terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 13

Eu estava animada, não extremamente animada, mas feliz, pelo sol que fazia e por não ter sonhado com o Tom ontem à noite. Vesti uma roupa confortável, algo como uma calça jeans preta, um sapato amarelo de salto e uma blusa branca com detalhes pretos, peguei meu material e fui pra universidade. Eu estava um pouco nervosa, com certeza o Tom viria falar comigo hoje... Acho que o melhor é ignorá-lo.

[Tom]
Finalmente a bonequinha chegou, eu estava encostado no muro em frente à universidade. Ela vinha toda moleca, o vento balançava com graça os seus cabelos soltos, eu fiquei observando-a, passou por mim como um vulto, fingiu não me ver, deixando seu perfume doce no ar. Virei-me e fui atrás dela.
- Danny... -chamei.
Ela me ignorou e continuou andando, continuei indo atrás dela, ela entrou, passou por um enorme corredor e virou a esquerda, onde tínhamos acesso aos armários. Ela parou em frente ao armário 114 e o abriu. Eu parei do lado dela. Danny pegou um dos vários livros que havia no armário e fechou a portinha. Eu estava alí, parado em frente a ela, encarando-a.
- Pode me dá licença? -perguntou, me encarando.
- Precisamos conversar. -falei.
- Sobre? -ela abraçou o livro que havia pegado e ergueu uma das sobrancelhas.
- Sobre nós. -obviamente.
- Não temos nada pra conversar sobre nós. -disse, dando um risinho sarcástico e se afastando para passar do meu lado.
- Temos sim! -insisti, segurando o braço dela para impedi-la de ir embora.
- E o que você vai dizer? Que ficou irritado com o Georg e por isso me deixou sozinha e foi atrás de outras garotas? Desculpa Tom, mas não vou acreditar nisso. -ela disse, me fazendo soltar o braço dela.
- Não. Eu fiz isso porque eu quis, porque vi que com você eu não passaria dos beijos e abraços. -ela fez uma cara esquisita.
Eu realmente não queria ter dito aquilo, mas já que ela não iria acreditar que foi mesmo culpa do Georg... Não era bem assim a conversa que eu queria ter com ela, mas devido a isso, vamos mudar o rumo das coisas.
- Idiota! -senti meu rosto queimar, ela havia me batido.
- Espera... -falei segurando outra vez o braço dela.
- Me larga! Se continuar me apertando eu vou gri... -puxei o corpo dela para junto de mim e a beijei, deixando o livro que ela segurava cair no chão.
Ela batia nos meus braços sem parar, eu sorri com a tentativa sem sucesso dela tentando me machucar. Parei o beijo e a puxei pra uma sala um pouco suja e com pouca luz, havia umas caixas espalhadas no chão. Fechei a porta.
- Eu duvido que você grite. -sorri passando a língua levemente no piercing em meu lábio.
Ela parecia um pouco assustada, correu em direção à porta, mas eu a agarrei pela cintura e a encostei na parede.
- Você não... -tentou gritar, mas eu a sufoquei novamente com um beijo.
- Vai morder meu lábio de novo? -provoquei me aproximando mais dela que estava sendo imprensada na parede.
Nós estávamos ofegantes. Ela não tinha pra onde ir, estava completamente rendida a mim.
- Nossos beijos estavam tão ruins a ponto de não acontecer nada no domingo à noite? -ela disse numa voz sedutora, aquilo me fez soltá-la automaticamente.
- Não quis dizer isso, é que você é... Diferente. -busquei explicações.
- Diferente quer dizer: Não dá a mínima quando o tal “SexGott “ resolve se aproximar de você? Eu não estava interessada Tom. -disse ela.
- Mas agora está. -que bobagem.
- Estava! Porque agora, pode ter certeza... De mim você não vai ter nada. -beijou a ponta do dedo e passou em meus lábios, saiu rebolando, debochando de mim, no fim ainda deu um “tchauzinho” e jogou o cabelo pro lado, me deixando dentro da sala com cara de bobo.
- É o que veremos! -murmurei e sorri malicioso. Ouvi o sinal tocar.

[Danny]
Saí da sala e logo em seguida o sinal tocou. As aulas foram chatas, muito chatas... Acho que não existe aula legal. A Sam estava louca pra saber das novidades então prometi a ela que contaria agora, na hora do intervalo.
- O que ele te disse? -logo que saímos da sala ela já foi logo perguntando, com um sorriso.
- Primeiro me deu um beijo forçado. -revirei os olhos.
Contei tudo o que havia acontecido. Ela comemorava com pulinhos e risadas...
- Uh, o Tom está na sua mão. -brincou ela.
- Não está nada. Eu acho que é o contrário. -sorri fracamente.
- O Tom com certeza não vai deixar isso assim, ele vai vir atrás de você, ainda mais agora que você falou que ele não terá nada de você. -disse ela com um ar de riso, a Sam achava tudo aquilo ótimo.
- Para! Eu não quero isso... Eu quero brincar um pouco com ele. -sorri maliciosa.
- Isso é um desafio pro Tom, não vai sossegar até ter o que quer de você. -ela riu.
Passei o intervalo inteiro conversando com a Sam, enquanto o Tom me observava de longe, acho que tenho um segurança agora.

À noite, na casa dos Kaulitz’ [Tom]
- Ela disse o que? -o Gustav e o Georg disseram em coro quando contei pra eles o que a Danny havia me dito.
- Isso mesmo que vocês ouviram. -falei convencido.
- Só falta o Georg lançar o desafio: Te dou uma semana pra você transar com a Danny. -disse o Bill debochando.
- Bill, não dá idéia... -falei, os G’s riram.
- Tô indo nessa... -disse o Gustav.
- Quero uma carona. -disse o Georg.
- Tchau gente. -disse o Bill.
- Já vão tarde. -brinquei e o Georg me mostrou o dedo do meio, fazendo todos rirem.
Eles foram embora e o Bill foi pro quarto, acho que ele iria sair com a Sam. Subi pro meu quarto e ao abrir a porta, ouvi aquela música...
- É ela. -murmurei e corri pra varanda, ver a tal vizinha que dançava como naquele dia, agora mais sensual do que antes. Essa é a minha chance de ir vê-la. Peguei um boné, calcei os tênis e desci as escadas rapidamente, abri a porta.
- Pra onde vai? -minha mãe perguntou fazendo-me parar.
- Mãe?! -falei tipo: “Eu tenho mesmo que dizer?”
- Tudo bem, mas volte cedo. -disse.
- Ok. -bufei e saí fechando a porta. 

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