sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 20

Na sacola havia vários maços de cigarros e camisnhas. Me lembrei daquele dia que eu o vi nesse posto comprando as mesmas coisas, exceto a garrafa de vodka e o Red Bull que ele não havia comprado agora. Eu não podia ficar quieta. Olhei para ele que se preparava para ligar o carro.

Mila: Você acha que eu sou idiota? - Ele me olhou confuso.
Tom: Ham?
Mila: Acha que eu sou I-D-I-O-T-A?
Tom: Porque ta me perguntando isso?
Mila: Quem é Jessica?
Tom: Não sei quem é. Quem é? - Falou querendo parecer confuso.
Eu peguei o celular dele e fui nas ultimas ligações atendidas. Enquanto eu mexia ele foi se encostando lentamente no banco já imaginando do que se tratava. Eu achei a ligação e esfreguei na cara dele.
Mila: Essa Jessica aqui! Não sabe quem é?
Tom: Mas porque esse descontrole? Você nem sabe quem é.
Mila: Ela falou comigo no telefone. Te chamando de amor.
Tom: Você não devia ter mexido nisso. - Ele pegou o celular da minha mão.
Mila: Você ta saindo com ela tambem? Ou com outras? Eu tenho certeza que sim.
Ele continuou mexendo no celular e não respondeu.
Mila: Ok, isso foi o suficiente.
Eu abri a porta do carro e sai. A porta que bateu, abafou o grito que ele deu la de dentro mandando eu voltar. Ele logo saiu do carro tambem e veio atrás de mim quase correndo, mas não gritava.
Tom: Mila..Mila. Volta aqui. Volta agora.
Mila: Me deixa. Eu não voltar com você.
Tom: E vai voltar como? Não tem como você voltar andando.
Eu continuava dando passadas firmas em direção a qualquer lugar pela pista vazia. Estava sentido tanto ódio que lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.
Mila: Gaste as camisinhas com essas vadias e me deixe em paz. - Eu gritei.
Ele percebeu que ao gritar essas palavras eu engasguei por causa do choro, então ele veio correndo até conseguir me segurar pelo braço. Com o puxão eu quase cai no chão.
Mila: Me solta.
Tom: Mila, escuta.
Ele me segurava pelo braço olhando nos meus olhos, mas eu mantia a cabeça baixa, olhando para o asfalto.
Tom: Nenhuma delas significam nada. Só ocupam meu tempo, só me distraem. Não..
Mila: Não o que? - Falei de uma vez.
Tom: Não me enlouquecem, não me deixam desesperado, não tiram o meu sono como você faz.

Eu levantei a cabeça e timidamente olhei para ele. A respiração de ambos era acelerada, na mesma velocidade. Deus, olhando assim pra ele, eu me dava conta do quanto eu era apaixonada por ele. Mas era difícil ceder, era mais forte que eu, eu tinha de me manter por cima.
Mila: Me deixa voltar sozinha. - Puxei o meu braço que ele segurava e sai andando.
Tom: Mila, volta aqui. MILA!
Fui andando pelo acostamento sem olhar para trás. Mas um tempo depois, ouvi o carro cantar pneu e vir correndo até mim. Ele parou freiando na minha frente e saiu do carro decidido a me tirar dali. Agarrou meu braço com força novamente e me jogou dentro do carro pela porta da qual ele havia saído.

Mila: Tom, me solta, me deixa ir embora sozinha, eu não quero ir com você.
Ele tentou dar partida com o carro mas eu não deixei. Começamos uma luta, e enquanto eu tentava passar por cima dele para sair pela porta que estava destrancada, ele me segurava pela bunda tentando estacionar ao lado da pista. O carro parou e eu continuei a tentar sair.
Tom: Mila, Mila, para. Olha pra mim. Olha pra mim.
Ele me forçou a me sentar em seu colo, e de frente pra ele, me segurou pelo rosto.

Tom: Porque você acha que pode fazer isso? Porque quando eu fiquei louco de ódio por causa daquele merda do seu amiguinho, você achou que eu não tinha direito?
Mila: Eu não transei com ele. Eu não vivo transando com qualquer um por ai.
Tom: Mas você beijou ele. E ainda me disse sem dar a menina, como se fosse nada.
Mila: Haaa, então o acordo aqui é pra não dizer nada? Pode deixar. Quando eu trepar com ele eu não conto nada.
Ele deu um soco no volante atrás de mim.
Tom: Porra Mila. Deixa de ser idiota.
Mila: Otimo. É o que eu to tentando fazer. Você deixa?
Ele abaixou os olhos já sem paciência. Ao voltar a olhar pra mim, parece ter se lembrado que minha posição era convidativa demais. Ele olhou para baixo, onde minha saia estava um pouco levantada por causa de minhas pernas envoltas em sua cintura. Eu fiquei em silêncio observando o que ele pretendia. Ele subiu as mãos até o alto das minhas coxas e apertou. Eu já conseguia sentir seu membro duro tocando minha entrada.
Ele esperava que eu reagisse, ia me tocando com cautela para que eu fosse cedendo aos poucos.
Lentamente eu comecei a roçar em seu pau, pra frente e pra trás. Ele encostou a cabeça no banco e me olhava nos olhos enquanto eu o provocava com o olhar.

Tom: Oh Deus.
Mila: A gente não pode fazer isso aqui. É perigoso. Sussurrei em sua boca.
Tom: Foda se, eu não me importo.
Com vontade, ele me segurou pelo pescoço e me beijou apaixonadamente. Eu apertei ainda mais minhas pernas em volta dele, suas mãos me seguraram pela cintura e pelas costas me apertando contra seu peito fazendo com que eu me arrepiasse com o toque da sua pele.
Ele me beijava e tentava abrir a calça ao mesmo tempo. Quando conseguiu, me levantou um pouco para abaixar as calças. Não tinha como eu sair de seu colo, sem bater a cabeça no teto do carro.
Tom: Afasta a calcinha, afasta. - Falou ofegante.
Eu fiz o que ele pediu e me sentei novamente em seu colo, agora com ele me penetrando. Para provoca lo eu me mexia lentamente, pra cima e pra baixo. Ele tentou acelerar meus movimentos mas eu não deixei.
Tom: Malvada.
Mila: É o que você merece.
Eu ainda estava morrendo de ódio dele, fervendo. Enquanto ele gemia ao me penetrar, eu pensava em varias outras possibilidades de machuca lo tambem. Como ele havia me corrompido. O primeiro homem que eu havia conhecido, seria o mais sujo deles tambem.
Com vontade, cravei minhas unhas em seu ombro, ele gemeu alto feito um animal. Abriu meu casaco e puxou com força meu sutian, e como um louco ele chupava meus seios me deixando louca tambem. Voltei a encostar meu peito no seu, e nossas testas tambem, olhando para nossas cinturas que se moviam juntas.
Sua boca passava pela minha mas não me beijava, sua língua a tocava antes.

Mila: Só pra deixar claro, o Peter tambem não significa nada pra mim, por enquanto, ele só me distrai.

Falei em seu ouvido depois o encarei, ele me encarou de volta, entendendo o que queria dizer. Porque sim, eu poderia foder com ele sem sentir nada tambem. Ele não disse uma palavra, e continuou metendo até gozar logo depois. Ele gozou calado, encostou a boca no meu pescoço e suspirou com meu cheiro. Antes dele terminar e vir me beijar eu sai de seu colo, e me ajeitando fui para o outro banco.
Ele sem olhar pra mim, fechou a calça, o logo deu partido no carro. Fomos o caminho todo em silêncio. Ele havia ficado chateado com o que disse, concerteza. Mas eu ainda estava, e muito mais.
Quando chegamos, antes dele parar eu já me preparei para abrir a porta do carro. Ele somente olhou para o lado mas não disse nada. Eu me levantei do banco e antes de sair olhei pra ele que me olhava sério.
Mila: Tchau.
Tom: Tchau.

Bati a porta e sai andando de braços cruzados e cabeça baixa. Ele logo foi embora, e eu fui caminhando devagar e olhando até o carro dele virar a rua.
Entrei em casa e subi logo pro quarto. Não vi minha tia. Quando cheguei no corredor ela gritou do quarto dela.
Angela: Mila, é você?
Mila: Sim tia, já cheguei.

Entrei pro meu quarto e bati a porta. Olhei em volta e pensei em tudo novamente. Eu ainda estava magoada de morte. Não só por um telefonema. Mas ele parecia fazer aquilo com muito mais frquencia do que eu imaginava. Quando não estava comigo estava com outra garota. Me dava nojo só de me lembrar que tudo que a gente fazia, a maneira que ele me tocava quando transava comigo, era o mesmo que ele fazia com outras garotas.

Eu me deitei na cama e desatei a chorar. Agarrada ao meu travesseiro fiquei assim por longos minutos, acho que quase uma hora.
Porque ele me prendia a ele? Porque sempre voltava pra me ter novamente? Porque não me deixava ir embora de uma vez? Porque era tão insuportavelmente irresistível? Eu que fazia tudo errado, eu sei disso. Eu devia ser pra ele a mininha virgem que ele desvirginou e agora se sente dono. Homens são sempre assim.
Mas não importava o quanto machucássemos um ao outro, doendo ou não, eu não me importava de estar nos braços dele, cada segundo que eu pudesse ter com ele. Doendo ou não, eu amava sentir o que ele fazia comigo.

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