quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 10 - 7 Minutes in Heaven

 
Alguns dias se passaram e deram lugar para o dia que eu mais temia que chegasse... O dia do casamento de Tom e Renata. Eu acordei tão cedo naquele dia... A ansiedade me dominou totalmente e eu estava perdida. Lucy tinha me explicado o plano, mas ela era uma sonhadora e eu tinha muito medo de tudo aqui não dar certo e nós acabarmos nos ferrando na hora. Era sábado, Bill trabalhava e todos daquele prédio maldito onde eu tinha vivido momentos lindos com o Tom estavam se preparando pro casamento. Renata deixou bem claro: não me queria lá. E eu também não queria estar, não queria cavar minha própria cova. Eu sou louca, mas não sou burra.  Acordei totalmente cedo. Mais precisamente 6h da manhã. Limpei toda a casa e a deixei brilhando, e mesmo assim eu não pude negar o fato de que ainda estava ansiosa. As horas pareciam não querer passar. Diante de mim, o relógio parecia uma bomba fazendo seu tic tac e me deixando completamente irritada. Quando deu 7h30 da manhã eu ouvi a campanhia tocar. Logo pensei que era Bill que tinha acabado de sair e tinha esquecido alguma coisa, mas me enganei redondamente. Era Lucy, William, Abraam e Nora. Os quatro sorriram que nem criancinhas – a maioria era perto de mim – quando eu abri a porta.
– OOOOOOOOI CAMILA! – disseram  juntos. Eu ri um pouco sem humor ao ver a cena e respondi.
– Oi Pessoal. O que vocês querem a essa hora da manhã comigo? – perguntei encostada na soleira da porta.
– Queremos te dar boas e más noticias – disse Lucy me deixando tensa
– Boas e más noticias? – perguntei – entrem... – dei espaço para que os quatro passassem.
Eles se sentaram no sofá. Lucy ao lado de William segurando em sua mão como uma boa namorada – que e sei bem que ela não era. Abraam sentou-se ao lado de Nora e ficou dando olhadas pros seios dela toda hora. Ele nunca deixou o espírito de safado pra trás... Sentei-me na poltrona em frente aos sofás e logo pedi pra abrirem o jogo.
– Ok, o que aconteceu dessa vez? – perguntei ansiosa.
– Camila... A Renata, vaca filha da mãe me enganou. Falou que o casamento ia ser lá em casa, mas eu descobri que não vai – ela disse me deixando com uma interrogação no rosto
– E vai ser aonde? – perguntei
– Essa é a notícia ruim... EU NÃO SEI! – ela disse com voz de coitada me deixando nervosa
– COMO VOCÊ NÃO SABE LUCY? Ela é sua irmã! Você tem a obrigação de saber onde vai ser o casamento! – eu gritei me levantando da poltrona.
– ELA NÃO É MINHA IRMÃ E AINDA POR CIMA ME ODEIA! Ela sabe que eu vou aprontar por isso me enganou, mas eu posso falar agora? – ela disse com ar de durona.
– Pelo meu Tom... Fala – eu disse me acalmando.
– Eu não sei onde é, mas sei quem sabe – disse ela confiante.
– QUEEEEEM? – eu perguntei desesperada.
– O meu querido irmãozinho Georg – ela disse dando de ombros.
– Ah Lucy, então isso não é problema, é só eu perguntar pra ele – disse achando besteira
– Quero saber como se ele não ta na Alemanha – disse Lucy murmurando e dando de ombros.
– O GE NÃO TÁ NA ALEMANHA? Como assim? – eu entrei em verdadeiro desespero.
– Ele teve que viajar pra fora, mas o problema é que eu não sei ele levou o celular dele – disse Lucy me deixando doida.
– Então vamos ver né? Eu tenho o celular dele, isso não é problema – eu disse pegando meu celular em cima da mesa e discando o numero de Georg.
Fiquei muito tempo esperando e nada dele atender. Quase entrei em desespero. Georg não tinha levado o celular... ARG!
– Lucy, você conhece mais alguém que saiba onde é essa droga de casamento? – eu disse irritada
– Conhecer eu conheço... Várias pessoas, mas elas tão proibidas de me dizer – ela deu de ombros.
– QUEEEEEM MENINA DE DEUS? – eu gritei desesperada.
– Os empregados lá de casa. Renata deixou bem claro que não queria que eu soubesse. E o engraçado é que meus pais não sabem que ela ta pagando pra eles mentirem e vão pensar que a mau da história sou eu por não comparecer ao casamento da minha irmãzinha – ela disse fazendo bico no sarcasmo.
– Você sabe quanto a Renata deu pra cada um? – William se pronunciou
– Cerca de 500 euros pra cada – ela disse na lata. Ela sabia de muitas coisas.
– Ok... Eu dou 1000 euros pra quem me falar. Dinheiro não me falta – eu disse decidida e corri até meu quarto e peguei minha carteira. – vamos à sua casa agora Lucy Listing. – eu disse puxando ela do sofá.
– EEEEI! Espera Camila – ela disse me parando.
– O que foi? – perguntei revirando os olhos.
– Você não vai querer sair na rua desse jeito né? – ela me fez olhar pra minha própria roupa.
Verdade... Eu estava usando uma blusa laranja, uma calça de moletom surrada e pantufas de coelhinho.
– Ér... Realmente – eu ri sem graça – vou trocar de roupa.
– Vê se não demora – gritou Nora pra mim quando eu estava entrando em meu quarto.
Peguei a primeira calça jeans que vi uma camiseta, coloquei meu adidas e uma blusa de botões quadriculada por cima. Sai do quarto que nem uma louca, coloquei carteira, celular e o diabo a quatro nos bolsos da blusa quadriculada e voltei pra sala.
– Camila, Nora e Abraam vão ficar aqui em sua casa. Se você conseguir que Tom desista, vocês vão ter que sair do país. A Renata tem contatos e eu não desejo que vocês conheçam eles, ér... – disse Lucy sem graça
– Eles vão ficar arrumando minhas malas é? – eu perguntei incrédula
– É – concordou Abraam balançando a cabeça que nem uma criancinha. Se você reparasse bem no rosto de Abraam poderia notar que ele parecia um menininho saído de um Anime Japonês.
– Ain, então coloquem as roupas mais leves que ela tem, as passagens que eu comprei são pra um país muuuuuito tropical – disse Lucy sorrindo.
– Pra onde eu vou? – arregalei os olhos.
– Brasil, meu Brasil  brasileiro... – Lucy cantou e depois puxou William do sofá.
– Brasil?! – perguntei feliz. Nunca tinha ido ao Brasil e era um dos sonhos que eu pretendia realizar
– Sim! Mas agora vamos. O casamento começa as nove – disse William aflito.
Nós saímos porta a fora, mas eu voltei rapidinho. Precisava agradecer a Abraam e Nora. Dei um abraço em cada um sem falar nada e depois corri para o carro. William dirigia um pouco rápido até a casa dos Wolfgang.
– Que horas são? – eu perguntei impaciente. Lucy olhou pra seu relógio de pulso e levou um susto.
– Já são 8h30! William acelera essa bosta! – ela gritou
– WOW! Calma aí amor. Já chegamos, não ta vendo? – ele disse parando o carro em frente a enorme mansão dos Wolfgang.  Nós descemos do carro e eu fiquei admirando o lindo lugar. Um casamento lá não seria má idéia, mas já que a Renata Vaca quis complicar as coisas...
Fomos abrindo a porta sem demoras e olhamos lado a lado da enorme sala e não vimos nenhum empregado nem nada.
– E agora? O que a gente faz? – eu perguntei desesperada.
– Vem – Lucy puxou meu braço e o de William.
Ela nós guiou até a cozinha da casa e logo depois tinha um corredor com várias portas. Era o lugar mais simples da casa. Ela bateu na segunda porta a esquerda e ficou esperando impaciente. Ela então bateu novamente e se escutou um resmungo vindo lá de dentro “Hoje é meu dia de folga droga!”. Então, um homem velho, magro e já de cabelo branco abriu a porta com cara de sono.
– Ah, se não é a pequena Lucy, o seu namorado e uma moça desconhecida. O que querem? – ele se encostou na soleira da porta.
– Seu Zé, pelo amor de Deus, me diz onde é o casamento da minha irmã, por favor! – Lucy implorou com as mãos grudadas como quem reza, e também fez cara de cachorro caído da mudança.
– Ela me pagou pra ficar calado Lucy, desculpa – ele deu de ombros.
– Ei, oh Osama Bin Laden de barba branca – eu murmurei impaciente – a Renata te pagou quanto pra ficar calado?
– 500 euros – ele disse direto.
– E se eu dobrasse esse valor? ... – peguei a carteira do bolso e logo mostrei os 1000 euros. O Velho mostrou o sorriso de quem estava maravilhado. Ele tentou pegar o dinheiro da minha mão mas eu esquivei – nãããão! Só se você contar – eu desafiei ele.
– Tudo bem, é na Igreja da praça, aquela igreja enorme, branca que tem um anjo em cima – ele disse apressado.
– CLARO! A idéia de principio da Renata era de se casar lá – Lucy disse se lembrando.
– Ei, meu dinheiro! – O velho reclamou
– Toma moço – eu entreguei nas mãos gastas dele – você mudou minha vida! – eu disse dando um beijo na testa dele.
Então nós saímos correndo em direção ao lado de fora da casa, entramos no carro e William dirigiu loucamente para a igreja da praça. Eu me sentia cada vez mais perto de ter Tom só pra mim e sabia exatamente as palavras certas pra usar quando fosse tomá-lo de volta pros meus braços.
– Que horas são Lucy? – perguntei um pouco mais leve.
– 8h45. Fica calma, Camila, a gente vai chegar lá – ela disse, mas logo depois vimos o que poderia ser o fim de tudo – ou não...
Tinha um engarrafamento ENORME em nossa frente. Fora causado por um engavetamento de um ônibus e dois carros. Eu dei um grito frustrado na hora e deixei uma lágrima descer por meu rosto. Uma das minhas características era que eu chorava de raiva e não sentia vergonha disso.  Lucy olhou pra mim. Estava no banco de trás do carro junto comigo. Ela me abraçou forte. Senti mais amizade e seu carinho por mim. Minhas lágrimas começaram a cair na roupa de Lucy e então eu tratei de secá-las. Eu soltei Lucy e olhei pra frente. A fila de carros andava muito, muito lenta mesmo. Estávamos quase perto da igreja, mas tínhamos que esperar aquele engarrafamento todo passar...

45minutos depois.
(Tom Kaulitz POV’S)
Eu estava lá, no altar junto com Renata. Deviam ser umas 9h30. Senti falta de algumas pessoas no casamento, como Lucy, William, Abraam e Nora. O padre falava as coisas típicas de casamento enquanto eu atento ouvia com Renata ao meu lado. Era uma situação tão estranha... Eu estava casando com uma pessoa da qual eu não amava nem um pouco. Eu ouvia tudo atento enquanto Renata e o resto da família dela se emocionavam. Me deu uma vontade  de mandar todo mundo engolir o choro e ir catar coquinho, mas não o fiz. Fiquei lá, esperando o padre terminar de cavar minha cova. Daquele dia em diante, eu sabia que minha relação com Camila não ia ser a mesma. Na verdade, isso era o que estava em minha cabeça. Eu não o sentia. O que eu sentia era totalmente o contrário. Meus pensamentos foram cortados pelo padre que falava sem se cansar...

(Camila Evans POV’s)

– Lucy... Chega! Eu não vou ficar aqui esperando ok? – eu abri a porta do carro no meio da rua.
– Onde você vai Camila? – ela me perguntou indignada.
– Eu vou correndo até a Igreja! Isso aqui não vai andar nunca. Se quiser vir comigo...
– William... Eu vou com ela meu amor. Você fica aqui? – ela perguntou. Ele respondeu sim compreensivo e logo os dois se beijaram.
Eu e Lucy saímos carro a fora correndo entre os outros carros desesperadamente. Estávamos arriscando as nossas vidas no meio do transito, mas era a única saída que tínhamos. Senti uma dor forte no meu coração ao saber que essa hora o destino de Tom poderia estar sendo traçado e eu não tinha chegado a tempo. Lucy segurou minha mão e corremos juntas. Várias pessoas começaram a buzinar e eu só ouvia Lucy mandando todo mundo ir pra merda. Corríamos o mais rápido que podíamos. Era uma loucura correr entre carros, mas logo avistamos um retorno onde tinha um espaço enorme com grama. Logo corremos na grama. Por mais que eu ficasse cansada eu não podia desistir.  Tom era meu destino, minha razão pra respirar e se eu ficasse mais um pouco longe dele eu ia morrer por dentro. 
Corremos um pouco mais até Lucy avistar  a grande igreja com um anjo em cima.
– OLHA CAMILA! – ela disse fazendo um sorriso de vitória brotar de meu rosto.
– Vamos! – eu disse e nós corremos ainda mais.
A igreja tinha uma grande escadaria da qual eu teria que subir sem ter medo. Lucy ia junto comigo sem arrependimentos. Era como se fosse uma escalada. Nós subimos as escadas e a grande porta da igreja se encontrava fechada.
– Vai Camila, empurra a porta! – Lucy encorajou.
– Eu vou empurrar – eu disse. Eu respirei fundo e me imaginei parando tudo naquela hora. Eu toquei na maçaneta. A porta era pesada e eu precisei da ajuda de Lucy. Nós estávamos empurrando quando na hora o padre falou as seguintes palavras.
Tom, você aceita Renata Wolfgang como sua legitima esposa”.
Aquelas palavras balançaram em minha cabeça e me deixaram tontas. Eu consegui abrir no momento exato que Tom ia abrir a boca pra falar.
– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – eu gritei. Minha voz fez eco pela igreja inteira.
Na mesma hora Tom fitou a porta e viu  minha imagem de cansada, derruba, mas no entanto uma lutadora que foi atrás dele e atrás dos próprios sonhos.
– TOM! NÃO SE CASE COM ELA! EU TE AMO!-  eu gritei
– ALGUEM TIRA ESSA COISINHA DAQUI! – Renata começou a dar pitis. Mal me viu e já ficou louca.
Uns seguranças se aproximavam de mim pra me pegar, mas na hora o assustado, calado e imóvel Tom se pronunciou.
– NÃO! – ele gritou e na mesma hora os seguranças pararam no meio do caminho.
– TOM... EU SÓ PRECISO QUE VOCÊ ME ESCUTE! – eu gritei. Todos os convidados tinham os olhos redirecionados pra mim. Lucy estava ao meu lado sentada descansando por que estava muito, muito cansada mesmo. – Não se case com ela – meu tom de voz voltou ao normal – eu te amo  mais que tudo... E eu acho que o que eu vou falar agora pode mudar tudo... Tom eu sei que você é o Tom Kaulitz, me ex namorado do qual eu sempre amei. Eu sou sua Camila, sua patetinha e tenho muitas saudades de você... Não se case com a Renata, por favor!
Ele me ouviu atento. Quando falei tais palavras ele não parecia se admirar. Ele saiu do lado de Renata e deus passos lentos até mim. Eu fiquei tremula e sem saber o que fazer. Ele ia se aproximando cada vez mais e minha respiração ficou irregular. Finalmente ele chegou perto de mim e de repente me abraçou. Eu retribui o abraço e sussurrei em seu ouvido:
– O que será de nós?
– Eu pensei que “nós” não ia mais existir Camila... Mas estava errado. Eu te amo – ele me respondeu me fazendo abrir um grande sorriso
Ele ficou um tempo abraçado a mim. Pareciam ser 7 minutos, e naqueles 7 minutos eu pensei que estava no céu. Ele me soltou e olhou pra Renata que estava dando ataques por me ver abraçada a ele.
– Desculpa Renata... Vai amarrar seu jegue em outro lugar – Tom disse mandando um beijinho de despedida muito cafajeste pra Renata. Ele então me puxou pra fora daquela igreja e nós corremos junto com Lucy. Descemos aquela escada fugindo. Naquele momento eu tinha certeza absoluta de que ele ia ser meu par pra sempre. Eu queria muito perguntar o que fez desistir, mas achei melhor não... Eu o deixei feliz, correndo e sorrindo junto comigo. Logo alcançamos o carro de Tom que estava no estacionamento. Ele pegou as chaves, abriu e nós íamos entrando. Eu vi Renata saindo da igreja toda atrapalhada, gritando,  com o vestido de calda enorme, assim que ela pisou na escada eu a vi rolar por ela. Felizmente – ou seria infelizmente – ela não se machucou e eu e Tom ficamos rindo.
– Lucy, não vai entrar no carro? – Tom perguntou a fitando.
– Não. Eu vou encontrar o William. Vão pra casa da Camila, lá vocês pegam a mala dela, e Tom, eu vou pegar a sua. Arrumei tudo!
– Mala? Pra onde a gente vai? – ele perguntou assustado.
– Você vai saber no avião meu amor – eu disse rindo.
Ele então deu a partida e Lucy correu novamente ao encontro de William no engarrafamento. Tom dirigia sorridente e parecia não se arrepender do que estava fazendo.
– Tom... O que fez você desistir? – eu perguntei.
– Quando você disse que era a minha Camila, eu vi que você finalmente tinha coragem. Eu pensei que você não sabia,  e por isso não me amava como eu te amo. Mas agora isso mudou... Você provou que me ama o bastante pra se arriscar. Camila... Eu jamais vou esquecer isso – ele disse olhando pra mim com doçura.
Eu sorri e então ele continuou dirigindo.
Um tempo depois, nós tínhamos ido pra casa, pegado as malas e pegamos o vôo das 10h15 pro Rio de Janeiro... Finalmente eu podia ser feliz ao lado de meu Tom, poderia ficar em paz.

DOIS ANOS DEPOIS...

Postado por: Grasiele

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