segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 11 - Estou terminando com você!

 


Dois anos depois, Rio de Janeiro.
Areia úmida, brisa boa, o céu ainda estava um pouco escuro... Eu estava andando pela praia ás 6h da manhã. Mas não estava sozinha. Em minha mão, se encontrava a dele a segurando firme enquanto passeávamos aquela hora da manhã.
– Tom... Não acha que já ta mais do que na hora de nós voltarmos pra Alemanha? – eu perguntei parando de caminhar e olhando pra ele.
– Acho... A gente tem que parar de viver aqui as custas da Lucy e do Bill... Que tal chegar de surpresa lá? – ele sugeriu me fazendo rir e dar um beijo de esquimó nele.
– Acho uma idéia perfeita. To louca pra ver como está a Lucy... Sinto que quando chegarmos á quem vai ter uma surpresa é a gente – eu disse rindo e logo depois voltamos a caminhar na praia.
Nós seguimos pra nossa casa e já começamos a providenciar as coisas... Estávamos de volta a Alemanha!
Dois dias depois.
– Aaah! Não agüentava mais ficar dentro daquele avião, e você? – Tom perguntou andando pelo aeroporto da cidade comigo.
– Também não... Ainda bem que a gente chegou – eu disse respirando aliviada.  – Vamos pegar o taxi, quero fazer uma surpresa pro Bill quando chegarmos lá – eu disse animada.
Nós levamos as malas até o primeiro táxi que avistamos. Era muito bom estar em casa novamente e respirar o ar frio da Alemanha.  Enquanto o taxista corria eu olhava pela janela  lembrando de tudo o que eu tinha passado na Alemanha. Foi tudo tão bom! Passamos pela igreja da praça e os flashes do dia em que minha vida mudou vieram na minha cabeça. Eu correndo no meio dos carros com Lucy, eu abrindo a porta da igreja e gritando. A lembrança de Renata caindo da escada  também não saiu de minha cabeça e eu ri lembrando. Peguei na mão de Tom e a segurei forte. Agora éramos unicamente um do outro. Ele sorriu pra mim e eu retribui o sorriso com doçura.  Depois disso o taxista seguiu pra minha antiga casa, que agora seria a residência de Bill Kaulitz, Camila Evans e Tom Kaulitz, ou se Bill tiver arrumado alguma namorada, que fosse dela também.
O taxista parou bem em frente e nós ajudou a colocar as malas dentro de casa. Eram poucas. Nós entramos silenciosamente e não tinha ninguém na sala. Meu quarto permaneceu da mesma maneira que eu deixei há dois anos. Eu e Tom seguimos calados até a porta da cozinha e começamos a ouvir vozes e então paramos com os ouvidos na porta.
“Então você vai me ensinar a cozinhar?” – parecia ser a voz infantil de Lucy. Eu ri só de pensar o que poderia estar acontecendo lá dentro.
“Vou, e posso ensinar outras coisas, além disso.” – respondeu a voz masculina que eu nunca esqueci... Bill!
“O que, por exemplo?”
– “Posso te ensinar a ser minha” – ele disse a na hora eu olhei pra Tom morrendo de vontade de rir.
Então de repente fez-se um silencio. Deduzi que um beijo estava acontecendo entre os dois. Olhei pela fechadura da porta e confirmei minha suspeita e deixei Tom ver. Nós ficamos rindo em silencio, logo depois o beijo pareceu ser terminado e Lucy se pronunciou:
“Acho que isso eu já aprendi ser a muito tempo” – ela disse me fazendo rir ainda mais em silencio. Tom já estava se acabando de rir sem emitir som algum.
–“Só que eu te quero completamente, por que to cansado de ficar te encontrando as escondidas. O William vai ter que saber uma hora que é corno” – disse Bill me fazendo abrir a boca, ficar de queixo caído e chocada ao mesmo tempo.
– “Ele é corno e eu também sou corna sabia? Ele pensa que eu já não flagrei ele com a Karolina. Dois casos de “papa anjo” ao mesmo tempo. Mas relaxa, ele vai saber algum dia” – depois que eu ouvi aquilo eu fiquei mais chocada ainda. Tom não conseguia acreditar, não conseguia mesmo.
Depois fez-se outro momento de silencio. Eu então olhei pela fechadura e quase morri com a cena. Bill estava prontinho pra atacar. Ele começou a beijar Lucy levantando sua blusa. Tom me empurrou devagar, pois queria ver também. Ele estava tirando a blusa de Lucy quando eu não me agüentei e abri a porta.
– AH NÃO! NA MINHA COZINHA NÃO! – eu gritei abrindo a porta.
– CAMILA! – Lucy exclamou animada e espantada ao mesmo tempo. Na hora ela abaixou a blusa e correu pra me abraçar.
– Tom! – Bill disse sorrindo e logo abraçou o irmão.
– Meu deus, por que vocês não avisaram que iam voltar? – Lucy perguntou abraçando Tom.
– Queríamos fazer surpresa, mas to vendo que quem teve surpresa foi a gente – eu disse rindo e logo puxei Lucy pra um canto – Cara, como isso aconteceu? – eu sussurrei.
– Não sei bem, mas parece que o destino foi bom comigo. A gente passou a se falar mais e então ele se apaixonou por mim e eu to com ele e com o William. Só que o cachorro do William ta com sua irmã e pensa que eu não sei, mas eu sei – ela disse dando de ombros
Lucy estava mais alta. Seus cabelos repicados estavam no ombro e ela continua com a voz fina e infantil.  Ela estava mais bonita até. Nem parecia a pirralha de antes. Eu sorri  e dei uma olhada rápida pra Bill que não tinha mudado nadinha.
– Lucy você e o Bill já... – tentei forçar pra não falar a palavra, mas que ela entendesse.
– Já o que? – ela perguntou meio sem saber do que eu estava falando.
Eu então juntei as mãos e disse:
– Corpo a corpo... Lucy, você é safada demais pra me entender!
– AAAAAAH! Isso... Não, a gente não fez ainda. Pretendíamos agora, mas vocês atrapalharam – ela deu de ombros.
– E com o William? – eu perguntei.
– Nunca. De uns tempos pra cá nossa relação se tornou um verdadeiro inferno. Ele me trai com sua irmã e pensa que eu não sei. Mas eu não ligo, por que isso me fez ver que eu posso ficar com o Bill e estamos prestes a assumir nossa relação e mandar o William catar coquinho no asfalto quente – disse Lucy me fazendo rir um pouco alto.
– Ainda bem que isso aconteceu. Você e Bill juntos ficam muito fofos – eu ri e logo puxei ela novamente pra perto dos meninos.
Os meninos relembravam algumas coisas do passado. Eu não peguei a conversa por inteiro, só cheguei lá e interrompi. Abracei Tom pela cintura e fiquei escorada nele prestando atenção em Bill tagarelando.
– Bom, vocês estão com fome? – perguntou Bill.
– F-A-M-I-N-T-O-S! – Disse Tom passando a mão na barriga.
– Ok, vou fazer o prato preferido de cada um. Camila, você terá sushi! E Tom, você vai ter bife com rodelas de cebola  bem douradas – disse Bill sorrindo. Eu adorava o sorriso de Bill, era surpreendente!
– Você é um filho da mãe – eu disse abraçando ele – eu morri de saudades de você.
– Também fiquei com muitas saudades Cams! – ele beijou o alto de minha cabeça.
Eu, Tom e Lucy então saímos da cozinha e fomos direto pra sala. Lucy começou a tagarelar coisas sobre sua vida nesses dois anos. Ela passou a estudar mais, parou de matar aula e se tornou uma aluna exemplo. Gostei muito de saber disso. Era como se eu tivesse alcançado uma de minhas metas... Tornar Lucy uma pessoa muito melhor.  No meio da conversa, a campanhia tocou. Eu fui toda animada abrir e quando abri tive uma surpresa...
– MIKE! – eu gritei vendo meu irmão.
Estava completamente diferente. Ele aparentava ter a idade que tinha, 18 anos. Estava um pouco mais musculoso, os olhos estavam mais brilhantes... Meu irmão estava lindo.
– Ai meu deus... Camila! – ele disse me abraçando.
Quando fui embora, não tive tempo de falar com minha família. Apenas disse que tinha que ir embora e que ia voltar algum dia. Eu já imaginava o sofrimento deles, mas eu não queria ficar pra conhecer a fúria da Renata.
– Que bom que você voltou! Isso aqui ficou um inferno sem você – ele disse enquanto me abraçava.
– Você continua sendo um fofo – eu ri e logo dei um beijo em seu rosto.
Ele entrou e logo se juntou conosco. Naquele tempo todo ele nunca tinha visto Tom, então foi uma surpresa imensa quando ele avistou meu Tom sentado naquele sofá.
– O que devemos a ilustre presença do Mike Evans – disse Lucy rindo.
– Também te adoro Lucy – ele mandou um beijinho pra ela – ok, a Karol ta trabalhando e pediu pra eu trazer uns convites de uma festa de gala que o chefe dela ta organizando. Esse convite é pra pares, ou seja, cada um pode levar uma pessoa e eu trouxe dois e então deu certinho pra vocês – ele disse sorrindo.
– Uma festa de gala... Isso é perfeito! – eu exclamei alegre ao ver os convites dourados na mão de meu irmão.
– Sim! – ele sorriu – então Lucy... Você vai com o William ou com o Bill? – ele perguntou fazendo Lucy retorcer o rosto.
– Sabe muito bem que eu preferia ir com o Bill né? Mas acredito muito que o William vai querer que eu vá com ele – ela disse meio irritada.
– Você não precisa ir com ele Lucy – disse Bill saindo da cozinha com nossas comidas. – Basta você terminar com ele hoje. – disse Bill colocando os pratos na mesa.
– Eu sei... Acho que é exatamente isso que eu vou fazer – Lucy ficou pensativa.
Ela logo pegou o celular de dentro do bolso do casaco e discou  rapidamente o número.
– William, preciso falar com você – ela disse fria – vem pra casa do Bill ok? Tchau – foi tudo o que ela disse sem dar chance de ele responder.
– Você vai fazer isso mesmo Lucy? – Tom perguntou preocupado.
– Eu preciso fazer... Vocês não entendem o que é estar do lado de alguém que simplesmente não ama – ela disse deixando uma lágrima cair.
– Eu entendo Lucy – disse Tom pegando em sua mão – e você sabe muito bem disso.
– Ainda bem que você vai fazer isso Lucy – disse Bill se sentando ao lado dela – eu te amo, e quero te ver bem  – ele logo deu um beijo nela.
Achei aquela cena uma das coisas mais lindas. Lucy amava Bill e ele finalmente descobriu o amor verdadeiro por ela. Fiquei extremamente orgulhosa de ver aqueles dois juntos.
– Eu te amo também Bill – ela respondeu.
– Não se esqueça Lucy... Eu vou ser sempre seu melhor amigo – disse Mike abraçando ela.
– Eu não vou esquecer Mike – ela disse sorrindo durante o abraço.
Nós então comemos e esperamos William chegar lá. Não demorou muito, rapidinho ele chegou lá todo preocupado... Como se ele se importasse com alguma coisa. William mudou totalmente pra mim. O sorriso dele não era mais o mesmo, ele estava com uma cara de safado e sem escrúpulos total. Ele me viu e não ficou surpreso, nem se quer falou comigo direito. Ele tinha se transformado num monstro e Lucy tinha razão em fugir para os braços de meu cunhado.
– O que aconteceu Lucy? – ele perguntou.
Lucy se levantou da mesa onde estávamos sentados comendo. Ela parecia corajosa. Respirou fundo e começou a falar...
(Lucy POV’s)
Meus olhos foram na direção dos dele. Eu queria ser totalmente sincera naquela hora. William tinha que me ouvir e eu não estava a fim de ser contrariada. Respirei fundo e disse:
– William. Eu preciso te dizer umas coisas que há muito tempo estão entaladas aqui na minha garganta. – eu fechei os olhos rapidamente e os abri novamente -  Você me trai com a Karolina e pensa que eu não sei... Você mal se importa com o que eu penso e mal fala comigo de uns tempos pra cá. Você só fica comigo quando a Karolina não pode estar com você... William, eu to cansada de ser feita de boba. Eu sinto em te informar, mas eu estou terminando com você! – Eu disse tentando descarregar tudo aquilo que estava dentro de mim. Mesmo assim não consegui. Queria estraçalhar ele completamente. Queria acabar com ele.
– Você não pode terminar comigo! – ele ficou frustrado.
– Claro que posso William! Eu tenho direito de ser feliz e eu não estou sendo ao seu lado. Me desculpe, mas cansei de ser corna ok? E eu tenho novidades pra você. Não sou a única corna não, fique sabendo que eu amo muito o Bill e to com ele agora. Quero que você vá pro inferno ok? Me erra! – dessa vez eu gritei.
– Você me trocou pelo Bill? – ele ficou realmente frustrado naquele momento – O Bill não é nem metade do que eu sou! Você tem mesmo coragem?
– FIQUE SABENDO QUE ELE É MUITO MELHOR DO QUE VOCÊ! – me irritei de verdade, gritei mais alto possível. Não podia admitir que ele falasse daquele jeito do homem que eu amo. – está tudo acabado! Eu não me arrependo de nada ok? Agora sai daqui! Vai ficar com a Karolina que você ganha mais – eu disse o empurrando porta a fora
– Você me paga! – ele gritou pra Bill que permanecia calado como os outros na mesa.
– Cala a boca seu idiota, vai embora! – eu gritei e então fechei a porta.
Eu então senti que um peso tinha saído de minhas costas. Comecei a chorar em silencio e logo Bill se levantou pra me abraçar.
– Calma... Acabou Lucy... Acabou, ta tudo bem – ele sussurrou em meu ouvido.
– Eu te amo Bill – eu disse. Minha voz saiu abafada por que eu estava com o rosto encostado no tronco de Bill.
– Eu também te amo muito... Vai ficar tudo bem. – as palavras dele me deixaram mais calma. Ainda bem...

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog