domingo, 4 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 10 - Lugar estranho com gente esquisita

Assim que acordou, Bill ainda meio confuso olha à sua volta e depara-se com um quarto totalmente branco, sem espelhos ou janelas, apenas com uma cama de solteiro simples de madeira e um pequeno criado mudo ao lado da mesma.
Olha para as suas roupas e vê que está vestido com uma camisa de manga comprida cinza e uma calça da mesma cor.
De repente sente uma dor incômoda na cabeça e leva as mãos até ela, nesse movimento percebe que uma de suas mãos está enfaixada, e ao olhar para suas unhas assustasse ao notar que todas foram cortadas rentes a carne.
Levanta-se da cama e descalço caminha até a porta, procura pela maçaneta, mas não a encontra, o que assim impedia que a porta fosse trancada, ao invés disso há apenas um pequeno orifício, no qual ele introduz seu dedo e consegue abri-la.
A visão que tem é assustadora, em um longo corredor enfermeiras caminhavam e outros três homens vestidos como ele, sentados em um banco verde, cabisbaixos olhavam para o chão. Um deles sugava insanamente um das mangas de sua camisa, enquanto outro inclinava seu corpo para frente e para trás.
Bill assustado decide falar com uma das enfermeiras que passavam pelo corredor, porém um dos homens sentados no banco, levanta-se e se aproxima.

– Bom dia! – diz ele com um sorriso débil em seu rosto.
– Bom dia. Você sabe me dizer onde eu estou? – pergunta Bill.
– Bom dia!!! – diz o homem sem tirar o sorriso do rosto.
– Hmmm bom dia !!! – responde Bill em um tom um pouco mais alto, talvez pensando que ele sofresse algum problema auditivo. – Que lugar é esse?
– Bom.... dia!!! – diz ele, e com olhos a brilhar aproxima sua mão dos cabelos de Bill, este recua.
O homem com a mão esticada continua se aproximando ainda mais de Bill, que caminhando de costas assustado o olha. Ele então acaba por esbarrar em uma enfermeira.

– Ei rapazinho, aonde pensa que vai? – diz a enfermeira.
– Oi, por favor, me responda aonde eu estou... Eu me chamo Bill Kaulitz... Eu não sei como vim parar aqui...
– Você está aonde tem que estar.
– Não a senhora não está me entendendo... – diz Bill ao mesmo tempo que se afastava do homem.
– Vá para o pátio! E vê se amarra esse cabelo, se quiser continuar com ele.
– Não, por favor, a senhora tem que me dizer como eu vim parar aqui...
– Fica quieto vai para o pátio garoto! Toma amarra logo esse cabelo, antes que eu o corte. – diz ela dando-lhe um elástico de borracha.

Bill amarrando seu cabelo, desesperado tenta se fazer compreendido pela enfermeira.
  Eu preciso usar o telefone!
– Eu não vou mandar outra vez, vá para o pátio!

Vendo que não conseguiria ser ajudado por aquele enfermeira, Bill decide obedecê-la,
e assim procurar pela ajuda de um outro alguém.
Bill ainda descalço caminha em direção ao pátio, junto com os demais pacientes, que se mostravam muito interessados em seu novo “amigo”.
Ele então senta-se em um banco sob a sombra de uma enorme árvore e tenta se lembrar de tudo o que havia lhe acontecido, se recorda apenas de ter estado em uma boate e de ter chegado muito bêbado em casa. Mas como ele havia parado ali? Ele não sabia, porém se esforçava para descobrir.
Ele até então pensava estar em um hospital como outro qualquer, porém uma cena fez com que ele percebesse que a sua situação era mais grave do que imaginava.

Dois homens furiosamente se agrediam, gerando um rebuliço no local. Imediatamente dois enfermeiros correm até o local, e separando-os agressivamente, os seguram pelo pescoço e injetam um medicamento.
Os outros pacientes sorriam alegremente e imitavam a briga ocorrida. Em determinado momento um deles apressadamente retira a camisa e sua calça, e corre nu por todo o jardim.

– Meu Deus eu preciso sair daqui. – diz Bill em voz alta.


Enquanto isso Tom na casa de Bill, era acordado por D. Lúcia que trazia Gerthe.

– Ah, me desculpa não sabia que vocês estavam dormindo.
– Nem ligue... já está tarde mesmo. – responde Tom.
– Cadê o Bill? Eu trouxe a Gerthe, ele deve estar morrendo de saudades...
– Bem...
– Você acredita que ela já sente falta dele? Nossa como demorou a dormir essa noite.
– Sabe o que é D. Lúcia... O Bill tentou se matar, e agora ele está internado em uma clínica psiquiátrica.
– O quê? – exclama D. Lúcia, sem poder evitar de arregalar seus olhos.
– Eu encontrei o Bill desmaiado no chão do banheiro, com a mão e a cabeça sangrando. No hospital disseram que ele havia consumido uma grande quantidade de calmantes.
– Eu não posso acreditar nisso. O Bill não faria isso, não digo nem por ele, mas pela Gerthe.
– Mas ele fez.
– Meu Deus, em que clínica ele está?
– É uma boa clínica, foi um médico que me indicou. Não se preocupe.
– Meu Deus eu estou chocada!
– Sim, mas eu acredito que ele logo melhore...
– Vou orar por isso.
– Bem a senhora pode deixar a menina aqui comigo.
– Negativo, enquanto o Bill estiver passando por essa situação eu vou cuidar da Gerthe.
– A senhora deve ser uma mulher muito ocupada, terá tempo de cuidar dela, que ainda é um bebê? Deixe ela aqui comigo.
– Não! Onde é que uma avó não vai arrumar tempo para a sua neta?! Ainda mais em uma situação dessas?!
– Sim mas...
– Mas, mas... nada! Eu sou a avó e vou cuidar da minha neta.
– Sim, mas eu sou o... – Tom então se arrepende e não conclui a frase.
– Você é o tio, e eu sou a avó, e portanto eu vou ficar com ela, e ponto final. Depois por favor me passe o endereço da clinica. – diz ela saindo com a menina nos braços.

Postado Por: Grasiele

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