terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 11

O beijo ficou descontrolado, passei a beijar o seu pescoço, desci as mãos pela cintura dela, subi a perna dela pelo meu corpo. Parei para respirar, ambos estavam arfando.
- Eu acho que...
- E aí gente! -disse o Georg, feliz e um pouco bêbado, me interrompendo.
- Ah, oi Georg. -disse a Danny me soltando.
- Qual é Georg? -falei um pouco irritado e saí de perto deles.

[Danny] 
O Tom não gostou quando o Georg veio falar com a gente, deu pra notar a cara empurrada que ele fez, digamos que o Georg interrompeu um momento legal entre nós e o Tom irritou-se.
- Desculpa Danny. -disse o Georg envergonhado.
- Ah, deixa ele... -falei.
- Eu vou chamar ele de volta. -disse o Georg.
- Não, não precisa... -insisti.
- Eu vou sim, espera... -ele saiu.
- Conversa de bêbado. -murmurei e sentei-me num banco alto, junto ao balcão.
Como o Georg falou que iria chamar o Tom, eu fiquei esperando... Mas o Tom estava demorando, então eu fui procurá-lo. O lugar era um pouco grande, procurei dentre as pessoas, em algumas mesas, no lado de fora e não o achei, então voltei decidida a sentar-se junto ao balcão e pedir uma bebida qualquer. Enquanto caminhava, levantei os olhos e vi o que eu mais temia que acontecesse... Tom estava na companhia de duas garotas, elas dançavam, esfregavam o corpo nele e ele estava achando tudo aquilo ótimo, agarrou-se na cintura de uma delas e a beijou o pescoço. Eu estava imóvel, era como se o não existisse ninguém ao meu lado, como se fosse apenas eu e aqueles três numa cena ridícula. Fechei os olhos e lágrimas de ódio rolaram em meu rosto. Como eu pude pensar que o Tom gostasse de mim? A Sam estava certa eu não deveria cair na conversa dele, mais uma vez me senti uma vadia, como eu pude sentir amor por um ser tão cafajeste como ele? Eu pensei que... 
- Danny? -disse a Sam me tocando, o Bill estava do lado dela.
- Danny o que foi? -perguntou o Bill. 
Olhei em direção onde o Tom estava e ele estava entrando num cômodo, talvez um quarto, a porta era brilhante.
- O Tom. -minha voz saiu fraca, Bill olhou na direção que eu olhara e viu seu irmão.
- Droga! -murmurou ele e saiu deixando a Sam comigo.
Sam me puxou pra um canto enquanto eu enxugava minhas lágrimas.
- Você tinha razão, eu não deveria ter acreditado no Tom. -gritei.
- Calma amiga, eu só queria que ele não te magoasse, não fica triste. -ela falou arrumando com a mão minha maquiagem borrada.
- Eu não estou triste, estou com raiva dele, raiva. 
- Vai se divertir mostra que não está nem aí pra ele... -ela sorriu.
Eu baixei um pouco a cabeça e fiquei a pensar, será que devo fazer isso? Me divertir? É claro, o Tom não está nem aí pra mim, me trás pra uma festa, me deixa plantada aqui e vai atrás de outras... 
- Quer saber? Você está certa. - falei, passei a mão nos meus cabelos e saí em direção onde as pessoas estavam dançando.

[Tom]
Duas gatas, uma dançava e fazia um strip tease, enquanto a outra se esfregava completamente nua em mim...
- Tom, você está aí? -bateram na porta do quarto, era o Bill.
- Vasa Bill, não posso falar agora! -falei, puxei uma das garotas e provei seus seios com vontade.
- Tom, sai logo daí... Eu não acredito que você está perdendo isso. -agora era o Georg batendo na porta.
- Perdendo o que? -ouvi o Bill perguntar.
- Me deixa Georg, já basta ter estragado o meu esquema com a Danny, você está bêbado. -falei irritado.
- Vai lá e quebra cara deles gatão. -disse uma das garotas.
- Cala a boca vadia. -falei.
- Ótimo depois não reclame se a Danny voltar pra casa acompanhada. -disse o Georg.
- Como é que é? -levantei rápido da cama, empurrei a vadia pro lado, peguei minha camisa, abri a porta do quarto e saí.
- Para de me culpar beleza? -disse o Georg. 
- Falem logo, o que vocês querem? -disse eu colocando minha camisa, enquanto andávamos pelo corredor que dava acesso aos quartos.
- Você tem que ver. -disse o Georg me empurrando pra fora do corredor.
Parei pra observar aquela cena, com um olhar incrédulo. Ela dançava, mexia o corpo sensualmente, passava a mão no abdômen de alguns dos vários garotos ao redor dela, todos queriam tocá-la, todos chegavam perto dela e ela cada vez mais jogada pra cima deles, eu não estou acreditando, que raiva, como ela pôde? Ah não... Danny subiu em uma das mesinhas que ficavam espalhadas na pista de dança, não acredito que ela vai fazer isso. Ela começou a dançar e levantar a barra do vestido, do mesmo jeito que fez pra mim uma hora antes, logo outras duas meninas fizeram o mesmo em outras mesinhas, um dos garotos chegou perto e deu uma tapa no bumbum dela, que não se importou. Aquilo foi a gota d’água. Fechei minhas mãos com força e fui em direção a ela.
- Desce daí. -falei arrastando a Danny de cima daquela mesa, todos começaram a vaiar.

[Danny]
- Me solta, está me machucando. -disse eu enquanto o Tom me puxava pra fora. Ele apertava meu braço com força.
- Porque você fez aquilo? -perguntou ele, com raiva.
- Me solta. -falei puxando meu braço, ele soltou.
- Fala! -gritou.
- Não grita. -falei entre dentes. - Você não manda em mim. -falei esfregando cada palavra na cara dele.
- Não deveria ter feito aquilo, não quando estamos juntos... -disse ele, ainda com raiva.
- Ah, agora estamos juntos? Você me deixou sozinha e foi se esfregar com outras. -falei.
- Quem te contou isso? -disse ele, agora mais calmo.
- Eu vi você dançando com elas, eu te odeio por isso, não fala mais comigo. -falei virando-se.
- Volta aqui. -disse ele, me puxando e me dando um beijo forçado. Bati nos braços dele para que me soltasse, mas não tive sucesso, então mordi seus lábios...
- Droga! -ele murmurou soltando-me e tapando a boca com a mão.
Aproveitei e saí correndo, vi três garotas em duas motos. Duas estavam em cima de uma moto e a outra estava sozinha em cima da outra moto.
- Vocês vão pro Sul? -perguntei me aproximando delas.
- Vamos! -respondeu a que estava sozinha. - Quer uma carona? -perguntou.
- Sim. -sorri.
- Sobe aí. -disse ela. Levantei um pouco o vestido e subi na moto, a moça arrancou.
- Danny, volta aqui. -ouvi o Tom gritar, mas não me importei, fechei os olhos enquanto sentia a brisa gelada bater em meu rosto, senti uma angústia em meu peito, uma vontade incontrolável de quebrar a cara do Tom, logo as lágrimas começaram a cair. 

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