segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 19 - Correndo ao lado do perigo - PARTE 2

Eu e Tom saímos correndo de dentro de casa e falamos com um dos policiais. Então entramos em uma das viaturas e logo nos vimos dentro de uma perseguição...
Eu não sabia se podia confiar nos policiais e se muito menos eles me dariam a garantia de Renata presa. Minha mão estava com a de Tom. Ambas suavam pelo nervosismo. Ele me fitou e seu sorriso me confortou, mesmo que só um pouco.
– A outra viatura está mais perto do carro de Renata. Acho que eles conseguiram alcançá-la – disse um dos policiais.
– E se ela desviar, ou sei lá. O que faremos? – perguntei um pouco medrosa com aquela situação.
– Nós nos separaremos e procuraremos. Já decoramos a placa do carro senhora – ele disse.
– Senhorita. Ainda não somos casados – rebati.
– Tudo bem. Senhorita – ele disse rolando os olhos.
– Enviamos viaturas para a casa dela. Se ela quiser fugir, vai ter que ser muito esperta – o outro policial, que estava dirigindo, avisou-nos.
– Olha. Se eu fosse vocês tinha mais cuidado ao pensar assim dela. Renata é uma pessoa muito rica e tem uma mente maligna. Não acho que ela vai ser boba de ir pra casa. Com certeza ela fará algo melhor do que isso – Tom disse me fazendo dar razão.
– Nós também entendemos isso. Ela está sendo procurada agora em toda cidade. As saídas da cidade estão em blitz só esperando ela passar. Nós vamos pegá-la, fiquem tranqüilos – disse o policial que havia me chamado de senhora.
Ficar tranqüila é uma coisa que eu não iria fazer. Enquanto eu não tivesse a garantia dessa infeliz na cadeia, eu não ia me acalmar, de jeito nenhum.
Olhei pra outra viatura e naquele momento a vi parar num movimento brusco. Um tipo de “boom” foi o causador daquilo. Um tiro, eu deduzi.
– Ela atirou na outra viatura? – perguntei alarmada.
– Sim! Agora está por nossa conta – disse o policial que estava dirigindo – Ela conseguiu furar o pneu deles.
– Vadia! – resmunguei baixo
Senti que o carro estava sendo acelerado o máximo que podia. A sirene daquela viatura estava me irritando um pouco. Vi aquele carro preto importado de Renata na maior velocidade. Estávamos chegando perto, mas aquele motor era muito mais potente do que daquela viatura velha. Vi Renata colocar a cabeça pra fora com uma arma na mão. Seu cabelo voava no rosto, o que eu acredito que tapava sua visão. Ela atirou, porém errou por que o cabelo realmente a atrapalhou.

(Renata POV’s)
Merda. Um tiro perdido. Meu cabelo maldito ficou na minha cara e eu não pude ver direito. Coloquei minha cabeça pra dentro do carro e Robin continuava dirigindo a toda velocidade. Olhei para painel do carro e tive uma infeliz surpresa. A gasolina estava por seu fim. Mil vezes merda!
– Robin, você não ta vendo que a gasolina vai acabar? – gritei com aquele incompetente.
– Sim, eu to vendo! Eu não posso fazer nada! – ele disse nervoso e até chegou a gritar comigo. Insolente.
– Não grite comigo incompetente! – eu conseguia ser mais grossa que um homem, isso eu tinha que reconhecer.
Ele foi dirigindo até chegarmos de baixo de um viaduto. Chegando lá, a gasolina se esgotou totalmente. Meu sangue estava fervendo por conta disso! Eu vi aquela maldita viatura parando próxima de nós e por um momento eu pensei que ia ser meu fim.
Eu e Robin descemos do carro na mesma hora que os policiais pararam. De repente começou uma troca de tiros. Estávamos atrás de nosso carro e eles de sua viatura. Fiquei mais irritada ainda quando vi que aquela mosca morta da Camila e o cara de pau do Tom estavam junto com eles.

(Camila POVs)
Não sei por que motivo aquela vadia parou o carro. Só sei que no momento em que ela e aquele cara que mais parecia um armário desceram do carro, um tiroteio se formou . Eu e Tom ficamos agachados atrás do carro enquanto os policiais guerreavam com aqueles dois.
Desesperada eu peguei na mão de Tom e olhei em seus olhos.
– Se alguma coisa acontecer aqui hoje... Não se esqueça, eu te amo mais do que tudo Tom – eu disse enquanto os tiros ecoavam.
– Nada vai acontecer, vai tudo ficar bem – ele disse – e eu também te amo mais do que tudo. Saiba que tudo passamos foi especial pra mim. Eu sei que esse não é o melhor momento pra falar esse tipo de coisa, mas eu quero garantir que você saiba.

Sem pensar eu o beijei. Eu não queria que aquele fosse o ultimo beijo... Não mesmo.
De repente, o tiroteio cessou.  Ao que parecia, as balas de Renata haviam acabado. Um dos policiais anunciou no mega-fone “Você está presa”. Como se ela não soubesse disso...
Os policiais foram se aproximando e tentaram prender os dois, mas o pior aconteceu... O cara enorme que parecia um armário ainda tinha um arma. Então ele atirou nos dois policiais instantaneamente os matando.
Fiquei apavorada aquela hora. Os próximos seriam Tom e eu.  Eu queria permanecer pra sempre atrás daquele carro. O medo da morta era inevitável.
– VAMOS! SAIAM DAÍ COVARDES – ela gritou. Meu sangue ferveu. Ninguém se atreve a me chamar de covarde.
Sem pensar, levantei do chão e me mostrei. Ela não ia me ofender desse jeito.
– ENTÃO QUER DIZER QUE VOCÊ NÃO VIROU CINZA? – ela gritou.
– EU NÃO TE DARIA ESSE GOSTINHO! – gritei em resposta.
– Camila... Não discuta com esse bando de merda – ele disse se referindo a ela.
Se não fosse um momento sério, eu até poderia ria do apelido “carinhoso” que Tom deu a Renata. Eu andei nervosa até ela e Tom foi que nem bobo atrás de mim.
– Olha aqui, você tentou nos matar e acha que isso vai ficar barato? Você não conhece a Camila Evans aqui ok? Você realmente não conhece! – irritada, eu gritava loucamente com aquela vadia, baranga e todos os xingamentos que ela poderia receber.
– Nossa, que medo da menininha bravinha – irônica, ela ainda me irritava como sempre – olha pra si mesma... Tão feia e desajeitada... Tão pobre. Não tem poder acima de ninguém, é só mais uma mosquinha morta que entra no caminho das pessoas pra atrapalhar. E o pior é que eu nem consigo sentir pena de você.
Naquele momento eu explodi pela milésima vez na mesma noite. Avancei novamente em cima daquela vadia. Ia terminar de quebrar o nariz dela. A peguei pelo cabelo e bati sua cabeça uma vez no chão e vi o sangue.
– CAMILA, PARA COM ISSO AGORA! – gritou Tom nervoso.
Aquele armário que ela chamava de homem acompanhava tudo sem fazer nada. Caralho, ele tava do lado dela ou não?
Tom me puxou por trás e ficou me segurando. Renata não reagiu e não levantou do chão. Na certa tinha desmaiado.

– OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM ELA! – gritou o cara enorme
Finalmente ele tinha reagido.
Renata ficou pouco tempo desmaiada. Depois foi levantando aos poucos e estava bastante fraca. A arma que ela segurava em mãos não serviu de nada... O homem-armário então a acudiu e a colocou encostada no carro.
– VADIA, VOCÊ QUASE A MATOU! – ele gritou comigo.
– Grande coisa uma batida boba na cabeça comparado ao que ela tentou fazer conosco. Fique calado! – eu gritei.
Então sua mão pesada foi a toda em meu rosto. Aquele tapa queimou em meu rosto fazendo eu sentir uma séria dor.
Eu caí no chão com a mão no rosto. Não me irritei...  Apenas levantei e fiquei fitando aquele cidadão gigantesco.
– Jesus deu a outra face... Eu dou o mesmo, vá em frente – eu disse vagarosamente.
– Não, você não vai dar a outra face pra ninguém – disse Tom irritado.
Tom atacou o grandão com um soco. A diferença não o intimidava. Eles pareciam dois cachorros brigando, não paravam quietos. Freneticamente eu gritava pra Tom parar, mas era como se eu estivesse que nem idiota, falando sozinha.
Eles se afastaram tanto que quando vi, os dois rolaram por um barranco no canto da estrada. Meu coração se apertou. Ele estava lá, brigando como um animal. Meus pés ficaram colados no chão e eu não fui atrás dele...

(Tom POV’s)
Rolando por aquele barranco, eu e aquele troxa ainda brigávamos. Eu não admiti de maneira alguma ele ter batido na MINHA Camila. Quando finalmente paramos de rolar, eu estava com os braços ralados e machuquei meu pé. Ele estava praticamente na situação, todo ralado e sujo de barro.
Nos levantamos e eu fiquei olhando com os olhos mais frios do mundo pra aquele homem.
– Eu não sou pago pra isso – ele dizia limpando a lama da blusa. – não tenho que ficar matando por uma miséria... Não tenho mesmo.
– Então por que você bateu na minha namorada? – perguntei revoltado.
– Eu amo demais a Renata... Fiquei irritado. Mas eu to começando a reconhecer que eu não devo ficar trabalhando pra ela – ele disse.
E-S-T-R-A-N-H-O! Pessoa bipolar que muda de opinião de uma hora pra outra. Homem tenso.
– Desculpe-me – ele disse – eu acho que de agora em diante isso aqui não vale mais a pena.
– E se a Renata quiser se vingar de você depois? – perguntei.
– Eu vou pra cadeia de qualquer jeito... Mas eu tenho que fazer uma coisa.
Então o estranho pegou sua arma e então deu um tiro pra cima. Fiquei olhando que nem idiota pra ele sem saber o que ele tinha feito.
– Podemos voltar agora. O que tiver que acontecer, vai acontecer... Apenas me apóie no seu ombro e me ajuda a voltar... Eu acho que torci o tornozelo.
Então com muita dificuldade nós subimos aquele barranco de volta a estrada... As sirenes policiais começavam a surgir no ar...

(Camila POV’s)
Na hora que eu escutei aquele tiro eu gritei. Tom não tinha arma!
Em minha cabeça, ele tinha morrido. Eu não ia agüentar outra vez aquela mesma dor da perda...
– TOM! VOCÊ NÃO PODE TER MORRIDO! NÃO! – eu gritava ajoelhada desesperadamente.
Renata estava rindo de mim. Vadia.
– É... O Robin fez o trabalho dele. Sinto te informar vadiazinha, o palerma do Tom morreu! – disse ela me fazendo sentir aquele aperto no peito... O mesmo aperto de dois anos atrás.
– Minha vida acabou então... Meu amor, Tom Kaulitz está morto – eu disse pra mim mesma,  mas sei que ela ouviu.
Baby... TOM KAULITZ NÃO ESTÁ MORTO! – ele saiu daquele escuro barranco firme e forte com o homem-armário. Ele estava apoiado no ombro de Tom que olhava pra mim mexendo o piercing.
As sirenes das viaturas policias estavam perto. Robin se soltou do ombro de Tom e disse para Renata:
– Eu te amo... Mas eu não sou pago pra matar. Eu posso ser melhor do que isso.
– Atrevido! COMO VOCÊ NÃO MATOU ESSE DESGRAÇADO! VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO! – ela gritou histérica.
– Realmente eu vou pagar – ele apontou pras viaturas – e você também.
– Não... Eu não! – ela disse se levantando com dificuldade.
Renata correu até a viatura policial, abriu e a ligou. A idiota ainda pensava em fugir. Ela ligou e saiu em disparada pela contra mão na estrada. Idiota...  Não adiantaria nada. De repente, um grande caminhão vinha na mesma faixa que ela. As luzes terríveis do farol não a fizeram desistir, e na tentativa de desviar, ela não conseguiu e aquele caminhão enorme e pesado massacrou seu carro fazendo um grande estrago.
– RENATA! – gritei apavorada.
Não tinha escapatória... A grande loira vaca tinha morrido. Senti-me um tanto triste, apesar de tudo o que ela tinha me feito... Não conseguia me conter com a morte alheia e acabei chorando.

Os policiais chegaram e sem reagir Robin se entregou. Logo ambulâncias, paramédicos e etc. chegaram até o local. Chorando Tom e eu acompanhávamos tudo.
– Pensei que você tinha morrido – sussurrei limpando algumas lágrimas.
– Eu vou me manter vivo pra ficar com você... Não se preocupe – ele beijou minha testa.
– Eu te amo.
– Eu também...

Aquele dia não foi o melhor dos dias. Na verdade, foi o pior. Apesar de livres de Renata, tínhamos que encarar sua morte com dor. Ela era um ser humano, e todos cometem erros, mesmo que sejam erros tão terríveis quanto os dela.
Fomos para nossa casa. Lá, todos já sabiam de todos os acontecimentos. Sentiam-se aliviados e mais calmos. Mas também sentiam pela morte de Renata.
Os Wolfgang choravam pela morte da filha... Mas  não deram as caras, fizeram um enterro privado onde só tinham eles...
Nossa vida estava um tanto mais calma. O clima de morte tomou a todos... Mas aquilo até era considerável. Aquele dia ficou marcado pra uma nova vida...

Postado por: Grasiele

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