segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 11 - Love The Way You Lie

Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente Eu amo o jeito que você mente

Rihanna feat. Eminen - Love The Way You Lie

Bill passou pela cozinha arrastando-a pelo braço, bufando e falando coisas desconexas em alemão. Ele realmente estava fora dele, chutou a porta da cozinha que dava acesso a lavanderia nos fundos da casa, entrou com ela ainda arrastada pelo braço e a jogou com força no chão de terra.  Ela caiu de lado e seu cabelo cobriu o seu rosto, ela não abria a boca para falar um “A”. Bill andou até ela e puxou uma mecha de seu cabelo, fazendo-a o encarar, ela fitou seus olhos negros, que estavam arregalados de tanta raiva que ele sentia.
-Estou de saco cheio dessa sua atitude, sua vagabunda. -Bill gritou e deu o primeiro tapa em seu rosto e a jogou novamente no chão de terra. Ele engatilhou a arma e ela levantou a cabeça e o olhou.

- Você acha o que? Que só por que eu te ajudei, te dei um teto, que dorme na mesma cama que eu, não vou meter duas balas na sua testa? –Bill pegou um punhado de cabelo da nuca dela e puxou obrigando mais uma vez ela olhar para ele. –Pra mim não faz diferença nenhuma, eu jogo teu corpo em algum buraco e faço alguns urubus felizes. –O outro tapa foi muito mais forte que o outro e ela manteve sua cabeça erguida, orgulhosa. –Não me desafie mais, não crie caso, não jogue meu irmão contra mim novamente, você entendeu? –Bill forçou o cano do revólver na testa dela e continuou: - Não faça eu me arrepender mais do que já estou de ter te trazido pra essa casa. Por que se eu me arrepender não vou pensar duas vezes, aqui você deve respeito a mim, tem que seguir minhas leis. -Bill forçava o cano na testa da morena. -Se não quiser, pegue esses lixos que chama de roupa e some daqui, é um imenso favor que você vai fazer. Vai continuar a trepar com esses imundos e asquerosos caminhoneiros de beira de estrada. Isso sim é vida digna pra você, sua puta de merda! –Bill afastou o revólver da testa dela finalizando:

 – Estamos conversados? A partir de hoje, não quero ouvir o barulho da sua voz, aqui dentro não vai passar de uma empregada. Você compreendeu ou vou ter que desenhar com o teu sangue aqui no chão? A mulher ainda o olhava sem derramar uma lágrima e seus olhos não tinham medo. Ele apontava o cano no rosto dela e ela olhava ora para o cano e ora para os olhos dele sem demonstrar arrependimento nenhum de suas atitudes. Bill então colocou a arma na cintura, olhou-a com raiva e virou-se para sair da lavanderia, abriu a porta e parou quando a ouviu falar:
-Você não me mete medo! –Ela disse sorrindo, limpando o sangue que estava no canto de sua boca. -Quer me matar?Mate! Estou pouco me lixando pra tudo isso! –Ela baixou a cabeça sorrindo. - Eu convivo com homens iguais a você desde sempre, primeiro meu pai, padrasto, cafetão e depois clientes. –Ela levantou com dificuldade e disse - Já me fizeram coisas piores e acredite... Não implorei! Você só vai acabar com uma vida que nunca prestou para nada e que ninguém vai sentir falta. Não me importo.  Foda-se a minha vida! Atira logo e faça um favor para a humanidade!

Ele franziu a testa ao vê-la chorar daquela forma, era uma reação que Bill não esperava e pior, era uma reação que ele mesmo não esperava sentir dentro dele. Bill a olhou chorar ao dizer aquelas palavras. Ela limpou o sangue do nariz e depois tocou o cotovelo e andou devagar, passou por ele, abriu a porta da lavanderia e saiu deixando-o sozinho. Bill sozinho não conseguiu se mover ficou perplexo com ele mesmo, sentiu um aperto no coração, não era dó, não era ressentimento de ter falado daquela forma com ela, um filme passou em sua cabeça, e voltou a sua infância quando sua mãe chorava daquela forma, triste quando apanhava de seu pai, quando ele e Tom estavam trancados no quarto sem poder fazer nada.

x.x

 Ela entrou no banheiro, olhou-se no espelho indiferente com todos os seus machucados, como se já tivesse acostumada com eles em seu rosto, ela estava horrível, se despiu, tomou um banho, e depois saiu enrolada na toalha, passou pela sala, ele estava deitando no sofá assistindo TV, ela não o olhou e foi para o quarto. Entrou e bateu a porta com força, como se fosse um aviso  para ele não se aproximar do quarto, nem da cama e muito menos dela. Ele entendeu o recado, o que o incomodou Bill foi que ele podia entrar no quarto, tira-la da cama e fazê-la dormir ao relento ou em qualquer outro lugar da casa, mas se calou e se acomodando no sofá, tentando dormir.

x.x

No outro dia, ela saiu do quarto e agradeceu que ele não estava sentado tomando café, então sentou-se na cadeira e tomou o seu, estava terminando quando Tom trouxe Lara e a amarrou no pé da mesa.
-Meu Deus, seu rosto... Odeio esse filho da mãe! - Lara disse baixo.
- Não odeie isso não vai mudar nada! Eu to bem! –A morena disse sem olhar para Lara.
Quando ele saiu do banheiro, ela se levantou da mesa sem olhar para Bill. Pegando as xícaras para lavar. Tom também desamarrou Lara e a levou para o quarto, voltando logo em seguida sentando na cadeira e  advertindo o irmão caçula. -Não precisava disso Bill você acabou com o rosto dela.
-O que eu disse dessa mulher aqui na sala?-Ele disse ignorando a pergunta de Tom.
-Ela vai continuar fazendo as refeições aqui na sala, quer você queira ou não! –Tom foi grosso com ele. Bill o olhou e não disse nada. Tom continuou: -E não quero mais te ouvir reclamando por causa disso, Bill!

Tomaram café em silêncio, nem trocaram olhares, foi Tom que voltou a falar quebrando o gelo.
-Hoje vou pegar o restante do dinheiro, e as novas regras. Essas são as últimas!

-Cuidado com esse homem, você sabe que ele é um tremendo 171!

-Comigo não tem essa, se ele se meter ao engraçadinho eu acabo com ele e jogo toda essa merda no ventilador e vamos ver quem vai perder de verdade com todo esse seqüestro.
-Diga para ele que ficaremos com ela mais 20 dias e depois disso sairemos do país. –Bill disse ao irmão. -Primeiro eram 15 dias, depois ele subiu para 20 dias. E isso já foi um mês desse inferno. Chega!  Vamos dar mais 20 dias ou abrimos o jogo, e avise a ele que quero todo o dinheiro quando liberar ela no México, como combinado.
-Pode deixar, hoje teremos um conversa séria e definitiva.
-O pior é ficar de baba para essas duas! –Bill virou os olhos realmente sem paciência. -Não tenho muito saco pra isso! - Bill bufou levantando da cadeira – Prefiro um serviço rápido!
-Calma ...agora só faltam vinte dias!
-Que parecerão 20 anos. Que Inferno! –Bill olhou para o irmão furioso.
-Não podemos cancelar tudo, pense em tudo em que já planejamos. –Tom disse levantando e pegando a chave do carro. – Tudo vai valer à pena, quando estivermos nas Maldivas, vamos dar risadas de tudo isso.
-Espero...eu realmente espero!
Bill olhou o irmão saindo pela porta e ele tinha razão,não podiam desistir, eram homens de palavras, se eles entraram nessa com um objetivo, iam até o final...


x.x


Tom chegou ao lugar marcado, entrou na pequena sala, viu o ruivo sentado na grande cadeira, atrás da mesa cheia de papéis. Quando ele viu Tom, sorriu e se
ajeitou na cadeira. O irmão por sua vez continuou sério e foi logo perguntando:
 -Quando a entregamos a você?
-Ele quer que vocês a matem! –O ruivo foi curto, grosso e direto.
Tom o olhou e em um movimento rápido lhe pegou o colarinho, bem engomado do rapaz, o empurrando para a parede.
-Não vamos matar ninguém, não fomos pagos para isso, se ele quiser, ele que a mate! –Tom colocou seu antebraço esquerdo no pescoço do homem e calmamente disse: -Avise a ele que daremos mais vinte dias, se daqui vinte dias não tivermos o resto da grana, muita coisa vai voar, inclusive a cabeça dele, e não vou avisar uma segunda vez. Deixe isso bem claro para ele. –Tom forçou seu antebraço no pescoço do ruivo que não respondeu, pois estava totalmente sem ar. – Nos encontramos daqui vinte dias, e traga o restante do dinheiro!
Tom pegou a quantia em cima da mesa do ruivo, saiu da sala em passos firmes, passou pela recepção, abriu a porta do carro e a bateu fortemente, deu partida no carro pegando novamente a deserta estrada de volta para casa.


x.x


Ele chegou a casa estava quase escurecendo, parou o carro ao lado da grande árvore e entrou na casa, não viu ninguém, a luz da cozinha estava acessa então ele seguiu até a cozinha e viu a “amiga” de Bill de costas, sentada. Andou até ficar de frente com ela.
 -Cadê o Bill? -Tom perguntando olhando para a micro calcinha lilás totalmente a mostra. A moça estava sentada, com uma perna levantada, com o pé na cadeira, ela pintava as unhas do pé.
-No quarto dormindo! –Ela respondeu sem ao menos olhar para o rosto dele, continuou pincelando sem se importar em mostrar a pequena peça para ele.
-Você fez algo para o jantar? –Tom perguntou.
-Sim, se quiser trazer a princesinha para jantar fique a vontade. -Ela respondeu olhando-o, percebendo seus olhos entre suas pernas. -Cuidado e sua queridinha pode ficar enciumada desses seus olhos felinos entre minhas pernas.
-Ciumes? Do que você...

Tom foi interrompido com o barulho da porta do quarto de Bill abrindo, olhou para o irmão que entrou na cozinha, estava com a feição mal humorada, a cara de sono só piorava, os olhos quase fechados e inchados e a boca apertada
-Depois temos que conversar. –Tom disse vendo o irmão chegar ao seu lado. O humor de Bill ficou pior quando, olhou para a moça a sua frente, com a perna erguida e com a calcinha amostra para o irmão mais velho.
-Tá! –Ele apenas se limitou a dizer
Tom passou por ele, saiu da cozinha, deixando-os sozinho. Bill permaneceu no mesmo lugar que Tom estava e fazendo a mesma coisa que ele fazia, olhando no meio de suas pernas, só que para Bill aquilo era muito mais pertubardor, pois ele sabia muito bem o que tinha embaixo daquele pequeno pedaço de pano, e aquilo mexia com sua masculinidade, o enlouquecia de uma forma, que ele odiava. Ele tentava não deixar o tesão ser maior que ele, mas era impossível.
Ela percebeu o olhar dele, desceu sua perna, levantou da cadeira, o olhou e virou para sair da cozinha, atravessou a sala e entrou no quarto deixando Bill parado, em pé e sozinho na cozinha.

x.x

Tom entrou no quarto, e viu Lara de costas, ele se aproximou e viu que ela dormia. A frase do ruivo veio em sua cabeça. “Ele quer que vocês a matem”, então ele sentou na cama, ao lado dela e pensou que nunca teria coragem de fazer tal coisa, Bill era o matador e por dinheiro, com certeza, ele já teria aceitado, mas ele nunca havia tirado a vida de ninguém. Estava quase concordando com o irmão, estava começando achar que tudo aquilo era um grande erro.
-Você já chegou? –A doce voz sonolenta tirou Tom dos pensamentos.
-Sim! –Tom respondeu seco- Vim te buscar para jantar!
-Obrigada, estou sem fome! –Ela disse ainda doce.
Ele a olhou e ela fixou seu olhar triste, no olhar de Tom, que sem jeito baixou os olhos e levantou da cama.
-Quero que você venha jantar! –Tom foi mais uma vez duro com ela.

Ela levantou-se da cama, obedecendo-o, se ajeitou, esperou que ele lhe tirasse as algemas, quando ela se livrou delas, foi até o banheiro, escovou os dentes, e quando voltou esticou os braços para ele lhe colocar as algemas, ele só colocou em um braço segurando a outra com a mão.
 -Essa sua saída teve alguma coisa a ver com o meu seqüestro? –Ela perguntou recebendo o olhar dele sério.
-Talvez! –Ele respondeu seco.
-Eu só queria saber se um dia vou ser livre. Acho que não é pedir muito!
-Sim, eu acho que é pedir muito sim! –Tom disse a olhando-a – Nem deveríamos trocar se quer uma palavra, isso foi longe demais e tem que parar.
-Eu concordo, eu nunca deveria ter deixado você colocar essas suas mãos imundas em mim.
Tom perdeu a calma com a frase de Lara e em um movimento rápido a segurou com força a empurrando para a parede, ficando poucos centímetros longe dela. Ele olhou para os lábios dela e depois subiu seu olhar para os seus olhos verdes, cerrou os dentes e perguntou furioso:
-Você esperava o que?Hâm? O que você acha que eu deva fazer com você?
-Vamos embora, Tom! –Ela disse tocando o rosto de rapaz.
-Você perdeu o juízo! –Ele disse apertando mais seu corpo contra o dela.
-Ainda não! Mas falta muito pouco e acredite, se eu perder...farei você perder o seu também!
-Antes disso...Você estará morta!
-Você mente muito mal,Tom...muito mal!!
Lara se afastou e seguiu para cozinha sendo seguida por Tom. Chegaram à cozinha, Bill estava saindo para fora da casa, ela deu graças a Deus, não precisaria olhar para cara dele também. Quando sentou-se à mesa para jantar, a outra moça entrou na cozinha e sentou ao seu lado para jantar. Os três na mesa, não trocaram uma palavra sequer.
Depois do jantar, Tom mais uma vez levou Lara para o quarto, a estranha estava na pia lavando louça e ficou indiferente quando a porta do quarto foi aberta, Bill entrou na cozinha, abriu o armário, pegou um copo, abriu a garrafa de coca-cola e tomou de uma vez. Levou o copo ate a pia e disse:
-Vou à cidade você esta precisando de alguma coisa? Percebi que não tem muitas roupas. Quer que eu compre alguma para você.
-Não! Obrigada! –ela respondeu terminando de lavar a louça secando a mão no pano de pia e saindo da cozinha.
Ela pegou seu cigarro, sentou na escada do quintal, olhou para porta com desprezo quando ela foi aberta e ele saiu para o quintal também e sentou na grande cadeira de balanço que havia no fundo da casa. Por alguns minutos ninguém disse nada, até Bill questioná-la:
- De onde você é? Cadê a sua família?
Ela o olhou, rindo debochada, se levantou, jogou o cigarro no chão e disse:
-Pra que você quer saber? Você vai me pedir em casamento a eles?  Não perca seu precioso tempo. Acho tudo isso uma grande idiotice!
Ela passou por ele e ele segurou o seu braço forte. Ela olhou para a mão dele envolta de seu braço e disse:
-O que você quer? Vê se me deixa em paz, por que eu te deixei, estou te obedecendo e sendo sua empregada, não esta feliz?
Ela abriu a porta com a outra mão, Bill se levantou da cadeira e empurrou a porta fechando-a novamente.
-Se você quiser sexo, vai ter que bater uma, por que em mim você não encosta nem um dedinho...e se tentar eu o quebro em dois!
Ele permanecia calado e ainda segurava o braço dela, ela mais uma vez tentou se soltar, ele forçou mais sua mão, ela bufou, o encarou com raiva e perguntou:
-Puta que pariu...Afinal, o que você quer de mim, Bill?
-Nesse momento, que você abra as pernas e venha sentar no meu colo...só isso!

Postado Por: Grasiele

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