segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 7 - You give love...

YOU GIVE LOVE A BAD NAME -  BON JOVI

"Um sorriso angelical é o que você vende
Você me prometeu o céu, e então me pos no inferno
Correntes de amor, conseguiram me prender
Quando o amor é uma prisão você não consegue se libertar".


O sol batia no rosto dela, que acordou incomodada, virou o rosto para a janela e fechou os olhos quando o raio bateu neles, voltou seus olhos para ele. Bill dormia um sono pesado, ela desceu o olhar para o seu peito, sua respiração era profunda, como se estivesse cansado. E estava, por que depois no meio da noite, ele a procurou e ela não teve coragem de dizer não. Na verdade, ela não resistira ao belo moreno. O que ele tinha de rude e arrogante, tinha de delicioso.

 Ela tirou o braço dele de sua barriga, colocando na cama, levantou, foi para o banheiro na ponta dos pés. Tomou seu banho, saiu enrolada na toalha, pegou suas roupas jogadas no chão e se trocou rapidamente. Pegou seu dinheiro em cima da mesa velha, colocou na bolsa. Dirigiu-se até a porta, quando estava abrindo a maçaneta para ir embora, seu corpo se arrepiou inteiro, e o frio na barriga a fez parar, ainda segurando a maçaneta ela virou e olhou mais uma vez para a cama onde ele dormia e o viu de olhos abertos, sério, como sempre a encarando. Seus olhares se fixaram por longos segundos até que ela não agüentou mais sustentar o seu olhar baixando-o em seguida baixou a cabeça, saindo do quarto deixando-o sozinho.



Bill acordou sozinho na cama, olhou para os lados e não a viu, olhou para a mesa e o dinheiro ainda estava ali, o barulho na maçaneta do banheiro, o fez deitar a cabeça de novo no travesseiro e fingir que dormia. Ela saiu do banheiro, pegou suas roupas do chão, e as vestiu de costas para ele. Bill abriu apenas um olho para não ser descoberto e ao vê-la de costas, nua, teve que se conter, ela era muito linda. Suas curvas eram perfeitas, seu corpo pedia para ser possuído. Bill se puniu milhões de vezes por ter caído em tentação no meio da noite e mais uma vez a procurado para fazerem sexo. Depois que ele a viu se vestindo, a viu indo em direção a mesa e pegando o dinheiro. O extra que ele havia deixado para ela. Então, acompanhou com os olhos ela se encaminhar para a porta e segurar na maçaneta, ele abriu o outro olho e a observou. Como se ela sentisse o seu olhar em suas costas, ela parou e se virou lentamente.  Ele tinha sido pego. Prendeu o olhar no dela e a encarou sério. E a viu baixar os olhos, abrir a porta e sair.


Não se moveu, ele teve vontade de mandá-la ficar e esfregar suas costas embaixo do chuveiro, mas não o fez. Era orgulhoso demais para pedir algo a alguém. Ficou na cama ainda, pensando naquela maldita estranha e na noite de sexo perfeito que ela tinha lhe proporcionado.
Aquela noite foi a mais estranha, mais sem sentido, Bill se sentiu quente, confortável ao lado de uma mulher e ele poderia dizer que pela primeira na vez na vida, sentiu um desejo pelo sexo feminino e que pela primeira vez fez uma mulher ter um orgasmo. Na maioria das vezes, só ele gozava. Não se preocupava em dar prazer. Pois nunca se importou com o sexo feminino. Para ele, mulheres eram apenas um pedaço de carne, dispensáveis após serem utilizadas.
Afastou esses pensamentos da cabeça afinal esse sentimento amor, carinho e consideração, fora pelo irmão ele não sentia por mais ninguém. Nunca sentiu e nunca sentiria. Aquela mulher, não existia e não fazia parte da vida dele.
Uma noite e nada mais.
Então, ele se levantou tomou outra ducha e foi para o quarto de Tom para programarem o dia, que com certeza seria muito atarefado.

Lara

Quando olhei para baixo, olhos assassinos me fuzilavam, me chamando para morte.

Bill me puxou pelo pé, bati a boca na pia, sentindo o gosto de sangue em minha boca.
Comecei a chorar na hora e fechei os olhos, esperando que ele me matasse logo. Não aguentava mais aquela tortura. Senti um puxão de cabelo e espremi a boca para não gritar de dor, deixava minhas lágrimas rolarem.
- Isso, ta vendo como você aprendeu? É desse jeito mesmo que eu gosto, choro e soluços... cacete como to excitado! - Bill sorriu diabolicamente, me puxando para cima pelo cabelo e me apertando no azulejo gelado. - Quero ver o que você tem que deixou o Tom tão fissurado. - Bill beijou meu pescoço e senti náuseas, tentei afastá-lo e senti sua mão me apertando com força, ali ficaria mais um hematoma. Chupou meu pescoço em seguida mordendo, deixando uma marca. Puxou meu cabelo para me olhar e sua boca tinha sangue. Meu sangue. Senti sua mão pesada apertar meu seio quando a voz cortante o fez parar de imediato.
- Solta ela Bill. - Tom apontava a arma na direção da cabeça de Bill que se virou e olhou para Tom. - Eu não vou falar de novo, solta ela agora, caralho! - Tom engatilhou e via a fúria nos olhos dele. Bill me soltou indo em direção a Tom, encostando a cabeça no cano da arma que o irmão segurava.
- Anda, atira! Me mata por quase ter te matado, eu mereço isso! - Bill cuspia de tanta raiva e seus olhos fuzilavam Tom. - Me mata pra salvar essa VACA que tentou fugir de novo! Você é o pior sequestrador que já vi na vida. - Bill deu um tapa na arma e saiu batendo a porta do quarto.
Tom continuou com a arma apontada, agora em minha direção.
- Você tentou fugir de novo? - Sua voz calma me fez tremer de pavor, seu rosto relaxou e minha espinha congelou, ele estava com uma expressão calma, a expressão de que estava decidido e tranquilo em me matar.
Não conseguia responder, meu corpo inteiro tremia, quando o olhei, os olhos doces prontos para me matar, cai em lágrimas, soluçava sem parar, tentava falar algo, porém as palavras não saíam, fiquei em posição fetal e fechei os olhos soluçando. Quando senti uma mão grande pousar sobre meu ombro tremi incontrolavelmente e chorava alto e histérica.
- Levanta, eu não vou te machucar. - Sua voz sussurrou e me puxou para seu peito quente e confortável.

Agarrei-me a ele, ouvi um gemido e senti seu corpo encolher por ter encostado sem querer na sua ferida, aos poucos parava de tremer. Meu corpo se acalmava com sua respiração esquentando o topo de minha cabeça, sentindo a ponta de seus dedos buscando meu queixo, o puxando para seu campo de visão.

- Animal. -  Sussurrou ao olhar a mordida em meu pescoço.
Quando nossos olhares se cruzaram eu me senti completamente quente, ele acariciou meu rosto com a costa da mão descendo pela maçã e indo em direção a minha boca que sangrava e limpou-a com o dedo polegar. Gemi de dor ao sentir seu toque sobre o pequeno corte e ele voltou a me olhar nos olhos, como se estivesse se desculpando ajudando-me a levantar.
Pegou a toalha, abriu a torneira ainda me segurando em seu peito com um braço, voltou a encharcar a tolha na água corrente e limpou o machucado de meu pescoço, passando a toalha com delicadeza sobre a marca de dentes, encolhi de dor novamente e sentia uma linha gelada de água descer pelo meu pescoço. A toalha deu lugar ao seu toque quente, seu rosto de aproximou de meu pescoço e fechei os olhos quando senti seus lábios quentes encostarem levemente sobre a mordida me fazendo arrepiar. Apertei seu braço, o puxando para mais perto de mim. Ele jogou a toalha na pia e me prensou sobre o azulejo, ficando totalmente de frente para mim. Desceu os lábios pelo pescoço, lambendo minha pele enquanto suas mãos fortes desciam para minha cintura, apertando de leve meu quadril, pressionando sua ereção em minha parte íntima, me fazendo gemer no mesmo momento, grudei minhas mãos em suas tranças. Sua língua já havia me deixado acesa, mas quando o senti em meu mamilo, fazendo movimentos circulares e dando uma leve chupada, me apertei mais contra seu membro, querendo que ele me possuísse logo. Sua mão subiu por dentro da blusa de algodão e levantei meus braços o ajudando a tirá-la. Sua respiração satisfeita ao ver meus seios, rígidos de prazer quase me fez chegar ao primeiro orgasmo e seus lábios vieram de encontro ao meu, sedentos, sem se importar com o meu machucado, beijou-me com força, me subindo para seu quadril, segurando-me com somente um braço e me levando para a cama.
Tom me deitou na cama e com cuidado tirei a jaqueta de couro do lado onde estava o curativo. Quando vi seu peitoral bronzeado abri as pernas pedindo que ele se encaixasse entre elas.
Tom desabotoou a calça jeans clara junto com a boxer. Pela primeira vez olhei seu membro, era grande e másculo. Fechei os olhos só de imaginar na sensação dele me preenchendo, quente e pulsante me fazendo chegar a outra dimensão. Ele tirou minha calça sem dificuldade e se curvou sobre minha intimidade, beijando-a por cima do lingerie, deu uma leve mordida antes de afastá-la para um lado, e me tocar com sua língua. No mesmo momento grudei em suas tranças e arqueei as costas. Os movimentos profundos e lentos estavam me deixando tonta de tanto prazer, se tornando mais rápidos e gritei ao ter meu primeiro orgasmo. Tom beijou minha intimidade, senti seu piercing roçá-la e o queria dentro de mim, naquele momento, ou desmaiaria. Arranhei com a ponta dos dedos suas costas enquanto ele segurava seu membro e abria minhas pernas, pronto para se encaixar e senti-o tremer arrepiado com meu toque. Lambi meus lábios ao receber seus olhar doce me olhando com desejo, mexi meu quadril, em sinal de aviso e ele deslizou a ponta de seu membro em minha intimidade, antes de me preencher deliciosamente. Não queria distância, queria seu corpo colado ao meu. Permiti que ele depositasse seu peso sobre meu corpo, dificultando minha respiração, mas não me importava.
Tentava não encostar em sua ferida, e quando encostava sentia seu corpo encolher, mas ele também não se importava. As investidas se tornaram mais profundas e mais ágeis, não tão rápidas, mas não lentas, senti uma última estocada e seu corpo pesou completamente sobre o meu, sentindo um gemido rouco em meu ouvido.  Tom continuou dentro de mim, se movimentou algumas vezes e pedi que ele continuasse até que apoiou o braço bom no colchão e me olhando nos olhos investiu mais duas vezes, me fazendo chegar ao segundo orgasmo. Tom me olhou sério, passando as costas da mão direita na testa, tirando suor e se atirou ao meu lado, caindo exausto.







Bill foi até o bar onde havia estado na noite anterior, pediu uma dose de whisky e bebeu ali sozinho. Quando estava saindo, a porta do banheiro feminino se abriu e ela saiu de dentro. Segurando um pano cheio de sangue e com uma das narinas escorrendo.
Ela quando o viu entrou no banheiro novamente e foi puxada para fora com um só movimento.
-Que diabos aconteceu com o seu rosto? –Ele perguntou tirando o pano das mãos dela. –Quem te fez isso, mulher?
-Um filho da puta como você, que adora bater em mulher! –Ela respondeu lembrando-se da noite anterior quando ele lhe deferiu um tapa no rosto.

Bill a olhou e pela primeira vez na vida não soube o que responder. Só sabia que tinha ficado muito puto em ver a moça daquele jeito, aquilo lhe incomodou. O rosto da bela mulher estava muito machucado.

-Quem te machucou desse jeito? –Bill repetiu a pergunta com voz firme.

-Foi o meu cafetão. – Ela respondeu depois se arrependendo da resposta. - E o que te interessa saber quem fez isso.  Você vai fazer o que matá-lo? – Perguntou irônica.

-Sim! Vou fazer esse favor para a humanidade. - Ele respondeu a olhando. – É aquele com várias correntes no pescoço lá dentro contando dinheiro não é?

Ela balançou a cabeça em afirmativo então ele ligou o celular:

- Venha até o bar Hola e me espere no carro, ligado!!
Bill entrou para dentro do bar novamente e ela entrou novamente no banheiro depois de poucos minutos o que ela ouviu foram os tiros.







Lara dormia sobre o tórax de Tom, com a pequena mão sobre seu peitoral, tranquila e livre como dormia há dias quando o telefone despertou Tom.
Ele afastou Lara cuidadosamente para o lado e se esticou, sentido uma fisgada nos pontos, gemeu e olhou para o visor do celular. Era Bill. Tom praguejou algo em alemão e atendeu, sem ter tempo de dizer alô, ouviu do outro lado.

- Venha até o bar Hola e me espere no carro, ligado! - desligou e Tom olhou para Lara.
- Acorda. Temos que ir. - Tom se levantou e se vestiu.


Lara

Tudo foi muito rápido a voz de Tom me acordou. Ele se vestia com pressa e jogou minha blusa sobre meu corpo, sem me olhar foi para o banheiro e voltou com cordas.

- Vire-se. -  Ordenou e não questionei, me virei e ele me amarrou.
- Não quero fazer isso, mas o Bill... - sussurrou em meu ouvido e me senti molhada e pronta para ele novamente. Droga, ele deveria parar de fazer aquilo.
Segurou-me com cuidado, colocando a jaqueta de couro sobre meus ombros, Tom me colocou no banco traseiro, o dono do motel, um velho com uma calça jeans rala e chapéu de palha observava Tom caminhar até ele.

- O que foi isso filho?! - O velho perguntou ao ver Tom, que estava sem camiseta e o curativo no ombro.
- Quanto lhe devo? -  Tom ignorou a pergunta abrindo carteira.
- $220,00.
- Tome, fique com o troco. - Tom deu um pequeno bolo de notas de 100 dólares e o homem sorriu. Tom olhou a camisa xadrez do velho, que era alto e magro como ele e tirou outro bolo de dinheiro. - Quanto quer pela camisa?
- Mas essa camisa é velha, e n...
- $200 é o suficiente? -  Tom perguntou sem paciência.
- Está ótimo filho. - Tom atirou duas notas de 100 no velho que tirou a camisa mostrando as costelas magras.

Tom vestiu a camisa xadrez rapidamente e deu as costas, indo em direção ao carro e ouvindo o velho agradecer.


- Obrigado filho, Deus lhe abençoe.


Tom entrou no carro, colocou a chave no contato e antes de dar partida pegou um capuz no porta luva e jogou para que vestisse. Antes que Tom abrisse a boca para ordenar revidei
- Eu sei. - respondi seca e sua boca se transformou numa linha. Coloquei o capuz com cuidado e deitei no banco, ainda estava com sono.



Bill saiu do bar e viu Tom dentro do carro e quando estava seguindo para o carro, ela lhe pegou o braço.
-Me leve junto com você! -  A bela morena agarrou o braço de Bill que arqueou a sobrancelha, olhando para seu braço sendo pressionado, incomodado com a  força que ela fazia nele.
-Não, Não vou levar! – arrancou com força a delicada mão com unhas escarlate da prostituta e arrumou a jaqueta de couro, virando-se em direção ao carro.
-Você matou o meu cafetão, os que restaram são piores que ele, não sobreviverei mais um mês.
Bill parou, ainda de costas para ela, respirou fundo e sem se virar respondeu:
-Merda... Te dou uma carona até Oklahoma, de lá você se vira. – continuou parado até que passos firmes e o barulho de salto alto o fizessem entrar no carro, sendo seguido por ela.

Postado Por: Grasiele

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