sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 23


                           - Prefiro te machucar de outra forma.
                                      - A mais cruel não é?


Quando cheguei la em baixo já tinha uma desculpa pronta para dar a minha tia.
Mila: Tia tia. Ééé, eu queria muito ir até a casa da Monica pegar a matéria de hoje. Eu fico preocupada em ter perdido algo importante. Tudo bem?
Angela: Não é melhor você pegar amanha, você não estava bem hoje cedo Mila.
Mila: Não eu acho melhor pegar logo porque tem tambem o trabalho de casa, eu pego agora e já faço tudo no final de semana. Eu não quero me atrapalhar.
Angela: Ta bom vai. Não demore muito.
Mila: OK!

Bati a porta andando apressada até o portão. Já na rua comecei a correr feito loca. Passei pelas duas ruas que vinham antes da do estudio e virei a esquina correndo. Mas parei bruscamente ao virar, haviam 5 ou 6 garotas na porta.
Mila: Ha não, eu não acredito.
Eu voltei a andar calmamente e fui passando pela outra calçada de cabeça baixa. Ao chegar mais perto, como eu imaginava, elas olharam pra mim, e eu as reconheci, era as mesmas daquele outro dia.
A única coisa que eu podia fazer, era tentar entrar pelos fundos.
Fui andando calmamente até la e ao me virar olhando para trás, dei de cara com outras duas meninas que estavam de butuca nos fundos. Elas estavam de costas olhando uma porta de madeira. A maldita porta por onde eu deveria entrar.
Mila: Merda, Merda.
Eu voltei pra rua e fui seguindo na outra direção até voltar para a rua de trás.
Mila: Caramba, e agora?
Pensei em voltar e ficar vigiando as meninas para ver se elas saiam pelo menos por algum instante da entrada ou da porta. Se passaram 10 minutos, e nada delas sairem.
Meu telefone começou a tocar e eu me assustei dando um pulo.

Mila: Oi!

- Cade você? - Ele falou irritado.

Mila: Eu não consigo entrar no estudio, tem meninas na frente e nos fundos.

- Merda, aquelas garotas de novo. Huum. - Ele ficou em silêncio no telefone. Parecia estar pensando em alguma saída.

- Aonde você ta?

Mila: No final da sua rua, vindo pela direita...

- Ok, vai pra rua de tras que eu vou passar ai.

Eu fiz o que ele pediu, fui andando até la. E fiquei esperando. Menos de 3 minutos depois um carro começou a se aproximar. Eu fiquei olhando intrigada até ele começar a parar perto de mim. Era um carro esportivo, um Audi, eu acho. Super chamativo, na cor cinza. Eu ainda não me mexi esperando para ver se era comigo mesma. Tom abriu o vidro.

Tom: Entra logo, eu to sendo seguido.
Eu corri para o outro lado e entrei. O carro por dentro parecia carro de corrida. Muito diferente do outro que era enorme e alto, esse era baixo.
Mila: Que carro é esse? E porque quem você ta sendo seguido?
Tom: Aquelas meninas são as que estão seguindo a mim e ao Bill. E esse carro é o meu carro novo. - Ele falou sem olhar pra mim, estava seco.
Mila: Ta tudo bem? - Falei olhando para ele.
Ele passou a língua nos lábios e olhou pela janela.
Tom: Eu quero saber uma coisa, e quero a verdade.
Meu coração começou a pular feito loco, ele sabia de alguma coisa.
Mila: Fala!
Tom: Você transou com o Peter?
Eu arregalei os olhos e me segurei no banco de couro apertando forte. Ele olhava pra minha cara sério e para pista a nossa frente tentando manter atenção. Eu quase soltei um "como você descobriu?" sem pensar.
Mila: Porque ta me perguntando isso?
Tom: Fala A VERDADE Mila.
Mila: Eu ja tinha dito que foi só um beijo. Porque você esta vindo com essa conversa agora? Achei que tinha ficado claro que você não tinha esse direito, já que pra Jessica você da muito mais que um beijo
Tom: Jéssica? Que Jéssica? Ta loca?
Mila: Ha Tom. ESQUECE. E porque viajou sem falar nada? Custava dizer que foi pro outro lado do oceano?
Tom: Não deu pra avisar.
Mila: Não deu? Esqueceu o meu numero? E hoje de repente se lembrou?
O carro acelerou quando chegamos na auto estrada, o ronco do motor me assustava, ele estava a quase 100 Km.
Tom: E porque isso interessa agora? Concerteza você fez coisa melhor não foi. Vai mentir?
Mila: Não eu não fiz
Tom: FEZ PORQUE EU VI MILA. EU VI.
Mila: Do que você ta falando? O que você viu?
Tom: Vi você ontem com o Peter, se beijando na porta da sua casa.
Eu levei outro choque com essa revelação. Tentei me lembrar de tudo, de cada segundo que eu passei la fora com Peter, a gente havia se beijado.
Mila: O QUE? Você anda me espionando?
Tom: Vai negar que não houve mais de um beijo?
Mila: Como como..
Tom: Eu estava a menos de 10 metros de vocês dois sentados na calçada. Eu vi o carinho dele com você, e SEU com ele. Vi a mão dele tocando o seu rosto, e você beijando ele.

Eu não estava acreditando nisso, ele estava dentro do carro. Estava com o carro novo por isso eu não o vi.
Mila: Você fez de propósito não foi? Aproveitou que estava com o carro novo e eu não sabia e foi me espionar.
Tom: Mila, fala logo. Não adianta mentir.
Mila: O que você acha que eu estou escondendo? Você já viu tudo não viu?
Tom: Não, eu não vi tudo. O carinho dele com você queria dizer outra coisa. Eu não sou idiota.

Eu olhava pra pista e olhava para minhas mãos tremendo. Ele não havia me esquecido. Era pior, ele estava magoado, profundamente magoado com a minha indiferença, e minha frieza outro dia. Olhei pra ele que ainda olhava para a pista com os olhos fervendo de ódio. Eu nunca havia visto ele assim.
Mila: Ta bom, Tom. Você é O sabe tudo. Sim, eu transei com ele. Satisfeito.
Tom: Haaaaa, se eu to satisfeito? Aquele merda é que deve ter ficado muito satisfeito não é? Deve ter dado a GOZADA da vida dele. Eu vou quebrar a cara dele. EU VOU QUEBRAR A CARA DELE.
Mila: Você não vai fazer isso. Não pode fazer isso. Eu não vou deixar.
Tom: Aonde você transou com ele?
Mila: Não seja ridículo.
Tom: AONDE?
Mila: Na minha casa, no meu quarto, na minha cama. Quer mais detalhes?
Eu me encostei no banco e cruzei os braços. Não dando a mínima por ter soltado tudo de uma vez, e teria prazer em dar os detalhes.
Tom: E você gostou?
Mila: Para de me perguntar isso. Eu já disse o que você queria saber, não disse?
Nós gritávamos tanto um com o outro, que estivessemos no estudio ou na minha casa, todo bairro estaria escutando nossa discussão. Ele pegou um cigarro e acendeu, depois abriu a janela.
Tom: Você ta acabando com a minha sanidade.
Mila: E você com a minha. Como acha que eu me sinto quando sei, tenho certeza que você ta trepando com alguma vagabunda por ai. Passando essas suas mãos sujas que você passa em mim, nelas.
Tom: Eu já fazia isso antes de você me conhecer.
Mila: HAM? E isso muda o que? Quer dizer que você pode transar com todas por ai enquanto eu troco beijinhos com meu vizinho.
Tom: Você não trocou beijinhos com ele. Você TREPOU com ele, porra. Ele meteu aquele pau junior na sua buceta.
Mila: E você o seu ENOOOOORME pau na buceta de cada vagabunda de Hamburgo.
Ele entrou pra dentro do posto de gasolina e foi parando na lateral.
Tom: Merda, MERDA.
Mila: O que foi?
Tom: Abaixa, pra debaixo do banco.

Eu sem entender me abaixei e olhei pra cima. Tom não saiu do carro e tragava o cigarro uma vez atrás da outra. Uma menina apareceu na janela batendo no vidro e falando alguma coisa ofensiva pra ele. Tom abriu o vidro e jogou o cigarro pra fora. A garota se afastou e abaixou logo em seguida. Ela se levantou novamente, e esmagou alguma coisa no vidro. Depois que fui perceber que era o cigarro que Tom havia jogado para o lado de fora.
Tom: Filha da puta, agora foi demais.
Ele abriu a porta e saiu nervoso em direção a menina que havia esmagado o cigarro no vidro. Eu abaixei a cabeça e não vi mais nada. Escutei algumas delas xingarem, e depois Tom voltou para o carro batendo a porta e dando ré.
Mila: O que você fez? O que você fez?
Quando o carro se afastou um pouco eu vi uma menina se levantando do chão com a ajuda das outras.
Mila: VOCÊ BATEU NELA? Tom, você bateu nela? Ficou doido de vez?
Tom: Não exatamente. Eu a empurrei com meu punho fechado.
Mila: Isso tudo é raiva de mim? Porque não me bate então?
Tom: Eu não vou bater em você. - Ele falou rindo do que eu tinha dito.
Mila: Meu Deus. - Eu apoiei meu braço na porta e coloquei a mão na cabeça.
Alguns quilómetros depois com o carro em alta velocidade. Ele encontrou um acostamento perto das árvores e parou o carro longe dos carros na pista. Desligou o carro fazendo o motor parar de ranger. Encostou a cabeça no volante e respirou fundo.
Tom: Você ta me deixando maluco. Porque foi fazer isso?
Eu olhei seu estado, e não consegui não me sentir culpada. Eu o machucava mais do que achava que poderia. Porque?
Mila: Pra te punir.
Tom: Ou punir o Peter? Porque é ele quem eu quero matar.
Mila: E a mim? Não?
Ele me olhou querendo dizer muito mais do que um simples não. Meus olhos percorreram sua boca, seu pescoço e seu peito que mostrava bem sua respiração acelerada. Mas eram seus olhos que me desejavam.
Ele tirou o cinto e encostou o braço no volante ainda olhando pra mim. Eu mantia minha costas encostadas na porta, de frente pra ele. Devagar, ele veio na minha direção.
Tom: Eu tenho vontade de te bater, de te matar não.
Mila: Então bate. - Agora falávamos aos sussuros.
Tom: Não, eu prefiro te machucar de outra forma.
Mila: A mais cruel não é?
Tom: É a que você gosta não é? Porque gosta de mim.
Eu o olhei tentando me manter firme. Ele sabia que eu era inteiramente sua. Sabia, e me enganava. Ele vinha na minha direção com uma expressão totalmente diferente de segundos atrás, parecia não haver nada a nossa volta, vinha decidido a me dominar.
Ele tocou minha coxa, apertando levemente. Eu afastei sua mão o fazendo me olhar feio. Novamente ele tentou. Agora com mais violência abriu minhas pernas e se jogou em cima de mim.
Mila: Me solta Tom. Me solta.
Tom: Eu não vou te soltar.
Eu achei que ele não estivesse mesmo entendendo, eu não iria transar com ele depois de tudo que aconteceu. Ele estava fora de controle. E o que ele estava tentando fazer agora era provar pra si mesmo que era melhor que Peter.
Eu tirei suas mãos que tentavam puxar minhas pernas em direção sua cintura, e ele brigava com elas.
Tom: Mila, PARA, fica quieta.
Mila: Eu não vou fazer o que você quer.
Ele me olhou furioso, me segurou pelos braços e me socou contra o banco para que eu ficasse quieta, e apesar do banco atrapalhar, ele conseguia me segurar deitada, eu tentei chuta lo, mas ele se afastou antes que eu conseguisse acerta lo. Me sentei no banco tentando me ajeitar mas rapidamente ele se jogou em cima de mim levantando minha saia e tentando tirar minha calcinha. Eu o chutei perto da virilha o fazendo se afastar, ele não gostou do meu ataque e então começamos a lutar no banco dentro carro.
Com uma mão ele segurou meus dois braços para o auto e com a outra mão ele levantou minha bunda do banco e puxou pelo meio mesmo minha calcinha não sei como.

Mila: Para, você ta me machucan...
Não tive tempo de terminar de dizer, ele me penetrou soltando um gemido alto de prazer, como se conseguisse me vencer. Meu corpo perdeu as forças e começou a se render aos poucos, era como veneno que me invadia devagar. Mas eu ainda tentava resistir. Levantei minha perna que tocava sua cintura quente, para tentar chuta lo, mas não consegui. Ele com facilidade a agarrou forçando meu joelho para apoiar sua mão enquanto metia. Deus, como era bom, mesmo o odiando tanto.
Tom: Abre a blusa! - Ele falou me apressando.
Eu passei minha mão pelos botões da blusa mas não abri, ele então nervoso com a minha provocação, foi puxando os botões e depois de abrir minha blusa ele puxou meu sutian quase descoturando a alça que ficou presa no meu ombro, eu puxei com ele puxando tambem e consegui tirar. Sua boca antes mesmo de me deixar tirar tudo ja chupava meu seio exposto.

Ele me olhava gemer de cima enquanto admirava nossas cinturas se chocando. Eu o agarrei pelo pescoço e ele caiu por cima de mim.
Sua boca me beijava, me lambia. Foi quando percebi que não gemíamos mais, quase gritávamos dentro do carro.
Eu mordi seu lábio para provoca lo. Foi doloroso, ele segurou meu rosto com força o virando de lado.
Tom: Você merece apanhar, sua putinha. - Ele falou no meu ouvido.
Mila: Haha, me bate! - Falei rindo dele.
Tom: Não me provoca Mila.
Mila: Não? Porque ta tentando provar que é melhor que o Peter.
Ele olhou para o lado se segurando no banco. Se segurando para não me bater.
Mila: Relaxa, você ta conseguindo.
Tom: Cala boca!
Mila: Ahaaaaahn. - Eu gemi alto pra ele.
Ele me fudeu com tanta força que minha cabeça bateu forte na lateral do carro umas duas vezes. Apoiou sua mão na porta do carro acima da minha cabeça, eu me segurei em seu braço e o encarava a centímetros do meu rosto a morder o lábio com ódio de mim. Depois coloquei minhas mãos por debaixo de sua blusa aranhando suas costas, ele ergueu a cabeça olhando para o teto e soltou um gemido, depois se voltou pra mim novamente, eu dei uma lambida em seu piercing rapidamnte e ele me beijou quase mordendo meu labio tambem.

Ele gozou fora de mim espalhando todo seu liquido na minha barriga. Ele apoiou o braço na lateral do carro por cima de minha cabeça e com a outra mão passou o liquido na minha boca como se me forçasse a gostar daquilo. Lambi seus dedos o encarando nos olhos até não sobrar nada. E ele assistia mordendo o lábio de prazer ao me ver chupar cada gota.
Ele me beijou de forma estúpida quase me machucando, depois se afastou encostando do outro lado do banco. Sem tirar os olhos de mim ainda quase nua, ele acendeu um cigarro.
Mila:Idiota.
Eu lhe dei um chute na perna e me ajeitei no banco tentando me vestir. Ele só riu do meu chute e continuou fumando, impregnando o carro de fumaça. Ele segurou o cigarro na boca, e depois ligou o carro fazendo o motor acelerar rangendo auto, me assustando um pouco.

No caminho, eu olhei algumas vezes de lado para ele. Eu esperava que ele dissesse algo, alem de só olhar pra mim e tentar dizer. Eu o queria inteiro, queria seu coração tambem. Mas era tão impossível, que mesmo aparentemente eu sendo a única que mexia com ele, ele não deixava. Não se entregava.
Uma ideia me veio na cabeça, era a única coisa que eu podia fazer agora para mostrar que o controle não estava nas mãos dele.

Ela parou o carro na esquina a alguns metros da casa da minha tia como fazia de costume. Eu suspirei fundo e então disse.
Mila: Acho que isso não deveria continuar.
Ele olhou pra mim, mas não disse nada. Queria que eu continuasse.
Mila: Acho que a gente não deveria mais se ver.
Ele olhou para frente novamente procurando algo em que se focar. Sem vontade de continuar aquela conversa, ele destravou a minha porta para que eu saísse.
Tom: Você quem sabe!
Eu o fitei esperando mais do que isso. Ele não se importa?
Mila: Tudo bem. Adeus.
Eu sai do carro e ele arrancou imediatamente sumindo no final da rua.

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