segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 2 - Under My Skin

SARAH CONNOR - UNDER MY SKIN
"Quando nos tocamos, eu sinto que temos uma química.
Não resisto, vendo você tão próximo a mim.  
Eu te tenho sobre minha pele".


Uma mão suave e aveludada puxava minhas duas mãos para trás, senti a aspereza da corda apertar cada vez mais forte meus pulsos, deixando hematomas imediatamente, dei um gemido de dor, recebendo uma respiração profunda por parte do bad, que sorriu em seguida.

- Gostoso, não é? Quer que eu aperte mais? – Sua voz se tornou mais grossa e o medo fez com que engolisse o choro novamente, fazendo-me balançar a cabeça negativa e freneticamente. Recebi um último puxão sendo empurrada sobre o estofado do banco, me encolhi ao ouvir a batida forte da porta do carro.

- Anda! Temos que chegar ao Arizona ainda hoje, esse inútil do Klaus avisa que a porra dos cartões falsos ainda não estão prontos, temos que chegar ao Sam’s para retirar essas merdas.

Bad continua gritar durante todo o caminho. Tentei dormir, tentei me desligar, e quem sabe quando acordasse aquilo seria apenas um pesadelo.

-Tá com sede? – A voz cortante me perguntou com calma.
-Sim. – Respondi sentindo minha garganta secar mais.
A boca do cantil foi colocada na minha boca com delicadeza, se fosse o bad com certeza já tinha empurrado garganta abaixo ou tinha jogado a água na minha cara, mas ele foi doce, e me fez beber a água devagar.

 - Obrigada! – Agradeci sincera.
- De nada.

Ouvi aquilo e não acreditei, ele tinha respondido um “de nada”. Dois irmãos tão diferentes, com certeza quem tinha colocado o doce naquela vida tinha sido o desgraçado do bad.

Fiquei quieta e tentei dormir, graças a Deus consegui, não sei por quanto tempo, só sei que acordei com um tapinha no rosto.

- Acorda! Pausa para o banheiro. Aproveita agora porque se você quiser ir ao banheiro depois que sairmos eu não vou parar... e se fizer no meu carro te mato.
- Não. Não quero. – Respondi ainda sonolenta, mas assustada por escutar a voz do bad tão próxima.
- Vou descer, olha ela.
Ouvi o barulho da porta do carro batendo, com certeza o bad tinha saído do carro.
- Foi ele que te colocou nessa, não foi?
Não obtive resposta e continuei:
- Você não tem jeito de ser tão filho da puta como ele!
- Cuidado, não esqueça que nos temos a mesma mãe! – Respondeu parecendo não estar bravo.
- Desculpa, é que sinto que você não está nessa por que quer. Sinto que ele é o dedo podre dessa família. – Fui interrompida pela voz cortante.
- Estou nessa por que quero, ninguém me diz o que fazer... se eu decidir te matar hoje, matamos! -  Sua voz baixa e rouca se matinha cortante, mas não me transmitia sinceridade ao dizer eu me mataria.
-Duvido que você faça isso. – Ameacei sem parar para pensar nas possibilidades.

Mais uma vez o silêncio pairou no ar.
A única coisa que senti foi ele arrancando meu capuz fortemente e senti o gelado do cano da arma em minha testa, mas não foi isso me paralisou. O que me fez abrir a boca e gelar a espinha foi o rosto do meu sequestrador, o rosto do doce... Era realmente doce, seus olhos cor de mel e profundos, sua boca era carnuda, e no canto de sua boca havia um piercing, não pude evitar olha-lo com admiração, e ele umedeceu os lábios, mexendo o piercing para um lado de uma forma tentadora. Senti-me úmida entre as pernas, esfreguei minhas coxas, fazendo a barra do meu vestido subir, deixando minhas pernas totalmente expostas. Senti-me incomodada com aquela situação, queria abaixar a barra do meu vestido, mas estava amarrada, na tentativa de arrumá-la, tentei ficar ereta no banco. Minha perna encostou-se à perna dele, forçando-o a olhá-la, e a tentativa de subir a barra da saia só deixou mais evidente, chegando a mostrar minha calcinha. Seus olhos penetraram entre minhas pernas e sua respiração ofegou, a arma tremeu de leve em minha testa e ele despertou.

- Quero ir ao banheiro! – minha voz saiu alta e incontrolada. Ele me olhou, tirou a arma de perto olhando para fora. Com certeza procurando pelo bad. –Não posso esperar... Estou muito apertada. – Franzi o cenho apertando mais minhas pernas, fazendo com que ele voltasse o olhar para elas.

Ele voltou para o banco da frente, abriu a porta do passageiro e foi para o porta-mala. Pegou algo marrom e veio em direção à porta, abrindo-a me puxando devagar. Sai do carro e ele colocou a japona nas minhas costas, seguimos para o banheiro. Na porta do banheiro paramos e o olhei:

-Você vai entrar e me limpar? – Perguntei ao ver que ele passava pela porta do banheiro, me acompanhando. – Seus olhos semicerraram, fingiu não ouvir.

Parou-me no meio do banheiro, que mesmo sendo de posto de gasolina, não estava completamente imundo, mas tinha cheiro forte de água sanitária.

- Vira. – Sua voz rouca e sem paciência ecoou pelo banheiro vazio e senti suas mãos virando meu corpo antes que eu pudesse responder.
Senti a força de suas mãos forçando a amarra da corda, e senti uma respiração quente em meu pescoço quando ele finalmente se livrou da corda. Virei-me e o olhei rapidamente, ele abaixou o olhar antes de dar as costas.

- Não faça nada que vá se arrepender depois. – Fechou a porta do banheiro.
Esperei alguns segundos, percorri os olhos sobre o pequeno banheiro, procurando uma janela, até achar uma.
Abri a porta de um dos banheiros, liguei a torneira para que não pudesse ouvir algum barulho e avistei uma pequena janela perto do registro de água. Peguei o latão de lixo, subi sentindo meus pulsos arderem onde a corda apertou. Impulsionei-me para frente, empurrando a janela com um braço, encaixando meu corpo dentro dela, com cuidado para não fazer barulho.

- Ei! – A voz do doce saiu num uivo rouco e me debati, forçando meu tronco para frente, estava quase fora da janela quando senti suas mãos grandes apertarem minhas panturrilhas, subindo para minhas coxas conforme me puxava de volta para o interior do banheiro.

- Me solta! -  Debati em chutes, ainda de costas para ele que finalmente venceu, me puxando pela cintura e me prendendo em seu corpo.
Tentava acertá-lo com chutes, sem conseguir ver seu rosto, sentia apenas seu tórax subindo e descendo com a respiração nervosa contra minhas costas, tentando vencer meu ataque de fúria.
- Fica quieta! -  Prendeu meus dois braços na frente, me envolvendo em um abraço forçado, me imobilizando. Estávamos cansados de lutar um com outro, me senti derrotada, começando a chorar. Meus soluços ficavam cada vez mais altos, forçava para que ele me soltasse, queria olhar em seus olhos e implorar que ele me deixasse ir, pois sabia que ele não era como outro, que poderia convencê-lo.
- Você não deveria ter feito isso. Você deixou tudo mais difícil pra você. –sussurrou com a voz calma, ele não queria me manter presa, a voz dele denunciava, essa era minha deixa. Relaxei meu corpo, fazendo com que pesasse para trás, apoiando-me no tórax dele. Senti sua respiração funda em meus cabelos.
- Se você não me soltar, ele vai me matar. Eu sei que você não é como ele. Eu não quero morrer, eu não sei o porquê de vocês estarem fazendo isso, mas sei que você não quer... me solta, por favor. – Sussurrei o “por favor” e senti seus braços quentes me soltando, e por um momento me arrependi de ter pedido que ele me soltasse, gostava da sensação de seus braços me segurando.
- Ele não vai te machucar. – Sua voz rouca em meu ouvido me deu à mesma sensação que sentira no carro. Automaticamente meu pescoço virou, precisava olhá-lo.
Ao receber seus olhos nos meus, calmos e seguros, tão sedutores, senti minha intimidade gritar por ele, e instintivamente fechei os olhos, aproximando meu rosto do dele. Senti suas mãos circulando meu corpo novamente, fechando minha cintura, seu hálito quente soprando perto de meus lábios. O abraço se apertou e apertei minhas mãos em seus braços, sentindo totalmente seu corpo no meu, deixando evidente sua ereção sobre minhas costas, me fazendo gemer. Antes que terminasse o gemido seus lábios quentes grudaram nos meus. Foi o suficiente para perdemos o controle. Seu corpo impulsionou o meu para frente, suas mãos desgrudaram de minha cintura, as pegando com força e colocando sobre a pia do banheiro, chupava e beijava meu pescoço, descendo as duas mãos sobre meu vestido, colocando as mãos por dentro da saia, num puxão arrancando minha calcinha. Tudo foi muito rápido, senti seu membro deslizar por meus glúteos e me invadir quente e pulsante como uma labareda, suas mãos apertavam meu quadril enquanto ele se movimentava rapidamente. Os gemidos contidos duraram poucos minutos, nossos corpos já estavam se desejando antes mesmo de entrar naquele banheiro. Nossos gemidos surgiram juntos e contidos. Repousei em seu ombro por alguns segundos, me fazendo voltar à sanidade e só então percebi o que tínhamos acabado de fazer.

-Temos que ir, Bill deve estar puto atrás da gente. -  arfou subindo a cueca e fechando o cinto da calça.
Não disse nada, apenas baixei a saia do meu vestido e me virei para que ele me amarrasse, ele o fez mantendo os olhos na corda, colocou o casaco por cima dos meu ombro e saímos.
Bill... O nome do bad era BILL... E o dele como será que é? – pensei. Não demorou muito para descobrir, pois quando saímos a primeira palavra que Bill disse foi.
-Tom! Vai tomar no cu! Onde você estava? Pensei que tinham te seqüestrado.
- Calma, to aqui, não estou? Agora baixa a bola e vamos seguir nosso caminho.

Tom! O nome dele era Tom.

Postado Por: Grasiele

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