segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 16 - Amigo fiel e inimiga bebada

 (Tom Kaulitz POV’s)
Eu ainda não conseguia engolir a história de Lucy ir embora. Apesar de não demonstrar meus sentimentos pras pessoas, Lucy era algo muito especial pra mim. Ao vê-la cruzando o portão de embarque, senti meu coração apertar dentro de meu peito como se fosse explodir. Antes de ir ela me abraçou e disse “Cuide bem da Cams... E não se esqueça de que agora você é uma pessoa melhor”.
Voltamos pra casa depois de deixá-la no aeroporto e eu fiquei com muita pena de meu irmão que insistia em chorar. Dava um nó na garganta ver a única pessoa que de fato me entendia chorando. O abracei e o consolei, mas sabia do que nada do que eu falasse faria Lucy voltar. Ele foi pro quarto dele, Georg pra sua respectiva casa e então Camila e eu ficamos na sala sentados no sofá. Ela afundou a cabeça no meu peito. Acariciei seu cabelo e dei um beijo.

– Agora as coisas vão ficar tão chatas sem a pequena aqui – ela disse com a voz um pouco rouca, pois estava chorando.
– Mas pense bem. Ela vai estar bem e nós vamos dar um jeito de pedir pro Gust levar a cobra da Renata pra longe – eu tentava ser convincente.
– Tem razão meu amor – ela me deu um beijo – agora vamos tentar ser um pouco mais felizes. Quando finalmente a gente conseguir mandar a Renata Vaca pra longe vamos conseguir a felicidade completa.
– Aham – concordei. Logo uma idéia não muito boa atingiu minha mente. Apesar de não muito boa era valido se arriscar. – Cams... E se eu for ao apartamento do Gustav conversar com ele? Acho que ele me escutaria.
– Não escutaria não – ela disse séria – ele teria que saber de toda a história. E ele estando junto com a Renata, não vai acreditar em nada.
– Mas você acha que ele não escutaria um amigo de anos? – eu tinha esperança em meus olhos.
– Você que sabe. Mas não se esqueça de que você pode acabar estragando tudo – ela disse e tinha a maior razão do mundo.
– Se eu estragar, eu faço o favor de ajeitar tudo de novo – eu sorri de canto pra ela.
– Hm, eu confio em você – ela me abraçou.

Eu amava sentir o calor de Camila junto ao meu. Era como se nós fossemos feitos exatamente um pra temperatura do outro. Era algo que não tinha explicação. Como eu sempre pensei, é somente um duradouro e forte amor.

Mais ou menos umas 20h eu resolvi ir ao apartamento de Gustav. Ficava a umas 5 quadras de casa. Eu realmente não sabia se ele ainda morava lá, mas eu sentia que a sorte estava junto de mim naquele momento. Entrei no prédio, subi pelo elevador até o 3º andar e bati no quarto 1014. Fiquei esperando um tempo até que a porta foi aberta.
Mas pra minha enorme infelicidade quem abriu foi Renata. Estava só com peças intimas no corpo, com o cabelo meio desgrenhado e uma cara de quem estava bebendo um pouco. Ela me olhou de cima a baixo e disse:
– Ah... O abandonador de esposas aqui... Que surpresa – sua voz estava um pouco enrolada por conta da bebida.
– Renata, cadê o Gustav? – perguntei curto e grosso. Não queria trocar uma palavra se quer com aquela mulher.
– O grande Gust? Dormindo – se eu não estivesse sério eu começaria a rir da voz de bêbada dela.
– Não tem como você acordá-lo não? – perguntei sério.
– Espera aí – sua voz ainda insistia em ser enrolada. Não consegui conter o riso. – GUSTAAAAAAAAAV, O FILHO DO SEAN PAUL TÁ AQUI – ela sabia muito bem que eu odiava que me comparassem a Sean Paul. Filha da puta. – Ele não ta acordando.
– Será que você poderia ir lá nele e cutucá-lo pra ele acordar? Ou você é burra demais pra fazer isso? – adorava ser grosso com ela.
– Burra eu? Tom, você me largou, você é burro ok? Vou chamar meu namorado pra você sair daqui o mais cedo possível – ela entrou apartamento adentro e eu fiquei na porta esperando. Logo mais Gustav veio com um cara de sono, porém quando me viu acordou.
– Tom? O que ta fazendo aqui? – ele perguntou interessado.
– Preciso conversar com você, é algo muito sério. Tão sério que é só entre você e eu, Renata não está incluída no assunto – eu disse olhando pra aquela mulher acabada na bebida.
Ela sempre foi viciada em vodca, wiski, caipirinha e tudo que tinha álcool dentro. Mas ela parecia ter exagerado na dose dessa vez, por que dificilmente ficava bêbada e com a voz enrolada.
– Renata, será que você poderá ir lá pro quarto pra eu e Tom conversarmos? – ele perguntou num tom doce pra ela. Realmente, ele tinha paciência.
Ela olhou com uma cara de tédio pra Gustav e logo foi em direção ao quarto, no caminho pegou uma garrafa de vodca. Aposto que ela ia adormecer... Melhor pra mim.
– Entra aí Tom – ele disse simpático como sempre.
Entrei no apartamento que estava um pouco bagunçado. Aposto que antes de eu chegar algumas “coisas” tinham acontecido. Sentamos no sofá e logo Gustav me ofereceu bebida. Recusei, queria estar em bom estado na hora de conversar com ele. Juntei forças e as palavras certas pra começar a falar. Tinha que fazer Gustav ser o mais compreensivo possível pra tirar a víbora bêbada da cidade, ou se você melhor até do país. Tomei coragem e comecei.
– Gustav. Eu estou aqui pra te implorar por uma coisa... Ultimamente aconteceram umas coisas bombásticas lá em casa e por causa delas a gente teve que tomar uma medida drástica com Lucy, a irmã adotiva da Renata que estava morando conosco. Você já deve saber que ela viajou, os Wolfgang concordaram na hora quando quem sugeriu que ela viajasse pra Madrid foi Georg. Mas enfim... Para Lucy poder voltar a viver aqui em Hamburg conosco, Renata tem que sair. Vamos dizer que essa cidade é pequena demais para as duas. Não falo isso só pela Lucy, falo pela Camila também. Ela tem ódio mortal da Camila, e a Renata tem dinheiro e contatos o suficiente pra mandar Camila pro espaço. Queria te pedir e convencesse-a a sair daqui, se mudar pra outra cidade, estado ou país se preciso. Eu não estou falando isso por que odeio ela, e sim por que zelo pela segurança de minha cunhada e da minha namorada – eu disse em tom suplicante. Minha maior esperança estava em Gustav.

Ele examinou meu olhar e viu que tudo o que eu falava era verdade. Mas mesmo assim ,ainda tinha algo o bloqueando. Como se ele estivesse com uma dúvida na mente.

– Mas por que Lucy e Renata não podem viver na mesma cidade se elas viveram por anos na mesma casa? – ele tinha razão em fazer essa pergunta.
– Gustav... Você pode guardar segredo? – eu confiava em Gustav. Pra mim ele ficaria de boca calada, mas namorando com Renata, tinha um grande perigo de ele abrir a boca.
– Posso. Você sabe que eu posso, e pra você eu guardaria qualquer segredo, você é meu amigo – ele disse me deixando um pouco aliviado.
– Bom... Lucy é adotada, como você já deve saber. Ela é irmã de Georg e Renata sempre soube disso, mas escondeu dela por que ela sabia daquele segredo que eu já te contei... Minha falsa morte só por dinheiro – eu fiz careta por que eu queria muito esquecer esse maldito acontecimento. Foi a pior coisa que eu fiz, foi o fato causador de todos os problemas. – então, Renata ameaçou Lucy falando que se ela abrisse a boca ela ia matar o irmão dela... Georg. E Lucy não podia contar pra ninguém de Georg ser seu irmão, por que ela prometeu matar Georg... Eu sei que é difícil de acreditar, pois ela é sua namorada... Se você não quiser acreditar eu entendo... Mas é isso que acontece. Como Lucy contou de Georg pra gente, nós te imploramos pra você levar Renata pra outro lugar... Lucy corre perigo.

Ele parecia acreditar em cada palavra que eu dizia. Gustav era um cara compreensivo e isso era o bom dele. Ele logo se pronunciou.
– Por incrível que pareça, eu acredito por que eu conheço a minha namorada e sei que ela é rica demais, doida demais e má demais. Eu darei um jeito de transferir-me pra Leipzig ok? Temos um apartamento lá... Acho que vocês poderão ficar seguros. Mas eu não posso ir agora, tenho que esperar pelo menos um mês. É bem complicado ficar me transferindo...
– Eu entendo Gust – eu disse – e eu te agradeço muito. Você não sabe o bem que está fazendo... Você está sendo como um anjo .

Levantei-me e ele se levantou no mesmo momento. Por impulso dei um abraço nele. Gustav não era meu melhor amigo, mas estava chegando perto disso. Era um amigo de anos, com quem eu sempre podia contar, mas melhor amigo mesmo... Só Georg Listing.
Nós conversamos por mais uns minutos até eu ir embora. Eu já tinha o que queria e me sentia totalmente feliz. Daquele dia em diante poderíamos viver bem sem o medo. Senti que tinha livrado um peso das costas...

(Renata Wolfgang POV’s)
Eu não conseguia acreditar nisso... Aquela bastarda mal amada havia contado pra aquele povinho pobre TUDO o que eu mandei não contar... Pirralha idiota! E ainda covarde, fugindo pra Madrid! Eu estava um pouco alta por causa da bebida... Mas não estava surda. Escutei atrás da porta. Eu simplesmente não aceitava isso! Já tinha uma solução pra esse problema... E com aquela solução, eu jamais iria ter problemas de novo.

Postado por: Grasiele

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