quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 3 - De santo ele não tem nada!

Naquele mesmo dia...



De onde aquela menina saiu pelo amor de Deus? Bom, acho que Lucy era do tipo de menina que gostava de ajudar, mas era estranha, gótica ou não. Eu sequei as lágrimas e me sentei na mesma cadeira de antes e esperei meu “lindo chefe” voltar a sala. Fiquei torcendo pra a vaca da Renata não voltar com ele. Eu abri uma revista que eu vi na mesa dele e lá estava ele na página principal “Futuro noivo e senador”. Ah, vai se fuder mano! Estava lá, a foto dele com a Renata vaca, se abraçando. Até parece que eles são felizes assim. Eu deixei aquela revista idiota no mesmo lugar e fiquei esperando impaciente que ele voltasse.

Por um lado eu estava super alegre por Tom não ter morrido, mas por outro... O lado mais forte era de que eu estava fervilhando de raiva por ele ter me deixado pra ficar com a Renata vaca! Só que uma coisa que não entrava na minha cabeça era a tal da Lucy saber da minha história... Há dois anos aquela garotinha tinha 12 anos e o que ela poderia saber?

Peguei-me pensando nisso, mas de repente ele entrou na sala com aquele sorriso descarado e voltou a sua cadeira sorrindo pra mim. Como eu tinha vontade de arrancar a cabeça dele.



– Então Camila, está mesmo interessada em ser minha assessora – ele disse entrelaçando as mãos em cima da mesa.

– Claro... Claro eu estou interessada senhor Kaulitz. – eu disse forçando um sorriso com sucesso.

– Hm... E, você é casada? – ele perguntou maliciosamente.

– Não... Só moro junto com um rapaz, mas não sou nada dele, apenas amiga – eu disse meio que transtornada... Será que ele estava tentando me seduzir?

– Hm... Qual o nome dele? – ele perguntou se levantando da cadeira e indo até a porta. Eu pude ouvir o barulho da tranca... Safado!

– Ér... Mike – eu menti descaradamente. Na verdade, Mike era o nome do meu irmão de 16 anos.

– E o Mike tem ciúmes de você – ele se aproximou e sussurrou isso ao meu ouvido me deixando arrepiada. Fazia muito tempo que eu não ouvia aquela voz em meus ouvidos...

– Ér... Não – eu disse com a voz falhada.

– Que bom... – ele disse e logo depois vagarosamente seus lábios encontraram meu rosto e logo depois minha boca.



Fazia dois anos que eu não beijava aquela boca. Senti o piercing dele encostando-se a meu lábio. Dei espaço pra sua língua passar e então eu cedi ao beijo. Por mais que eu estivesse com raiva de Tom, eu precisava daquele beijo... Mas do que tudo. O beijo foi interrompido por batidas irritantes na porta.



– TOM SEU FILHO DA MÃE, ABRE ESSA PORTA! É A SWEET KILLER! – a voz era de Lucy... Sweet Killer? Que merda é essa?

– Ah Lucy! Vai se ferrar – ele disse com raiva.

– Se você me mandar ir me ferrar mais uma vez eu juro que conto tudo pra Renata – ela o desafiou. Deu até medinho.

– Arg! Espera aí então! – ele disse resmungando e logo depois foi abrir a porta.



Lá estava Lucy, com a maquiagem mais escurecida e com uma roupa diferente. Acho que com a que ela estava antes podia derreter. Agora Lucy vestia uma regata preta, um short preto e um tênis preto. Acho que era enterro todo dia pra aquela garota. Ela ficou encarando Tom por um tempo e depois disse:



– Eu vim pegar o que é meu – ela disse estendendo a mão.

– Assim você vai me levar à falência garota! – disse Tom colocando a mão no bolso e tirando 100 paus de lá.

– Muito bem Tom, é assim que se faz – ela disse pegando o dinheiro – semana que vem eu venho pegar mais 100... Espero que sempre esteja com eles aí. Agora eu vou indo, meu namorado me espera lá em baixo... Tchau idiota, tchau moça – ela disse como se não me conhecesse. Pra uma garota de 14 anos, Lucy era muito má.



Depois que ela saiu, Tom novamente trancou a porta. Ele me olhou e perguntou “onde nós tínhamos parado?” e eu nada respondi. Enquanto ele e Lucy discutiam sobre dinheiro eu pensei: eu posso armar um escândalo! Claro! Se ele estava já me agarrando, me beijando e tudo mais, por que não esperar um tempo e deixar que a mídia soubesse disso? Hm, eu não sou fraca!



– Camila... Sabe que por muito tempo eu procurei uma assessora bonita? Só que só me apareciam dragões... Agora, você ta aqui e é linda... E não me deu uma bofetada por ter te beijado... Podemos nos dar bem – ele sussurrou em meu ouvido – na verdade, eu nem amo a chata da Renata, só estou com ela por causa do meu interesse na política... E aí, temos um acordo? – ele finalizou com uma mordida de leve na minha orelha.

– Claro que temos... – eu disse com o mesmo tom de voz. Depois que falo que sou do mal ninguém acredita – se você se comportar direitinho teremos mais que um acordo.

– Hmmmmm! Gostei disso – ele soltou sua risadinha em meu ouvido.



Fiquei arrepiada mais me controlei. Eu tinha planos borbulhando em minha cabeça, e segundo Sweet Killer – só a chamarei assim, gostei do nome – eu teria ajuda dela, de Nora, do tal William e do tal Abraam.

De repente o celular de Tom tocou, e era ninguém mais ninguém menos do que a vaca. Ele atendeu com um bico.



– Alô... Oi Renata, não eu não vou poder sair mais cedo hoje... Não... Eu passo na casa da sua mãe depois, eu vou ver o que posso fazer... Jantar? Não Renata, eu não vou a jantar nenhum hoje nem amanhã ok? Tudo bem... Te amo também, tchau.



Ele parecia discutir bastante com ela sobre jantares. Renata tinha cara de festeira e de que adorava uma comemoração sem motivo. Essas pessoas me causam náuseas, sinceramente. Logo depois Tom se sentou em sua cadeira e ficou batucando a mesa com os dedos. Ele fez mais uma vez um bico enorme e revirou os olhos.



– O que foi? – eu perguntei.

– Sinceramente... Às vezes eu me arrependo de ter deixado minha namorada e meu irmão pra casar com a Renata – ele disse aparentemente nervoso.

– Hm... Quer compartilhar isso com alguém? – eu disse interessada em saber o que ele achava de tudo o que fez.

– Bom... É um assunto que eu não falo muitas vezes... Mas pra você eu vou falar – ele disse mais calmo – há dois anos, eu tinha a namorada perfeita, o irmão gêmeo mais legal do mundo e uma vida ótima... Mas tinha sonhos. Sempre sonhei em levar essa cidade pra um patamar diferente, então queria entrar na política. Só que eu não tinha como estando ao lado da minha namorada que não tinha nada haver com essa área... Então conheci Renata numa festa e eu peguei o telefone dela. Já sabia que ela era filha do Gordon e tudo... Então eu menti uma paixão, uma morte e desapareci no mundo. Não sei nada sobre minha antiga namorada e nem do meu irmão... E pra ser sincero, nem quero saber, eu creio que eles nunca vão me perdoar mesmo, então os dois não me interessam – ele disse como se aquilo fosse normal... Que idiota.

– E quais eram os nomes dos dois? – eu perguntei só pra confirmar...

– Meu irmão se chama Bill, e minha ex namorada tem o seu nome, só que em nada se parece com você – ele disse rindo – ela era uma garota totalmente difícil, duvido que se fosse ela, já não tinha me dado uns bons tabefes na cara – ele disse rindo.

– Mas ela devia ser uma boa namorada não?

– Era ótima! Como eu disse, perfeita. Nós éramos totalmente ligados, mas... Infelizmente temos que fazer sacrifícios na vida – ele deu de ombros.



Senti uma enorme vontade de chorar naquela hora, mas eu sempre consigo me controlar. Eu dei apenas um sorriso tímido e logo depois me levantei e peguei um pouco de água no bebedor que tinha dentro daquela sala.



– Então Camila... Amanhã não temos muito trabalho... Pensei que podíamos ficar um tempinho juntos – ele disse malicioso.

– Claro – eu sorri.

– Espero que você venha preparada – ele disse mais uma vez com aquele jeito safado. Eu entendi o recado muito bem.



Então aquele dia passou tão rápido. Eu nem conseguia acreditar que eu estava ao lado do meu Tom... Um Tom totalmente diferente. Safado, malicioso e mentiroso. Eu só não conseguia me conformar com o tanto que ele era mentiroso... Enganado a Renata vaca, mentiu pra mim e pra Bill... As pessoas realmente mudam.



Horas depois, em casa...



Eu tinha chegado em casa e lá estava Bill esparramado no sofá assistindo TV. Eu olhei pra ele sorrindo e ele logo sorriu também.



– E aí, como foi o primeiro dia de trabalho? – ele perguntou se levantando.

– Bom, contando que meu chefe tem uma cunhada gótica de 14 anos que o suborna, uma esposa chata pra caramba e uma queda visível por mulheres, foi legal – eu disse me sentando na poltrona.

– Mas perae... Esse é o perfil do tal Tom – ele disse arqueando a sobrancelha.

– É eu me enganei, to trabalhando pro tal Tom – menti mais uma vez. Estava se tornando diário já.

– Ah sim. – Bill engoliu a história. Ele era muito burro, sinceramente. – eu fiz jantar pra você. Fiz arroz, bife com bastante cebola do jeito que você gosta, e fiz mais algumas coisas – ele disse sorrindo.

– Você me sai melhor que um marido hein – eu disse rindo – traz lá pra mim, to quebrada – eu disse com cara de dor.

– Claro! – então ele foi até a cozinha buscar pra mim.



Eu fiquei mudando de canal na televisão até que o jornal começou a anunciar matérias. A primeira era de Tom com Renata, o futuro casamento... Mas uma vez tive que agüentar calada...

Postado por: Grasiele

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