A propósito... Ela tem certeza? Fez algum exame, teste? -perguntei.
- A Sam não me disse nada disso. -disse o Bill, lembrando-se de algo.
- Então, ainda há uma esperança. -sorri, toquei de leve nas costas dele e voltei pra onde o Gustav e o Georg estavam, deixando o Bill parado e pensativo.
- O que houve com o Bill? -perguntou o Georg.
Bill se aproximou de nós e sentou-se novamente a mesa, no refeitório.
- Saiu da seca direto pra uma fertilização. -Bill me olhou mortalmente.
- O que? -disse o Gustav, surpreso.
- Engravidou a Sam? -perguntou o Georg.
- Sem piadinhas, Tom. -disse o Bill, revirando os olhos em direção a mim. - Ainda não temos certeza. -disse.
- Parabéns. -disse o Georg ironicamente.
Eu acho que amigos são pra isso mesmo, e irmãos também...

Dias depois’ [Danny]
Finalmente um fim de semana. A Sam está mesmo grávida do Bill, no começo ele aceitou legal, mas depois cobrou exames da Sam, eu achei certo da parte dele e agora a Sam diz que eu sou titia. Está tudo tão ótimo na minha vida, tirando o fato do Namur querer convencer minha mãe a mudar-se daqui e ainda disse que o Tom não era boa companhia pra mim. Olhar pras minhas pernas tudo bem, mas vir falar o que não sabe do meu namorado... Sem contar que aquele crápula se apossou na nossa casa, agora eu nem tenho privacidade direito, por isso vivo quase sempre na casa da dona Simone, ela é uma pessoa ótima e é muito feliz pelo meu namoro com o Tom. Sinceramente, minha mãe está cega.
Saí do banho, coloquei um short jeans curto, uma camiseta preta com uma caveira de brilhantes na frente, calcei uma sandália leve, maquiei-me, soltei os cabelos e desci as escadas para sair, Tom havia me ligado pra que eu fosse a casa dele. O Namur estava deitado no sofá da sala, com um pacote de biscoitos do lado, comendo como um porco. Fiz cara de nojo e respirei fundo antes de passar por ele.
- Vai com esse shortinho pra onde gostosa? -disse com cara de safado enquanto eu atravessava a sala.
Só queria que minha mãe estivesse em casa pra ouvir isso e expulsar de uma vez por todas esse enviado de satanás daqui. Eu não tinha coragem de falar pra ela às piadas que ele soltara pra mim.
- Não interessa a você pra onde eu vou, ou deixo de ir. -bufei.
- Deixa tua mãe saber disso. -disse ele, praticamente me comendo com os olhos.
- Cale-se, velho! -saí batendo a porta com força.
Sim, existem pessoas que tem o dom de acabar com a sua felicidade. Caminhei até a casa ao lado e bati na porta. Logo o Tom abriu.
- Oi amor. -me deu um selinho. Eu o abracei e deixei que algumas lágrimas rolassem em meu rosto. - Chorando? Mas, o que aconteceu? -perguntou demonstrando preocupação.
- O Namur. -gritei. - Fica olhando pra mim, pela cara que ele faz com certeza imagina pornografias, me chama de gostosa e vem se meter na minha vida. -desabafei.
- Você está nervosa, senta aqui. -disse me puxando pra sentar no sofá e sentou-se ao meu lado. - Bill, trás um copo d’água pra Danny. -gritou pro irmão que se encontrava na cozinha.
O Tom não demonstrou, mas eu pude ver raiva em seus olhos quando contei sobre o Namur pra ele.
- E você acha que eu não devo ficar? Eu estou com medo, imagina se um dia aquele puto...
- Êpa. Não vai acontecer nada. -disse me interrompendo.
Logo o Bill veio me entregou o copo com água.
- Obrigada, Bill. -sorri e tomei a água.
Bill sorriu de canto e logo saiu da sala, não sei, mas ele parecia irritado com alguma coisa.
- Vamos subir, pro meu quarto. -disse o Tom enquanto observava o Bill se afastar.
Fomos pro quarto dele. Entrei e logo me sentei na cama, em seguida o Tom entrou e fechou a porta.
- Eu não posso ir lá meter a bofetada na cara do velho porque posso ir preso. Mas não me arrependeria por isso. -eu sorri. - Vamos abrir o jogo pra sua mãe, se ela não fizer nada, eu mesmo faço. -disse o Tom, sério.
- Hum, gostei de ver. -brinquei, ele sorriu malicioso.
- Agora vem aqui. -disse me abraçando e me empurrando para que eu deitasse na cama.
- Para Tom. -disse rindo, mas sem reagir.
- Por quê? -disse prendendo minhas mãos e beijando o meu pescoço, fazendo com que os pelinhos do meu corpo se arrepiassem.
- A dona Simone... -fiz força pra soltar dele, mas não tive sucesso.
- Ela nem está em casa. -sorriu vitorioso e me beijou.
- Mas eu não quero. -disse depois que virei o rosto.
- Nunca quer! -disse ele apertando os olhos e me soltando.

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