quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 2 - Meu Tom não morreu... Mas é um FDP!

 Meu deus, o que estava acontecendo? Como assim... Como assim aquele homem se chamava Tom Kaulitz e parecia tanto com o meu Tom? Eu sei lá como tinha acontecido tudo aquilo, mas eu queria descobrir. Já que a tal da Nora tinha me mandado ir na segunda-feira e me dado o endereço do gabinete do tal Tom Kaulitz, eu tinha que no mínimo ir disfarçada não? Tom poderia saber que sou eu, Camila Evans, e me despedir. Eu cortei meu cabelo uns dois dias antes, agora ele em vez de estar batendo na cintura, estava nos ombros, numa cor de mel com algumas mechas pretas. Na verdade eu nem precisava mudar muito, há dois anos eu era outra Camila... Na verdade eu acho que ele nem lembra quem é Camila Evans, se lembra deve ter lembranças ruins.



– Ca... Arrumou um trabalho? – perguntou-me Bill assim que eu tinha chegado em casa depois daquele espetáculo.

– É... Arrumei, assessora de um pré-senador – eu disse meio aérea.

– É? Qual? – ele perguntou. Eu não ia dizer que o nome do cara era Tom Kaulitz, não mesmo.

– Gustav Schäfer – foi o primeiro nome que eu tinha lembrado.

– Ah... O Gustav. Vou votar nele. Dizem que tem outro cara do partido dele chamado Tom... Me lembra o meu irmão – ele disse sorrindo de canto.

– É... Lembra mesmo – eu disse e logo depois fui pra meu quarto.



Bill nem tinha percebido da minha mudança de visual nada radical. Ta, não era pra ele perceber e sim o tal Tom Kaulitz. Arrumei a melhor roupa que tinha e deixei preparada. Mas cara, era só segunda-feira, e estávamos numa sexta-feira! Eu sou paranóica, dramática e automática mesmo.

Eu dei a noticia do trabalho pra minha família e lógico, perguntaram se eu subornei o pessoal da prefeitura, pra conseguir um trabalho no primeiro instante que eu cheguei lá. Claro que eu dei uma bela bronca em quem perguntou isso... Minha mãe. Eu a amava acima de tudo, mas ela fazia cada pergunta idiota... Meu Deus.

Depois de umas horas processando todas essas informações do novo trabalho, me toquei que a minha irmã, Karolina, também pra um senador, se eu não me engano era um tal Gordon, e ele é do mesmo partido que o Tom. Acho que é ele que dará a sucessão do cargo pra ele. Hm acho que é Gordon Trümper Wolfgang... É, isso mesmo. Segundo minha irmã, ele tem duas filhas, Renata Wolfgang e Lucy Wolfgang. Já vi as duas na TV, e sinceramente, a Lucy é bem estranha. É uma gótica que só usa uma maquiagem estranha de “bonequinha do mal” e tem um namorado que cara... Não tem nada haver com ela. Mas eu não quero falar das filhas de Gordon Wolfgang, elas não têm e não terão nada haver comigo...



Segunda-feira...



Eu acordei exatamente ás 06:00 da manhã, me arrumei e saí ás 06:30. Eu estava ansiosa. Deixei Bill dormindo como um anjinho no quarto dele e apenas escrevi um bilhete escrito “Fui trabalhar, se vira com o almoço, panaca”. Eu fui de ônibus mesmo pro gabinete, não tava muito afim de pegar meu carro na casa dos meus pais. Ele estava com Karolina – que mais velha do que eu, ainda morava com meus pais, vê se pode uma coisa dessas... – e ela pretendia me devolver no outro dia. Menos mal.

O gabinete do tal Tom ficava há duas ruas da prefeitura, ou seja, nem era tão longe assim. Meu nervosismo estava tão grande que quando eu fui descer do ônibus eu quase caí. Foi trágico. Logo depois, eu fui até o prédio a minha frente. Era todo espelhado. Fiquei maravilhada com o tanto que aquele negócio era lindo, meu Deus! Eu fui até a portaria e mostrei o comprovante de que eu trabalharia naquele lugar, o porteiro super simpático me deixou entrar. Era tão lindo...

Vários executivos passavam com suas pastas e seus ternos finos e italianos. Eu fiquei meio que paranóica pensando que qualquer um podia ser Tom Kaulitz ali.

Então, uma moça super simpática viu que eu estava meio que perdida ali e veio me ajudar e falou:



– Você que é a nova assessora do Sr. Kaulitz? – ela perguntou.

– É... Eu mesma – eu disse sorrindo um pouco sem graça.

– Bom, eu sou Renata Wolfgang, a namorada e futura noiva do Sr. Kaulitz. Eu posso te levar no gabinete dele se você quiser – ela se ofereceu com gentileza. Mas uma coisa me deixou um pouco nervosa... Namorada e futura noiva? Hm, se aquele fosse meu Tom mesmo a gente teria contas pra acertar.

– Hm, eu gostaria – eu sorri sem graça.

– Então vamos – ela disse me guiando com a mão até o elevador. – Qual é o seu nome mesmo queridinha? – ela me perguntou quando entramos no elevador.

– Camila.

– Que lindo! É o nome da minha mamãe – ela disse sorrindo. Dava pra ver que era uma bela filinha de papai.

– Hm, sua mãe deve ser tão gentil quanto você – eu disse sorrindo pra pelo menos fazer um agrado né.

– Na verdade não. Minha mãe é nervosa, mas é legal. – ela disse rindo.



Então, nós subimos até o 15º andar, que era o ultimo e o do gabinete. Renata me levou até a última sala no corredor. Lá, na porta de madeira se encontrava escrito “Tom Kaulitz”. Eu fiquei com um frio na barriga por dois motivos: Era meu primeiro dia de trabalho e atrás daquela porta poderia estar o meu namorado que não morreu coisa nenhuma.

Renata bateu na porta e a voz grave e idêntica a de Tom respondeu “Entra”.

Ela abriu a porta e lá estava ele... Atrás de uma enorme mesa, balançando um lápis e sorrindo. Ele viu Renata e sorriu e a me ver teve a mesma reação.



– Amor, essa aqui é a nova assessora, a Camila – ela disse tocando minhas costas mais uma vez.

– Muito prazer – eu disse estendendo a mão.



A mão grande então tocou a minha e na mesma hora eu senti um grande arrepio.



– O prazer é todo meu – ele disse com a mesma voz do meu Tom. Senti mais um grande arrepio na espinha. – Sente – se, por favor.



Então eu me sentei na cadeira na frente da grande mesa e Renata foi para o lado do namorado. Ela o abraçou e ficou me encarando.



– A Nora da prefeitura me enviou seu currículo. Excelente moça gostei bastante! – ele disse sorrindo. – Eu estou prestes a virar senador e preciso muito de uma assessora pra ir ao meu lugar nas coletivas, pra controlar meu twitter – ele disse rindo – e esses trabalhos que uma assessora faz – ele disse dando de ombros.

– Meu pai ta ajudando o Tomzinho a ocupar o lugar dele. O Tom vai conseguir, eu sinto isso! – Renata disse dando um beijo na bochecha dele. Eca! – Ele merece, há dois anos ele deixou uma namoradinha sem graça, sumiu no mundo e ficou comigo.



O QUE? ELE DEIXOU UMA NAMORADINHA SEM GRAÇA HÁ DOIS ANOS? PERAÍ... É MUITA CONHECIDENCIA!



– Deixou uma namorada... Há dois anos? – eu disse engolindo a seco.

– É. Foi a maior prova de amor que o Tommy fez por mim – aquela nojenta disse dando um outro beijo nele.

– É. Eu deixei muitas coisas pra trás... Um irmão, uma namorada, toda uma vida por Renata – ele disse retribuindo o beijo



Um irmão? Uma namorada? Toda uma vida? Agora eu tinha certeza... AQUELE FILHO DA MÃE ERA O MEU TOM!

Eu me controlei pra não voar no pescoço dele àquela hora. Na verdade só senti o sangue subir até minha cabeça, mas fiquei quieta.

Aquilo era surreal... Então Tom não tinha morrido merda nenhuma? Por isso que eu não o pude visitar no hospital e nem ver o caixão... Por que aquele filho da mãe não tinha sofrido porra de acidente nenhum!

Eu nunca fui santa, mas naquela hora minha mente estava fervilhando de idéias. Agora eu estava com toda a vida social e política de Tom em minhas mãos... Eu podia fazer dela o que eu quisesse! Eu nunca me senti tão má como naquele momento... Sério.



– Isso que é prova de amor – eu disse com um pouco de dificuldade depois de ver um beijo nojento dos dois.

– Com certeza! – Renata disse sorrindo.

– Bom meninas, eu tenho que ir ali no 10º andar. Renatinha vamos comigo?

– Claro meu amor, vai indo lá que eu já te alcanço – ela disse sorrindo. Então Tom saiu do gabinete.



Ela se inclinou em minha frente na grande mesa e ficou me encarando com uma cara ruim.



– Escute bem garota. Se eu souber que você está dando em cima do meu Tomzinho, você vai se ferrar comigo ok? Fica esperta – ela disse e logo depois saiu da sala batendo a porta com força.



 VACAAAAAA!

Na mesma hora, sentimentos de raiva, dor e tristeza se misturaram e mim, o que resultaram lágrimas. Eu não conseguia engolir essa história... Tom estava mesmo vivo, mas tinha me trocado por uma filinha de senador... Aquilo era muita covardia. Eu sempre o amei tudo, sempre o ajudei e ele simplesmente me deixou... Trocou-me pela vaca da Renata Wolfgang... Isso não é certo! Não é mesmo!

Eu me levantei daquela cadeira e fui até a janela. Fiquei encarando a cidade por um tempo quando ouvi o barulho da porta se abrindo. Limpei as lágrimas na mesma hora e me virei pra ver quem era, quando me deparei com Lucy Wolfgang, a gótica estranha me encarando.



– Você é a nova assessora do meu cunhadinho idiota? – ela disse sorrindo. Devia ter pelo menos uns 14 anos.

– É... Sou sim – minha voz ainda era triste.

– Deu pra ver que a minha irmãzinha já soltou os cachorros em cima de você – ela disse dando de ombros.

– Os cachorros não... Só um são Bernardo pesado.

– Entendo... Você é Camila não é? Camila Evans. – ela perguntou. Como aquela pirralha sabia do meu nome?

– Isso, Camila Evans – eu afirmei.

– Conheço sua história inteira – ela disse me deixando assustada.

– CO-Como assim garota? – eu gaguejei confusa.

– Sei que você que é a ex do Tom, ele vivia falando na Camila Evans quando começou a namorar com a minha irmã. E olha... Se você precisar, eu te ajudarei, quero fazer de tudo pra estragar a vida de casal e o casamento daqueles dois. Ele te deixou e isso não foi justo! Você pode sempre contar comigo e mais três pessoas que estarão aqui sempre pra te ajudar – ela disse me deixando um pouco mais confusa.

– Quem?

– Eu, Nora James, William James e Abraam Williams – ela disse me deixando boiar.

– Bom... Eu só conheço você e Nora, que é da prefeitura... Quem são os outros dois? –

– William James é meu namorado... É, ele é irmão da Nora e tem 16 anos, mas eu não to nem aí pra idade – ela disse dando de ombros – e Abraam Williams é meu melhor amigo e também gótico. Não estranhe, nós góticos parecemos frios assim, mas não somos.

– Já consegui perceber isso – eu sorri.

– Então ta... Não esqueça, estaremos do seu lado ok? Agora eu tenho que ir, vou ali ao gabinete do meu pai. Se Renata me pega aqui vai ficar enchendo o saco... Até mais Camila – ela disse saindo.



Caramba, que conversa estranha.

1 – Como essa menina sabia da minha história?

2 – Ela namorava o irmão da Nora? Uau!

3 – Tom falava muito de mim... Ótimo...

E finalmente 4 – Meu Deus, o que está acontecendo e minha vida?

Eu não tinha essa resposta, mas enfim... Eu tinha que colocar tudo o que eu tinha pensado de mal em prática. Tom não tinha o direito de mentir assim pra mim. Eu fiquei muito tempo sofrendo... Não só eu, como várias pessoas! Bill, Bill sofreu muito! Tom cometeu um erro enorme e terá que pagar... Se não eu não me chamo Camila Evans!

Postado por: Grasiele

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