segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 6 - Disturbia

É um ladrão no meio da noite
Que vem e te agarra
Pode se movimentar dentro de você
E te consumir
Uma doença da mente
que pode te controlar
Eu me sinto como um monstro!

(Disturbia - Rihanna)



-Vai ser no seu carro ou no motel? – Ela perguntou apontando para o motel atrás do bar.

Ele nada respondeu, apenas andou até o carro e abriu a porta dizendo:

-Tenho um quarto no motel no bairro vizinho.

-Ótimo! Eu moro lá, será mais fácil na hora de ir embora. -Ela disse abrindo a porta do passageiro,sentando no banco.

 Bill ligou o carro e dirigiu-se ao bairro vizinho. No caminho não se olharam ou trocaram se quer uma palavra. Estacionou o carro, entrou em seu quarto, sendo seguido por ela. Os dois entraram, ela colocou sua bolsa em cima da mesa e o olhou, ele permanecia em pé ao lado da cama com a cara fechada. A moça que quebrou o gelo, secamente.

- Pelo dinheiro que me pagou, você tem direito a uma completa.- Ela explicou.

-Não sei se é completa... Mas pelo que eu te paguei quero ter o melhor prazer e de preferência que você fique de boca fechada.

“Como esse cara é arrogante”- Ela pensou sem expressar sua repulsa, afinal ele tinha pago um valor de três trabalhos na noite então quanto mais rápido começasse o trabalho, mais rápido terminaria.

Andou até ele, parou bem próxima ao seu rosto, levantou sua mão e com o dedo indicador contornou o seu rosto, foi descendo devagar até sua cintura, sentindo o gelado da arma, ela não se intimidou a tirou e jogou sobre a cama, indo até o botão da calça, o abrindo e depois baixando o zíper.

-Você não é daqui! –Ela disse tirando-lhe o jeans. – O que você faz aqui? É um foragido? –Ela perguntou aproximando sua boca da dele, ele a olhou sério, desceu seus olhos até a boca da bela morena e quando ela abriu a boca para falar, ele foi rápido e mordeu o lábio inferior dela com força, tirando-lhe sangue.


Ela se afastou um pouco, com a mão na boca e disse com raiva.


-Seu filho da puta desgraçado, você me machucou!  -Ela disse olhando para o dedo cheio de sangue. – Eu vou embora, pegue seu dinheiro e enfie no...

Foi um tapa no rosto que cortou a frase. Um tapa forte que a fez cair na cama.

-Eu disse para manter a boca fechada!  - ele disse sem mexer um músculo do rosto. –Feche a boca e abra essas malditas pernas!



Ela o olhou com ódio e com desprezo no seu tom de voz disse para Bill que já colocava o preservativo:



- Isso só te faz ser igual aos meus clientes estúpidos, cretinos e péssimos de cama. Pensei que você fosse um pouco diferente. Mas... Enganei-me. Você é um desses machões que adora bater em mulher, tem o pau minúsculo e não consegue satisfazer nem...

Ela gritou de dor quando ele se colocou todo, inteiro dentro dela. Ela fechou os olhos quando ele investiu pela segunda vez dentro dela, ela pôde sentir que de minúsculo, ali não havia nada!

As estocadas seguidas foram rápidas e o ato terminou em cinco minutos, ela não atingiu o clímax afinal, estava ali para dar prazer e não receber. E não esperaria algo diferente daquele ser tão desprezível... Na verdade nunca sentirá prazer algum com nenhum cliente.




Ele virou e saiu da cama indo para o chuveiro, quando ele saiu, foi à vez dela entrar e tomar uma ducha rápida, quando ela saiu do banheiro, ele já estava vestido, ela vestiu-se também e pegou sua bolsa, pegou um gloss dentro dela e foi até o espelho e coloriu os lábios, quando passou um lábio no outro, ela parou o movimento e fixou seu olhar nos olhos dele, ele estava sentado na cama e a observava pelo reflexo do espelho.



 Ele estava com os cabelos molhados e desalinhados, o peito nu, quando ela desceu mais os olhos, o volume no jeans o denunciava, a cena dela no espelho, o tinha excitado. Ela estava ainda com os olhos sobre o membro dele quando Bill passou os dedos em seus cabelos negros, fazendo uma mecha cair sobre seus olhos também muito negros, o deixando mais perigosamente sensual.



Ela se virou e o olhou, seus olhos paralisaram dessa vez na sua boca bem desenhada e carnuda. Quando ele pousou uma das mãos sobre o seu volume no jeans, ela engoliu a seco e deixou a bolsa cair de seus ombros, dirigindo-se para a enorme cama como se tivesse em um transe.


Ela parou na beirada da cama e o viu se livrar do jeans, deixando seu membro à mostra, ela não conseguia parar de olhá-lo, subiu seus olhos para os olhos negros dele e tirou seu vestido e sua calcinha. Ele colocou o preservativo, ajeitou-se na cama, deitando-se. Bill segurou o seu membro ereto, ela subiu na cama ainda encarando-o, sentou no seu colo e deslizou sobre seu membro bem devagar.



A mulher prendeu a respiração ao senti-lo inteiro, pulsando dentro dela. Então, começou a se movimentar lentamente, apenas sendo observada por ele, quando ela aumentou o ritmo, ela o viu fechar os olhos, lamber os lábios e segurar suas coxas com força, ela parou os movimentos e o viu abrir os olhos. Encararam-se!

“Que olhar... que homem é esse?”



Bill a olhou nos olhos e baixou os olhos para os seus seios firmes que estavam próximo ao seu rosto, ele levantou os olhos novamente e a encarou, permaneceu assim quando abocanhou um dos bicos dos seios, mordendo e o chupando, foi a vez dele a observar fechar os olhos, jogar a cabeça para trás e gemer baixo.


Ele ainda com um dos bicos entre os dentes começou a se movimentar, ele agora investia dentro dela, ela o abraçou mordendo o lóbulo da orelha, Bill deixou os seios e passou a beijar-lhe o pescoço e o colo, tentou beija-lhe a boca, mas ela não deixou.



Bill segurou forte na cintura dela e a ergueu deitando-a na cama, ficando por cima, ela abraçou-o com as pernas, permitindo assim que ele penetra-se profundamente dentro dela. Ela revirou os olhos e mordeu os lábios, ela não queria gemer, não queria sentir prazer, não queria sentir nada por aquele homem, como não sentia por nenhum de seus clientes.



Então, para não gemer e mostrar seu deleite nos braços daquele estranho, ela cravou os dentes no pescoço dele. Em resposta, ele xingou-a em alemão, forçou seus dedos em sua cintura e intensificou os movimentos.



 Ele a rasgava por dentro, era violento nas suas estocadas, os gemidos já não eram mais controlados, por mais que tentassem sufocá-los, não conseguiam. Então, ela se curvou na cama e segurou sua respiração quando o orgasmo se aproximou, começou a movimentar-se, ajudando Bill.


Isso intensificou o prazer dele que segurou em suas coxas grossas e bronzeadas. E sem conseguir segurar mais um segundo, explodiram juntos, inexplicavelmente não foi só ela que gritou se contorcendo de prazer, ele também gritou rouco apertando o corpo da morena mais junto do seu, enfiando o rosto nos longos cabelos castanhos dela e quando levantou a cabeça ainda ofegante, não conseguiu não prestar atenção nos olhos da bela morena, eram verdes e brilhavam de uma forma pertubadora. 



Sem dizer nada, cada um caiu para um lado da cama e dormiram... JUNTOS.



x.x



Lara



Acordei com uma luz forte nos olhos, entrando pela janela e sentia meu corpo dolorido, meus pulos livres das amarradas também doíam, pela primeira vez tinha olhado para eles, estavam com marcas circulares e a pele parecia mais fina. Gemi de dor ao tocá-la e olhei de imediato para acama, onde Tom ainda dormia. Fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal e senti minha barriga roncar, estava morta de fome. Não sabia o que fazer se saísse dali o que aconteceria comigo? E se alguém me reconhecesse? Eles viriam até o quarto, Tom estaria aqui ferido e provavelmente o levariam preso.

 Eu daria meu jeito de fugir, depois que Tom estivesse recuperado. Eu mal sabia por que estava sendo mantida como refém, e não sabia por que estava tão preocupada com Tom ao invés de salvar minha vida. Ele deixou claro que não aconteceu nada demais no banheiro, foi só sexo para ele, mas pra mim foi o que? Para mim aquilo tinha sido tão surreal que parecia que tinha sido um sonho e quando acordei o doce era o mais puro féu.


Em meio as minhas teorias ouvi sua respiração profunda me despertar e seus olhos felinos me questionar. Seu cenho estava franzido estava para em frente à cama, o olhando ainda meio desperta em pensamentos. Seu maxilar friccionado relaxou e seus olhos com profundas olheiras tomaram certo brilho. Pigarreou e um quase sorriso brotou em seu rosto. Seus olhos... Estavam doces novamente.


- To com fome. - Resmungou tentando sentar na cama. - Bill ainda não voltou?


- Não.

O silêncio incômodo tomou conta, desviamos os olhares para qualquer canto do quarto e olhei dentro do saco de pão que Bill havia deixado.


- Não tem nada pra comer, só tem água. - Minha barriga roncou. - Tem dinheiro? - Perguntei recebendo um aceno positivo de Tom.


- Você não vai a lugar nenhum, você é uma refém esqueceu? - Tom fez força para levantar da cama, sentindo uma vertigem e sentando novamente. No reflexo fui a sua direção para segurá-lo e encostei em seu peito nu, me apoiando nele, senti meu corpo tremer assim que o toquei. - Eu vou, estou melhor... - Tom resmungou algo em alemão e voltou a olhar meu pulso ferido encostado em seu peito. - Por que o Bill não te amarrou??!! Ele é louco? - Sua voz rouca ecoou sobre o quarto.


- Isso é uma pergunta? - Sorri levantando meu olhar para ele e vi seus lábios avermelhados e carnudos muito próximos a mim, me lambi e senti vontade de mordê-los, novamente o transe que ele exercia em mim, meu corpo gritava por ele, um flash dele me empurrando sobre a pia do banheiro dominou meu pensamento e num gesto involuntário abri minhas pernas, querendo que ele me invadisse.


- Lara? -  Sua voz cortante me despertou e meu batimento cardíaco não estava normal. seus olhos grudaram no meu e percebi que ele queria que eu o soltasse para que ele pudesse sair dali e ir comprar algo para comermos. Minha mãos deslizou sobre seu tórax definido e não consegui evitar e gemi. Sua mão apertou forte minha cintura assim que me ouviu gemer e me soltou, desviando olhar do meu, procurando uma camiseta e não encontrando, vestiu o casaco de couro de Bill que estava na poltrona e vesti, gemendo de dor ao vestir o braço machucado e abriu a porta, olhando para mim.



- Se eu quiser fugir, já teria feito não acha? - Perguntei ao ler sua expressão de duvida. -  Estou com fome demais para fugir.- Ao soltar a última palavra ele bateu a porta e ouvi o barulho das chave me trancando ali.



Sentei na cama e naquele momento, sozinha, sem o cheiro, os olhos doces ou os lábios completamente convidativos de Tom me distraindo e me impedindo de raciocinar percebi que estava louca. Eles não se preocupavam comigo, me mantinham viva para conseguir o que queriam, dinheiro! Tom não estava preocupado comigo, não estava ligando se estava com fome, ou sede, pois eu só valia algo para eles se estivesse viva.



Procurei canais de tv com notícias. Procurando algo sobre meu seqüestro, mas nada aparecia. Por quê? Meu pai não avisou a polícia? Será que ele sabia que estava cativa? O desespero e medo que senti no galpão voltou e olhei para porta, corri para a janela que estava travada, fui para o banheiro e novamente, uma janela aberta. Aquela era menor que a do posto, teria que me esforçar, mas dessa vez não estava marrada. Subi sobre a pia, descalça e abri o vidro.

Inclinei minha cabeça para ver se tinha alguém do lado de fora e ouvi a porta do banheiro sendo aberta. Quando olhei para baixo, olhos assassinos me fuzilavam e me chamavam para a MORTE...

Postado Por: Grasiele

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