sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 14

Se relacionar assim, é mil vezes mais perigoso.

- Que seja!


Domingo eu e minha tia saímos para dar uma volta por Hamburgo. Ela queria me levar para conhecer algumas atrações da cidade, no Domingo eram cheios dela. Na ida e na volta nós passamos pelo cruzamente que levava a rua do studio. Haviam varias garotas na porta, e alguns carros tambem. Eu fiquei olhando para ver o que elas faziam. Umas duas estavão rindo e brincando enquanto outras tiravam fotos. Havia uns 3 carros tambem, que pareciam ser delas. Fiquei pensando em como deveria ser chato toda essa perseguição. Essas meninas correndo atrás de você. Mas ele sabia muito bem como fugir, até agora não houve nenhum problema.

O Domingo foi divertido. O tempo frio atrapalhava um pouquinho, mas não estava tão intenso. Na Segunda, na sala de aula, Monica veio me perguntar como havia sido o cinema. Tentei não entusiasma la muito. No intervalo a gente pode conversar melhor.
Mila: Que saco Monica, se você esta tão entusiasmada com o Peter porque não fica você com ele.?
Monica: Claro que não, eu só queria que você tivesse uma segunda opção.
Mila: Ham?
Monica:Isso mesmo! Não quero que você fique mau depois que ele te jogar fora. Desculpa falar assim, mas é a verdade.
Mila: Quem disse que eu vou ficar mau? Primeiro de tudo, que eu ficaria mau se estivesse apaixonada por ele. E eu não estou. E ele não me tem nas mãos, se ele pensa que sim, ta muito enganado.
Monica: Ta, e você acha que ele sente o que por você.
Mila: Sei la Monica. Desejo? É o mínimo, né? Ele não esta apaixonado por mim.
Monica: Se relacionar assim é mil vezes mais perigoso.
Mila: Que seja!
Monica: Mas será que não esta apaixonado? Pelo jeito que ele te persegue.
Mila: Mas que saco, agora você ta se contradizendo. Ou ele esta apaixonado por mim ou esta só me usando. Escolhe.
Monica: Cara, eu to falando do que eu conheço de Tom Kaulitz, certo? O que todo mundo sabe. Ele com uma mesma garota por mais de uma semana não é normal. Mas quando eu tento vê lo como um cara normal, não como o Tom Kaulitz, na minha opinião ele ta apaixonado.
Mila: Ha ta bom, cansei das suas teorias.

Nessa quarta, depois da escola eu fui pro meu quarto estudar ou ver tv. Como eu fiz durante todos os outros dias, conseguindo evitar o Peter mais um pouco.
Eu estava com o fone de ouvido quando ouvi minha tia gritar la de baixo. Eu me levantei e desci para ver o que ela queria.
Angela: O seu telefone, tava tocando sem parar.
Quando ela falou isso, foi que me dei conta que o tinha deixado em algum lugar e esquecido. Merda.
Angela: Quem é Tom? - Merda, merda, ela tinha visto o visor.
Mila: É um amigo da escola.
Peguei o celular e subi pro quarto. Não liguei de volta, fiquei esperando ele ligar mais uma vez. Tinha umas 5 chamadas perdidas.
Me deitei na cama e fiquei com o celular no colo. Não muito depois ele ligou novamente.

- Mila?

Mila: Oi.

- Porque não atendeu antes?

Mila: Meu celular estava na sala.

- Eu..haaaam! Devo voltar no Sabado mesmo. Bill queria voltar antes. Andaram acontecendo umas coisas com minha mãe.

Mila: O que aconteceu?

- Umas garotas que andam perseguindo a mim e ao Bill. Ontem elas encontraram nossa mãe perto de casa e a ameaçaram, ela esta um pouco assustada, e nos dois estamos muito preocupados com essa situação.

Mila: Meu Deus Tom, mas ela esta bem?

- Ta sim, falei pra ela evitar sair de casa a pé e coisas do tipo.

Mila: Quem são essas garotas?

- São umas doidas. Elas estão nos perseguindo a algum tempo. Desde o ano passado, isso ja esta passando dos limites.

Eu sentia na voz dele, o quanto ele estava preocupado. Mas sentia tambem a vontade de estar logo com ele, ouvir sua voz me deixava inquieta.

- É, eu queria falar mais, mas to sentando no canto aqui do estudio e tem gente perto.

Mila: Queria falar mais o que? - Ele riu no telefone. Na mesma hora me lembrei do sorriso safado dele, concerteza era esse que ele havia dado agora.

- Eu não posso falar agora, mas é gostoso de ouvir. - Eu gargalhei no telefone.

Mila: Ok, você me diz ao vivo quando chegar.

- Eu faço, é melhor.

Depois de desligarmos me lembrei das garotas que eu havia visto outro dia na frente do estudio. Sera que eram as mesmas?
E pensei no que Monica havia falado outro dia. Do que significava a minha relação com o Tom. Eu não podia levar em consideração o que ela dizia, porque ela não sabia nem da metade de toda a situação. Eu falava do superficial, não do lado obsessivo da coisa. Que era quase como um desejo insuportável. Até agora, todas as vezes que ele me tocou, foi como se tivesse sido a primeira vez. Mas eu via um controle muito maior em mim do que nele. Ele visivelmente quase perdia o controle quando estava comigo, e eu me aproveitava.

Desde Domingo eu havia conseguido evitar Peter. Hoje, sexta depois da aula ele veio falar comigo quando eu saia para comprar leite. Eu fechei o portão e quando me virava, uma mão surgindo do nada me agarrou pelo braço.
Mila: Caramba Peter, que susto.
Ele estava arrumadinho, com o cabelo dourado caindo nos olhos, eu olhei sem graça e depois puxei o braço.
Peter: Desculpa, eu não queria te assustar. Você ta indo aonde?
Mila: No mercado.
Ele quis vir junto, eu deixei. Eu já tinha sido muito mau educada com ele, acho que até malvada.
Dessa vez fomos a pé. Eu procurando algo para falar que não fosse sobre o que aconteceu e ele tentando se aproximar da minha mão enquanto nós andávamos lado a lado.
Peter:Eu vou poder te chamar pra sair de novo? - Não adiantou tentar evitar o assunto somente com pensamentos.
Mila: Haam, quem sabe Peter.
Peter: Mila! - Ele me parou me segurando no braço. - Fala a verdade. Você gosta de algum outro cara? Eu sei que tem alguem.
Mila: Não Peter, da onde você tirou isso?
Peter: Eu sou feio então?
Mila: Ham? Claro que não. Escuta, não tem nenhum problema com você. Só acho que você não gosta de mim do mesmo jeito que eu gosto de você.
Peter: Pra namorar.
Mila: Ham? Você quer namorar comigo?
Peter: Você não quer?
Mila: Peter, aquilo foi só um beijo. Calma ta bom.
Ele agora queria insistir, continuou me segurando até conseguir obter uma resposta positiva. Eu então decidi que teria de dizer o que ele queria.
Peter: Pra mim não foi só um beijo. Você diz então que não tenho chance?
Mila: Você tem chance. Só vai com mais calma, ok?

Ele relaxou a face tensa e soltou meu braço. Temi que tivesse dito algo que lhe desce muitas esperanças, acho que foi exatamente isso que ele queria. Mas na verdade eu não descartava totalmente Peter, não sei porque mas eu gostava da ideia de te lo por perto.

Sábado de manha, eu acordei com meu telefone tocando. Olhei no relógio e eram 10 da manha. Quando peguei o celular e olhei o visor, era Tom. Meu coração disparou.

Mila: Alo.

- Mila, eu acabei de aterrizar em Hamburgo, vai pro estudio, daqui uma hora eu estou chegando la.

Mila: Ham? Ta loco? Agora? E como eu vou entrar la?

- Você vai pelos fundos. Tem uma varanda coberta e fechada la. No trinco da porta tem uma chave pequena. Você vai entrar por la.

Ele desligou o telefone. Eu olhei em volta tentando pensar no que eu deveria fazer agora. Joguei o cobertor de um lado e corri pro banheiro. Me arrumei bem rápido, colocando uma calça comprida e pegando meu casaco. Antes de sair eu lembrei da minha gaveta de calcinhas. Pensei se deveria colocar alguma coisa mais excitante. Como se eu tivesse algo realmente sexy pra colocar. Olhando na gaveta, só achei uma calcinha que poderia ser considerada sexy. Era preta com fitinhas que amarravam do lado. Ok, antes isso do que nada. Nada tambem era valido.
Sai avisando a minha tia que iria dar uma volta com Monica. E parecia que a cada dia ficava mais complicado sair por ali ou "dar uma volta". Peter concerteza, escutava quando a porta da casa de minha tia abria, apesar dele morar uma casa depois da minha.
Eu passei pela casa dele de capuz e de cabeça baixa, e fui andando apressada até o estudio.

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