domingo, 4 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 1 - Uma visita inesperada

Apesar de o Sol já despontar seus primeiros raios, a cidade ainda adormecia, algumas pessoas já preparavam-se para ir trabalhar, porém em uma casa às luzes permaneciam acesas, a noite havia sido longa.

– Nana neném...
Vamos, filhinha dorme...

Bill Kaulitz, tentava há um bom tempo, fazer a pequena Gerthe, de 4 meses de vida, dormir. Porém a menina, parecia não estar muito disposta a colaborar com seu inexperiente pai.

– Ai Jesus, o que será que você tem minha filha?
Fralda suja não é, fome também não... Não acredito que você vai me fazer ligar pra casa da sua avó uma hora dessas, de novo!

Bill então com Gerthe nos braços, procura o telefone, ao mesmo tempo que tenta ninar a criança.
Quando finalmente o acha, em meio a uma pilha de roupas sujas, disca um número que já havia decorado.
Do outro lado da linha, uma voz feminina, ainda muito sonolenta, atende a ligação.

– Alô.
– Alô, D. Lúcia, aqui é o Bill...
– Bill? Que horas são?
– Bem,ainda é cedo...
– O que foi meu filho?

D.Lúcia já sabia que era algo relacionado a Gerthe, pois esse era o único motivo que fazia com que Bill, ligasse para ela,ou para quem quer que fosse. Ele havia se isolado de todos, seu mundo girava em torno apenas de Gerthe.
Poucas eram as pessoas, que durante os últimos meses tiveram a oportunidade de falar com Bill, ele se mantinha sempre fechado, sua expressão triste afastava as pessoas, estava sempre solitário.

– A Gerthe não pára de chorar!
– É fome, dá leite pra essa menina que ela logo dorme.
– Eu já tentei dar, ela não quer...e também não é a fralda.
D. Lúcia.... oh D.Lúcia a senhora está aí?
– Hum? – disse a senhora, entre bocejos.
– O que eu faço, D.Lúcia?
– Deve ser cólica, Bill.
– Então eu vou fazer um chá, muito obrigada...
– Não Bill! Nada de chá! Ela é muito novinha, só vai piorar.
– O que eu faço então? – pergunta Bill, já angustiado, com o choro estridente de Gerthe.
– Encosta a barriguinha dela junto com a sua. Isso vai acalma-la.
– Funciona?
– Menino, eu criei duas filhas com essa técnica, você ainda quer discutir comigo?
– Está bem, desculpa por acordar a senhora...
– Tudo bem querido, se cuida... Mais tarde pode deixar a Gerthe aqui, pra você ir se divertir um pouco.
– Não precisa, muito obrigado, tchau.

Bill então mesmo que incrédulo, decidiu seguir as orientações da sogra. Colocou Gerthe, já com a face avermelhada de tanto chorar, no berço, e tirou sua camisa.
Em seguida tirou as roupinhas do bebê, a deixando somente de fraldas, a pegou novamente no colo, indo em direção a sua cama, onde se deitou, colocando Gerthe com o abdome rente ao seu, como D.Lúcia havia sugerido.

Aos poucos a menina foi se acalmando, seu choro ficando cada vez mais fraco, até que dormiu, sendo acompanhada logo em seguida por seu pai.
Algumas horas haviam se passado desde então, porém não foram o bastante para que Bill pudesse descansar. Ele e Gerthe continuavam dormindo, no entanto seu sono, e seu sonho de amor, seriam interrompidos, pois alguém insistentemente batia na porta e chamava por seu nome. Ele então acordando assustado, retira a menina de cima de seu corpo a colocando sobre a cama, cercando-a com travesseiros.
O mais depressa que pode, corre até a porta da sala, temendo que Gerthe acorde com o barulho. Assim que abre a porta, é empurrado por Tom, que entra na casa, segurando uma mala de viagem.

– Fala maninho!!!! – diz Tom em voz alta.
– Fala baixo, porra! A Gerthe dormiu quase agora...
– Quase agora? Em pleno meio-dia? Por isso que eu gosto dessa menina, baladeira igual ao tio.
– O que você ta fazendo aqui?
– Senti sua falta também. – diz Tom com ironia.
– Posso saber o porquê dessa mala?
– Ué, ainda tenho que explicar? Vim passar uma temporada aqui na sua humilde residência...
– O quê?
– Pois é, ta correndo o boato que você está tristinho... pior que cachorro que caiu do caminhão de mudança... E você sabe né, eu sou simplesmente o Sol! Vim iluminar o seu dia....
– Eu não preciso que ninguém ilumine nada, estou muito bem assim,,,dá o fora.
– Nada disso, dispensei uma gata pra vir mais cedo.. agora eu vou ficar aqui...
– Pois volte para ela e me deixe sozinho Tom! Eu quero ficar sozinho!

Tom sem dar ouvidos ao que o irmão dizia, apenas observava a desordem espantosa em que se encontrava o local.

– Cara, e eu que achava que era o bagunceiro da família.... me enganei! Tu não fica perdido de vez em quando não?
– Tom, sai.- disse Bill mantendo a porta aberta.

Tom, ainda surpreendido com a falta de organização do irmão, se depara com uma caixinha de música que estava sobre a estante da sala.

– Cara que troço maneiro, que música toca?

Antes que Tom pudesse pegar o objeto, Bill rapidamente vai em sua direção, e o impede, segurando firme em seu braço.
– Não! – ele diz.

– Calma cara eu só quero ver!- diz Tom tentando se desviar do irmão.
– Era da Camila, não toca! – diz Bill, com voz e olhar sérios.

Tom, assustado e ao mesmo tempo preocupado em ver a raiva que o irmão,mostrara para impedi-lo, diz,ainda que receoso.

– Bill, eu acho que você deveria levar algumas coisas daqui,para a casa dos pais dela.
– Nada sai daqui.
– Mas Bill,desse jeito você não vai esquecer nunca!
– E quem disse que eu quero esquecer?
– Seguir com a sua vida não vai diminuir em nada a história de vocês dois, não é falta de respeito ou qualquer coisa assim...
– Já disse que nada sai daqui, e por favor, não mude as coisas de lugar.
– Como assim?
– Não toque em nada!
– Bill...
– Tudo vai ficar do jeitinho que ela deixou... tudo.
– Bill nós precisamos conversar.
– O que eu preciso, eu já não tenho mais...

Bill então volta para o quarto e novamente se deita ao lado de Gerthe, abraçando-a, enquanto Tom, sentado no sofá da sala se dá conta de que a sua missão de tornar a vida do irmão um pouco mais alegre, seria mais difícil do que imaginava.

Postado Por: Grasiele

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