quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 1 - Enterro, Alemanha novamente e suspeita

Personagens. Uns apareceram aqui no primeiro, outros no decorrer da história.



 Alemanha, 15 de maio de 2007.



(Camila Evans Pov’s)

 Era o dia mais triste de minha vida. Eu não sabia como eu conseguia controlar as lágrimas que lutavam pra descer sobre meus olhos. Perde-lo foi a pior coisa que já poderia ter me acontecido. Sinceramente, eu me sentia incompleta. Por que Deus tinha que levá-lo logo agora? Meu namorado Tom Kaulitz morreu num acidente de carro, e eu estava em seu enterro. Brutalmente seu carro ficou completamente amassado, e logo depois explodiu. O caixão estava fechado, pois seu corpo estava completamente destruído segundo os médicos. Fiquei sem estrutura por não poder ver seu rosto pela ultima vez. Era uma grande injustiça comigo. No enterro somente estávamos presentes eu e seu irmão gêmeo Bill. Bill se encontrava no mesmo estado que eu... Pobre Bill.

Os pais de Tom tinham morrido em um acidente também de carro. Aquela família era completamente agourada com carros então.

Eu e Bill saímos daquele cemitério, completamente chocados, com o coração em pedaços, afinal, Tom era parte enorme no coração de nós dois. Eu resolvi que não ia ficar na Alemanha... As lembranças iam me consumir pouco a pouco, então resolvi ir pra Inglaterra e lá ficar por um bom tempo. Bill quis ir comigo, eu não impedi, ele também estava sofrendo muito e eu não queria deixar ele no mesmo estado que eu... Não mesmo. Um dia depois do enterro nós seguimos viagem para Londres e lá nos instalamos. Não levei nada de Tom, não queria lembranças. Apenas levei sua guitarra comigo... Ela trazia lembranças, mas não ruins. Sempre me lembrava quando ele tocava seus solos românticos pra mim, e na verdade começamos a namorar por causa dela. Jamais vai sair da minha cabeça o quanto Tom fazia parte de minha vida... Jamais o esquecerei, estará sempre comigo... Vivo e forte dentro do meu coração.

 No outro dia, eu já estava dentro do avião olhando janela a fora. Era tão doloroso... O avião então decolou e seguimos rumo a Londres... Bill estava calado, com os olhos fechados... Preocupava-me tanto. Então vi uma lágrima descer com dificuldade no seu rosto. Coitado... Era tão ligado ao irmão... Eles em nada se pareciam apesar de ser gêmeos, mas eram completamente juntos, compartilhavam tudo desde pequenos... Me dava pena, muita pena.

Depois de muitas horas de vôo, chegamos em nosso destino... Londres, a cidade do Big Bang. Eu e Bill sem mais delongas fomos procurar nosso apartamento, nos instalar, arrumar as coisas... Era uma vida nova, pra mim Londres significaria isso agora...


 Inglaterra, 03 de Janeiro de 2009.


 Já fazem dois longos anos que eu estou aqui... QUEM DISSE QUE EU AGUENTO? A Inglaterra é um país lindíssimo, mas não combina comigo... Não! Eu e Bill já não agüentávamos mais. Tínhamos vizinhos mais que loucos! Cara, isso não é pra mim! Eu sempre quiser ser vizinha de famoso, mas cara... Tinha logo que ser da Amy Winehouse? A mulher coloca a música na maior altura além de todo dia eu ouvir barulho de garrafas quebrando! Realmente, eu não recomendo ser vizinho da Amy.

Em Londres, eu tinha arrumado um emprego de gerente numa clinica dentária, e lógico, já que eu era a gerente eu arrumei um emprego pra Bill lá também. Eu tinha uma ótima renda, por isso nosso apartamento era num ótimo prédio, mas ficou ruim no momento em que Amy Winehouse resolveu parasitar lá e não sair mais.


 – Bill, chega! Eu quero sair desse país! Não agüento mais! – eu gritei nervosa após ouvir mais um surto da minha querida vizinha.

– E você acha que eu não quero também? A Amy ta pra me deixar louco! – ele disse todo irritadinho.

– Quer voltar pra Alemanha? Cara... Lá eu posso arrumar um emprego novo, pedir ajuda pros meus pais e de quebra não ter que ouvir os gritos dessa louca – eu propus isso, até que era boa a idéia.

– Voltar pra Alemanha... – ele se sentou no sofá e ficou pensando – não é má idéia. Lá eu tenho direito a minha herança e... Ok, a gente vai ainda essa semana pra Alemanha! –e ele disse sorrindo.

– É assim que se fala cara!



É, eu morava com Bill, mas nunca, jamais tive algo com ele, alías, depois que Tom se foi eu nunca tive coragem de me envolver com ninguém. Bill era apenas meu melhor amigo, e como eu aprendi com minha querida irmã, melhores amigos jamais se envolvem.

Por mais que um ano e oito meses da morte de Tom tenham se passado, eu não consegui esquecê-lo. Não é como antes que eu ficava chorando, me lamentando por sua ida nem nada. Ás vezes ainda tenho sonhos com o momento em que nos conhecemos. Ele tocava sua guitarra no aniversário de minha irmã e eu o conheci, nós passamos a nos encontrar e então resultou em nosso namoro. Tom tinha um grande sonho... Se envolver com a política. Sempre dizia querer melhorar o estado político da Alemanha e que um dia ocuparia o cargo de senador. Eu sempre ria, mas ele falava que era sério e que não era motivo de rir, então eu parava e sempre acabava com um beijo. Nem gosto muito de ficar falando nisso...


 Inglaterra, 07 de Janeiro de 2009


 Finalmente a gente vai embora daqui! Nem acredito que ganhei um cheque gordo com minhas contas na clinica, depois só chegar na Alemanha e trocar que vai valer mais! Bill comprou as passagens, e o que tínhamos de levar foi mandado antes. Minha mãe tinha cuidado da minha antiga casa e a deixado super limpa e arrumada, pra que quando chegássemos não tivéssemos muito trabalho com arrumação. Minha irmã Karolina, tinha comprado várias coisas pra nós como comida, uns movei novos, por que segundo ela todos os meus estavam mofando... Por isso que Karol sempre era uma pessoa pra se admirar.

Nossa chegada era prevista pra noite. Antes do vôo minha mãe me ligava de 5 em 5 minutos. Ô raiva! Mas eu entendo a preocupação de mãe dela!


Algumas horas depois, já na Alemanha.

 
Fomos recepcionados por meus pais e minha irmã no aeroporto. Foi aquela coisa, abraços pra cá, senti saudades pra lá, nossa como vocês estão diferentes, estão namorando? ARG! E isso tudo vinha de uma pessoa só... Mamãe! Será que é certo fazer perguntas desse tipo pra uma mulher de 20 anos como eu? AFF! Depois nós fomos pra casa da minha família, dormimos por lá e no outro dia fomos pra nossa casa. Bill continuaria morando comigo. Eu não me via morando com outra pessoa... De jeito nenhum.

Era um dia pra eu procurar empregos. Uma boa chance de emprego poderia surgir, pois estávamos na época de eleições na Alemanha. Eu tinha um currículo extenso, e poderiam muito bem me admitir como assessora de um senador ou deputado... Sei lá. Ou simplesmente uma fiscal do lado de dentro da sala de votação pra ficar ao ladinho da urna e ver se o povo trapaceiro não anda cometendo nada de errado nessas eleições.

 – Já vai sair? – questionou-me Bill quando viu que eu estava toda arrumada.

– É. Ta sabendo que esse ano tem eleições né? Então, vou deixar alguns currículos e vou procurar outros trabalhos. Te aconselho a fazer isso também.

– É... O farei amanhã. – ele disse bocejando de sono, pois ainda estava cansado.

– Ok. Até mais – eu dei um beijo em sua testa e saí.

 Estava fazendo um sol tão bonito aquele dia, parecia ser o dia perfeito pra mim. Eu fui até a prefeitura e logo fui atendia por uma moça simpática.

 – Olá. O que a senhorita deseja? – ela disse formal, porém com um sorriso no rosto.

– É que eu vim deixar currículos, caso alguém aqui precise de assessores, essas coisas – eu dei de ombros.

– Bom, temos uns futuros senadores aqui que estão precisando. Vamos ali comigo, tem uma sala só com fotos deles, bom que você já vai se familiarizando.

– Hm. Ok então, vamos sim!

 Ela então saiu de trás do balcão e nós fomos numa sala completamente linda. Era toda vermelha com a parede de camurça vermelha. Lá era tipo como uma exposição dos candidatos a senadores e deputados.

 – Bom, esse aqui é Gustav Schäfer, está na disputa pra ser senador, é do mesmo partido que esse aqui – ela apontou pro lado – Georg Listing, que está pra ser deputado.

– Hm, todos aqui estão precisando de assessores? – eu perguntei olhando fixamente para as fotos.

– Não... Outros parceiros deles sim. Venha aqui – ela disse indo ao outro lado da sala. – Essa aqui é Melyssa Goldberg, candidata a deputada, essa é Letícia Goldberg, irmã de Melyssa, porém candidata a senadora.

 De repente, eu me deparei com uma foto que me causou um sentimento diferente. O homem da foto parecia demais com Tom! Podia ser paranóia minha, mas ele parecia muito. Só o cabelo que não era igual, não tinha os mesmos dreads que Tom tinha, e sim tranças negras de raiz. O rosto, o mesmo sorriso... Eu poderia falar que era Tom se eu não tivesse a certeza de que ele estava morto...

 – Ah, você foi com a cara desse né? Pois é, ele é quem mais está precisando – ela disse quando percebeu minha atenção na foto.

– Qual é o nome dele – eu disse sem tirar os olhos.

– Tom... Tom Kaulitz.

 TOM O QUÊ?  TOM KAULITZ? COMO ASSIM TOM KAULITZ?

 – Moça... Por favor, repete que eu acho que eu não ouvi direito – eu disse com a voz tremula. Como Tom Kaulitz? Tom Kaulitz era o nome do meu namorado que tinha morrido há dois anos. Não mesmo, tinha alguma coisa errada com aquilo... Como poderia ser Tom Kaulitz?

– Tom Kaulitz. T-O-M K-A-U-L-I-T-Z, quer que soletre novamente? – ela disse com uma cara de quem me achou burra.

– Não... Não precisa soletrar não moça... Eu quero o emprego de assessora dele... Ele é o que mais ta precisando não é? – eu disse ainda com a voz falhada, as mãos tremulas e tudo diferente do normal.

– Sim. Mostre-me seu currículo que eu posso analisar e ligar agora pra ver se o senhor Kaulitz concorda ou não.

– Ok – eu disse e depois peguei o currículo da bolsa.

 Idéias ferviam da minha cabeça... Como ele estava vivo? Não... Tinha alguma coisa de errado naquilo tudo. Tom não tinha morrido? Tom estava vivo e forte, mas não só em meu coração como no planeta terra também? Eu tinha sido enganada?  Eu nem sabia de nada disso. Se era mesmo Tom, eu tinha que conseguir esse trabalho e pedir explicações... Tintin por tintin! A moça ficou de boca aberta com a qualidade de meu currículo e logo telefonou para o futuro senador do qual insistia em dizer que era Tom Kaulitz.

 – Alo, Sr. Kaulitz, aqui é a Nora James, da prefeitura. Eu receio que encontrei sua assessora. Queria saber se o senhor quer marcar uma entrevista com ela ou algo assim... O currículo dela é excelente e receio que não vai nem discutir muito.

Assessora? Mulher? Currículo excelente? Nem hesite Nora, mande essa mulher começar na segunda-feira! – deu pra ouvir perfeitamente a voz dele pelo telefone... Como era parecida, meu deus!

– Ok Sr. Kaulitz, muito obrigada – ela disse e logo depois desligou o celular.


Ela olhou pra mim satisfeita, parecia estar feliz por mim.


 – Moça, você começa na segunda-feira! Te passarei todas as informações precisas e você poderá ser assessora do futuro governador que vai levar a Alemanha a outro patamar! – certas pessoas são puxa saco...

– Ok moça, muito obrigado! – eu disse ansiosa.


 Se era Tom ou não, eu não sabia. Pra mim ele estava morto, mas se estivesse vivo e fosse o candidato a senador da cidade de Hamburgo, eu teria que descobrir e pedir explicações. Se fosse ele... Eu exigiria explicações!

Postado por: Grasiele

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