segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 15 - Past and future

 (Lucy POV’s)
Naquele hospital, o cheiro de remédios ia direto ao meu rosto. Eu e Georg estávamos sentados na frente da sala onde davam injeções nos pacientes... Mais um transtorno.
Uns dias depois de ter feito o exame de DNA, eu e ele fomos ao hospital pegar os resultados. Apesar de eu ter a certeza de que ele era meu irmão, eu ainda me sentia um pouco nervosa. Era visível o nervosismo no rosto de Georg. Eu conhecia os sentimentos dele, mesmo que ele não estivesse falando nada. Estava suando frio, e aquilo me deixou um pouco tensa. Nós não nos falamos, mas o gesto dele de pegar em minha mão e olhar fundo nos meus olhos me deixou mais protegida.
Logo, uma enfermeira aparentemente velha veio com um envelope na mão em nossa direção. Engoli a seco naquele minuto. Minha vida poderia tomar um rumo distinto naquele momento.
– Georg Listing? – ela perguntou.
– Eu mesmo – ele respondeu com aquela voz trovejante e grossa. Levantou-se e ficou frente a frente com a enfermeira
– Aqui está o resultado. Espero que lhe agrade – ela entregou o envelope branco na mão dele.
Seu olhar voltou-se para mim.
– Acho que é mais justo você abrir – ele iniciou – você sabia de tudo e sofreu mais... Abra – ele disse.
Eu não disse nada. Apenas peguei o envelope de sua mão e tremula abri. Puxei o papel vagarosamente. Minha cabeça estava rodando...
Puxei o papel totalmente e logo me deparei com um enorme “positivo” escrito no papel.
– Positivo! – eu disse sorrindo pra Georg.
– Sé-sério? – ele gaguejou nervoso – então, você é minha pequena irmãzinha... Lucy? – ele perguntou emocionado.
Eu apenas balancei a cabeça. Eu vi uma lágrima cair dos olhos de meu irmão e logo o abracei pra confortá-lo. Naquela hora senti o abraço que tanto queria desde que fomos separados.
Algum tempo depois, fomos pra casa de Camila e Tom. Eles tinham saído pra procurar emprego, então estávamos sozinhos lá.
– Lucy... Será que você pode me contar essa história doida e completamente sem pé nem cabeça? – perguntou Georg.
– Posso... Alias, devo – eu disse. – senta aqui ao meu lado... Vou te contar os detalhes...

(Flash Back)
Aquele orfanato já estava ficando pequeno demais pra mim. Muitas crianças chegavam todo tempo e eu, tão pequena me sentia sozinha. Ninguém queria se enturmar com a menina mais tímida de todo aquele lugar. Mas por que tímida? Hm... Tímida por que era completamente carente.
Quando nossos pais morreram, eu e Georg passamos algum tempo no mesmo orfanato, e logo depois nos separaram. Nunca mais tive noticias dele. Sentia-me insegura. Minha única proteção era ele...
– Ei, pequena Lucy... Não vai comer nada hoje? – perguntou uma das moças que trabalhavam no orfanato, Jenna.
– Não sinto fome. – disse sem emoção alguma.
– Bom. Acho que a noticia que vim te trazer vai te deixar com fome. Uma família quer te adotar – ela disse. Mas aquilo não fazia eu ficar mais feliz. Continuava na mesma – Ei, não está feliz por ter uma nova família? – perguntou ela ao ver minha expressão neutra.
– Não interessa se é uma família nova... Não seria a mesma coisa sem meu irmão – eu disse, e logo saí do cantinho onde eu ficava.
Eu tinha só 9 anos, mas já sofria muito. Fui pro dormitório e lá fiquei até uma outra mulher que trabalhava lá vir me chamar. Dessa vez era Lena que insistia em querer me tirar do dormitório.
– Vamos Lucy, te garanto que vai ser bom pra você conhecer a família Wolfgang – ela insistia enquanto eu fazia uma cara de poucos amigos.
– Eu não quero conhecê-los ok? – disse e logo fiz aquela cara de criança emburrada.
– Você tem que conhecê-los... Eles querem te adotar sua boba. – ela insistia. – eles podem ajudar a achar seu irmão!
Quando ela disse aquilo, um grande raio de esperança encheu minha mente. Eu poderia vê-lo novamente, poderia ter minha base protetora novamente. Eu então larguei a teimosia e fui junto com Lena. Ela pegou em minha mão e nós saímos. Quando chegamos ao pátio, a família estava lá... Um homem bonito, uma mulher muito bonita também e uma garota muito linda com cara de má. Aparentava ter uns 15 anos. Ela me olhava como se eu fosse um lixo, mas eu a olhei pior.
– Família Wolfgang, essa é Lucy Listing – eles disseram.
– Olá linda! – disse a mulher – eu sou a senhora Wolfgang, esse é meu marido e essa é nossa filha Renata – ela disse toda simpática.
Renata então olhou pra mim, e se eu não estivesse prestando bastante atenção nela, não poderia ouvir ela me chamando de pirralha bastarda. Rebati com um olhar fuzilante diante daqueles grandes olhos azuis que encaravam os meus.
Algum tempo depois os Wolfgang decidiram me adotar. Fui pra casa deles e me senti um pouco deslocada. Renata me olhava como se eu estivesse fazendo mal pra aquela família, mas sempre que eu podia, eu a fuzilava e xingava em minha mente.
Com o tempo passando, conheci a família Evans, composta por Karolina – a mais velha-, Camila – a do meio- e meu melhor amigo Mike, naturalmente o mais novo. Eu tinha uns 11 anos naquela época. Logo conheci também o namorado de Camila, Tom e seu gêmeo irmão Bill, ambos de 17 anos. Eu tinha um amor diferente por aquele cara.
Um dia Gordon resolveu me levar pra conhecer seu escritório. Ele era político. Ele me apresentou Nora, seu irmão William e seu mais novo estagiário... Georg!
– Lucy, esse é meu estagiário super eficiente, Georg – ele disse.
Logo ele apertou minha mão. Olhei dentro dos olhos dele e vi... O mesmo brilho dos olhos de meu irmão. Mas estava tão diferente. Os cabelos estavam enormes e lisos. No começo tentei tirar a hipótese de que aquele poderia ser meu irmão. Mas até então, quando Gordon tinha me contado a história de que Georg era órfão e tinha uma irmã perdida por aí eu achei que devia começar a pesquisar mais. Só que pesquisar não ia adiantar... O que me provaria era a convivência com ele. Então de uns tempos eu comecei a matar aula pra ficar no prédio cheio de janelas espelhadas onde meu pai e Georg trabalhavam. Conheci William melhor, começamos a namorar, por que naquele tempo eu não tive mais noticias de Bill... Ele tinha se mudado pra Inglaterra com Camila por que “Tom tinha morrido”.
Mas eu sabia de toda a verdade. Tom sempre quis subir na vida e com ajuda e dinheiro de Renata, forjou a morte, começou a viver com ela em outra cidade e deixou Camila chorando.
E como eu sabia de tudo isso? Simples... Eu tenho mania de ouvir conversas atrás da porta! E foi numa dessas que eu descobri tudo isso.
Mas esse não é o mais importante. Um dia, Renata me pegou distraída enquanto eu lia um livro na sala de casa.
– Lucy... – ela chamou e eu não a atendi – BASTARDA! – ela gritou.
– O que você quer? – perguntei com cara de tédio.
– Olha aqui... Eu sei que você andou ouvindo minhas conversas com o Tom atrás da porta. – ela disse me fazendo sentir indiferente aquilo. – e como castigo você vai pagar um preço.
– Manda – eu disse voltando ao meu livro.
– Aqui nessa casa todo mundo sabe que o Georg é seu irmãozinho ok? – ela me disse fazendo ter um grande impacto na mente.
– Co-co-como vocês sabem? – fiquei assustada.
– Isso não é da sua conta garota. Olha aqui, agora você tem a confirmação de que aquele estagiário bonitão do meu pai é teu irmão... E se você ousar abrir a boca pra ele, eu mando matá-lo – ela disse como se aquilo fosse natural.
– Matá-lo? HAHAHAHAHAHA to rindo – eu debochei da cara dela.
– Você dúvida? Você realmente não conhece sua irmãzinha não é bastarda? Eu tenho dinheiro e contatos o suficiente pra ninguém saber que fui eu. O dinheiro é o mais importante. Então eu acho melhor você tomar cuidado comigo, se não adeus Georg - ela disse e logo saiu da sala.
Senti minhas pernas bambas. Sim, eu estava tremendo na base. Não podia acreditar que ela ameaçou matar meu irmão. Se ela podia forjar uma morte, ela podia matar de verdade também... Decidi que ia ficar calada... E fiquei... Até o dia em que não agüentei e contei pra Camila Evans.
(/Flash Back)
– E foi isso que aconteceu... – eu disse finalizando pra Georg.
– Meu deus. E agora, se ela descobrir que eu sei de toda a verdade e que você sabe da verdade sobra a falsa morte do Tom? – ele ficou apavorado.
– Da Renata Wolfgang você pode esperar tudo... – eu fiquei cabisbaixa – eu não sei o que fazer.
– Mas eu sei. – ele disse se levantando – eu sei que isso vai magoar a você e o Bill, mas você vai ter que passar um tempo fora. Até a gente convencer o Gustav a levar a Renata pra longe da gente – ele disse me fazendo ficar com uma interrogação no rosto.
– Como assim? Você quer que eu me afaste do Bill? Quando eu estou grávida dele? Você só pode estar surtando né? – fiquei irritada.
– O Bill não pode ir com você. Ele tem que ficar pra ajudar. Você vai ter que ir Lucy, é pro seu bem – ele tentou me convencer.
– MAS EU QUERO FICAR AQUI COM O BILL, COM VOCÊ, COM O TOM E COM A CAMILA! EU PRECISO FICAR AQUI – me exaltei e comecei a chorar.
– Vai ser melhor pra você – ele me abraçou – vai ser melhor pro seu bebê... Vai ser melhor pra todos que você fique fora por um tempo, pequena – ele disse me fazendo sentir um pouco segura em seus braços.
Se por um lado eu queria ficar, por outro lado a razão batia em minha porta querendo me fazer ir, pro bem de todos. Sequei as lágrimas de meu rosto e então olhei pra Georg e disse:
– Eu vou...
Alguns dias depois – No aeroporto.
– Eu vou sentir muito a sua falta – Bill dizia me abraçando. Eu não queria soltá-lo.
– Eu também... Mais do que imagina – disse e em seguida o beijei.
– Você promete que não vai me esquecer? – seu rosto era de suplica.
– Eu JAMAIS vou te esquecer ok? Você é o homem que eu amo. Quando eu voltar, nosso bebê vai estar crescendo e nós vamos ser felizes juntos. Eu não vou te esquecer Bill, nunca .
“Ultima chamada para Madrid”
Era minha hora. Eu tinha que ir sem olhar pra trás. Me despedi deles e com uma forte dor no coração fui para o portão de embarque... Era pro bem de todos...

Postado por: Grasiele

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